Fanfic: What is Love? | Tema: Original, Amizade, Comédia, Drama, Romance

O vento batia nos longos cabelos castanhos da garota, ela sorria e ria enquanto pedalava a bicicleta vermelha o mais rápido que podia, a sua frente o garoto de cabelos castanhos ria da amiga que tentava o alcançar; isso era praticamente rotina dos dois, sempre apostavam corrida a caminho do colégio e claro que a maioria das vezes ele ganhava.

Após a pequena disputa os dois chegaram no colégio ainda rindo e prendendo suas bicicletas com as correntes, logo seguindo para dentro do colégio enquanto conversavam.

—Não vejo a hora de tirar a carteira, preciso de um carro logo. –disse Andrew assim que parou em seu armário.

—Qual problema com a bicicleta? –perguntou Cindy abrindo seu armário que era ao lado do de seu amigo.

—O problema é que nenhuma garota irá me levar a sério se eu continuar andando de bicicleta!

—Ah... Mas você tem um carro. –ela disse fechando o armário e logo Andrew fez o mesmo.

—Tenho, mas não posso dirigi-lo. –disse o garoto que começava a andar em direção a sala de aula a companhia da morena.

—Não seja tão dramático, semana que vem você já vai pegar sua carteira.

—Mas eu precisava dela pra ontem! –falou Drew fazendo Cindy rir.

—Você está tão desesperado para arrumar uma namorada? –perguntou ela divertida e o garoto ficou sério enquanto entravam na sala e se dirigiam a mesa que costumavam se sentar.

—Na verdade, eu tenho conversado com uma garota. –falou ele com um pequeno sorriso no rosto.

—Ah é? –perguntou disfarçando a pontada de ciúmes que sentia naquele momento. —E quem é?

—Ela! –falou apontando disfarçadamente com a cabeça para uma menina que sentava no outro lado da sala um pouco mais a frente deles.

Cindy nunca havia reparado na garota, a mesma possuía pele bem clarinha como porcelana, cabelos loiros que batiam ao meio das costas os mesmos tinham algumas ondulações que formavam cachos nas pontas, era mais alta do que ela e tinha belas curvas, como Cindy sempre teve vontade de ter, a garota se virou sorrindo e então a morena pode ver o belo e largo sorriso que tinha e olhos verdes como jamais virá antes, quando percebeu que a menina sorria para sua direção olhou para o lado vendo Andrew sorrir para a garota.

—Drew, não olhe ela desse jeito, parece que quer come-la viva. –falou tentando ‘atrapalhar’ os sorrisos e chamar a atenção do menino.

—Morta que eu não quero. –respondeu ele sorrindo maliciosamente fazendo a amiga revirar os olhos.

Em seguida Grace, Luke e Will entraram na sala se sentando próximo a eles como sempre faziam, logo fazendo a morena esquecer da loira que de vez em quando ainda volta a olhar para Andrew.

[...]

—Cale a boca Luke! –gritara Grace enquanto os cinco iam em direção a cantina do colégio.

—O que eu disse demais? Ela é gata mesmo! –falou o garoto fazendo a ruiva aumentar os passos e ir a frente deles estressada. —Qual foi Grace? –o moreno a seguiu chamando-a.

—Esses dois ainda casam. –disse Will fazendo Cindy e Andrew rirem.

—VOU SER A MADRINHA HEIN? –gritou Cindy para os amigos que já estavam um tanto distante recebendo alguns palavrões da amiga.

Após pegarem seus almoços os cinco se sentaram e mais conversavam do que comiam, Grace como sempre discutia com Luke, enquanto Will e Cindy os zoavam, mas Drew nem prestava atenção neles já que trocava mensagens com alguém a todo momento mantendo um sorriso idiota no rosto.

Ao perceber que o amigo não desgrudava do celular Cindy procurou a loira com os olhos logo a encontrando em uma mesa atrás deles, a mesma também mexia no celular e só tirava os olhos do mesmo para olhar a mesa a frente, a morena bufou brava vendo aquela cena, e sem dizer nada pegou seu almoço, que ainda estava pela metade, se levantou e se afastou da mesa jogando fora o resto do almoço seguindo direto para a biblioteca, onde costumava ser seu refúgio a alguns meses.

Mas não, a garota não corria para lá para chorar, na verdade ela ia para ler afinal é isso que se faz em uma biblioteca e claro que isso está mais que claro, que seja, o fato é: por que quando lia conseguia tirar tudo de sua cabeça deixa-la livre para entrar na história que estava a ler e no momento isso era o que ela mais queria.

Assim que adentrou a biblioteca sorriu timidamente para a bibliotecária e se dirigiu ao corredor onde ficava os livros de fantasia. Cindy sorria olhando os livros, vira alguns que já havia lido e outros que queria ler, mas não naquele momento, até que uma capa vermelha lhe chamou atenção a menina logo pegou o livro e assim que leu o título “Coração de Tinta” seus olhos brilharam.

Com preguiça de caminhar até uma das mesas, a garota se sentou no chão mesmo encostando-se na estante. Logo abriu o livro lendo as primeiras páginas e deixando sua imaginação voar junto a cada letra, palavra e frase que lia.

Um som alto e estridente soou pela biblioteca assustando Cindy e tirando sua atenção do livro, após piscar algumas vezes percebeu que o barulho era o sinal indicando o termino das aulas, a garota fechou o livro e bateu com ele na própria testa ao perceber que não havia perdido somente o resto do intervalo como as últimas três aulas do dia. Rapidamente a menina se levantou e saiu andando as presas.

—Estou levando o “Coração de Tinta”. –Disse a garota auto o suficiente para que a bibliotecária ouvisse enquanto saia do local.

A bibliotecária riu anotando o livro que a garota havia pegado, aquela cena ela já havia visto algumas vezes, não era a primeira vez que a garota esquecia do mundo quando estava na biblioteca.

[...]

Cindy fechou a porta do armário após pegar sua bolsa, mas se assustou ao ver uma ruiva acompanhada de três rapazes na sua frente.

—WOW. –disse arregalando os olhos. —O que foi? –perguntou vendo os quatro seres a encarando.

—Você sumiu na hora do intervalo que eu nem vi. –Andrew disse a Cindy sorriu cinicamente se segurando para não xinga-lo.

—Gente, eu estava na biblioteca, vocês sabem que quando vou para aquele paraíso eu esqueço do resto do mundo. –disse sendo sincera e os garotos riram começando a falar sobre a discussão de duas alunas que a morena havia perdido, mas a ruiva a encarava e sabia bem que a amiga mentia sobre algo, só não conseguia identificar qual era a mentira.