Fanfic: First dandelion in the spring | Tema: Jogos Vorazes

Hazelle já está em nossa casa e trouxe Rory, Posy e Vick com ela para que não ficassem sozinhos.
Eu já agradeci inúmeras vezes por ela aceitar ficar com as crianças enquanto Peeta e eu viajamos. E Peeta já a está deixando louca com recomendações sobre mamadeiras e fraldas e banhos.

--Katniss, avisa pra ele que eu dei a luz a quatro crianças? –Ela diz quando Peeta repete pela décima vez que a menina costuma sentir cólicas no meio da noite e só para de chorar quando a deitamos sobre a barriga.

--Peeta, já são 22h30. Vamos de uma vez.

--Deixa só eu...

--Não, você não vai olhar as crianças mais uma vez. Você fez isso cinco minutos atrás. Nada mudou de lá pra cá.

--O que vocês precisam mesmo é dar um nome para eles. Continuar chamando de crianças, bebês, ou nenéns não é muito normal.

--Vamos pensar nisso. –Puxo Peeta pelo braço- Agora vamos de uma vez! Tchau Hazelle, tchau crianças.

--Tchau! –Eles respondem em uníssono quando saímos porta a fora e dão risada quando impeço Peeta de voltar mais uma vez para dentro de casa.

A caminhada até a praça é bem curta, mas é um pouco dificultada pelas duas malas que precisamos carregar com nossas coisas. Quando chegamos as 22h50 logo avisto Johanna e Gale abraçados um ao outro sentados em um banco mais afastado e só quando me aproximo um pouco mais é que percebo que estão se beijando. Antes que eu dê meia volta os dois percebem nossa presença e sorriem.

--Desculpem interromper. –Digo meio sem graça.

--Ah, não tem problema. –Gale responde, mas vejo suas bochechas ficarem um pouco vermelhas.

--É, não tem problema. Era só um beijinho. –Johanna diz- Se vocês demorassem mais alguns minutos aí sim veriam algo mais. –Ela ri e vejo Gale baixar a cabeça.

--Onde estão Haymitch e Effie? –Peeta olha em volta- Logo deveremos partir.

--Hum... Ah! Ali vem eles!

E bem na hora, porque logo que Johanna aponta para atrás de mim eu avisto o aero deslizador há alguns metros de nós e começando a descer para pousar.
Haymitch e Effie se aproximam e a cena no mínimo cômica. Ele com duas malas enormes nas mãos, uma mochila grande nas costas e Effie carregando uma nécessaire de mão e uma maleta de rodinhas.

Haymitch chega bufando e dizendo que por ele já sairia de casa usando o terno e ficaria com ele mesmo até a hora de voltar para casa. Mas que Effie só faltou colocar as paredes de casa dentro das malas para levar.
Effie rebateu dizendo que só pegou o que era absolutamente essencial e Haymitch ficou emburrado, mas não sem antes dizer que se ela tem apenas um par de pés, não havia necessidade de trazer quatro pares de sapato e dois vestidos. E completou dizendo que não era burro de carga para ficar arrastando malas por aí.
Nós quatro rimos com a cena, e logo que o piloto autoriza embarcamos no aero deslizador com nossas coisas.

Haymitch e Effie brigam e fazem as pazes numa velocidade assustadora. Logo que se acomodam nos bancos da frente já estão abraçados e trocando carinhos e sorrisos.
Johanna e Gale sentam juntos pouco mais atrás.
E Peeta e eu mais para o fundo.
Esse aero deslizador é maior do que todos os outros que já andei e a disposição das cadeiras permite que até quinze pessoas se acomodem com conforto. Como somos apenas seis pessoas conseguimos ficar estrategicamente separados em casais. E o piloto fica na frente separado de nós por uma cabine.

Quando decolamos as luzes se apagam e ficamos com uma fraca luminosidade que é suficiente apenas para enxergarmos dois ou três passos à frente.

As cadeiras são bem confortáveis e o silencio contribui. Eu me acomodo no canto, deito a cabeça a cabeça para trás e Peeta se deita em meu colo com a cabeça sobre minhas pernas. Eu sinto sua respiração se acalmar gradativamente enquanto passo os dedos entre os fios finos e loiros de seus cabelos.

Apesar de estar acordada desde muito cedo, não durmo. Fico olhando através da janela e observando as estrelas tão perto que chego a sentir que se esticar uma das mãos conseguirei pegar uma delas.
O céu uma das coisas que mais aprecio desde que acabei duas vezes dentro de uma arena com céu artificial e depois no subsolo do Distrito 13 onde era cercada por toneladas de concreto e metal.
Ter a luz e as estrelas todos os dias ao alcance dos meus olhos é indescritivelmente bom.

Percebo que não sou a única a estar acordada quando vejo sombras se movendo a minha frente. Deve ser Johanna ou Gale, porque de onde estou não conseguiria ver Effie ou Haymitch.
Até penso em dizer algo para tentar descobrir quem está acordado, mas antes de colocar o pensamento em prática ouço palavras sussurradas.

Não consigo distinguir o que a pessoa diz, mas entre um sussurro e outro ouço o ruído característico de beijos e me dou conta no mesmo instante que tanto Johanna quanto Gale estão acordados e pelo caminhar das ações dos dois, estão planejando algo impróprio. Eu começo a rir baixinho com essa possibilidade.
E não sei o que é pior, deixar que eles façam o que querem fazer, ou deixar que saibam que estou acordada. As duas hipóteses são igualmente ruins. Porque se eu ficar quieta vou ouvir tudo, se os deixar saber Gale vai querer morrer de tanta vergonha.

Em meio a esse impasse acabo acordando Peeta em busca de auxilio. Eu tapo a boca dele para que não faça nenhum barulho enquanto acorda e quando vejo que está lúcido o suficiente explico a situação.

Enquanto isso os beijos continuam famintos e cada vez mais barulhentos a nossa frente. E tenho até a impressão de ver me meio as sombras escuras braços serem levantados e roupas sendo tiradas.

--O que você espera que eu faça? -Diz Peeta já bem desperto ao se dar conta dos ruídos e segura uma risada.

--Sei lá. Te acordei porque comecei a ficar incomodada com a situação. -Eu também começo a rir.

--Quais são as opções?

--Ou podemos ficar em silencio e fingir que nada aconteceu. -Arregalo os olhos de repente quando ouço um gemido mais alto- Ou anunciamos nossa presença para que eles parem. Mas com isso corro o risco de Gale nunca mais olhar na minha cara.

--Realmente, nenhuma das opções é favorável.

--E...? Eu te acordei pra me ajudar. Não pra ficar me olhando com essa cara de abestado e dizendo o que já sei.

--Já sei! -Vejo seu rosto se iluminar de repente com um grande sorriso- É o único jeito de contornarmos a situação sem ficar um clima péssimo.

Antes que eu pergunte o que é Peeta já esta me beijando. Sem muita convicção tento o impedir, mas sou vencida e acabo retribuindo até que o ar se faz necessário e ele se afasta alguns centímetros da minha boca. O sorriso em seu rosto é ainda maior agora e a malícia presente nele é visível a quilômetros de distância.

--Serio que essa é sua solução? -Digo quando recupero o ar- Nós fazermos o mesmo que eles?

--Claro. Por que não?

--E aquela conversa de que só faríamos quando você quisesse e blábláblá?

--Aquela conversa ainda está de pé. -Peeta tira a camisa- Mas o momento pede medidas desesperadas por um bem maior. Então...

--Eu me arrependeria de ter te acordado se você não estivesse ficando nu na minha frente.

Sem mais palavras voltamos a nos beijar e não perdemos muito tempo com carícias e preliminares. Peeta arranca minha blusa com certa violência enquanto desabotôo sua calça com as duas mãos, me apressando em empurrar a peça com os pés junto com a cueca até os joelhos. A essa altura meu sutiã já foi parar sabe-se lá onde e minha calça jeans já foi largada no chão.
Tenho certeza que Johanna e Gale também estão nos ouvindo lá da frente, mas se é pra sentir culpa então os quatro terão que se enterrar no primeiro buraco que encontrarem depois do desembarque.

Os apoios de braço de todas as cadeiras são moveis e assim fica fácil para que eu me deite de costas, com a cabeça apoiada apenas no encosto da janela.
Peeta tira minha calcinha e antes que eu o impeça ele joga a peça para qualquer lado. Ainda deita sobre mim e sussurra no meu ouvido um amanhã você encontra, ou eu te compro outra. E eu acabo rindo e para tapar minha boca ele me beija com firmeza, explorando minha boca e sugando meus lábios como se bebesse do mais doce mel.
Então desce pelo meu pescoço, passa rapidamente por meus dois peitos onde beija rapidamente e eu arquejo buscando por ar quando ele morde de leve o bico do lado direito. Assim você vai acordar todo mundo, docinho. Ele diz zombando de mim.
Você.Me.Paga.Por.Essa. Respondo com a respiração entre cortada enquanto ele beija minha barriga e desce rápido até entre minhas coxas e sinto seu sorriso vitorioso.

Peeta usa sua habilidade com a língua de forma tão maravilhosa que eu tenho que enfiar meu pulso na boca para impedir que os gemidos saiam e mesmo assim um ou outro acaba me escapando. Com a outra mão eu o puxo pelos cabelos e incentivo a continuar.
Mesmo tentando ao máximo ignorar o casal a nossa frente, vez ou outra sou surpreendida com um grito abafado e o barulho de impacto de pele com pele.

Peeta continua por alguns minutos me masturbando com a língua e um dos dedos e sei que se ele continuar por mais trinta segundos que sejam, vou explodir. Mas ele para de repente e deita sobre mim. Sinto seu pênis duro entre minhas pernas e preciso prender a respirar para não acabar gozando e berrando ali mesmo.

Tapando minha boca com a uma das mãos Peeta diz bem baixinho: Você esta proibida de gozar antes de mim. Proibida, ouviu bem?
Eu só consigo balançar a cabeça em concordância, se abrir a boca tenho certeza que não vou aguentar, não com ele em cima de mim desse jeito.
Quero ver o quanto você aprendeu. Ele diz e por fim fica de pé.

Minhas pernas são levantadas e apoiadas uma no encosto da cadeira que estou deitada, e a outra na cadeira da frente de maneira que fico completamente vulnerável.
Peeta se abaixa e me beija nas duas coxas e dá um ultimo beijo de leve em minha entrada já sensível.
Me segura por baixo levantando meu quadril até a uns bons centímetros de altura de modo que ele nem precisa flexionar os joelhos para ficar na minha altura. Estou apoiada na cadeira mal pelos ombros e a cabeça.

Então com um movimento de quadril o sinto dentro de mim. E antes que eu grite a plenos pulmões Peeta se abaixa e tapa minha boca com a mão. Continuando a se movimentar com firmeza, mas devagar porque na posição que ele está não é possível ser mais rápido. Eu o agarro pelo pescoço com as duas mãos e o puxo para um beijo que acaba sendo bem rápido porque Peeta se afasta e fica de pé novamente. E começa a investir em movimentos cada vez mais rápidos e ritmados enquanto aperta minha bunda com força.
Meu corpo começa a tremer com o esforço de engolir cada gemido e impedir o orgasmo. Suor escorre por todos os lados e Peeta se mantém firme se importando cada vez menos com o barulho que fazemos cada vez que nossos corpos se chocam.
E após vários minutos acabo cedendo e explodindo devastadoramente entre uma investida e outra. Me vejo mordendo o estofado da cadeira no meio do grito e quase sinto todos os meus órgãos relaxarem ao mesmo tempo.

--Fraca. –Peeta diz saindo de dentro de mim e sorrindo.

Com dificuldade me coloco na posição sentada e Peeta se senta ao meu lado. Ele ainda está muito excitado, mas a expressão de vitória em seu rosto me deixa brava e eu começo a me vestir o ignorando.

Do nosso outro lado no aero deslizador há um banheiro e ele vai até lá, sem roupa mesmo e quando volta já se recompôs como se nada tivesse acontecido. Eu já voltei a minha posição original, no canto olhando através da janela. A madrugada já está no fim.
Peeta se veste e se senta ao meu lado, segurando minha mão.

--Na próxima você consegue. –Nem preciso olhar para saber que está sorrindo.

--Vai se ferrar. –Respondo e fico emburrada, mas não solto a mão dele.

No meio da tarde fazemos uma parada bem rápida no Distrito 5 para abastecer e todos descemos para esticar as pernas e tomar um ar.
A cena seria uma completa tragédia se não fosse tão engraçada.
Effie aparece com seu cabelo loiro natural completamente desgrenhado, usando um vestidinho floral amassado, chinelos de dedo e com a pouca maquiagem que resta em seu rosto totalmente borrada.
Johanna desce em seguida vestindo um micro short e uma camisa de botões que obviamente é de Gale porque as mangas passam dos cotovelos e a parte de baixo chega quase aos joelhos.
Eu uso calça de moletom e uma blusa normal, mas não sou capaz de disfarçar a cara de quem aprontou.
Haymitch aparece descalço e com cada fio dos cabelos espetado para cima. Peeta e Gale estão usando só bermuda e chinelos. E nem um dos três mostra o menor sinal de culpa.

Quando eu coloco os pés no chão Johanna grita meu nome como se a vida dela dependesse disso e eu me aproximo.

--Qual é o seu problema? –Pergunto, mas minha falta de habilidade pra atuação me entrega logo de cara.

--Eu ia te perguntar o que houve lá dentro. Mas sua cara já me disse tudo.

--É engraçadinha? E quanto a você?

--O que tem? –Ela sorri e me dá as costas.

--É melhor deixarmos o dito pelo não dito pra evitar mais constrangimentos. –Eu começo a rir- E aparentemente não fomos as únicas e ter essa idéia. –Aponto discretamente para Effie que está sentada nos degraus que usamos para subir e descer do aero deslizador.

Aproximamos-nos sorrateiramente dela e antes de sequer abrirmos a boca vemos Effie ficar mais vermelha do que um quilo de tomates. Johanna a tranquiliza dizendo que somos todas maiores de idade e que fazer essas coisas é bom pra esquentar o relacionamento. E termina com um comentário sobre sexo no meio de outras pessoas ser ainda mais gostoso ou algo do gênero e todas rimos.

Haymitch, Peeta e Gale vão a alguma loja próximo a onde estamos e voltam com salgadinhos, refrigerantes e outras coisas para comermos.
Então seguimos viagem.

O espaço aéreo do Distrito 5 até a Capital deve ser atravessado com mais segurança porque nesse percurso muitos outros aero deslizadores atravessam ao mesmo tempo. Por conta disso é que a segunda parte da viagem demora um pouco mais.

Mas tudo corre bem e após mais uma noite desembarcamos as 10h30 da manhã na cobertura do palácio presidencial.

Ainda essa semana posto mais, pessoal.

Aguardem surpresar no capitulo 50

Xoxo