Fanfics Brasil - Chapter 59 First dandelion in the spring

Fanfic: First dandelion in the spring | Tema: Jogos Vorazes


Capítulo: Chapter 59

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Chegamos a Capital tarde e não faria sentido irmos a mansão da presidente já que não conseguiríamos entrar, então optamos por passar a noite em um hotel bem simples próximo à estação. Nem sequer nos preocupamos em pegar quartos separados.


Johanna ainda precisou de vários minutos para parar de rir da cara que a recepcionista fez quando soube que dividíramos não só o quarto como também a única cama de casal.
Citando as palavras dela: se você não se importar eu também não me importo, desde que tenha um colchão e consiga esticar as pernas estou satisfeita. Mas é claro que a mulher só conseguiu enxergar duas mulheres procurando um quarto para terem uma tórrida noite de sexo lésbico.
Ao que parece ela não notou minha barriga enorme, que de acordo com as leis da natureza não poderia de maneira alguma ter sido concebida por mim e Johanna.


Devidamente acomodadas no quarto e passada toda a estranheza da situação que nos perseguiu até o momento que o responsável por nos levar até a beira da porta e nos entregar as chaves virou as costas, acabamos dormindo quase que instantaneamente, o trem é confortável mas não se compara a uma cama.


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A noite passa lentamente e no meio da madrugada acordo me sentindo desconfortável para perceber que Johanna tem um sono muito inquieto e angustiante.
Ela não se mexe tanto mas por vezes tenho a nítida sensação de que está sem ar ou com dificuldades para respirar como se algo a impedisse de inspirar até encher os pulmões. Me sinto tentada a acorda-la, mas acabo apenas passando o resto da noite acordada velando seu sono.


Pela manhã saímos logo após o café, nem nos importamos em deixar a conta do hotel em aberto já que pretendemos voltar hoje ainda.
Um taxi nos deixa a porta da mansão depois de nos identificarmos no portão.
Receber a visita mesmo que inesperada de duas dos oito tributos dos Jogos Vorazes que ainda estão vivos aparentemente nunca deixará de ser um privilégio.


Johanna comenta depois que dois empregados nos acomodam em quartos no segundo andar e ela vem até o meu.


--Eu nunca vou me cansar de ser tratada como se fosse da realeza toda vez que venho aqui. –Ela se joga na cama.


--Eu confesso que ainda acho estranho ter pessoas me perseguindo por todo canto querendo saber se preciso de alguma coisa. Só falta perguntarem se querem que respirem por nós.


--Você é muito autossuficiente. –Johanna se senta e cruza os braços na frente do peito mas continua balançando na cama macia- E por falar nisso, o que você pretende fazer agora que estamos aqui?


--Eu perguntei para o empregado onde a presidente está e ele disse que ela está em uma reunião fechada lá na cobertura, então vamos ter que esperar. Mas sabe o que achei estranho?


--O que?


--Que ninguém questionou a nossa chegada, como se já estivessem esperando pela gente.


--Peeta e Gale com certeza já estão aqui e a Paylor só está a nossa espera pra condenar os dois por assassinato com requintes de crueldade contra aquele sobrinho paspalho dela.


--Por incrível que pareça eu também não paro de pensar nisso. Mas não tenho certeza se quero ou não saber o que aqueles dois fizeram quando entraram aqui.


A medida que as horas passam e não temos qualquer contato com a presidente Johanna fica mais inquieta.
Ela não para dois segundos no mesmo lugar, fala mais do que consigo acompanhar e come como se não fosse ter outra chance de fazer isso pelo resto da vida. Isso sem contar as músicas horrorosas que ela canta só pelo prazer de me ver irritada.


Quando ela se joga na cama pela –se não me falha a memória- sexta vez e resmunga eu me levanto pra sair.


--Onde você vai? –Ela pergunta quando já estou abrindo a porta.


--Vou pra qualquer lugar onde eu não precise ficar te olhando nesse estado de nervos.


--Mas eu estou preocupada com os dois. E essa mulher não dá sinal de vida.


--Eu também estou preocupada, mas nem por isso estou quase subindo pelas paredes.


--Até porque essa barriga não te deixaria alcançar as paredes não é? –Ela começa a rir.


--Muito engraçada. –Faço uma careta pra ela.


 


Ando por vários corredores a maioria deles completamente desertos, subo e desço alguns andares todos iguais e paro em um especifico.
Estive aqui uma única vez e mesmo assim seria capaz de reconhecer ainda que estivesse na mais completa escuridão.


A cada passo que dou para longe do elevador o cheiro e a presença se intensificam a minha volta.
Aqui é onde fica o jardim, o jardim de onde saíam as mais perfeitas rosas brancas. As rosas que já me causaram mais pesadelos do que sou capaz de me lembrar ou contar.


A porta mais afastada do corredor se abre quando giro a maçaneta.
Tudo foi modificado mas de alguma maneira permanece tudo igual. As rosas brancas deram lugar a outras variedades, o banco de pedra onde ele estava sentado quando conversamos pela penúltima vez, antes de nos encontrarmos em público para sua morte permanece intocado.
Outros tipos de flores agora vivem aqui, mas o cheiro forte que por tantos anos tomou conta de tudo parece impregnado e incapaz de ser substituído por todos os outros.


Inacreditável como mesmo depois de morto o homem mais desprezível que Panem já viu ainda consegue impor sua presença e nós apenas temos que viver com isso.


Volto para o elevador e aperto o número 2 no painel, mas quando a porta volta a se abrir dou de cara com Johanna do outro lado.


--Ela nos mandou ir até a sala dela. –Johanna diz enquanto se junta a mim e aperta a letra C.


--Quanto tempo faz isso?


--Alguns minutos. Eu estava indo te procurar. Onde você se meteu?


--Só estava andando por aí, mas nem saí do prédio.


A tensão na voz de Johanna me atinge em cheio, a cada andar que subimos meu coração acelera mais. E quando chegamos a Cobertura sinto que minha caixa torácica vai se partir ao meio tamanha a intensidade das batidas.


Os dois seguranças a frente da porta que dá para a sala não impedem nossa passagem.
Do outro lado logo vejo Paylor conversando com alguém e aparentemente sorrindo.
Quando nos vê ela se aproxima.


--Olá. –Ela sorri para nós- Desculpem a demora. Essas reuniões são intermináveis.


--Oi. –Respondemos juntas.


--E como vão as coisas? Aparentemente muito bem entre você e Peeta não é? –Ela diz isso e rapidamente apoia uma das mãos sobre minha barriga.


--É...


--Na verdade –Johanna me interrompe antes que eu diga qualquer coisa- nós estamos aqui...


--Ah, meninas! –A presidente interrompe Johanna- Esse é o meu sobrinho –ela aponta uma das mãos em direção a varanda e um homem aparece através do vidro- vocês devem tê-lo visto no dia da festa de Ano Novo.


Quando se cresce no meio da floresta e é preciso lutar todos os dias contra os animais maiores do que você que vivem nela acaba-se desenvolvendo um instinto de sobrevivência.
Meu pai me ensinou que quando um animal maior ou mais forte que você aparece e não há chance de abate-lo, você se afasta para um local seguro e espera até que possa voltar para casa.
Se estiver com mais alguém de confiança, o mais forte se posiciona a direita do mais fraco.


Eu nunca soube se Johanna caçava, sei que ela tem uma habilidade invejável com o machado, mas do pouco que sei dela, o mais perto que ela chegou de uma floresta foi quando esteve nos Jogos.
O que importa é que de alguma forma ela desenvolveu esses instintos e no exato momento que vimos Mark, o sobrinho da presidente adentrar a sala com um sorriso no rosto ela se tornou minha pessoa de confiança para encontrar um local seguro.


Com um movimento quase ensaiado ambas paramos lado a lado com seu ombro esquerdo quase tocando meu ombro direito e como que prevendo que o pouco de controle que eu tinha sobre mim mesma se dissiparia em pouco tempo ela atravessou um braço pelas minhas costas e com um gesto firme apertou meu braço como quem diz eu estou aqui com você.



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Autor(a): mockingjeah

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  --Nós só estamos de passagem pela Capital porque como a senhora percebe nosso Mockingjay está a ponto de ter um Mockingjayzinho e ainda não tinha terminado o enxoval. –Johanna sorri da maneira mais convincente que consegue- E resolvemos passar aqui pra saber como andam as coisas pelos distritos antes de voltarmos pra casa. N&atild ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 93



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  • mockingjeah Postado em 09/01/2016 - 10:40:35

    Quem sabe no futuro saia alguma estoria nova, mas por enquanto não tenho planos. Obrigada por acompanharem. <3

  • chaverronis2forever Postado em 21/12/2015 - 20:29:18

    Ameeei a fic de verdade e simplesmente linda

  • vondyjemilaliter Postado em 21/12/2015 - 19:49:11

    how que coisa mais linda,eu amei sua web do começo ao fim,você escreve muito bem espero poder ver outras histórias suas,meu parabéns garota voce arrasou.

  • chaverronis2forever Postado em 20/12/2015 - 17:09:10

    Continua ai que fofo os dois que bom que voltaram que pena que já ta acabando

  • mockingjeah Postado em 18/12/2015 - 23:20:11

    Amanhã tem mais, amores *--* Ta quase no fim. :(

  • vondyjemilaliter Postado em 18/12/2015 - 19:42:13

    olha eu acho que o peeta precisa não só de prazer para reconquista-la, ele precisa conquistar a confiança dela também eita Haymitch cabeça dura,meu ele precisa reagir e lutar pela filha deles não é fácil mas ele tem que tentar de verdade,amei o capitulo sua web esta ótima posta mais!1

  • chaverronis2forever Postado em 18/12/2015 - 18:14:02

    Continuua espero que o Hamytch fique bem

  • chaverronis2forever Postado em 17/12/2015 - 23:56:29

    Continua Katniss devia acreditar no Peeta ele não pode ter uma amiga mulher

  • chaverronis2forever Postado em 16/12/2015 - 11:10:41

    Continua *-*

  • vondyjemilaliter Postado em 16/12/2015 - 06:55:46

    Eita poxa RS hehe peeta não vai ser tão fácil assim,depois do que rolou escutar isso não e fácil, mas será que ela falou pra valer parece que sim mas não sei não adorei posta mais


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