Fanfic: Meu Meio Irmão REESCRITURA (Vondy) | Tema: RBD, Vondy, Rebelde

Ele correspondeu de imediato. Foi um beijo demorado, onde explóravamos a boca um do outro, apesar de já serem conhecidas. Sua língua massageava a minha. Ele me beijava como o mundo fosse acabar á qualquer momento e tudo que ele precisasse, fosse calar esse desejo. Eu sentia todos os pelos do meu corpo se arrepiarem, á cada toque que ele dava. Minhas mãos passeavam por suas costas e as suas seguravam o interior da minha perna, ás vezes tocando minha bunda. Eu não iria me render assim tão fácil, não mesmo, então me soltei. Desci de seu colo e interrompi o beijo. Ele me olhou confuso, seu cabelo completamente bagunçado devido o passeio de meus dedos por lá. 

- Chris, saí daqui, por favor. - Eu disse limpando o rosto molhado pelas lágrimas e ele assentiu saindo do quarto. Fechei a porta e logo depois ouvi o baque no andar de baixo. Ele havia saído. De costas para a porta, me permiti escorregar até o chão, analisando tudo á minha volta, tudo que tinha acontecido. Ouvi meu celular caindo de meu bolso e tomei em minhas mãos. Mensagens de Maite e Anahi. 

"Dul, pensei em você dormir aqui em casa, podíamos sair, jogar um boliche, que tal? Quando fomos falar com você, você e Christopher estavam dentro do quarto conversando. Não queríamos atrapalhar. Beijos! Te amo, qualquer coisa eu to aqui. Me liga! - Mai"

Aúdio da Anahi:

Dul, como você está? Me liga por favor! 

Christian:

Tudo bem, ruiva da minha vida? Me liga? Não sou alguma das meninas, mas se quiser desabafar eu estou aqui. Não preciso dizer, não é? Mas mesmo assim.. Te amo.. Muito. 

Nossa, á essa altura do campeonato até os meninos deviam saber. Eu estava morta de vergonha. Não era como se estivessémos namorando ou algo assim, mas estavámos construindo alguma coisa e ele me magoou, como de costume. No momento eu só queria ficar sozinha, nem ao menos os respondi, não queria ser grossa. Tomei um banho gelado, demorado. Saí de lá tremendo, mas já estava um pouco melhor, apesar dos olhos vermelhos. Tão vermelhos que assustavam até a mim mesma, parecia que eu usava drogas ou qualquer outro tipo de substância ilícita. 

Eu só não sabia qual era exatamente o motivo de todo aquele sofrimento. Não sabia se era Belinda, não sabia se era o showzinho que eu presenciei dos dois, não sabia se era pelo fato de ele ter assumido ter sentimentos por mim, mas simplesmente se prender á malditas "regras", malditos "julgamentos", não sabia se era porque eu sempre quebrava minha cara, achando que sempre tudo iria acabar bem. Ou se eram os sentimentos que eu sentia por ele. Sentimentos que pensavam tanto dentro de mim e sempre se faziam notar. 

Enxuguei meu cabelo com o secador e coloquei meu moletom. Apaguei todas as luzes da casa e tranquei as portas. Fechei a porta do meu quarto ainda receosa por não poder trancar e me deitei. Minhas pálpebras pesaram não sabia se era sono ou eram todas as emoções que eu havia vivido hoje. Ainda estava cedo. Ás 14:00 eu e as meninas fomos para o hospital. Ás 17:00 chegamos na minha casa, arrumamos a mala e me lembro do horário enquanto falava com Alfonso, 17:45. Eram 19:30. 

Mas mesmo assim, nada me impedia de me isolar no meu mundinho e tentar ter uma noite de sono. Dito e feito. Dormi rapidamente. Acordei com uma voz conhecida gritando meu nome. Ou melhor, berrando e praticamente esmurrando a porta do meu quarto. 

- DULCE! DULCE! - Ah não, meu deus! Por quê? Bufei, me levantando e abrindo a porta. Ele se ajoelhou. Idiota. - Dulce me perdoa! Me perdoa meu amor. - Ele berrava apesar de eu estar em sua frente. Revirei os olhos.

- Só isso? Vai dormir! - Eu fui curta e grossa tentando bater a porta, mas ele se levantou rapidamente e colocou a mão. E por favor, medir força com Christopher era estupidez.

- Dul, como assim você me pergunta se era só isso. - Ele dizia como se eu fosse idiota, se ajoelhando de novo.

- Porque isso foi uma palhaçada, mas agora se levanta, por favor! - Eu elevei o tom de voz. Ele achava que era assim? Me magoava e depois era só me gritar de madrugada, se ajoelhar em frente á minha porta e já estava tudo legal de novo. 

- Dulce! - Ele disse em tom pidão. Bati a porta em sua cara, voltando para a cama, mas ele entrou acendendo a luz e tirando a coberta de cima de mim. Bufei. 

- O que você quer? - Gritei. Eu já estava quase rouca, minha voz já estava falhando, também, não era pra menos.

- Você! - Ele disse pausadamente, como se fosse óbvio. 

- Seu idiota! Some daqui Christopher. Some! - Me levantei, cruzando os braços em sua frente.  

- Gostosa! - Pôs um sorriso bobo no rosto. 

- Ridículo! - Eu senti nojo dele, nem parecia mais o mesmo! - Gostosa? Você nunca nem me provou, abusado!

- Ah, é? - Ele disse com deboche. 

- É. Isso mesmo! - Ele se aproximou de mim. 

Eu esperava qualquer coisa, mas Christopher me beijou. Ele devorava meus lábios, parecia que iria os arrancar. O beijo não tinha mais o mesmo gosto, esse beijo era cheio de luxúria. Chris chegava a me conduzir, iamos pra um lado e depois para o outro. Juro que continuaria toda minha vida naquele beijo, mas Chris parou. Eu ainda estava de olhos fechados, ele roçou nossos narizes e depois começou a rir. Aos poucos abri meus olhos.

- Viu como você me quer? - Ele susurrou em meu ouvido, me arrepiei de imediato - Dulce não adianta essa pose de menina forte, que me odeia, eu não acredito e isso não cola.

- Christopher, me poupe! Saí daqui, seu nojento! - Eu disse colocando os dois dedos sobre meus lábios. Como eu pude ser tão idiota? Tão fraca?! Ele tocou meu pescoço e viu que os cabelos de minha nuca estavam arrepiados.

-Acho que isso não é frio. 

- Saia daqui imediatamente! - Acho que ele pode ver meus olhos. Marejados novamente. Se ele achava que podia brincar assim comigo, estava muito enganado. 

- Dul, mas agora é sério, desculpa aquela minha atitude. - Ele parecia arrependido. Assenti cruzandos braços.  -Não quero que isso mude nosso relacionamento. 

- Que relacionamento temos se você nem ao menos gosta de mim Christopher! - gritei. - Se realmente gostasse, não esconderia tudo aquilo e mesmo sendo proibido ficarmos juntos por causa de um maldito casamento de nossos pais, isso não é justificação para você se comer com a Belinda. No meu sofá! - Dei ênfase na palavra sofá.

- Temos sim! De meio-irmãos. E é claro que eu gosto de você Dulce. Eu gosto muito de você. - Ele olhou no fundo de meus olhos. 

Eu mexi em meus bolsos procurando meu celular, mas não achava em lugar nenhum.

- Está preocurando isso?! - Ele estendeu a mão com meu celular. 

- Christopher me devolve agora! - Ele colocou o aparelho no alto. - Eu não vou ficar pulando que nem uma idiota pra tentar pegar! Me dá essa chave caralho!

- Não se descontrole Dul, eu te dou com uma condição. - Ele disse cínico, com uma falsa calma. 

- Qual?

- Admita que me quer! - O mesmo sussurrou em meu ouvido, mordendo minha bochecha. 

Eu peguei impulso e empurrei Christopher, fazendo ele cair no chão. Ele achou que eu iria beijá-lo, porém apenas cherei sua boca. 

- Christopher você se enbebedou! - Dei um tapa em seu peito, saindo de cima dele. 

- Estou super sóbrio! - O mesmo zombou se esticando até a porta, pegando uma garrafa de whyski que estava do lado de fora. 

- Ah, ja era de se esperar! Você não é assim, só teve coragem, só falou tudo isso porque está bêbado! Seu frouxo, covarde! - Peguei o celular. - Christopher, vai pro banheiro! Toma um banho, lava o rosto.. sei lá! Só some da minha frente!  

- Eu quero ficar com você Dulce! - Ele sorriu se levantando do chão. 

- Por favor Christopher! Vai que eu fico com você! - Eu disse sem olhar em seu rosto, digitando o número de Christian em meu celular. Fechei a porta e fui em direção ao meu armário, peguei a primeira roupa que vi pela frente, um short jeans e um casaco grosso, rosa com um mickey na frente e troquei de roupa, deixando o cabelo de qualquer jeito. Depois de cinco toques, ele antendeu. 

- Chris? - Eu disse já com a voz embargada.

- Dul? Aconteceu alguma coisa? - Ele elevou o tom de voz. 

- Por favor me ajuda, você pode me buscar aqui em casa? Só não fala pra ninguém, por favor. - Eu disse já chorando de novo. 

- Claro. Marca cinco minutos e eu já chego ai! - Ele disse desligando e eu peguei uma mochila, jogando todos meus pertences dentro. Eu não ficaria mais na mesma casa que aquele homem. Não mesmo. Ouvi a buzina do carro de Christian e me surpreendi. Não tinham sido nem cinco minutos. Coloquei a mochila nas costas e passei no quarto dele antes de ir. Estava jogado na cama, já dormindo. Suspirei e saí. 

Entrei no carro de Christian que assim que me viu me abraçou. O abraço mais forte e demorado que já tive e realmente, o abraço que eu precisava. Ele estava sem camisa, com chinelos e uma bermuda do lado avesso. Ri da cena, já devia estar dormindo e veio correndo. 

- Tudo bem? Eu soube o que aconteceu hoje mais cedo. Está chorando? Quer ir pra onde? - Ele disparou em perguntas. 

- Vamos pra onde você quiser, eu só queria dar uma volta, sabe? Esfriar a cabeça. Sim, estou chorando. Não estou nada bem. Parece que cada vez mais, a cada minuto, as coisas só pioram. - Suspirei e ele enterrou o pé no acelerador.