Fanfic: First dandelion in the spring | Tema: Jogos Vorazes

Acordo horas depois me sinto desorientada e preciso de alguns segundos para me lembrar de onde estou e porque estou completamente nua. Olho através de uma das janelas para descobrir que está de manhã, talvez umas 9h. Sorrio ao me lembrar do que aconteceu e penso em Peeta, mas olho por todos os lados do quarto e ele não está, apenas seu cheiro masculino permanece no travesseiro ao meu lado. Estico um dos braços e apanho o travesseiro,inspiro longamente sentido o aroma e despertando meu cérebro, e sabendo que tudo foi real e não um sonho.

Ouço passos e logo em seguida Peeta aparece na porta, sorrindo e com os cabelos um pouco bagunçados. Sorrio quando ele entra no quarto vestindo apenas uma larga calça de moletom e segurando uma grande bandeja de café da manhã que está com um cheiro maravilhoso e faz meu estômago roncar.

Sento-me quando ele se aproxima, mas percebo que estou com dores por todos os lados e deixo escapar um gemido leve quando encosto-me à cabeceira da cama sem me preocupar em cobrir meu corpo. Peeta apenas me observa e rido meu esforço para me mover. Eu o olho com desdém e digo:

--Se eu não estivesse com tanta fome você ia ver só.

Peeta deposita a bandeja a minha frente e se senta ao meu lado. A bandeja contém uma salada de frutas com algo que me parece ser mel por cima, suco, ovos mexidos, mini pãezinhos recheados, um pequeno bolo, cereais e uma perfeita rosa vermelha.

Eu o beijo brevemente e logo em seguida ataco meu banquete. Paro apenas alguns minutos depois quando percebo que estou sendo observada.

--O que foi?

--Nada. É que dá gosto te ver comer.

Olho-o com desconfiança.

--Por que eu sou esfomeada?

Ele sorri e responde.

--Não. Porque você faz tudo de um jeito maravilhoso.

Retribuo o sorriso e continuo a comer, mas dessa vez levando uma ou outra garfada de ovos mexidos e colheradas de cereais até sua boca. 

Sinto-me satisfeita e afasto a bandeja, mas Peeta me olha e questiona que nem sequer toquei na salada de frutas que ele fez especialmente para mim.  E não se dá por satisfeito quando digo que estou cheia e que posso guardar pra comer depois.

Ele se aproxima de mim, pega uma colher, uma porção de frutas com o mel e leva a minha boca, como se fosse meu pai. Faço sua vontade uma, duas vezes. Mas quando repete o gesto pela terceira vez me recuso a abrir a boca e quando viro meu rosto para o outro lado afastando a colher com uma das mãos todo o conteúdo cai sobre meus seios e minha barriga descobertos.

Peeta começa a gargalhar e isso me deixa brava. Então passo um dedo sobre a cobertura do bolo e esfrego por todo seu rosto,e essa é minha vez de rir. Ele me olha curioso, mas não bravo e me surpreende quando diz:

--Eu limpo você se você me limpar depois.

 Apenas concordo com a cabeça. Mas antes que eu esboce qualquer reação Peeta se aproxima da minha barriga e começa a passar a língua por ali, tirando todo o melado que ficou até chegar aos seios. Logo que terminasorri satisfeito com o próprio trabalho e diz:

--Sua vez.

Eu o pego pelos cabelos, trago seu rosto para perto do meu e repito em seu rosto o que ele fez em minha barriga. Começando pelo queixo, subindo pelas bochechas e passando pela testa, ignorando descaradamente sua boca. Termino minha tarefa e o olho com um leve ar de abuso.

--Prontinho.

--Não. Ainda falta, olha isso aqui. -Ele diz apontando para a própria boca onde é visível que nem cheguei perto na hora da limpeza.

--Com essa parte você vai ter que se virar sozinho.

--Mas isso não é justo, eu deixei você limpinha.

--Não se esqueça que foi você mesmo quem me melecou toda, meu amor.

--Ah é?!

Nesse mesmo instante Peeta me ataca aproximando seu rosto do meu e passando todo o recheio em mim. Eu tento me livrar, mas ele se senta em meu colo prendendo minhas pernas e segurando minhas mãos contra a cabeceira da cama.

Tento gritar, mas sou calada com um beijo. A principio fecho a boca, mas de alguma forma ele consegue introduzir sua língua e não tenho outra saída a não ser retribuir. Sinto seu sorriso vitorioso contra meus lábios.

Quando Peeta finalmente me liberta estou mais suja do que antes. Olho-o brava e ele retribui o olhar com ares de abuso e diz:

--Agora sim.

--Você não devia ter feito isso. Olha o meu estado, agora vou ter que tomar banho.

--Mas você já ia mesmo tomar banho, meu amor.

-Ia, mas não agora.

--Eu só antecipei algo que já ia acontecer. Todos ficam felizes.

Aperto os olhos e o encaro enquanto me levanto da cama indo em direção a suíte. Quando viro as costas sussurro um “você me paga” mais para mim do que para ele e entro no banheiro.