Fanfic: A CULPA É DA PROMESSA | Tema: VONDY

No dia seguinte lá estava eu de novo sozinha sentada na nossa mesa. Christopher apareceu com cara de sono e com carinha de bebê, o mesmo veio ate mim dando um beijo na bochecha e se sentando ao meu lado.

— dormiu bem, Dulce? — ele perguntou apoiando seus cotovelos sobre a mesa.

— mais ou menos— murmurei e ele me olhou— Anahí e Maite chegaram fazendo o maior barulho e bem na minha melhor parte do sono— lamentei, fazendo-o concordar com a cabeça.

— o mesmo aconteceu comigo— Christopher suspirou cansado. — vou lá pegar um suco e comprar um empanado— se levantou— você quer algo?

— não — neguei sorrindo para o mesmo— por que você não pega um pedaço de pão, invés de pegar um empanado que é bem mais prejudicial à saúde? — aconselhei-o e Christopher ficou parado refletindo.

— tem razão— Falou sorrindo para mim.

— sempre tenho— pisquei para ele, fazendo Christopher me abrir aquele sorriso lindo— alias, mudei de ideia, traga para mim um copo de suco e uma Pêra. Ok? — Christopher assentiu indo onde as cozinheiras estavam.

 Quando Christopher chegou lá começou a conversar com as cozinheiras, as fazendo sorrirem. Ate que o mesmo se inclinou em cima de um balcãozinho para pegar minha Pêra. E com isso tive uma visão muito boa.  Sua grande bunda ficou bem maior. Olhei para os lados e percebi que não era a única á reparar isso. Assobie bem alto e Ucker me olhou com duas peras nas mãos. Ele pegou seu café da manha, vindo ate mim.

 Dei uma olhada para as meninas que estavam babando no Uckermann e percebi que elas ficaram carrancudas por eu ter o feito sair daquela posição. Sorri meiga por ele sorrir para mim me entregando meu lanche.

 Depois que lanchamos Chris e eu fomos á nossa sala, pois teríamos aula agora.

Chegamos e nos sentamos porem logo uma professora alta, loira e bem peituda entrou na sala.

 — Olá, me chamo Vanessa e darei aula para vocês de Antropologia Médica— ela falava andando pela grande sala— você— a loira apontou para mim— pela qual razão escolheu a área de medicina?— Droga! Só porque eu não queria ser o centro da atenção.

— eu me inscrevi para essa área, porque gosto da mesma — falei confiante— além de eu gostar de ajudar as pessoas.

 — se você gosta tanto de ajudar as pessoas, vai lá ao meu quarto hoje para nós se ajudarmos— gritou um menino no fundão com um tom um tanto malicioso na sua frase.

Maldito! Vai se ferrar.

 A professora olhou séria para o garoto

— e você? Por que você quer fazer medicina? — Vanessa, a professora, perguntou ao garoto.

— sei lá — ele falou com desdém— só faço faculdade para continuar recebendo grana dos meus velhos. Além do mais, quando me formar em medicina irei me dar bem, pois irei pimbar com todas garotas do Hospital— A-I M-E-U D-E-U-S! Por favor! Eu não ouvi isso, ouvi?

— fala sério. Que garoto imprudente— murmurou uma menina.

 — só deve ter merda na cabeça— ouvi mais cochichos de meninas.

 — ai tomara que eu seja uma das "peguetes" dele— uma menina falou alto, fazendo suas amigas concordarem.

Depois desse comentário a aula de Vanessa ocorreu normalmente. Na verdade aulas após aulas foram tudo Clichê com as apresentações dos novos alunos, de seus interesses e principalmente dos professores severos falando que medicina não era para qualquer um.

 — vamos, Dul? — Christopher estendeu sua mão para eu pegar.

 Olhei em volta da sala e só havia poucas pessoas na mesma. Percebi que o grupinho das garotas que ficaram secando o Uckermann estava ali e que principalmente estavam nos olhando.

 — vamos, bebê— peguei na sua mão e entrelacei nossos dedos. E com outra mão apertei sua bochecha lhe dando um pequeno beijo ali. Não sei o porquê de eu ter feito isso.

 O que está acontecendo comigo? Será que eu estou ficando louca? Se eu estiver tenho que me internar num hospício ou ficará tarde de mais. Ouvi suspiros atrás de mim. Ucker me olhou estranho por ter lhe chamado de bebê ou por ter lhe dado um beijo na bochecha, não sabia ao certo, porem nem liguei. Puxei-o pela mão para fora da sala de aula com minha mochila em minhas costas.

— bebê! É serio isso? — ele sussurrou para mim enquanto ainda andávamos de mãos dadas pela faculdade.

 — para que o espanto, Ucker? Só é um apelido carinhoso — falei soando normal. Acabei de inventar um novo apelido: Ucker.

 — Tudo bem, pequena— ele disse sorrindo. Parei e o encarei. Então percebi que “pequena” era um apelido carinhoso e por isso voltei a andar porem com um sorriso idiota nos lábios.

— e ai casal— Gritou uma voz um tanto familiar. Eu e Christopher olhamos para trás e vimos Christian e Maite vindo de mãos dadas ao nosso encontro.

E do outro lado Anahí e Poncho, mas estes não estavam de mãos dadas, apenas estavam um do lado do outro.

 — vocês estão namorando? — perguntei Para Maite.

 — estamos nos conhecendo— Maite falou piscando o olho.

 De repente poncho puxa Anahí para um abraço e comenta.

— também estamos nos conhecendo

Olhei para minha prima e ela sorriu tímida para mim.

 — Legal— murmurei.

— parece que não é só nós quatro que estamos nos conhecendo— Christian comentou observando nós dois.

E eu realmente não entendi.

— já estão ate andando de mãos dadas, que lindos— Anahí falou com os olhos brilhando.

 Droga!

 Agora que fui me tocar. Eu e Christopher estávamos com as mãos dadas ate agora. Soltamo-nos sem graça e Poncho começou a gargalhar.

 — Wont que bonitinhos — Maite fez voz de bebê— ficaram sem graça. — Maite veio ate nós e apertou nossas bochechas, fazendo eu e Christopher bufar juntos.

 — até na hora de bufar, bufam juntos— Anahí comentou vindo ate nós. Ela empurrou a Maite e ficou entre nós dois, nos abraçando.

 — loira do mato, não precisa empurrar minha morena— murmurou meu primo(Christian) muito irritado abraçando Maite.

 — credo pessoal, por favor, vamos parar um pouco com este ódio no coração—  Falei tentando amenizar o clima. O pessoal me olharam incrédulos.

 — sinceramente, Dul, não entendo suas viradas de humor. Hoje de manhã estava toda estressada e agora esta mais calma, não compreendo— Anahí comentou confusa.

 — compreenda meu amor, a Dul já acordou estressada, mas como ela estava com amor dela, o mesmo acalmou ela— Poncho comentou abraçando Anahí.

Porra não entendi esse negocio de meu amor me acalmar. Estou confusa, Confesso.

Ate que Maite, Anahí, Poncho e o Christian caiem na gargalhada.

Fico irritada e vou para o meu quarto. Vou caminhando ainda ouvindo as gargalhadas daqueles inúteis.

 Apresso meus passos passando entre uma rodinha de amigos. Ate que alguém segura meu braço. Estou pronta para dar um murro na pessoa.

— Dulce, aonde vai com tanta pressa? — Um garoto moreno e de olhos azuis me perguntou intrigado. Eu bem que falaria o nome dele para vocês, mas confesso que me esqueci.

 — Sabe aonde eu vou? — lhe perguntei colocando um dedo no meu queixo ate que eu vi aquele garoto negar—  eu vou aonde não te interessa— sorri irônica passando pelo garoto.

 — GAROTA IMBECIL— ele gritou e eu apenas o ignorei.

 Até que eu vi um monte de pessoas passando por mim com caras de curiosidades. Não resisti e olhei para trás. Vi uma cena que não me agradou muito e com isso cheguei mais perto do tumulto.

— quem você chamou de Imbecil? — perguntou uma voz conhecida, mas eu não conseguia saber de quem era e nem ver, pois havia varias pessoas na minha frente e também porque minha altura não ajuda em nada.

 — o que é? Esta defendendo a namoradinha é? — o garoto perguntou irônico. Epa essa voz não é do menino que estava enchendo minha paciência segundo antes?

— cala boca seu, idiota— a outra voz retrucou.

— A Christopher para de ficar sendo o bonzão da faculdade— como assim Christopher? Então, é o Christopher que está discutindo com aquele imbecil? — já vi que você não deixa nada para gente em cara. Era Natalia, agora a Dulce, quem será a próxima hein? — como assim eu?  E Como ele sabe meu nome?

 — ei, ei , ei, vamos para com essa confusão— ouvi poncho gritar no meio da multidão.

Espremi-Me e consegui passar um pouco pelo povo. Empurro algumas pessoas para o lado e consegui ver Poncho no meio de Christopher e o garoto-que-não-lembro o nome.

 Christopher estava com uma expressão tão brava. Nunca o vi assim.

— Olha só, o Boy magia veio defender o priminho que lindinhos — o garoto ironizou— Vocês Uckermann’s não dividem as mulheres mesmo né Alfonso? O chifrudo que prometeu a si mesmo que nunca mais iria namorar, mas pegou uma das garotas mais gostosas putas da faculdade.

 Então o esperado acontece.

 Alfonso pega o garoto pelo colarinho.

— Olha aqui, Mateus, respeite a minha namorada e além do mais você não é ninguém para ficar se metendo na minha vida. —  falou um Alfonso muito nervoso.

De repente minha prima empurra uns caras e fica do lado de Alfonso e do garoto-chamado-Mateus.

— Amor, o deixa vai — Anahí passou as mãos nas costas de Poncho terna. E Poncho o soltou e sorriu para ela.

 Aonde foi parar aquela expressão de raiva?

— tudo por você princesa — Poncho murmurou para Anahí.

 Anahí foi até Mateus que estava passando a mão pelo pescoço. Se não me engano o pescoço dele está vermelho.

 — e você — minha prima apontou o dedo na cara dele— trate as pessoas melhores, idiota— numa fração de segundos minha prima com toda a sua raiva meteu uma joelhada no saco de Mateus, se ele tiver claro. ¬¬

Mateus caiu de joelhos com a maior cara de dor.

 “Nossa essa doeu até em mim”, “bem feito”, “tão gatinho mais tão idiota”. Foram esses e mais murmúrios que foram ouvidos ali. O tumulto pouco a pouco foi desfazendo.

 — Isso vai ter volta Anahí Saviñon — Mateus murmurou. Os amigos o ajudaram a levantar do chão, pois ele estava de joelho com a mão na intimidade dele.

 — ô meu príncipe — Anahí ignorou Mateus passando a mão pelo rosto de Poncho— Está mais calmo amor?

 — Sim minha princesa — Poncho sussurrou passando a mão pela face De Anny

 Quanta melosidade!

 Argh!

 — Eles são tão fofos juntos — Maite murmurou do meu lado me dando um susto.

 — Que susto, May — coloquei a mão no coração

— Oh me desculpe, Prima — Maite me abraçou de lado.

 Prima como assim?

 — Me dê licença Dulce, pois eu quero curtir minha boneca — Christian me empurrou de lado e abraçou Maite.

 Digo e repito: Quanta melosidade!

 — que cara é essa? — Alguém sussurra atrás de mim e outra vez levo um susto!

 — mais que Caraí, vocês tiraram o dia para me assustar é? — falei irritada.

 — nossa me desculpa — Christopher murmurou se afastando de mim.

 Isso idiota. Olha o que você fez. Agora ele vai achar que eu não gosto dele. E talvez nem fale mais comigo.

Affs.

 Saio correndo indo atrás dele. Algumas pessoas do refeitório me olham como seu fosse maluca.

— UCKER, ME ESPERA! — Gritei recebendo olhares em minha direção.

Já Ucker parou e virou para mim. Chamei ele com o dedo e ele negou com a cabeça.

 Então, tive que fazer meu biquinho mais fofo de chantagem. Christopher sorriu negando com a cabeça e veio até mim.

 — o que foi pequena? — ele perguntou sorrindo.

 Como eu gosto do seu sorriso.

 — por que você ia para lá sem mim? — fiz um biquinho.

 Ele riu.

 — porque você foi grossa comigo e achei melhor te deixar sozinha— ele pincelou meu nariz com o dedo.

 — Me desculpa é que todo mundo chega atrás de mim me dando susto, poxa — argumentei triste.

— Tudo bem, pequena — Ele me puxou pela mão e me abraçou.

Que lindos — umas meninas que estavam sentadas com seus namorados numa mesa falaram e suspiraram alto.

 Afastei-me de Christopher constrangida. Ele coçou o queixo.

 — hum, vamos para um lugar menos movimentado — pegou minha mão e nós fomos para o “lugar menos movimentado”.

Então, ele me levou para trás da faculdade onde havia muitas arvores. Confesso que gostei do lugar, pois era bem calmo.

 — vem — Christopher me puxou pela mão me levando para umas arvores que estavam bem próximas do muro da faculdade. — Aqui é o lugar mais calmo e gostoso de ficar.

 — você já trouxe alguém aqui? — Não aguentei e perguntei a ele enquanto eu deitava em seu colo.

 — não. Quero que este lugar continue calmo e pelo que conheço o Alfonso é capaz de ele trazer a escola toda aqui. — Ele murmurou fazendo um carinho no meu cabelo. E Isso me deixou mais relaxada.

 Christopher estava sentado na grama e eu com a cabeça em seu colo. Uma de suas mãos estava no meu cabelo e a outra estava descansada na grama.

 Peguei sua mão e comecei a fazer um carinho ali.

 — Dulce, Por que você não tem muitos amigos? — ele perguntou quebrando o silencio.

 — eu não gosto muito de amigos. Os únicos que tenho são a Anahí e o Christian e agora o poncho, a May e você! Tenho poucos, mas os que tenho eu conservo e gostos deles! — Sussurrei fechando os olhos.

— então — ele limpou a garganta— você gosta de mim?

 — Acho que sim — murmurei abrindo os olhos.

— você acha? — ele perguntou... Chateado?

 Levantei a cabeça do seu colo e fiquei sentada do lado dele.

 — não bobinho eu tenho certeza — apertei suas bochechas deixando um beijo ali.

— bem que eu desconfiei — Christopher falou se gabando.

 Num momento está chateado e no outro está se gabando, vai entender! Garoto bipolar.

 — Dul, você não tem namorado? — Ucker perguntou quebrando o silencio.

 — não — suspirei não querendo entra no assunto— e nem posso

 — por quê?

Droga! Eu torcendo aqui para ele não perguntar

 — porque eu fiz uma promessa que não iria namorar qualquer garoto na faculdade — murmurei não querendo falar sobre o assunto.

 — hum — Ucker murmurou — sabe Dulce você não pode evitar isso, pois se você se apaixonar por alguém não haverá escapatória.

 — eu não vou me apaixonar por alguém — eu o encarei irritada. — e por isso não gosto muito de amizade masculina. Faço isso para não correr o risco.

— mas uma hora acontece— ele insistiu.

— por que está falando isso, Ucker? — perguntei chegando mais perto dele — você quer que eu me apaixone?

Estávamos perto o bastante e eu não aguentei e olhei para os seus lábios. Tão lindos! Parece que eles estavam clamando pela minha boca.

Senti vontade de beijá-­lo. Cheguei mais perto dele pegando seu rosto com as mãos

Eu olhei para os olhos dele e ele para os meus. Aproximo-­me mais de sua boca quase encostando.

Não sei o que está acontecendo comigo. Fico frustrada quando ele abaixa a cabeça. Distancio­-me rapidamente dele sentando na grama abraçando minhas pernas.

Houve um minuto de silencio, dois, três.

— Olha Dulce, não quero que fique esse silencio constrangedor entre a gente, ok? — Christopher Bufou quebrando o silencio.

Assenti e acrescentei:

— vamos fingir que isso não aconteceu - Depois disso deitei minha cabeça em suas pernas novamente.

— O que você está achando da faculdade? Digo. Está gostando? — Christopher perguntou acariciando o meu cabelo.— estou amando — suspirei relaxando com a caricia de Christopher — eu amo Medicina. Acho que vem de sangue — sorri.

— também gosto de medicina — ele comentou.

Abri meus olhos e percebi que estava começando a ficar escuro.

— olha está escurecendo — Murmurei

— também já são dezessete e quarenta e três minutos. — Christopher informou olhando o relógio de seu pulso.

Levantei-me de seu colo. — Acho bom nós irmos, pois já está tarde — sorri amarelo para ele.

— é verdade — Ucker coçou a nuca