Fanfic: First dandelion in the spring | Tema: Jogos Vorazes

Lingerie é importante. Você pode não se dar conta quando seu sutiã caro acaba em um canto 10 segundos depois que ele tirou a sua blusa, mas é importante. 

Então era isso o que Peeta estava lendo quando cheguei. Precisei pegar o livro e buscar pelas páginas até encontrar o motivo para ele ter dito que adoraria me ver usando lingerie vermelha. Agora tudo faz sentido.
O capítulo se chama O QUE HOMENS ADORAM NO SEXO. Não posso evitar um sorriso ao lembrar de sua voz contra meu ouvido e suas mãos acariciando minhas costas. Eles podem adorar nos ver de lingerie, mas eu sei que adoro qualquer coisa que Peeta fizer.

É véspera de natal e Peeta saiu bem cedo de casa para comprar vegetais frescos e algumas coisas que ele disse que ainda estavam faltando para a ceia.
Como era de se esperar ele não deixou ninguém se meter nos preparativos e disse que se alguém quisesse ajudar que apenas não ficasse em seu caminho. Até Haymitch quase foi expulso de dentro da própria casa quando Peeta começou a chegar com sacolas e mais sacolas de coisas.
 “Pensam que é fácil cozinhar e montar uma ceia para dez pessoas?” ele disse incansavelmente, então nós apenas evitamos chegar a menos de cinco metros dele quando estivesse na cozinha e tudo correu relativamente bem.

Johanna e eu acabamos ficando com a tarefa de deixar a casa de Haymitch a mais limpa e cheirosa possível.
Começamos a limpeza logo após o almoço, assaltamos a carteira de Haymitch para comprar produtos de limpeza, abrimos as janelas, lavamos o chão da sala e da varanda com um produto com cheiro de alfazema, tiramos teias de aranha, guardamos objetos que estavam fora do lugar.
No fim nosso trabalho valeu à pena, o mau cheiro desapareceu porque usamos todo o vidro de produto no chão e nas paredes e ainda usamos pelo menos uns vinte palitos de incenso com cheiros variados. Os convidados poderiam sentir vários aromas, mas o da aguardente branca não seria um deles. O chão e as paredes até voltaram a ser brancos e deram um belo contraste com a grande mesa de madeira rústica que fica no meio da sala.

O único problema foi às cadeiras, a mesa possuía apenas seis, então precisei ir a minha casa buscar as outras seis que havia lá, Johanna e eu conseguimos carregar apenas uma por vez por serem muito pesadas e a cada viagem de ida e volta da Costura até a Vila dos Vitoriosos Johanna reclamava um pouco mais. Tenho certeza que ela usou todo o seu rico repertório de palavrões durante os três passeios que fizemos. Uma coisa super agradável para se fazer em um dia quente.
Mas o importante foi que ela ajudou e no fim tudo estava em seu devido lugar, as cadeiras ficaram um pouco apertadas, mas com jeitinho todos vão conseguir se sentar sem maiores problemas e a mesa foi forrada com uma bela toalha de renda branca que Hazelle emprestou.

Chega o fim da tarde, tudo está nos conformes, Peeta parou de correr de um lado para outro e Haymitch está realmente feliz com toda essa movimentação em casa e não só está sóbrio como foi à loja e comprou uma roupa nova para usar a noite. E o esforço dele para ficar sem beber é tanto que ele fica andando para todos os lados com uma garrafa de vinho cheia de suco de uva concentrado. Segundo ele, se concentrar-se bastante ele sente gosto de vinho ao tomar o suco e assim não precisa beber.

São 19h30 tudo já está preparado, a casa cheira a comida, alfazema e centenas de outros cheiros da natureza, a mesa está posta e só falta a tal ave que está assando no forno sabe Deus desde que horas ir para o centro da mesa.

Nossos amigos devem chegar por volta das 21h e sou obrigada a quase arrastar Peeta para fora da cozinha. Haymitch já está de volta e fica incumbido da tarefa de desligar o forno exatamente as 20h37, mas não deve mexer em mais nada pois Peeta se encarregará quando chegar.

--Haymitch, 20h37! Não esqueça, não pode ser nem um minuto a mais nem um minuto a menos. –Diz Peeta pela bilionésima vez, se é que não me perdi na conta- E pelo amor de Deus, não abra o forno!

--Katniss, tira ele daqui, senão eu vou ser obrigado a chutá-lo até em casa. –Haymitch revira os olhos- E hoje eu quero ser legal, então, me faça esse favor. –Ele vira um copo de suco na boca.

Puxo Peeta porta a fora o segurando pelo braço e quando cruzamos a varanda e passamos por uma das janelas abertas ele ainda para mais uma vez para alertar Haymitch que não deve esquecer-se do horário, mas logo que olha através da janela e começa a falar se abaixa rapidamente e em seguida eu vejo um copo de vidro voar bem próximo a cabeça de Peeta.

--Ele jogou um copo de suco de uva em mim. –Peeta diz me olhando perplexo.

--Bem feito, você está o perturbando tanto que no lugar dele eu teria jogado algo mais pesado.

--Katniss!

--É verdade. –Digo e começo a andar em direção a Costura- E foi uma pena ele não ter acertado. Agora vamos pra casa.

--Quem toma banho primeiro? –Peeta diz ao colocarmos os pés dentro de casa.

--Como assim primeiro? Nós tomamos banho ao mesmo tempo.

--Sério? –Ele abre um sorriso tão grande que mal cabe no rosto.

--Deixa de ser safado. –Dou um tapa em seu braço- Vamos tomar banho ao mesmo tempo, mas cada um em um banheiro. Eu no do quarto e você no outro.

--Ah, eu quero tomar banho no do quarto!

--Ah, mas vai ficar querendo!

Eu corro em disparada em direção ao quarto e entro no banheiro rápido, mas antes que eu feche a porta Peeta está atrás de mim e já enfiou o braço entre a porta e a parede me impedindo de fechá-la.

--Sinceramente as vezes eu chego a duvidar que você só tem uma perna. –Digo soltando a porta- Como é possível você conseguir correr desse jeito?

--Sou muito ágil, amorzinho. –Ele pisca para mim e sorri.

--Ei ei ei! O que você pensa que está fazendo? –Digo quando Peeta entra no banheiro e começa a tira a roupa.

--Ué! Estou tirando a roupa pra tomar banho. –Ele dá de ombros.

--Peeta...

--Nós vamos só tomar banho, eu juro. –Ele levanta as duas mãos deixando as palmas expostas em sinal de juramento.

Acabo me dando por vencida, cada minuto que passar discutindo é um minuto a menos que tenho para me arrumar e um minuto a mais que corro o risco de me atrasar.

Peeta já está sem nenhuma roupa no corpo e entra no box, ligando o chuveiro e verificando a temperatura.

--Faça o favor de não colocar naquele quente escaldante. –Digo entrando no box após tirar a roupa- Não sei como você ainda não saiu cozido de um banho desses.

--Eu sou naturalmente quente. –Peeta ri e levanta as sobrancelhas ao dizer isso.

--Você pode ser quente, mas eu não sou. Então prefiro não tomar banho em lava derretida, obrigada.

--Deus, que mulher chata. –Peeta me puxa pelo braço e me segura pela cintura- Assim está bom? –Ele pergunta quando a água cai sobre nós dois.

--Ótima. –Eu sorrio- Agora você já pode me soltar pra eu me lavar.

--Pode deixar que eu lavo você.

--Não começa. –Eu o empurro pelos ombros, mas ele me solta e pega o vidro de sabonete liquido.

--Não vou fazer nada que você não queira, apenas vou te dar um banho, posso?

--Vamos acabar chegando atrasados.

--Não vamos não, fica tranquila.

Peeta diminui o chuveiro de maneira que apenas um jato de água fraco cai, despeja um pouco do sabonete nas mãos e me coloca de frente para a parede e de costas para ele. Então começa a passar as mãos nos meus ombros, desce pelo vão da coluna, massageia em volta da cintura.
Pega mais sabonete e passa nos meus braços, entrelaça nossos dedos quando massageia minhas mãos e alisa meu pescoço.
Ainda me mantendo de costas passa as mãos na minha barriga e encosta o tronco em mim quando massageia meus seios por um longo tempo. Sinto até sua respiração quente contra minha nuca quando ele se aproxima ainda mais e cruza os braços a minha frente ainda me massageando por todos os lados.

Peeta despeja mais uma quantidade grande de sabonete nas mãos e se abaixa, passando nos meus pés e subindo pelas pernas até chegar as coxas. Eu afasto minhas pernas quando ele começa a me massagear na área interna das coxas e engulo em seco quando ele passa a mão rapidamente pela virilha.
Então ele encosta em mim novamente e dessa vez sinto que esse banho não mexeu somente comigo. Peeta passa um dos braços pela minha cintura fazendo com que minha bunda fique ainda mais em contato com seu pênis duro e leva a outra mão até meus cabelos molhados. Então puxa minha cabeça levemente para trás e sussurra próximo ao meu ouvido “isso que você esta sentindo aqui em baixo, sou eu querendo meter em você agora mesmo”. Eu não consigo dizer nada, apenas mordo os lábios os fecho os olhos e Peeta continua “mas eu não vou fazer isso, pelo menos não agora”, um gemido sai da minha garganta.
Peeta então vira minha cabeça para o lado e me dá um beijo, um beijo rápido mas eficaz e que faz minha pernas tremerem e minhas coxas ficarem úmidas.

Então ele me solta, aumenta a quantidade de água que sai do chuveiro e começa a passar sabonete em si mesmo enquanto eu olho. Peeta massageia o próprio corpo com a maior calma, alisa os braços e o abdômen e com a água morna caindo no rosto começa a se masturbar. Eu fico sem ação e não consigo deixar de olhar. Ele apóia uma das mãos na parede enquanto a outra massageia aquele pênis enorme para cima e para baixo, e levanta a cabeça e geme baixinho de vez em quando.
Eu acho a cena absurdamente sexy e fico hipnotizada assistindo e água morna cair e seus músculos se contraírem quando ele geme mais alto e chega ao orgasmo.

Peeta termina de tomar banho e diz no meu ouvido antes de sair do banheiro “você ainda vai ter isso, mas antes vai ter que merecer”.
Eu fico lá ainda por alguns minutos desnorteada enquanto termino meu banho. Até o presente momento não fazia idéia que ver um homem se masturbar poderia ser tão prazeroso e muito menos sabia que poderia chegar ao orgasmo sem nem mesmo ser tocada por ele.

Mas o que eu sei sobre sexo, não é mesmo?