Fanfics Brasil - Chapter 38 First dandelion in the spring

Fanfic: First dandelion in the spring | Tema: Jogos Vorazes


Capítulo: Chapter 38

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Chegamos ao local da festa por volta das 22h15 e ainda não estava completamente cheio, pelo que Johanna me disse as pessoas costumam chegar as festas apenas depois das 23h e não tem hora para sair, principalmente se for open bar, palavra que Johanna prontamente me explicou o significado depois de rir de mim por cinco minutos inteiros.
O clube é grande e bem cuidado, passamos pela portaria e apresentamos nossos documentos, eu por pouco não consigo passar por pensarem que sou menor de idade, mas o segurança ainda que desconfiado me deixa entrar enquanto pega nossos ingressos.
Vamos para um grande salão com campos de golfe ao redor, quadras de tênis e uma piscina. O salão está iluminado apenas o suficiente com luzes fluorescentes de cores diferentes, há um palco bem na frente que imagino que será onde o DJ ficará quando chegar e um bar foi montado ao lado direito e considerando que o máximo que conheço de bebidas é a aguardente branca de Haymitch e o vinho que Peeta serve, o que há no bar é a maior variedade de álcool que já vi na vida.


Uma música animada toca e algumas pessoas dançam na pista com copos nas mãos.
Johanna e eu nos dirigimos ao bar e sentamos lado a lado junto ao balcão, ela pede dois coquetéis de fruta e
quando o barman no serve uma bebida cor de rosa eu viro a taça de uma vez só, o sabor doce em contraste com o que quer que tenha de amargo no meio faz com que meu corpo relaxe instantaneamente. Deposito a taça vazia sobre o balcão e faço sinal para o barman para que me traga outra, quando ele me serve viro tudo mais uma vez.


Sem que eu me dê conta muitas pessoas chegam e o salão fica mais cheio, a pista de dança está ainda mais movimentada e o balcão do bar está totalmente lotado de uma ponta a outra. Já tomei pelo menos cinco ou seis coquetéis e sinto Johanna me cutucar com o cotovelo quando uma bargirl se posta a minha frente sacudindo uma espécie de garrafa térmica entre as mãos e em seguida enchendo minha taça com algo que não faço idéia do que seja. Ela diz apenas “aquele cara mandou te dar isso” e se vai logo em seguida. Eu fico confusa mas quando olho para minha esquerda percebo que uns três bancos ao meu lado há um grupo de homens e um deles me olha fixamente e se levanta a taça entre os dedos e aponta para mim sorrindo. Eu levanto minha taça e aceno de volta para ele, mas começo a pensar que não foi uma grande idéia quando ele sai do lugar e começa a caminhar em minha direção.


O homem se aproxima de mim antes que eu me de conta do que realmente está acontecendo e fica com o rosto bem próximo ao meu quando se abaixa ligeiramente para falar no meu ouvido.


--Olá, eu sou o Mark. -Sinto um leve arrepio quando seu hálito quente toca minha orelha.


--Olá. –Eu respondo sem fazer contato visual com ele.


--Você quer dançar? –Ele diz novamente próximo ao meu ouvido e me estende uma mão.


Mark tem olhos castanhos como os meus, muito pouco cabelo, a pele mais escura do que a minha, mas mais clara do que a de Rue e Thresh. Mesmo sentada calculo que ele deve ter pelo menos quinze centímetros a mais do que eu e é dono de músculos avantajados que ele pouco fez para esconder com a camisa de malha cor de rosa.
Não podia ser mais diferente de mim, mas ainda assim não consigo evitar que minhas bochechas queimem quando ele se aproxima de mim.


--Eu agradeço pela bebida. –Digo levantando a taça e olhando fixamente para ele pela primeira vez- Mas não, obrigada.


--Qual é o problema? Isso é uma festa. É obrigatório se divertir. –Ele sorri e mostra dentes perfeitamente brancos e alinhados.


--Quem sabe mais tarde? –Digo mais por vontade de me livrar dele e dos calafrios que ele me causa do que com a intenção de cumprir.


--Ok. Mas eu vou cobrar, viu? –Ele diz isso segurando minha nuca e quando afasta a boca da minha orelha passa tão próximo do meu rosto que encosta o nariz no meu.


Bebo metade do conteúdo da minha taça num gole e quase cuspo tudo fora porque o gosto é fortíssimo, mas engulo e tomo todo o restante e pela primeira vez na noite me sinto tonta.


--Calma garota. –Diz Johanna- Assim você não chega em casa andando com as próprias pernas. –Ela ri- E posso saber por que você não quis dançar com aquele gato que te pagou a bebida?


--Porque não e porque não sei dançar. Além do mais eu tenho namorado, esqueceu?


--Não, não esqueci. Mas dançar não arranca pedaço e já que tocamos no assunto. Vem comigo!


Johanna pula do banco e me puxa em direção ao meio do salão bem na hora que um homem está no palco anunciando a chegada do DJ que se apresenta como DJ Nightmare.
Uma música muito alta e bem animada começa a tocar e Johanna se movimenta no ritmo me incentivando a acompanhá-la. As bebidas mais a musica e as luzes que piscam freneticamente e o fato de todas as pessoas a nossa volta se importarem apenas com elas mesmas me dá confiança para seguir dançando e me soltar ainda mais.


Após quatro musicas sou obrigada a parar por conta do calor e a sede e volto para o bar que agora está um pouco mais vazio. Sento-me em um banquinho de pés altos e aponto para uma garrafa aleatória da prateleira atrás do barman e digo que quero a bebida verde com gelo.


Nem sei se essa bebida foi feita para se tomar com gelo, mas o barman me serve e a combinação não poderia ser melhor. Meu corpo se refresca a cada novo gole, mas em compensação meu cérebro fica cada vez mais lento para processar tudo o que acontece a minha volta.


Estou tão concentrada em minha bebida que nem percebo quando um par de mãos segura minha cintura, me exalto por um momento e em seguida me viro para ver Mark sorrindo para mim. Sorrio para ele e me viro de volta para o balcão do bar, ele se senta ao meu lado.


--Olá de novo.


Mark continua a sorrir e me olhar e eu faço um aceno de cabeça para ele. Então chamo alguém que serve para ele o mesmo que para mim. A bebida verde com gelo.


--Apenas uma retribuição pela que você pagou para mim mais cedo.


--Eu não paguei uma bebida para você esperando uma retribuição. Talvez eu esperasse uma dança, mas só de você ter aceitado já fiquei satisfeito.


--Nesse caso então você paga. –Digo sorrindo e levanto minha taça, no que Mark retribui e bate a dele contra a minha no ar como se estivéssemos brindando.


--Pelo que estamos brindando?


--As novas amizades.


Nós dois bebemos pelo menos mais uma bebida verde com gelo cada um e enquanto conversamos Mark me conta que tem 25 anos, nasceu no Distrito 11, mas vive no 8 desde a Revolução onde perdeu toda a família e só ficou com uma irmã mais nova de quem agora cuida sozinho.
E antes que eu pergunte onde ela está agora que ele está numa festa, ele diz que contratou uma babá de confiança. Eu não contenho uma risada.


--Bom, eu já te contei parte da minha vida, mas não sei sequer o seu nome ainda.


--Katniss... –Apenas dizendo meu primeiro nome já vejo sua expressão mudar e Mark arregala os olhos. Faz tempo que não vejo essa reação, mas a reconheceria em qualquer lugar mesmo após uma vida inteira. - Sim, eu sou a Katniss Everdeen. – Sorrio e dou de ombros.


--Tudo bem, desculpe meu choque momentâneo. –Ele diz meio sem jeito- Já me recuperei do susto. E para provar vou pedir uma bebida em sua homenagem, me acompanha?


--Porque não?!


Mark chama um barman e pergunta por uma bebida especifica, o homem parece meio em duvida se é isso mesmo que Mark quer, mas acaba convencido.
Então deposita duas taças minúsculas a nossa frente, coloca soda até mais da metade e completa com poucos ml da garrafa.


--Pronta? –Mark segura a taça.


--Sim.


Levantamos as taças e bebemos de uma vez. Eu vejo tudo rodar por um alguns segundos, então fecho os olhos pressionando os dedos sobre as pálpebras.


--Tudo bem? –Mark pergunta com uma das mão no meu ombro.


--Tudo sim, a bebida só era mais forte do que eu esperava.


--Eu sei. –Mark ri- Sabe como se chama isso que você acabou de tomar?


--Não faço idéia, mas me diga para eu nunca mais tomar na vida.


--Essa bebida se chama Everclear. É simplesmente a bebida mais forte do mundo. Poucas pessoas têm conhecimento sobre ela e menos pessoas ainda já a experimentaram. Quem olha para a garrafa não dá nada pelo conteúdo, mas poucas gotas daquele líquido transparente podem derrubar uma pessoa por horas, por isso não é aconselhável tomá-la sem misturar com algo mais fraco.


--Bom saber. E porque você ofereceu para mim? –Agora já consigo enxergar melhor sem ficar muito tonta.


--Porque seu nome me fez lembrar aquela bebida e achei que deveria apresentar vocês duas. –Mark põe uma das mãos no meu rosto- Ambas são aparentemente inofensivas, mas fazem um bom estrago se não administradas com cuidado.


Mark aproxima o rosto do meu e desliza a mão do meu rosto para minha nuca me puxando para um beijo. Sei que isso é errado de todas as maneiras imagináveis, sei que não deveria deixar acontecer, mas seus lábios são tão macios, sua língua explora minha boca com autoridade e ele agora fica de pé me colocando com as costas contra o balcão e apertando minha cintura com firmeza enquanto segura meu pescoço e me guia de acordo com seus movimentos. Sinto-me incapaz de não retribuir a esse beijo enquanto minhas mãos estão em suas costas.
Mesmo com uma vozinha na minha cabeça me dizendo que é errado, que não devo, eu não faço nada para parar.


Então sinto um puxão repentino e não estou mais beijando Mark, mas Johanna está parada na minha frente me olhando. Não consigo distinguir sua expressão, droga, não consigo nem mesmo distinguir o que está passando dentro da minha cabeça.
Sento-me novamente e apoio a testa nas mãos sobre o balcão. Preciso de um minuto para pensar. Johanna se senta ao meu lado e permanece em silencio. Peço uma bebida qualquer com gelo, bebo o mais lentamente que posso.


--Vamos embora? –Digo olhando para Johanna pela primeira vez- Por favor. –Sinto meus olhos ficarem pesados e pisco algumas vezes, então Johanna caminha em direção a porta e eu a sigo.


Chegamos ao hotel quase as 5h da manhã mas não encontramos problemas para entrar porque a recepção fica aberta 24 horas e os quartos são independentes, então não incomodamos ninguém. Não faz sentido deitarmos agora se precisaremos levantar em pouco mais de uma hora para pegar o trem das 7h. Assim sendo começamos a arrumar nossas coisas e quando termino tomo um banho gelado. Debaixo do chuveiro me esfrego com força deixando marcas vermelhas pelo corpo, como assim fosse tirar tudo que está dentro de mim. Então as lágrimas enfim são permitidas a cair. E elas caem, e me coração se enche de dor e remorso. Sei que o que fiz não pode ser desfeito. Só não sei como farei para dizer isso a Peeta.
Depois de vários minutos saio do banheiro secando o cabelo com uma toalha e Johanna já esta vestida e sentada na cama, ela me olha assim que piso no quarto.


--O que você vai fazer? –Ela pergunta.


--Não faço idéia. –Digo respirando fundo e sabendo que meu nariz ainda está vermelho por conta do choro- Mas vou pensar durante a viajem de volta.


--Você sabe que tem que contar pra ele, não é? –Johanna diz ficando de pé.


--Sim Johanna, eu sei que tenho que contar pra ele. Agora podemos ir embora? Eu já estou pronta. –Digo jogando a toalha sobre a cama e pegando minha bolsa.


Não faço idéia de como será quando chegar em casa, não faço idéia do que irei dizer. Pior ainda, não sei qual será a reação de Peeta ao saber que por causa de uma noite coloquei em risco uma vida inteira ao lado do homem que eu amo.


 


 


Capítulo bem grande pra vocês.


Amanhã ou quem sabe mais tarde tem mais. 


Xoxo



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Autor(a): mockingjeah

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 93



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  • mockingjeah Postado em 09/01/2016 - 10:40:35

    Quem sabe no futuro saia alguma estoria nova, mas por enquanto não tenho planos. Obrigada por acompanharem. <3

  • chaverronis2forever Postado em 21/12/2015 - 20:29:18

    Ameeei a fic de verdade e simplesmente linda

  • vondyjemilaliter Postado em 21/12/2015 - 19:49:11

    how que coisa mais linda,eu amei sua web do começo ao fim,você escreve muito bem espero poder ver outras histórias suas,meu parabéns garota voce arrasou.

  • chaverronis2forever Postado em 20/12/2015 - 17:09:10

    Continua ai que fofo os dois que bom que voltaram que pena que já ta acabando

  • mockingjeah Postado em 18/12/2015 - 23:20:11

    Amanhã tem mais, amores *--* Ta quase no fim. :(

  • vondyjemilaliter Postado em 18/12/2015 - 19:42:13

    olha eu acho que o peeta precisa não só de prazer para reconquista-la, ele precisa conquistar a confiança dela também eita Haymitch cabeça dura,meu ele precisa reagir e lutar pela filha deles não é fácil mas ele tem que tentar de verdade,amei o capitulo sua web esta ótima posta mais!1

  • chaverronis2forever Postado em 18/12/2015 - 18:14:02

    Continuua espero que o Hamytch fique bem

  • chaverronis2forever Postado em 17/12/2015 - 23:56:29

    Continua Katniss devia acreditar no Peeta ele não pode ter uma amiga mulher

  • chaverronis2forever Postado em 16/12/2015 - 11:10:41

    Continua *-*

  • vondyjemilaliter Postado em 16/12/2015 - 06:55:46

    Eita poxa RS hehe peeta não vai ser tão fácil assim,depois do que rolou escutar isso não e fácil, mas será que ela falou pra valer parece que sim mas não sei não adorei posta mais


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