Fanfics Brasil - Chapter 65 First dandelion in the spring

Fanfic: First dandelion in the spring | Tema: Jogos Vorazes


Capítulo: Chapter 65

326 visualizações Denunciar



 


--Por que você já vai voltar? O que tem no 12 que não tem aqui? –Questiono pela não sei qual vez.


--Por Deus, você parece um disco arranhado. –Johanna vira os olhos pela não sei qual vez- Já disse que preciso voltar. Não posso ficar aqui para sempre. Aliás, você também precisa voltar. A não ser que tenha esquecido que sua casa fica lá.


--Não esqueci não. Acabei me acomodando aqui, mas agora com você voltando não sei quanto tempo mais consigo ficar.


--Ótimo, então vamos de uma vez. –Ela diz enquanto joga mais coisas dentro da mala de qualquer jeito- E pelo amor de tudo que é santo, só passei quinze dias aqui, mas essa mala tem roupas pra passar uns quinze anos. Por que foi que comprei tudo isso?!


--Ainda não, mas em breve eu vou. E você comprou tudo isso porque é louca e parece que nunca ouviu falar da existência de máquina de lavar. Preferiu sair comprando um monte de roupas ao invés de apenas lavar as que trouxe.


--Vá o quanto antes, quero minha sobrinha perto de mim outra vez. –Johanna aproxima o rosto de cabeça de Willow e dá um beijo de leve- Tenho que ensina-la a usar o machado ainda pra quando um garoto magoá-la ela partir a cabeça dele ao meio. –Ela faz um gesto exagerado com as mãos como se estivesse acertando alguém na cabeça.


--Sim, porque esse é o sonho de toda mãe ver a filha rachando a cabeça de alguém ao meio. E por que você não fica mais um pouco então? –Insisto mais uma vez.


--Mas que saco! Eu não posso ficar! Eu tenho um namorado, não sei se você se lembra. Ele está a quatro distritos de distância.
Não sei se está sendo assediado por aquele bando de projetos de vagabunda.
Além do mais, eu preciso de sexo, ele precisa de sexo, precisamos nos agarrar na nossa cama quentinha e não quero que ele vá procurar com outra enquanto eu estou aqui.
E eu duvido que alguma mãe também sonhe em ver a filha deixando a virgindade pelo caminho enquanto cresce, mas é inevitável. Pelo menos eu vou ensinar nossa menina a se vingar dos idiotas.


--Vou fingir que nunca ouvi nada disso. -Levo as mãos ao rosto e balanço a cabeça indignada- Vai então. Deixe nós duas aqui só por causa do sexo, vai!


--Ah, você nunca fez sexo com ele então jamais saberá do que estou falando. Não é apenas sexo, é o melhor sexo.


--Ta, ta, ta, já chega. Não preciso de detalhes desnecessários. Vai de uma vez.


Johanna ainda passa alguns minutos conversando com Willow e quando volta a coloca-la na cama a relutância em sua expressão é visível. Ela está claramente lutando uma batalha interna para decidir se fica ou se vai.


--Logo nós estaremos em casa e você vai poder voltar a se empenhar em fazer minha filha ser a criança mais mimada do mundo. –Digo com a voz tranquila.


--Promete que vai? –Ela responde apreensiva.


--Prometo. –Sorrio com sinceridade- Quando você menos esperar estaremos lá.


--Tomara. –Ela sorri de volta e sua expressão se tranquiliza automaticamente- Agora eu vou indo. –Johanna diz pegando a mala e apoiando no chão para arrastar com as rodinhas- Cuida bem dessa menininha linda e não demore e voltar.


--Não consigo ficar muito tempo longe de você. –Digo com uma risada.


--Pode dizer que sua vida não é completa sem minha ilustre presença para faze-la mais feliz. –Ela responde com o sorriso abusado.


--Vai de uma vez!


E com o barulho das rodinhas da mala batendo contra o piso Johanna se vai atravessando os cômodos até a saída.
A última coisa que ouço é a porta sendo batida.
E como quem pressente que alguém importante ficará longe Willow abre os olhos e começa a chorar com seu miado de gatinho.


------------------------------------------------------------------------------


Os primeiros dias sem Johanna acabam se revelando mais difíceis do que pensei que seriam, minha mãe trabalha quase todos os dias da semana e fora isso passo todas as horas sozinha. Cada hora que não tenho o que fazer além de velar o sono de Willow, que tem agora quase dois meses de vida me faz pensar mais seriamente na volta para casa.


Sinto falta de vê-la conversando com Willow sobre todo e qualquer assunto por mais maluco que fosse, sinto falta até mesmo de tê-la me enlouquecendo com as coisas que só ela seria capaz de inventar, como por exemplo se dar ao trabalho de encerar cada cantinho da casa até ficar brilhando só para depois poder andar deslizando usando apenas meias nos pés.


Por ter se tornado uma constante em minha vida acabei me acostumando bem fácil a ter Johanna sempre por perto e uma mudança tão repentina nessa rotina me afetou. E com toda a loucura até minha mãe acabou sentindo falta dela quando se foi.


Certa noite minha mãe chegou cedo o bastante para me encontrar acordada e se sentou ao meu lado.
Bem hesitante, como alguém que quer dizer algo mas não sabe por onde começar. Eu esperei.


--Tudo bem? –Perguntei.


--Tudo sim, na verdade... –Sua expressão era de dúvida, mas não transparecia nada de ruim.


Eu só me levantei e recostei contra a cabeceira da cama, mas continuei a amamentar Willow sem dizer mais nada.


--O que você acha sobre organizarmos um jantar aqui em casa? –Minha mãe disse por fim.


--Jantar? Qual o motivo exatamente?


--Queria que você e o Zach pudessem se conhecer melhor.


--Zach... o médico com quem você trabalha?


--Exatamente. –Minha mãe estava visivelmente nervosa mas continuou- Não é nada oficial ou sério ainda, estamos só tentando pra ver até onde vai... Não quero que você pense que...


--Mãe. –Chamo- Mãe! MÃE! –Interrompi- Eu não estou pensando nada. Se você está bem com ele é o que importa pra mim. –Sorrio- Então, quando faremos o jantar?


A expressão de alivio e felicidade que tomou conta dela naquele instante me fez quase ver uma adolescente na minha frente contando para a outra sobre o primeiro namorado. Precisei me segurar para não rir.


E o jantar foi marcado para o fim da semana, um dia que excepcionalmente ambos estariam de folga do hospital. Mas a contar da nossa conversa até a noite do jantar faltavam exatamente cinco dias, um sábado.


Disse a minha mãe que poderia ficar despreocupada que eu cuidaria de tudo.
E antes que ela dissesse que eu não sei cozinhar nem para salvar minha própria vida a tranquilizei dizendo que pediria comida de um bufê legal que vi no Centro numa das minhas voltas com Johanna.


No dia seguinte coloquei Willow num carrinho e saí com ela em direção ao Centro, nem me importei em pegar táxi, a distância nem era tanta e depois de tanto tempo enfurnada em casa poder andar um pouco seria bom. Mesmo demorando três vezes o tempo que normalmente levaria para chegar lá por causa das pessoas que insistiam em me parar para ver Willow aproveitei a caminhada.


Entrei em algumas casas de festa que ofereciam bufê, mas a maioria só fazia isso em festas grandes para muitas pessoas, mas persisti e por fim encontrei um lugar simples e perfeito onde eles atendiam a domicilio e ainda ofereciam um garçom se eu quisesse. Perfeito.


No sábado pela manhã dois homens chegaram a porta, ainda demorei alguns segundos para me lembrar do que eles haviam ido fazer, mas me dei conta que era o dia do jantar e eles eram do bufê que arrumaria tudo.


A casa de minha mãe não era muito grande e nem muito pequena, mas ela ostentava um belo jardim nos fundos, que sabe Deus como, ela mantinha regado e podado. Ali uma área perfeita poderia ser montada.


Dei breves instruções aos homens, principalmente para terem cuidado com as flores ou minha mãe mataria os dois com requintes de crueldade e me retirei para deixá-los trabalhar.


Antes da tarde terminar voltei ao jardim e parecia outro lugar completamente diferente do que vi algumas horas atrás.
Uma mesa grande e outra menor com cadeiras de madeira rustica exatamente iguais foram montadas do lado esquerdo, onde há algumas árvores maiores cercando.
Um freezer pequeno foi colocado a um canto estratégico e de fácil acesso e enchido de bebidas com ou sem álcool, essa foi uma de minhas exigências, já que não posso beber.
Balde de gelo, talheres de prata, taças de cristal, pratos de porcelana fina, toalhas de mesa de seda.
Realmente não economizaram nos mínimos detalhes.


O jantar está marcado para as 20 horas, então toda a comida deve chegar por volta de uma hora antes para que não esfrie.


Tudo corre em perfeita harmonia e as 18h30 tanto Willow quanto eu estamos de banho tomado e devidamente vestidas, ela está toda uma boneca com um vestido que tenho certeza que é o menor do mundo na cor preta com uma saia dupla na cor rosa e florezinhas desenhadas na mesma cor e finalizado com um laço que atravessa na altura do busto. Meias calça branca e os sapatinhos pretos mais brilhantes que já vi completam o visual da bebê mais linda e estilosa de Panem, que dorme sem saber de nada do que acontece.


Minha mãe chega 19h e as pressas para se arrumar.
Não sei o que eu faria sem você. Ela diz antes de correr em direção ao banheiro enquanto puxa a blusa por cima da cabeça. Eu sorrio com a afobação dela.


Ouço uma batida na porta e atendo rapidamente, três rapazes me encaram do outro lado da porta, todos os três usando smoking preto impecáveis e um ostentando cabelos ruivos e olhos verdes que eu deduzo ser o garçom, já que usa um par de luvas brancas.


Os autorizo a entrar e mostro o caminho para o jardim. Várias pequenas lâmpadas são acesas e algumas foram dispostas até entre as folhas das árvores que ganham um efeito inacreditável a noite.


Quase 40 minutos depois vejo minha mãe sair do banheiro usando um roupão mas com a pouca maquiagem pronta e o cabelo louro perfeitamente seco e solto.
Ela apanha no guarda-roupas uma sacola e tira de dentro um vestido, mas antes que eu possa vê-la se vestir ouço alguém bater na porta mais uma vez.


--Oh meu Deus. –Ela se exalta com animação- Deve ser ele. Você pode atender e oferecer algo para beber e dizer que já estou indo?


--Claro. –Respondo sorrindo e me retiro.


Um médico no hospital usando jaleco e um médico fora do hospital usando roupas normais são duas pessoas completamente diferentes.
Usando calças jeans, tênis preto e uma camisa marrom de mangas compridas risca de giz o doutor Zachary aparenta ter até menos idade do que penso que ele de fato tem.


--Boa noite. –Ele diz com um sorriso que deixaria qualquer dentista orgulhoso.


--Boa noite. –Retribuo o sorriso- Pode entrar. –Me afasto para o lado e faço um gesto para que ele atravesse a porta.


--Espero não ter chegado cedo demais.


--Ah, não. Está na hora certa. Minha mãe só está terminando de se vestir.


--Que bom saber. –Ele olha em volta por alguns segundos- Ah, eu te trouxe isto. –E me estende uma sacola- Na verdade é pra sua filha, sou terrível para dar presentes.


--Ah, não era necessário, mas obrigada. E você aceita uma bebida enquanto espera pela minha mãe?


--Só se não for nada muito forte, sou fraco pra essas coisas.


--Sem problemas.


O levo ao jardim e ele é só elogios para a arrumação, uma música em volume ambiente toca ao fundo direto de uma caixinha de som. Uma brisa suave e muito bem vinda sopra fazendo a noite ser mais agradável.
O garçom nos recomenda coquetéis de fruta para começar, o de Zach tem vodca acrescentada e o meu 0% álcool.


Caminhamos pelo lado oposto do jardim enquanto descubro que Zach já foi casado por anos, mas que sua mulher faleceu pouco antes da Revolução de dois anos atrás e ele nunca teve filhos porque a mulher era estéril. Desde então ele vive sozinho e para o trabalho e esta é a primeira vez desde que ele se lembra que não passa uma noite de folga em casa cercado por seus livros de medicina.


Quando estamos fazendo o caminho de volta minha mãe surge através da porta num vestido de cor pérola com decote discreto e detalhes desenhados numa cor que me lembra cinza ou um verde bem claro que ganha um efeito bem diferente sob a luz, com mangas curtas e justo até a cintura chegando numa saia aberta até a altura dos joelhos. Sandálias brancas com salto suficiente apenas para manter a elegância completam o todo.


Eu dou mais alguns passos antes de perceber que Zach ficou parado no mesmo lugar com os olhos arregalados e cara de adolescente bobo olhando para minha mãe que sorri como se tivesse 12 anos.


--Bom, estão entregues. –Digo alternando o olhar entre os dois- Divirtam-se, crianças. –Saio sorrindo e deixo um beijo na bochecha de minha mãe quando passo por ela em direção ao interior da casa.


--Não demore muito, vamos comer daqui a pouco. –Ainda a ouço dizer.


No quarto Willow está bem acordada e olhando para cima enquanto balança as mãozinhas na frente dos olhos.
Paro em frente ao espelho e meu vestido de renda preto de alças largas não muito justo que vai até as coxas está okay e combinando com minhas sapatilhas. Gosto desse vestido e já o tenho há algum tempo e mesmo minha barriga já tendo desaparecido completamente não quero usar nada mais colado ao corpo. Essa é a noite da minha mãe.
Com quase nada de maquiagem e minha trança jogada sobre o ombro me sinto confortável para aproveitar a noite.


Já havia levado o bebê conforto de Willow para o jardim e colocado sobre uma cadeira ao lado da que vou me sentar, então a pego nos braços e saio do quarto.
Quando estou prestes a pisar do lado de fora na área que dá acesso ao jardim ouço outra batida na porta.


Dessa vez para meu desespero é Peeta quem está do outro lado me olhando.


 


Capítulos dedicados as minhas leitoras mais fieis que nunca me abandonam mesmo quando eu desapareço por mais tempo do que é aceitávei.


belinha e chaverronis2forever espero que gostem tanto quanto eu gostei de escrever.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): mockingjeah

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

- Links Patrocinados -
Prévia do próximo capítulo

  Com cada mão segurando um dos gêmeos perto de si ele não faz um movimento sequer a não ser piscar os olhos e me encarar. Meu corpo paralisa por alguns segundos, de todas as pessoas que eu não esperava ver esta noite, Peeta Mellark estava no topo da lista, mas de alguma maneira ele está agora me encarando. Forço meu ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 93



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • mockingjeah Postado em 09/01/2016 - 10:40:35

    Quem sabe no futuro saia alguma estoria nova, mas por enquanto não tenho planos. Obrigada por acompanharem. <3

  • chaverronis2forever Postado em 21/12/2015 - 20:29:18

    Ameeei a fic de verdade e simplesmente linda

  • vondyjemilaliter Postado em 21/12/2015 - 19:49:11

    how que coisa mais linda,eu amei sua web do começo ao fim,você escreve muito bem espero poder ver outras histórias suas,meu parabéns garota voce arrasou.

  • chaverronis2forever Postado em 20/12/2015 - 17:09:10

    Continua ai que fofo os dois que bom que voltaram que pena que já ta acabando

  • mockingjeah Postado em 18/12/2015 - 23:20:11

    Amanhã tem mais, amores *--* Ta quase no fim. :(

  • vondyjemilaliter Postado em 18/12/2015 - 19:42:13

    olha eu acho que o peeta precisa não só de prazer para reconquista-la, ele precisa conquistar a confiança dela também eita Haymitch cabeça dura,meu ele precisa reagir e lutar pela filha deles não é fácil mas ele tem que tentar de verdade,amei o capitulo sua web esta ótima posta mais!1

  • chaverronis2forever Postado em 18/12/2015 - 18:14:02

    Continuua espero que o Hamytch fique bem

  • chaverronis2forever Postado em 17/12/2015 - 23:56:29

    Continua Katniss devia acreditar no Peeta ele não pode ter uma amiga mulher

  • chaverronis2forever Postado em 16/12/2015 - 11:10:41

    Continua *-*

  • vondyjemilaliter Postado em 16/12/2015 - 06:55:46

    Eita poxa RS hehe peeta não vai ser tão fácil assim,depois do que rolou escutar isso não e fácil, mas será que ela falou pra valer parece que sim mas não sei não adorei posta mais


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais