Fanfic: Meu Meio Irmão REESCRITURA (Vondy) | Tema: RBD, Vondy, Rebelde

Aquela pergunta foi repentina, me deixando surpresa. Um turbilhão de perguntas vieram em minha mente, mas uma persistia "Será que ele é o garoto?". Respirei fundo, pensei até em mentir a resposta, mas eu não era tão estúpida assim. 

- Estava com um salto alto branco, uma calça e um cropped também branco. Meu cabelo estava liso e solto. Por quê? - Disse a verdade mordendo o lábio. Seu queixo caiu, ele travou o maxilar e me olhou sério, fitando o fundo dos meus olhos. Até que parou o carro bruscamente no acostamento. - O que foi? O que aconteceu? - Perguntei já ofegando. Era ele, era ele! Ele tirou os nossos cintos e me puxou para si. Gelei e ficamos nos encarando por mais algum tempo, até que o mesmo me puxou desesperado pelo pescoço e chocamos nossos lábios. Eu não correspondi de imediato, mas logo depois envolvi sua nuca nunca com meus braços. Sua língua pediu passagem e quem era eu para impedir?

Nossa, eu sempre imaginei isso e acho que isso que faz ser mais incrível ainda. Em um momento, eu estava imaginando, me iludindo, achando que isso nunca aconteceria e agora estamos aqui. Ele devorava meus lábios, parecia estar sedento e sua língua percorria toda a extensão da minha boca. Os mesmos toque, o mesmo gosto, o mesmo beijo. Era ele!

Desde o começo eu sempre soube e tenho certeza que ele também, mas não queríamos nos assustar dessa maneira, não queríamos que fosse real, não queríamos problemas, turbulências..

Sua mão apertava minha cintura o tempo todo e nossas línguas pareciam amantes conhecidas, o fôlego já estava acabando, minha sanidade já havia sido jogada no lixo, o pressionei mais contra mim e aprofundei o beijo. Eu poderia morrer com falta de ar naquele momento, mas sei que morreria feliz. Ele correspondeu e o beijo se tornou mais rápido, mais desesperado. Christopher não me dava facadas com a língua, não me babava toda, ele tinha uma coisa diferente. Ele tornava tudo mais especial e me fazia sentir todo o prazer do mundo com um beijo. 

Prazer que mais parecia ser de um orgasmo, que mesmo eu nunca tendo um, tenho uma mínima ideia. 

Ele me desbancava, não tinha como eu não me entregar completamente á aquele ato, não da maneira que ele me envolvia, que ele sugava minha língua, não da maneira que sua boca se encaixava completamente na minha. Lembrei da frase de Maite: "Não existe beijo ruim, todos sabem beijar! O que existe é bocas que não se combinam, não se encaixam, formando o beijo ruim.". É, se ela estivesse certa, a boca dele, foi feita para beijar a minha. 

Depois de mais algum tempo, tivemos que nos separar mesmo contra-vontade. Não era hoje que eu morreria por falta de ar, certo? Quando nos separamos continuamos ainda com as testas coladas, com a respiração ofegante com o rosto tão próximo um do outro. Totalmente descompasados.. O cabelo dele estava mais bagunçado que um não sei o quê, o meu também devia estar já que sua mão pairou ali, enquanto a outra, estava em minha cintura.

Parece que ele caiu na real e me soltou, voltando sua atenção para o volante e dando um soco lá! Automaticamente a buzina fez um barulho estridente, desnecessário. Se eu não estivesse tão nervosa, poderia rir. 

- Dul, desculpa, eu não sei o que deu em mim, é que.. - Ele se embolava, gaguejando, sem palavras. E eu estava em um estado parecido, mas nem falar eu conseguia.

- Calma, não foi culpa sua. - Depois de dez minutos eu consegui normalizar e voltar a falar. - Era você, Chris? - Perguntei voltando meus olhos para ele, desesperada. 

- Era, mas olha.. Eu não parei de pensar nesse beijo o tempo todo, você não saí da minha cabeça e sim, por mais ridículo e clichê que pareça, eu sempre te via em meus sonhos, só não sabia que era você. - Ele disse eu mordi o lábio, tudo estava me atingindo com uma força que me assustava. Eu só precisava de um tempo para processar tudo, mas só sei que nesse momento, com essas palavras, eu me senti tão feliz, que nada poderia mudar aquilo. - Mas.. - E então veio aquele mas e aquelas palavras que me atingiram de uma forma tão má, tão bruta. Eu sentia que poderia desmoronar. - Não podemos! Eu tenho que te esquecer e você deve me esquecer também, é melhor tirarmos um tempo para pensar e cada um ir para um lado Dul. Foi só uma coisa momentânea, é porque é proibido e nos deixa assim. Você é algo que eu nunca poderei ter dessa forma e eu nem quero. Me esqueça! Eu não sou para você. Some daqui, não quero mais problemas para ficar me ocupando!

Senti as lágrimas inundarem meus olhos e abri a porta do carro, saindo correndo de lá, no meio da estrada. Nada mais importava, eu só queria ficar sozinha. Ele era tão idiota! Sempre que eu dava um passo para frente, eram dois para trás?! 

Ele conseguiu transformar toda a felicidade momentânea que eu senti, em raiva. Eu continuava a andar, não sentia mais minhas pernas e as lágrimas já rolavam por todo o meu rosto. Ele não veio atrás de mim. E por quê eu ainda era tão idiota, ao ponto de achar que ele viria? Atravessei um sinal e logo depois outro. Eu estava na outra cidade, não conhecia nada lá, mas eu apenas precisava disso. Ficar sozinha, fazer uma loucura, pensar! 

Encontrei uma praça vazia, andei até lá. Ela estava completamente isolada e todas as ruas ao seu redor, também. Não me importei, agora assim que seria melhor. Me sentei no balanço e fiquei me balançando por algum tempo. Peguei meu celular do bolso e nossa, eu havia ficado uns vinte minutos andando, essa era a única explicação. 

Por quê eu sempre sou tão idiota, achando que a vida é um conto de fadas? Achando que sempre tem um final feliz? Eu sou uma maldita garota imatura de quinze para dezesseis anos! Eu acreditava que poderíamos ficar juntos depois de descobrirmos aquilo. Porque eu sabia que aquele beijo havia mexido com ele também. Por quê ninguém nunca entendia que não éramos irmãos?! Nem parte de mãe, nem parte de pai. Fomos só criados juntos, como irmãos, mas nada disso fazia diferença. - Eu pensava, deixando me desfalecer em lágrimas, já estava soluçando. Por quê eu tinha que ser apaixonada por ele? Por quê ele me deixava assim? 

Me sentia triste, vazia. Ele foi tão grosso. As suas palavras ficavam o tempo todo dançando em minha mente, sua voz.. A hora foi passando e o tempo ficando frio. Eu não me importava. Meu radar de perigo, já estava apitando, cada vez mais forte. Mas acho que nenhuma dor física, superaria a dor emocional. 

Resolvi sair dali e voltar para a casa. Fui tentando trilhar o caminho que eu havia vindo, mas não estava ajudando em absolutamente nada, só atrapalhando. Bufei e fui para o ponto de ônibus que encontrei. Havia uma senhora sentada lá. 

- Oi. - Eu disse tentando parecer simpática, com um sorriso forçado. Mas acho que ela percebeu minha maquiagem borrada, meus olhos vermelhos.. Pois me olhou como se eu fosse uma maluca. - Você sabe se aqui passa o ônibus para a cidade vizinha? - Mordi o lábio e ela fez sinal negativo com a cabeça, apontando para um ponto de ônibus no final da rua, perto de um beco. Entendi que era lá que passava. - Obrigada.

Esfreguei os olhos e peguei o celular. 16:15. A hora estava passando tão rápido! 

Alguma coisa me dizia que não era para eu ir naquela direção, dizia que era para eu ir para a direção oposta. Mas eu ignorei. Aquela velha não mentiria para mim.. Bom, eu acho. Passei pelo beco e ele era extenso, sem saída. Haviam quatro homens lá, ou melhor, brutamontes. Pareciam ser bem mais velhos e eram bem altos, não muito fortes. De lá, saia um cheiro forte de maconha. 

Eu nunca havia me metido com essas coisas, mas eu já conhecia aquele cheiro e seus olhos estavam bem vermelhos, dei de ombros, continuando meu caminho. Seus olhos me seguiam, percorrendo principalmente a área das minhas coxas e dos meus peitos, ignorei mais uma vez e o meu cérebro gritava, só faltava aparecer uma placa enorme, com letras piscando em neon "PERIGO". 

Mas eu até entendia, estava perdida. Eu sou uma pessoa completamente idiota, nem com dinheiro eu estava. Pediria para o motorista para ir em casa e buscar qualquer nota.. Ainda tinha isso, como eu entraria no ônibus, sem dinheiro? Meus olhos se encheram de lágrimas novamente, agora não mais por causa daquele idiota do Christopher, que não saia da minha cabeça e sim, por eu estar perdida, em outra cidade, sem dinheiro, o celular acabando a bateria.. Para falar a verdade, não estava dando nem mais sinal. E eu não fazia ideia, do que me esperava. 

Assim que atravessei aquele beco aterrorizante, me sentei no banco que havia no ponto. Os garotos saíram de lá e vieram na minha direção. "Não demonstre medo" - Eu pensava, mas era uma completa estupidez, eu já estava tremendo. 

- Eai, gostosa! - O mais alto e mais forte, disse se aproximando, ele era loiro e seus olhos cor de mel, mas não dava mais para enxergar nada, além da vermelhidão que existia ali.

- Tá surda, caralho?! - O outro gritou, vindo do outro lado, me cercando. O terceiro agarrou meu braço, me suspendendo do chão. Pasando o dedo pela lateral do meu rosto, de um jeito tão nojento. Tão asqueroso. Fechei os olhos com força.

- Me solta! - Eu gritei com repulsa, levando um tapa na cara. Meu rosto ardia, coloquei minha mão naquele local, minha vista já se tornava turva.

- Se acalma, que as coisas podem ser por bem. - Ele subiu sua mão pela minha coxa, esfregando ela lá. Eu estava tão nervosa, a adrenalina percorria todo meu sangue e na primeira chance que tive, nem sei como fiz, só dei um chute no meio das pernas dele e comecei a correr. 

Os quatro começaram a correr atrás de mim, mas eu corria cada vez mais rápido, quase topando e eu sentia que logo isso iria acontecer se eu não fosse mais devagar. Mas se eu fosse devagar, iria ser pior. Se eu fosse pega, pelo menos seria com dignidade. Atravessei uma avenida, quase sendo atropelada. Os motoristas gritavam comigo e eu só ouvia o barulho das buzinas. O sinal fechou e eles voltaram a correr. Eu não aguentava mais correr, minhas pernas já tinham feito um trabalho muito pesado, apoiei meu peso em meus joelhos e quando olhei para trás eles estavam mais próximos. Aquilo me deu uma energia tremenda! Retomei a velocidade, mas acabei escorregando em uma pedra. Ralando meus joelhos e minhas coxas. Ralei minhas mãos também, já que se não fosse por elas, iria de cara no chão. 

As lágrimas já rolavam pelos meus olhos, a medida que eles estavam mais próximos. Três me cercaram e um partiu para cima de mim. 

- Ah, então as coisas vão ser por mal! - Ele disse me suspendendo pelo braço, apontando uma arma para mim.

O loiro sorriu e se aproximou, colocando as mãos em meu short. Eu gritei o mais forte que consegui e ele me deu um tapa na cara. Um moreno conseguiu abrir meu short mesmo que eu continuasse me debatendo, ele o desceu por completo. Me deixando de calcinha.

Estávamos no meio da rua, mas não passava uma alma por lá! Eu já chorava de soluçar e pedia para eles pararem, mas não adiantava. Eu já estava me tremendo esperando o pior. O loiro segurou na barra da minha calcinha. 

Fodeu, é hoje que eu morro. - Eu pensei, eu fazia de tudo para dificultar o trabalho deles. Gritava mais do que minha garganta era capaz, mas estávamos os cinco sozinhos ali. Os soluços já saiam doloridos da minha boca. Eu gritei pela última vez, me deixando desfalecer, não aguentava mais lutar. 

Ele me jogou no chão, me fazendo bater as costas no concreto com toda a força do mundo. Ouvi o barulho dos meus ossos, batendo contra aquele chão duro! Sem dó, sem pena. Os quatro vieram como animais para cima de mim e mais uma vez, colocaram suas mãos na barra da minha calcinha. 

Agora eles descobriram quem era, mas o Chris deu uma de idiota! O que vai acontecer agora??? Comentem, que eu posto o próximo ainda hoje MUAHAHA. Assistam o trailer da fanfic, bebês! Sei que está simples e não está muito bom, mas espero que gosteeem! Depois, se quiserem eu crio vários vídeos sobre cada um personagem da fanfic, que tal? Sim haha, estou bem animada. https://www.youtube.com/watch?v=M-gX7J0h6ZM&feature=youtu.be