Fanfic: Choose for me - Vondy | Tema: Vondy

For Dulce.

Eu estava sentada em uma carteira na sala de aula e Henrique, o carinha da outra turma que eu estava tendo um rolo, estava na minha frente. A aula não tinha começado ainda e aproveitámos para “namorar” um pouco.

- Eu gostaria de saber por que você não vai a festa de sábado – pergunto enquanto ele brinca com minhas mãos.

- Eu já te disse, eu tenho que trabalhar – ele responde.

- Não acredito que irá perder a maior festa do ano.

- Fazer oque né. Eu tenho contas pra pagar – ele diz e eu rio.

- Tudo bem, eu vou superar isso – falo.

- Mais tarde nos falamos ok. Preciso ir pra aula – diz isso e me dá um beijo – Até mais.

- Bye – aceno com a mão quando ele sai.

Quando sai da sala ele tromba com alguém, quando olho, vejo Christopher entrando.

- Quem é esse? – ele pergunta baixinho se aproximando.

- Mais uma tentativa de relação madura – respondo rindo.

- Sabe oque eu acho – ele olha para a porta para alguns segundos, depois vira para mim – Não vai muito longe.

- Ah claro, e eu acredito perfeitamente nos seus dons de vidente – brinco quando pulo da carteira.

- Devia acreditar, eu tenho o dom – ele diz.

- Escuta, sábado eu passo na sua casa com o Poncho pra irmos para a festa ok?

- Ok.

Depois de uma longa manhã de estudos, Christopher me arrasta para casa dele para passar as anotações de matemática e ajuda-lo com os exercícios. Desde a sétima série tenho sido a professora particular dele que não domina muito bem essa matéria. Mais ele me recompensa muito bem.

- Eu acho que vou ter que carregar você pro resto da minha vida estudantil. Não pode ser que dependa tanto assim de você – ele diz enquanto estamos no tapete do quarto dele rodeados de cadernos, livros, números, fórmulas, contas e sorvete, muito sorvete. O olho sarcasticamente – Também não precisa me olhar assim.

- Não, não precisa. Você depende de mim. Oque será do pequeno Christopher, sem a grande Dulce – brinco e ele ri.

- Só se for de inteligência né, porque em altura eu dou o dobro do seu tamanho – ele diz.

- Tamanho não é documento Christopher – falo olhando para ele – Olha só, eu posso ser baixinha mais domino a matemática muito, muito melhor que você.

- Tem razão, e por ser uma gênia da matemática e a melhor amiga que alguém poderia ter, vou te dar mais um pouco de sorvete de chocolate – ele pega a colher cheia de sorvete e leva até a minha boca, como ele gosta de bagunça suja minha boca toda.

- Christopher – o repreendo enquanto limpo minha boca – Eu odeio você.

- Não, não odeia. Você sabe que é a segunda mulher da minha vida – ele diz enquanto me abraça apertado.

- Aham, você diz isso agora porque não conheceu uma menina legal ainda, depois você vai namorar, casar e esquecer de mim – falo.

- Então eu acho que o jeito é casar com você – ele diz e eu dou risada.

- E quem disse que eu quero casar com você? – o olho e pergunto. Ele me vira rapidamente ficando por cima de mim.

- A pergunta é porque você não casaria comigo. Eu sou lindo, te faço dar risada, conheço você mais que ninguém e minha mãe te adora – ele diz e eu novamente dou risada.

- Simples, você não consegue estudar matemática sozinho, além de ser muito sua amiga para fazer isso – respondo.

- Acho que você tem razão – ele diz baixinho.

- Eu sempre tenho razão – respondo no mesmo tom.

- Matematicamente falando – ele ri – Você sabe que outras coisas eu domino como ninguém.

- Ai Christopher não começa – falo.

- Mais é verdade. Não sei como você não se apaixonou por mim ainda – ele brinca.

- Porque você não faz meu tipo – brinco também – Eu já sei que você é lindo, maravilhoso, rei das meninas mais eu estou mais preocupada em te ajudar a passar no teste de sexta feira – falo isso e ele sai de cima de mim.

- Acho que você tem razão outra vez – diz enquanto voltamos como estávamos.

- Volto a perguntar, oque seria de você sem mim? – pergunto sorrindo.

- Também não sei – ele sorri.

Nossa amizade é legal. Christopher me conhece como ninguém. Todos pensam que já tivemos alguma coisa, mais pelo incrível que pareça nunca aconteceu nada demais. Não vou negar que o egocentrismo dele o deixa muito convencido em alguns dias a ponto de vir dar em cima de mim. Mais nada que eu não possa enrolar, afinal nós somos amigos demais a ponto de cometer esse tipo de coisa. Quando ele resolve vir me cantar e eu falo que não estou afim, ele entende claramente e não força mais o assunto. Pra mim ele é como um irmão, um irmão mais velho.