Fanfic: Meu Meio Irmão REESCRITURA (Vondy) | Tema: RBD, Vondy, Rebelde

Logo depois ele percebeu o que estava fazendo e começou a rir também. Christopher nunca fora desse tipo, havia algo acontecendo. 

- O que houve, Chris? - Perguntei curiosa e ele fixou seu olhar na direção, o sinal ficou verde e ele ficou alguns segundos em silêncio. 

- Briguei com a Bel. - Ele suspirou. Nossa, as coisas entre eles não estavam mesmo boas, hein? Eram brigas e mais brigas. Eu pensei em perguntar o motivo e ele leu meus pensamentos. - Ela está cada vez mais possessiva, ciumenta.. E você sabe como eu sou Dul, eu não nasci para ser preso a ninguém e sinto muito se ela não compreende isso. - Mordi o lábio.

- Então foi sério, hein? Isso tudo hoje de manhã? - É, eu não conseguia controlar minha língua, as perguntas saiam meio que automaticamente.

- Sim. Ela veio falar que viu uma foto em alguma rede social que eu estava com cara de bêbado, com uma garota.. Falou várias coisas. 

- Mas agora Chris, sendo franco.. Você andou dando umas escapadas? - Ele negou de todas as formas possíveis.

- Não Dul, eu juro! E eu nunca faria isso primeiro por respeito á ela, eu não faria uma coisa dessas! E acho que a base de qualquer relacionamento é a confiança e se ela não confia em mim.. Não dá ne?! - Assenti e suspirei. 

Eu acreditava muito nele e sabia como Belinda sempre criava caso sem necessidade. Resolvi não insistir naquele assunto e começamos a fazer nossa lista. Não demoramos a chegar ao super-mercado, a demora foi no estacionamento, não se achava uma vaga sequer e ele começava a praguejar. Lá dentro devia estar um formigueiro e na boa, eu não tinha a menor paciência para filas, pessoas me empurrando, jogando o carrinho contra mim..

Respirei fundo me preparando psicologicamente. Achamos uma bendita vaga! Uma única no meio de várias, posto L vaga número três.

Saímos do carro e um Christopher autoritário passava suas instruções.

- Nós vamos entrar, ir nas sessões que tem que ir, comprar só o que tem na lista e depois ir para o caixa preferencial. Inventa qualquer bobagem, eles sempre nos deixam passar! - Ele deu de ombros.

- Se aproveitando das condições do seu pai, querido? - Eu ri e ele logo depois me acompanhou. 

- Qualquer mentira que eu inventar, você vai acompanhando, hein? Se não quem vai passar vergonha é sua mãe, ai ela te espanca. - O mesmo me deu a mão e entramos no super-mercado. Era muito grande e o mais popular da cidade, que mesmo sendo pequena, era sendo pequena só se comparada as outras. Parecia que todos resolviam ir para o mercado no mesmo segundo e sempre ficava como um formigueiro. Por exemplo agora, estava lotado e Chris não parava de bufar, enquanto eu só sabia rir de sua desgraça.

Vi um carrinho sozinho e apertei sua mão, correndo junto com ele. Ótimo! Nossa chance! Agarrei o carrinho, o puxando. Mas ele parecia não se mover. Olhei para o outro lado e vi que uma senhora com uma criança, o puxava também.

- Desculpe, mas peguei esse carrinho primeiro. - Disse o mais dócil possível.

- Menina, mal educada, viu? Filha da Blanca! Não seja que nem essa aí, querida. - Ela disse para a menininha que a acompanhava. Devia ser uma das inimigas da minha mãe, ri com esse pensamento.

- Mal educada uma ova! Eu hein, velha esclerosada. - Resmunguei com um bico e meu meio irmão colocava a mão na barriga de tanto rir. Mirei um olhar matador para ele e comecei a atropelar as pessoas, não estava mais aguentando aquele povo todo em volta de mim, queria sair daquele lugar logo. 

- Chris a lista está com você? - Perguntei enquanto ele colocava uma caixa de leite no carrinho.

- Isso é serio, Dul? - Ele fez uma careta me desaprovando. Arregalei os olhos.

- Maldição! Deve ter caído enquanto eu brigava pelo carrinho. - Mordi o lábio. - Pior que eu nem lembro o que estava escrito lá. 

Ele suspirou. Parecia estar irritado, para falar a verdade, estava e muito. Mas Christopher sempre foi uma pessoa controlada e nunca explodia por qualquer coisa, uma das coisas que eu admirava nele.

Fomos para a sessão de biscoitos e ele parecia uma criança. Encheu todo o carrinho de besteiras, depois na sessão de frio a mesma coisa. Parecia que estávamos fazendo compras para nossos irmãozinhos de sete, oito anos. Que graças a Deus ainda não existem e nem vão existir.

- Dul, acho que agora já está bom. - Ele analisava tudo.

- Chris, você acha mesmo que vamos viver de salgadinho, biscoito, congelados e refrigerante? - Perguntei com o cenho franzido e ele assentiu fazendo cara de cachorro que acabou de cair da mudança. Uma carinha fofa que eu não resisto, mas.. - Não mesmo! Eu tenho que manter a forma e sem dizer que isso vai me deixar com fome, não vai adiantar nada. - Soltei uma risada nervosa e depois de compramos comida de verdade e nosso carinho estar quase transbordando, fomos em direção aos caixas. Christopher que empurrava o carrinho, segundo ele, para andar mais rápido, dizia que eu era lerda. 

Eu era lerda e ele era grosso, saia jogando o carrinho em cima. Só faltava nós cruzarmos com aquela velha novamente, ri desse pensamento. Fomos em direção ao caixa preferencial. Alegamos estar com nossa mãe, idosa, só que ela estava no banheiro, tinha problemas desse tipo. Não sei como consegui segurar a risada. Ele dizia tudo aquilo para a mulher, com a cara mais limpa do mundo, como quem diz bom dia. 

Embalamos as coisas e assim que estávamos saindo, topei com alguém. Ajudei a garota a levantar e me desculpei, sem saber quem é. Me arrependi por ter parado para isso, era ela.. 

- Chris, meu amorzinho! Ai me perdoa! - Ela agarrou seu pescoço e tentou o beijar de toda maneira, que virou a cara. - Por quê está fazendo isso? - Ela nem me cumprimentou e eu não era obrigada a presenciar aquela ceninha e nem ficar ouvindo aquela vozinha estridente e chata.

- Bel, dá para você parar? Depois conversamos, certo? Eu só quero sair daqui. - Ele nem olhou para a cara dela, reprimi um sorriso e o mesmo pegou minha mão praticamente me arrastando em direção ao estacionamento. Ouvia sua voz e seus saltos batendo com força no chão, ela estava vindo atrás. Ele parecia desesperado e ficava o tempo todo procurando nossa vaga, já havia até destrancado o carro, mas nada de achar. - E agora, Dul? Você lembra onde estacionamos? - Ele comprimiu os lábios. 

- Posto L, só o número que eu não lembro, era dois, três, quatro.. Por aí. - Suspirei desapontada. Ele correu até lá e achamos o carro em uma das primeiras vagas. Abriu o porta malas jogando tudo lá dentro, enquanto eu ria do seu jeito desastroso. O ajudei a colocar tudo lá dentro e ele deu uma pancada com tudo. Entrei no banco do carona e ele disparou com o carro. Pelo retrovisor, ainda deu para ver Belinda atrás de nós, com a sua pior expressão facial. Deu pena. 

- O que deu em você, seu louco? - Eu ainda estava ofegante, me permiti gargalhar.

- Não estou com paciência para ela e não quero brigar. Parece que ela me persegue, sabe? Não aguento mais isso. - Eu ri colocando a mão no seu ombro, como se tentasse o consolar.

- Cá entre nós, acho que ela persegue mesmo. - Nós rimos e logo depois liguei a rádio. Estava tocando `Bitch I`m Madonna`, ri da lembrança que tive. Eu já fiz um vídeo cantando e dançando essa música com Anahi e Maite. E sempre que tocava nas festas que estávamos, fazíamos a nossa coreografia e erámos mais escandalosas que o normal. Comecei a cantar e imitar a batidinha, enquanto o homem ao meu lado ria.

- Isso é Madonna? Essa mulher ainda está viva?!

- Acredite. Ainda está. - Nós rimos.

Não demorou até chegarmos em casa e colocar tudo em seu devido lugar. Assim que acabamos tudo me joguei no sofá e liguei a televisão em qualquer canal que parecia estar passando algo interessante.

- Dul, provavelmente Belinda vai vir aqui, por favor, diz que eu não estou. De preferência, nem atenda. - Assenti. 

- Provavelmente nem vou atender mesmo, acho que vou dormir. Mas Chris, por quê está a evitando assim? - Me sentei no sofá cruzando as pernas e ele se sentou ao meu lado.

- Dul, acho que vou terminar com ela. - Vibrei, mas por fora continuava totalmente normal. Agradeci mentalmente a Maite por ter me arrastado para o teatro, milhares de vezes. Consegui treinar muito bem, expressões faciais. - Ela está me sufocando, eu não quero mais me sentir assim. 

- Mas você sabe que Víctor vai.. - O mesmo me interrompeu.

- Agora eu não estou nem aí para meu pai, se ele quiser, ele gere outro Christopher para casar com ela. Belinda é linda, carinhosa, companheira, mas ela já está demais! Ciumenta, grudenta.. Eu não gosto desse tipo de coisa. Eu gosto de ser livre. - Aquela última frase, meio que me quebrou. Destruiu todas as minhas esperanças e ilusões ao seu lado.

- Mas você não disse no carro, que havia uma sortuda, quem era apaixonado? - Suspirei.

- Ah, ai é outro caso. - Ele riu nervoso, passando a mão pelo cabelo. - Mas não gosto de compará-la com Belinda, elas não são o mesmo em nada, muito pelo contrário. 

É, eu devia mesmo desiludir, ia praticar mais aquele mantra, eu já havia melhorado tanto.. Sairia, encontraria outros Christopher`s por aí e tudo certo. Poderia morrer com esse amor em sigilo, mas nunca iria o atrapalhar. Mesmo preferindo estar com ele ao meu lado. 

***

Christopher:

Até que senti um peso em minhas costas. Ela estava ali, tinha que ser ela. Aquele perfume era único, poderia reconhecer aquele cheiro a quilômetros. A mesma começou a massagear minhas costas. Me mexi e pedi para que a mesma parasse. 

- Eu sei que você gosta. - Sussurrou em meu ouvido e me virou de frente para si. Estava linda. Como se fosse posível, mais linda ainda. Usava um bíquini branco com franjas, seu cabelo estava solto e caiam como cascatas em seus ombros. Ela me olhava com um olhar e um sorriso malicioso. - Me peça. 

Eu não iria pedir. Eu iria agir. A puxei pelo pescoço, mas ela riu, se curvando e fazendo sinal negativo com a cabeça.

- Não. Me peça! - Como eu iria me deixar ser controlado por ela? Mas naquele momento nada mais importava. Aquela garota poderia mandar eu fazer qualquer coisa, que eu não me importaria.

- Me beija. - Eu pedi e ela sorriu. Um sorriso lindo, unindo seus lábios com os meus, enquanto minhas mãos percorriam seu corpo e ela tirava minha calça, com tudo. Desamarrei seu bíquini e inverti as posições enquanto ela arranhava meu pescoço e... 

Então ouvi alguém me chamando e me chacolhando. Abri os olhos confuso.

- Oi Dul, o que ouve. - Acordei assustado. 

- Está suando, teve algum pesadelo? - Ela sorriu sapeca e avisou que Belinda não parava de ligar e estava fazendo um escândalo na porta de casa. Falei para ela ignorar que logo a mesma parava e ela saiu do meu quarto. É Dul, acho que o que eu tive foi pior que um pesadelo e não é a primeira vez. 

Essa garota vivia aparecendo em meus sonhos. Era literalmente, a garota dos meus sonhos, eu nunca conseguia lembrar de seu rosto, só que era linda e tinha longos cabelos longos como o de Dulce e um corpo maravilhoso. 

Com certeza não era minha irmã. Eu nunca iria fantasiar com ela, eu não poderia. Entre nós, nunca iria rolar nada. 

Por um momento, agradeci por estar coberto e por ela não ter notado nada de estranho..