Fanfic: First dandelion in the spring | Tema: Jogos Vorazes
Com cada mão segurando um dos gêmeos perto de si ele não faz um movimento sequer a não ser piscar os olhos e me encarar.
Meu corpo paralisa por alguns segundos, de todas as pessoas que eu não esperava ver esta noite, Peeta Mellark estava no topo da lista, mas de alguma maneira ele está agora me encarando.
Forço meu cérebro a funcionar e dou ordens a mim mesma para reagir. No entanto a primeira coisa que instruo a mim mesma a fazer é segurar minha filha com apenas um dos braços e com o outro imprimir toda a força para levar minha mão ao encontro do rosto de Peeta, que fecha os olhos quando meus dedos encontram dolorosamente sua bochecha esquerda e deixam para trás suas marcas que ficam vermelhas na mesma hora.
Acertá-lo com um tapa me faz sentir ligeiramente que o odeio menos, viro as costas de volta para o quarto e deixo a porta da frente aberta com ele ainda parado amparando as crianças do lado de fora, e como uma fera que espreita sua presa na floresta a cada passo que dou sinto seu olhar em minhas costas e quase posso ver quando ele atravessa a entrada e me segue.
No segundo que ajeito Willow no meio da cama com a cabeça sobre o travesseiro Peeta passa pela porta do quarto.
Nos encaramos por um tempo que me parece longo demais e desvio o olhar quando os gêmeos, agora com pouco mais de um ano começam a andar pelo quarto com passos curtos mas determinados.
--O que você quer aqui? –Pergunto sem voltar a olha-lo.
--Que conversemos como duas pessoas civilizadas que somos.
--Não temos mais o que conversar. Já dissemos mais do que deveríamos um para o outro.
--Não, nós só brigamos e dissemos coisas única e exclusivamente para machucar o outro -Peeta se aproxima alguns passos de mim- e isso porque estávamos com raiva.
--É nós momentos de raiva que dizemos o que realmente pensamos. –Digo me afastando mais um pouco.
--Errado, é nos momentos de raiva que dizemos aquilo que temos certeza de que vai doer na outra pessoa. E quanto maior a dor que puder ser causada maior é o prazer em dizer. –Ele rebate.
--Nossa, então você está de parabéns porque foi certeiro em cada coisa que disse a meu respeito.
--Pra começar, eu sabia que você estava na casa do Haymitch naquela noite. –Ele começa- Eu estava do lado de fora de casa mas de um lugar onde só eu poderia te ver. –Peeta respira fundo- Então decidi ir até lá, nem mesmo sabia o que dizer, só decidi e fui.
--Aposto que nunca passou pela sua cabeça que Johanna Mason de todas as pessoas do Mundo seria quem te enfrentaria daquele jeito por minha causa. –Esboço um sorriso quase invisível e que se vai tão rápido quando quanto chegou e Peeta não nota.
--Realmente, isso nunca me passou pela cabeça. –Ele balança a cabeça mas olha para o chão- Não estava nos meus planos ser subjugado daquela maneira. Mas eu reconheço que mereci.
--É claro que você mereceu! –Viro-me para ele mas mantenho a distância- Você disse coisas horríveis, você disse coisas sobre as quais nem sabia como aconteceram. –Ele um pouco a voz- Ainda expôs nossas intimidades e me reduziu a uma vagabunda!
--Me perdoe por isto. –Peeta diz.
--E nem preciso dizer o quão absurdo foi você ter registrado A MINHA FILHA como se fosse sua!
--Mas ela é minha, não preciso de um pedaço de papel para atestar isso.
Sua voz é rouca e controlada e ele fala num volume que é o bastante apenas para se fazer ouvir dentro do pequeno quarto enquanto as crianças reproduzem palavras ininteligíveis entre si.
--Me perdoe por ser um idiota. –Ele dá um passo em minha direção- Me perdoe por dizer todas aquelas coisas horríveis para você. –Continua a se aproximar a passos lentos- Me perdoe por não ser quem você pensou que eu fosse. –Uma curta distância nos separa agora- Me perdoe por virar as costas quando você mais precisou que eu estivesse com você.
Quando Peeta me segura pelas mãos e as leva até seu peito, sinto as batidas rápidas e fortes de seu coração contra meus dedos.
Lágrimas escorrem pelo seu rosto e me vejo refletida em seus olhos tão cheios de tristeza que fazem meu coração doer.
--Me perdoa –Ele diz, mas só o entendo pelo movimento dos lábios, sua voz não corresponde mais- por tudo. Só perdoa.
Prendendo a respiração para medir forças com as lágrimas que forçam seu caminho para fora tiro uma das mãos do peito de Peeta e levo até seu rosto vermelho.
Com a palma apoiada exatamente onde lhe acertei passo o polegar próximo a seus olhos, secando as lágrimas que caem incessantemente.
Sinto as batidas de seu coração aumentarem ainda mais o ritmo enquanto todo seu corpo treme e o peito se enche de ar com dificuldade. Ele está tão instável quanto eu, mas aprendi a sufocar as emoções pelo meu próprio bem.
--Eu perdoo você. –Digo firmemente e Peeta mantem meu olhar.
--Perdoa? –Sua expressão facial muda de dor para excitação em poucos segundos e ele esboça um sorriso.
--Sim. –Respondo.
--Então... –Peeta começa com o sorriso se alargando e segura meu rosto entre suas mãos.
--Eu disse que perdoo Interrompo quando ele aproxima o rosto do meu e está prestes e encostar nossos lábios- mas isso não quer dizer que voltaremos a ser um casal. –Afasto suas mãos.
--Mas... então... como... –Ele gagueja entre as palavras.
--Eu não quero voltar a ter nenhum vínculo emocional com você, a partir de hoje somos só duas pessoas que se conhecem. –Digo friamente, mas meu coração pula no meu peito.
--Mas e a nossa filha! –Ele olha para Willow deitada na cama- Temos que cuidar dela juntos!
--Quantas vezes vou precisar repetir que VOCÊ.NÃO.SABE.SE.ELA.É.SUA! –A raiva cresce dentro de mim- Você deu seu nome a ela sem me consultar, quanto a isso não vou fazer nada. –Bato com o dedo indicador em seu peito- Mas não posso fingir que nada aconteceu, não posso passar por cima da realidade e você também não pode fazer isso.
--Eu não quero fazer minha filha passar por isso, eu sei que ela é minha. –Peeta volta a segurar minha mão- Por favor, não me faça fazer isso. Eu sou o pai dela! –Ele entrelaça nossos dedos- Me deixe ser o pai dela!
Antes que eu possa responder qualquer coisa minha mãe bate na porta do quarto mesmo estando aberta.
Ela não mostra sequer surpresa quando vê Peeta parado ali e ainda sorri quando notamos sua presença.
--Vamos jantar? –É só o que ela diz antes de virar as costas e voltar para o jardim.
Autor(a): mockingjeah
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 93
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mockingjeah Postado em 09/01/2016 - 10:40:35
Quem sabe no futuro saia alguma estoria nova, mas por enquanto não tenho planos. Obrigada por acompanharem. <3
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chaverronis2forever Postado em 21/12/2015 - 20:29:18
Ameeei a fic de verdade e simplesmente linda
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vondyjemilaliter Postado em 21/12/2015 - 19:49:11
how que coisa mais linda,eu amei sua web do começo ao fim,você escreve muito bem espero poder ver outras histórias suas,meu parabéns garota voce arrasou.
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chaverronis2forever Postado em 20/12/2015 - 17:09:10
Continua ai que fofo os dois que bom que voltaram que pena que já ta acabando
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mockingjeah Postado em 18/12/2015 - 23:20:11
Amanhã tem mais, amores *--* Ta quase no fim. :(
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vondyjemilaliter Postado em 18/12/2015 - 19:42:13
olha eu acho que o peeta precisa não só de prazer para reconquista-la, ele precisa conquistar a confiança dela também eita Haymitch cabeça dura,meu ele precisa reagir e lutar pela filha deles não é fácil mas ele tem que tentar de verdade,amei o capitulo sua web esta ótima posta mais!1
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chaverronis2forever Postado em 18/12/2015 - 18:14:02
Continuua espero que o Hamytch fique bem
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chaverronis2forever Postado em 17/12/2015 - 23:56:29
Continua Katniss devia acreditar no Peeta ele não pode ter uma amiga mulher
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chaverronis2forever Postado em 16/12/2015 - 11:10:41
Continua *-*
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vondyjemilaliter Postado em 16/12/2015 - 06:55:46
Eita poxa RS hehe peeta não vai ser tão fácil assim,depois do que rolou escutar isso não e fácil, mas será que ela falou pra valer parece que sim mas não sei não adorei posta mais