Fanfic: First dandelion in the spring | Tema: Jogos Vorazes
Entre dar de mamar e olhar para o teto do quarto a noite avançou e cedeu lugar ao dia. Fracos raios de sol que venceram as nuvens atravessavam as janelas e observei o exterior.
Por volta das 9h da manhã a doutora Rebekah apareceu para me examinar e por fim assinar minha autorização de alta, finalmente estaria livre daquela cama.
Minha mãe e Johanna chegaram logo em seguida e recebi uma notícia que me surpreendeu, para dizer o mínimo.
--Eu estive agora na administração da maternidade para saber o que deveria ser feito para você poder sair sem registrar a bebê, mas me disseram que ela já foi registrada. –Minha mãe diz.
--O que? –Estava terminando de me vestir mas parei abruptamente- Como assim? Não faço ideia do que você está falando.
--Lá consta que ela já foi registrada. –A voz da minha mãe é calma, mas minha surpresa a deixou apreensiva.
--Continuo sem entender nada. Eu não a registrei, ainda nem pensei em qual nome vou dar a ela.
--Você não poderia mesmo tê-la registrado porque só o pai pode fazer isso, e quando por qualquer motivo ele está ausente a mãe deve provar que ele é incapaz antes de poder dar um único sobrenome a criança.
--Deve haver algum engano.
--Não acho que haja.
--Deve haver! Tem que haver! –Eu me exalto por um instante- Eu não estou sabendo de nada, como é que o pai poderia ter registrado se ele... NÃO PODE SER!
--O que? –Minha mãe está mais apreensiva ainda.
--Ele não pode ter feito isso! Eu não admito! Se ele tiver feito eu juro que vou mata-lo.
Sou consumida por uma raiva irracional e saio em desabalada pelo corredor.
Minha mãe fica, mas Johanna me segue ainda sem dizer uma única palavra.
Passo por várias portas de vidro fechadas e aperto um botão de elevador, é então que Johanna se posta ao meu lado.
--Katniss...
--Agora não, Johanna.
--Não adianta você ficar com raiva de mim, porque eu fiz o que fiz pelo seu bem, uma hora vocês teriam que conversar.
--Então você decidiu manda-lo vir até aqui onde eu não poderia fazer nada a não ser ouvi-lo?
--Se eu te conheço tão bem quanto penso que conheço você não ouviu nem uma palavra sequer do que ele tinha a dizer, mas aposto que disse muitas coisas a ele.
--Você não tinha esse direito. –O elevador chega e as portas se abrem- Você não pode controlar minha vida.
Eu entro e Johanna só me observa enquanto as portas voltam a se fechar.
Ao lado do painel numérico uma tabela enorme informa onde cada lugar está localizado no hospital.
Encontro a parte onde diz MATERNIDADE/ADM e o elevador se move apenas para um andar acima do que eu acabei de sair.
Só me dei ao trabalho de ir conferir porque a teimosia toma conta de mim, mas no segundo que me dei conta do que deveria ter acontecido sabia que estava certa.
Ele registrou minha filha quando veio me ver na noite passada, por isso o deixaram entrar, ele se apresentou como pai.
A secretária que me atendeu disse que já não havia nenhuma pendencia já que minha alta havia sido assinada, me entregou a certidão de nascimento e me desejou sorte na nova vida.
De volta ao quarto, minha mãe terminou de juntar minhas coisas e disse que assim que a bebê voltasse do banho poderíamos ir.
Johanna sentada na cadeira no canto não disse nada.
--Ele fez sem me consultar, eu não acredito nisso! –Digo apontando para a certidão.
--Quem foi que a registrou afinal de contas? –Pergunta minha mãe.
--Quem mais você acha que faria uma coisa dessas no meio da noite? –Me atenho a responder a pergunta com outra pergunta simplesmente porque ela já sabe a resposta.
--Qual o nome escolheu? –Agora é Johanna quem se manifesta.
--Veja você mesma. –Estendo o papel pra ela que analisa rapidamente.
--Willow. –Ela sorri discretamente- Willow Mellark Everdeen.
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Quando estávamos de saída minha mãe carregando Willow nos braços foi interrompida pelo doutor Zachary.
Ele disse que sentia muito não poder ter me atendido quando cheguei, mas era seu dia de folga e ele estava fora do distrito.
Eu disse que não havia problema e que a médica que me atendeu era tão competente quanto ele. E agradeci pela preocupação.
Enquanto esperávamos o elevador para descer até a garagem onde o táxi nos esperava ele e minha mãe trocaram algumas poucas palavras mas diversos olhares que eu precisei me esforçar para não sorrir quando vi, mas fui vencida quando Johanna e seu jeito nada discreto me deu uma cotovelada de leve nas costelas e riu.
--Nos falamos amanhã quando eu vier para mais um plantão. –Minha mãe disse a ele.
--Sim, até amanhã. –Ele deu um sorriso em resposta- Parabéns, Katniss. Sua filha é linda. Boa sorte.
--Obrigada. –Respondi quando as portas do elevador se fechavam.
Já dentro do táxi, com minha sentada ao lado do motorista e Johanna sentada ao meu lado e Willow no meu colo o caminho de volta para casa foi tranquilo e um pouco engraçado.
--Senhora Everdeen –Começou Johanna com um sorriso e ali eu já sabia que viria alguma das suas- Quem era o doutor bonitão que conversou com a senhora?
--Só respondo quando você parar de me chamar assim. –Rebateu minha mãe sorrindo.
--Ta, desculpa. Clara.
--Melhorou. E aquele é o Zach. O conheço desde que entrei no hospital. Para ser sincera, ele foi quem me deu mais força para aceitar o emprego.
--É mesmo? –Johanna volta a rir e não contenho uma gargalhada.
--É sim. E vocês duas podem parar com as risadinhas. –Termina minha mãe, mas sinto que ali há algo mais que ela não está dizendo.
--Viu só, bebê –Recomeça Johanna se aproximando de mim mas não falando comigo, é a primeira vez que a vejo interagir com uma criança- A vovó tem um namorado. –Ela diz num tom que considera baixo mas que qualquer um dentro do carro consegue ouvir perfeitamente,
--Johanna! –Minha mãe a repreende mas é visível seu tom divertido.
--O que foi? –Ela leva uma mão ao peito num gesto exagerado como se tivesse sido pega de surpresa- Só estou sendo uma boa tia e contando as novidades pra ela ué.
O carro é tomado por gargalhadas e nem mesmo o motorista resiste a cena.
--Com uma tia dessas a criança está feita. Ou não. –Ele diz.
Chegamos em casa e Johanna no melhor papel de boa tia pega Willow nos braços e a leva até o quarto.
Quando chego sou pega de surpresa mais uma vez por presentes espalhados por todos os lados, embrulhos grandes e menores. Mamadeiras, chupetas e pacotes de fraldas que chegam a ser maiores do que ela.
--Ao que parece muitas pessoas ainda seguem o assovio do Mockingjay e depois da sua passagem pela Capital sua internação acabou virando notícia. –Minha mãe diz quando percebe a completa confusão que me atinge- Muitas coisas foram para o 12, outras vieram para cá.
--Pra mim só o que tem aqui já é muita coisa. E eu comprei algumas e guardei em casa também.
--Mas seria uma pena se essa coisinha linda não estivesse afim de nascer no 12 e sim no 8 mesmo que nenhuma das coisas que a mãe super responsável dela comprou estivesse aqui. –Johanna diz em tom zombeteiro.
--Você está se achando a tia do ano não é? –Sorrio.
--Algo bem próximo disso.
Autor(a): mockingjeah
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Estar em casa com minha mãe me ajudando sempre que pode e Johanna ao meu lado enquanto cuido de Willow se revela uma terapia libertadora e os dias voam sem que me dê conta. Minha cabeça desanuvia bem rápido e consigo pensar em tudo com mais clareza, fico realmente boa em dar banhos e trocar fraldas e me divirto vendo Johanna ter longas co ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 93
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mockingjeah Postado em 09/01/2016 - 10:40:35
Quem sabe no futuro saia alguma estoria nova, mas por enquanto não tenho planos. Obrigada por acompanharem. <3
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chaverronis2forever Postado em 21/12/2015 - 20:29:18
Ameeei a fic de verdade e simplesmente linda
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vondyjemilaliter Postado em 21/12/2015 - 19:49:11
how que coisa mais linda,eu amei sua web do começo ao fim,você escreve muito bem espero poder ver outras histórias suas,meu parabéns garota voce arrasou.
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chaverronis2forever Postado em 20/12/2015 - 17:09:10
Continua ai que fofo os dois que bom que voltaram que pena que já ta acabando
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mockingjeah Postado em 18/12/2015 - 23:20:11
Amanhã tem mais, amores *--* Ta quase no fim. :(
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vondyjemilaliter Postado em 18/12/2015 - 19:42:13
olha eu acho que o peeta precisa não só de prazer para reconquista-la, ele precisa conquistar a confiança dela também eita Haymitch cabeça dura,meu ele precisa reagir e lutar pela filha deles não é fácil mas ele tem que tentar de verdade,amei o capitulo sua web esta ótima posta mais!1
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chaverronis2forever Postado em 18/12/2015 - 18:14:02
Continuua espero que o Hamytch fique bem
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chaverronis2forever Postado em 17/12/2015 - 23:56:29
Continua Katniss devia acreditar no Peeta ele não pode ter uma amiga mulher
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chaverronis2forever Postado em 16/12/2015 - 11:10:41
Continua *-*
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vondyjemilaliter Postado em 16/12/2015 - 06:55:46
Eita poxa RS hehe peeta não vai ser tão fácil assim,depois do que rolou escutar isso não e fácil, mas será que ela falou pra valer parece que sim mas não sei não adorei posta mais