Fanfic: Meu Meio Irmão REESCRITURA (Vondy) | Tema: RBD, Vondy, Rebelde

Acordei sendo chacoalhada pela minha mãe. Ela e suas delicadas formas de lidar com sua filha: - Dulce, anda, levanta dessa cama, acorda! - Abri os olhos assustada, me sentando na cama, fiquei um segundo pensando em tudo e me lembrei do colégio. Droga, havia me atrasado! Corri para o banheiro. 

- Estou atrasada! Ah não! Atrasada não, por favor! - Mordi o lábio já me despindo e entrando no banheiro. Minha mãe riu, segurando meus ombros.

- Calma neña, você não está atrasada, hoje você vai faltar aula e eu só te acordei uma hora mais cedo. - Ela sorriu amarelo e eu fechei a cara olhando para o relógio digital. Eu acordava ás cinco e meia, bom, tinha dias que acordava, mas na maioria das vezes levantava ás seis, me arrumava em quarenta minutos e ia direto para o colégio. Eram cinco da manhã, tentei pensar no lado bom.. Mas não havia.

- Mãe, agora a senhora vai arranjar uma boa.. Não, uma boa não, uma ÓTIMA explicação para me acordar uma hora dessas, e me fazer matar aula. - Suspirei contando até dez mentalmente. Odiava que me acordassem ou pior, odiava que me acordassem assim, no susto. Tudo bem que eu acordasse no cedo, com o sol batendo em meu rosto, amava essa sensação. Mas só se eu acordasse por conta própria.

- Bel está aqui, sua cunhada! - Ela disse com um sorriso enorme e foi aí que eu fechei a cara mesmo. 

- E o que eu tenho a ver com isso? - Perguntei irônica também com um sorriso no rosto.

- Vou fazer um café da manhã para ela, se arrume e me encontre lá em baixo em meia hora, temos que tratar a noiva de seu irmão muito bem. - Ela saiu e assim que ela fechou aquela porta, senti que eu fosse gritar, berrar até não aguentar mais para ver se descarregava aquela raiva. Mas mais uma vez respirei fundo e me acalmei. 

Fui para a frente da minha penteadeira e sorri. Eu iria me acalmar, iria dar tudo certo, Belinda nunca me atingia mesmo na frente de Chris ou meus pais. Não que ela já houvesse me atingido, mas eu já fui motivo de várias brigas dela com Christopher, ela jogava indiretas.. Fui para o banheiro e tomei um banho rápido, fiquei só uns vinte minutos de baixo daquela água congelante, não sei como consegui ficar ali por tanto tempo, saí me tremendo e já me enxugando e indo para a frente do armário. 

Resolvi escolher uma calça jeans apertada e um suéter branco que deixava minha barriga um pouco á mostra. O tempo já não estava muito bom mesmo. Coloquei uma sandália com um salto não muito alto, deixei o cabelo solto com a franja bem lisa e me maquiei; uma máquiagem básica há não ser pelo delineador e pelos quatro quilos de rímel, mas eu já estava acostumada com tudo aquilo. Me olhei em meu espelho e me aprovei. Sorri, me encoranjando psicologicamente.

Vai dar tudo certo! Se eles ficarem de chameguinhos, você vai superar, pois sabe que aquilo é falso. Vai dar tudo certo! Eu pensava em cada instante, reforçando aquela ideia em minha mente. Desci as escadas encontrando Tina recolhendo alguns talheres do sofá. 

- Tininha! - Eu disse correndo para abraçá-la, que riu, mas retribuiu. 

- Oh menina Dulce isso tudo é saudades? - Disse ela com aquele habitual bom humor, assenti.

- Vamos dizer que a dona Blanca, não é lá essas coisas na cozinha. - Disse sorrindo piscando o olho esquerdo. Ela riu também e disse que o pessoal me esperava no jardim. - Ah, - ela baixou o tom de sua voz. - a sua cunhada querida, aquela loirinha sem sal, está aí. - A mesma fez uma cara de nojo apontando para o jardim, voltando sua atenção logo depois para sua vassoura. Me permiti gargalhar. Só quem gostava mesmo dela era minha mãe e Víctor.

Respirei fundo mais uma vez e mordi o lábio, indo em direção ao jardim. Estava frio, qual seria a lógica de um café da manhã no jardim? Eles estavam embaixo daquelas.. Eu odeio esquecer o nome das coisas! Sabe um guarda-sol? Então, é uma mesa com um desses. Me aproximei parando ao lado de minha mãe.

- Bom dia mãe. - Sorri, enquanto um dos empregados trazia uma cadeira para mim. Me sentei entre ela e Christopher.

- Bom dia Víctor, bom dia Chris. - Eu sorri para ambos. - Ah, e bom dia Belinda. - Sorri sem mostrar os dentes enquanto ela me matava com o olhar. Deixei uma risadinha escapar.

- Apareceu a Margarida! - Meu meio-irmão me zoou. Começamos a comer e até que estava um clima bem agradável, acho que minha reflexão de ontem á noite me fez muito bem. Me sentia melhor e mais leve, até com mais paciência para Belinda, que não parava com suas provocações, ela fazia de tudo pra tentar me atingir, mas não conseguia de maneira nenhuma e eu ficava cada vez mais orgulhosa de mim mesma. 

Devemos ter ficado umas duas horas ali, jogando conversa fora, comendo, estando como uma "família", pena que isso, estávamos muito longe de ser. Não só por causa da vaca em minha frente, mas porque não tínhamos o mesmo sangue.. Acho que me expressei mal, porque pra ser da família não precisa ser do mesmo sangue, família é quem cuida, quem está lá o tempo todo, é a base de todo o ser humano. 

O que digo é que.. Eu posso até ver Víctor como um pai, ele fez muita coisa por mim e para mim, faz até hoje, mas ver Christopher como irmão? Nunca. Nem quando eu era criança o via assim.

- Acho melhor entramos, está tão frio. - Minha mãe disse. 

- Concordo e ainda não entendi porque não tomamos café na cozinha, era só pedir para Tina arrumar tudo, ou tomar até mesmo na copa. - Falei da maneira mais doce e delicada do mundo, pois sabia que aquilo de alguma maneira iria sooar grosseiro. 

- Desculpa ruivinha, se não consegui te satisfazer. Mas é que eu queria muito que a nossa reunião, como uma verdadeira família, fosse aqui. - Ela sorriu com uma expressão triste e senti minha mãe me dar um beliscão. Olhei para ambas, perplexa. - Acho que já está na minha hora. - Ela se despediu dando um abraço e um beijo em minha bochecha, fazendo o mesmo com minha mãe e com Víctor. - Ucker, pode me levar em casa? - Ele assentiu entrando em casa. Minha mãe foi para seu quarto com seu marido, arrumar as malas para a viagem e eu me joguei no sofá, ligando a televisão em algum canal qualquer. 

- Se comportou muito bem hein?! - Chris me zoou, dando um beijo em minha testa e saindo colocando sua jaqueta. Deixei um sorriso idiota escapar e logo depois ouvi meu celular tocando. Não conhecia o número, parecia ser de outro lugar com certeza. Até o prefixo era diferente. Mesmo assim atendi ouvindo gritos do outro lado.

- Dul, está aí? - Ouvi a voz grossa de Poncho se pronunciar e no mesmo momento sentei no sofá, já animada.

- Oi Ponchito! Como está tudo aí? Onde estão? E que telefone é esse? - Disparei em perguntas e ouvi a sua risada.

- Está tudo bem, esse é o telefone do hotel. Estamos em Cancún, no hotel. Mas Christian e Anahi decidiram fazer uma festinha aqui e agora estão bom.. - ele pausou. - Animados. - Desatei em rir, bem a cara daqueles dois loucos.

- Meu Deus! Não consumam muita bebida imprópria para menores não, hein? - O zoei e ficamos conversando por um tempo, até que ele me lembrou dos boletins. Droga, havia esquecido!

- Putz Poncho, desculpa! Belinda dormiu aqui em casa e minha mãe quis fazer, O café da manhã para ela. Mas pode deixar que eu vou ainda hoje, tem que buscar o meu também e me despedir da Fê, Karla..

- Tudo bem Dul. - Cantou Maite. Desde quando Mai falava gritando e cantando? E eu não estava falando com Poncho? Foi aí que ri mais ainda.

- Olha Mai, curte ai, o.k? E diga para os outros que dá próxima vez que me deixarem de fora, eles vão ver! - Ela disse um "uhum" mais risonha que nunca e eu desliguei o telefone.

Resolvi que iria passar no colégio mais tarde e coloquei em um canal infantil. Melhor alternativa para passar o tempo, dependendo do canal. Peguei meu fone de ouvido na gaveta da cômoda e conectei ao meu celular no último volume. Devo ter pegado no sono já que quando abri meus olhos, estava sendo carregada.

- Nossa isso virou mania, me carregar? Eu sou gorda na alma Chris! - Brinquei com Christopher tirando um fone do ouvido e abaixando a música.

- Isso foi uma forma de você dizer que é pesada? Porque sinto muito, você não é. - Ele sorriu olhando para o relógio, quando já estávamos no meio das escadas pedi para ele um favor.

- Me leva lá no colégio para eu resolver umas coisas? Minha mãe do jeito que é, só passa lá ano que vem. - Ele riu e nós descemos as escadas, o mesmo pegou seu carro e foi dirigindo até o colégio.

- Passou né? - O mesmo puxou assunto ligando o ar-condicionado.

- Com certeza, né?! - Disse colocando o cinto de segurança por exigência do mesmo. 

- Mais uma vez obrigada Dulce por ter aturado Belinda hoje de manhã. É importante para mim que vocês se deem bem. - Ele tocou minha mão e me olhou significativo, sustentei o olhar e agarrei sua mão. 

- Tudo bem. Mas por quê, aturá-la? Não gosta do tempo com sua noiva? - Soltei uma risada básica, me aproveitando. Plantei verde esperando colher maduro. Ele segurou o volante com força e quando parou no sinal, mirou seu olhar em mim.

- Você sabe que eu nunca pensei muito nisso agora, ainda mais com Belinda, ela é uma mulher ótima, mas ela não é... O que eu esperava, sabe? O que eu realmente quero. - Ele suspirou. - Mas é muito importante para o meu pai e me dou bem com ela. 

Como eu estava? Por dentro eu estava.. "mas para falar a verdade.. acho que nunca vou conseguir quem eu quero", ele murmurou mais para si mesmo do que para mim e aquilo me fez vibrar, meu coração estava tão acerelado, parecia que havia uma manada gigante dentro de mim e eles dançavam macarena. Aquele pensamento idiota me fez rir. 

- Mas por quê ser assim tão pessimista? - Perguntei tocando de leve sua mão. - Talvez, você tenha tudo que precisa em sua frente e não enxerga. - Suspirei, nervosa, analisando cada sílaba do que eu disse, será que eu dei muita bandeira?. Bem, pelo que parece, não. Ele sorriu. 

- Ela é tudo que eu preciso Dul. Ela é tudo que eu quero e acredito que isso seja recíproco, o difícil não vai ser consêgui-la, mas sim, tê-la.. - Ele pausou e eu refleti suas palavras. - Tudo bem, é confuso. 

O resto do caminho até o colégio foi puro silêncio. Christopher com certeza já estava em uma alta velocidade, eu via os edíficios e outros veículos da cidade se tornarem apenas borrões coloridos.

- Sabe, no quê eu estava pensando, Dul? - Ele sorriu sapeca, sua voz estava intusiasmada, lá vem.. Fiz sinal com a cabeça para que continuasse. - Queria comprar uma moto. - Ele sorriu e eu fui contagiada não só por aquele sorriso maravilhoso ou aquela voz que era música para meus ouvidos, mas sim por ter amado a idéia.

- Sério Chris? Você sabe que eu sou apaixonada por motos, então super te apoio. - Bati palminhas como uma criança que entrava em uma loja de brinquedos pela primeira vez e seus olhos brilharam, ficando mais lindos ainda e seu sorriso alargou.

Gente, tudo o que eu tenho á dizer que eu to me apaixonado, me apegando, respirando essa minha fanfic de novo, fiquei lendo os comentários e vi o quanto de pessoas que me apoiavam e gostavam da história. Ahh e eu criei um trailer pra história, jaja eu posto e espero que assistam. Então, aproveitem bastante que eu estou cheia de idéias, reescrevendo e reeditando os capítulos para eles ficarem fresquinhos e maravilhooosos! Por favor, vai ser muito importante pra mim se vocês puderem me ajudar a divulgar, ou se simplesmente comentassem, por favor. Brigada, beijao.