Fanfics Brasil - Chapter 67 First dandelion in the spring

Fanfic: First dandelion in the spring | Tema: Jogos Vorazes


Capítulo: Chapter 67

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O jantar, somos informados pelo garçom, é todo baseado na culinária de algum país de um lugar chamado América do Sul.
Antes dos Dias Escuros, Panem era conhecido como América do Norte, mas após o levante e a Capital tomar a frente todo o país ficou isolado do resto do mundo e por 75 anos não se soube da existência de mais ninguém, cada um conhecia apenas as pessoas do próprio distrito, famílias se desintegravam e pais mandavam crianças ano após ano para morrer nos Jogos Vorazes.
Fomos apagados do mapa e só agora, aos poucos estão nos descobrindo e estamos descobrindo o que se passa através de nossas fronteiras.


Com Zach fica em uma das pontas da mesa e minha mãe se senta próxima a ele, Willow está acordada olhando as luzes entre os galhos das árvores de dentro do bebê conforto, eu me sento logo ao lado dela. Enquanto isso Peeta puxa a cadeira da outra ponta para assim poder ficar junto da pequena Rue que ele senta em seu colo e do esperto Joshua ao mesmo tempo. Assim acabamos um de frente para o outro, isso bem quando eu achava que minha noite não pudesse piorar.


Por fim o jantar é servido, a comida tem um gosto incrível apesar de ser um pouco pesada para quem não está acostumado.


Entre comer camarões gigantescos, um arroz com nome estranho, farofa, feijão preto que é algo que eu nem sabia da existência, saladas diversas e muitas outras coisas logo me sinto satisfeita.
Quando dou por mim estou tomando meu quarto coquetel de frutas sem álcool da noite e observando Peeta cuidar das crianças, enquanto minha mãe se desligou do mundo e só tem olhos para Zach.


Peeta é habilidoso e paciente, leva colheradas de comida alternadas entre um e outro e faz brincadeiras lúdicas quando insinuam que não querem mais.
Quando a jornada da alimentação termina ele os deixa escolher entre as cores de suco de frutas disponíveis e as crianças sorriem satisfeitas com copos cheios de bebidas vermelhas e amarelas que se ajustam as pequenas mãos de forma que eles podem beber sozinhos.


Interrompendo meus pensamentos o garçom que se apresentou mais cedo como Garret se aproxima de mim e pergunta o que achei do jantar.
Eu respondo apenas incrível e maravilhoso e ele abre um largo sorriso, e pela primeira vez reparo em seu rosto composto por dentes perfeitamente brancos e alinhados, lábios rosados que parecem ter sido desenhados a mão, olhos bem escuros que desconfio serem pretos assim como o cabelo raspado baixinho que ele ostenta na cabeça.


--E você, não vai comer? –Pergunto a Peeta quando Garret se afasta e percebo que ele nem tocou no próprio prato.


--Estou sem fome. –Ele responde automaticamente.


Uma torta de biscoitos e uma de nozes são servidas, além de sorvete de creme e bolo de chocolate, vejo Peeta rir após chamar por Joshua dizendo simplesmente bolo e ver o menino voltar tão rápido quanto as pernas permitem para perto da mesa.


Enquanto isso Garret se aproxima mais uma vez para saber minha opinião e dá discretas gargalhadas quando me vê chupar os dedos sujos de calda de chocolate.


--Aqui, use isso. –Ele diz me estendendo um guardanapo.


--Obrigada. –Digo sorrindo e limpando os dedos e a boca.


--Sua filha é linda –Observo Garret se abaixar próximo a Willow que voltou a dormir- E se parece muito com você.


--Obrigada, de novo. –Respondo- Ela se parece muito mesmo comigo quando nasci, minha mãe quem disse –Sorrio.


--Ela vai crescer e se tornar uma mulher tão linda quanto a mãe, eu posso apostar. –Ele diz e sorri me olhando nos olhos.


Só consigo balançar a cabeça, desviar o olhar e sentir minhas bochechas queimarem depois de ouvir isto. Não importa a idade que eu tenha, nem quantas experiências eu viva, nunca me acostumarei a flertes.


--Por favor –Agora é Peeta quem fala e sua voz sai quase como um rosnado- pode me trazer um desses coquetéis? –Ele se dirige a Garret- Frutas vermelhas, um terço de vodca.


--Imediatamente. –Ele responde e se afasta.


Olho confusa para Peeta, mas ele não me olha, ao invés disso olha para através de mim, para o outro lado do jardim e encara o lugar que é iluminado apenas pela lua.


Minha mãe está radiante de felicidade e ri a todo o tempo como se estivesse ouvindo as melhores histórias do mundo, Zach faz bem a ela e decido que posso gostar dele.


Peeta recebe a bebida que pediu e eu recebo outra que não pedi, mas não recuso e agradeço a Garret com um sorriso tímido e tão logo seguro a taça viro um longo gole do delicioso coquetel de maracujá com menta que desce com frescor.
Enquanto Peeta por sua vez segura a taça com tanta força que já a imagino quebrando em sua mão, ele caminha para o outro lado do jardim, exatamente o lugar para o qual ele estava olhando momentos atrás.


Hesito por algum tempo, mas quando termino minha bebida não tenho muito mais com o que me ocupar, então me levanto, pego Willow com bebê conforto e tudo e caminho até onde Peeta está.
Deitado de costas em longo banco de madeira, com a taça apoiada sobre a barriga ele olha para o céu e nem se dá conta da minha presença até que invado seu campo de visão por alguns instantes.


Ele se coloca sentado com as costas apoiadas no braço do banco, a perna direita dobrada para cima e a esquerda que é uma prótese de metal que começa no joelho esticada ao longo do assento.
Me sento na outra extremidade com o corpo ligeiramente posicionado para nos olharmos de frente e coloco Willow entre nós dois. Peeta a olha de relance.


--O que você está fazendo? –Pergunto.


--Só admirando o céu. –Ele responde com a voz neutra- Nem me lembro quando foi a última vez que fiz isso.


Eu me lembro da última vez que admirei o céu. –A lembrança vem clara em minha mente- Foi com Peeta, lá no meio da floresta.
Era inverno, havia muita neve. Ele me acordou cedo e passamos todo o dia e parte da noite juntos enrolados em cobertores. –Não consigo evitar sorrir com a forma tão clara que me lembro disso- Lembro-me que a certa altura nos enroscamos um no outro e compartilhamos o calor de nossos corpos e que ele pediu para que eu cantasse a música que o ajudava a se controlar durante os pesadelos. –Fecho os olhos e me lembro da melodia- Somente feche seus olhos. Você ficará bem. Ao chegar a luz da manhã. Nós ficaremos sãos e salvos. É o que diz a letra que há tanto tempo não canto.


 


Meu cérebro desperta de repente quando ouço Peeta me chamar pelo nome, mas antes que eu possa responder, ou ele dizer qualquer outra coisa a pequena Rue aparece correndo e chorando incessantemente.
Ela balbucia várias palavras impossíveis de entender, a única coisa que consigo assimilar realmente é a palavra papai que ela diz por várias vezes enquanto chora.


Peeta no auge de sua paciência se ajoelha a frente da menina e a ouve falar sem interromper nem uma vez.
Quando ela por fim termina o que quer tenha dito Peeta diz apenas tudo bem e a abraça, para logo em seguida voltar a se sentar no banco com ela em seu colo.


 


--Isso tudo se chama sono. –Ele diz olhando para mim- Já passou da hora dos dois estarem na cama.


 


Peeta deita a menina sobre sua barriga e apoia a cabeça dela sobre seu peito enquanto faz lentos movimentos de ninar. Não demora muito e o sono vence a batalha contra o choro, mas outro impasse se forma quando Joshua é que aparece e fica de pé ao lado de Peeta.


 


O menino não chora, mas olha impaciente para a irmã que dorme no colo e não se afeta nem quando ouve Peeta dizer agora o papai vai colocar a irmãzinha pra dormir, mas depois é você, tudo bem?


 


--Esta é parte difícil de ter gêmeos em casa. –Peeta diz mas ao invés de olhar para mim, olha para o menininha em seus braços- Só consigo dar atenção para um de cada vez na hora de dormir.


 


Não consigo evitar sentir um aperto no coração, e num impulso fico de pé e me aproximo do garotinho.


Que tal ficar um pouquinho no colo da titia enquanto o papai não pode segurar você? Digo estendendo as mãos, e para minha surpresa ele levanta os braços para que eu possa levanta-lo.


 


Já estou tão familiarizada em ter Willow nos braços que a única diferença que sinto entre os dois é no peso.
Volto a me sentar e vejo Peeta me observar atentamente.


 


--O que foi? –Pergunto quando vejo sua expressão curiosa.


 


--Ele nunca fez isso –Peeta responde- com ninguém além de mim.


 


--Isso o que? Aceitar o colo? –Questiono.


 


--Não só aceitar como levantar os braços. –Ele alterna o olhar entre minha e o pequeno- Até hoje ele só fez isso comigo.


 


--Vai ver ele gostou de mim. –Digo com um sorrisinho.


 


--É, vai ver é isso. –Vejo um meio sorriso se formar nos lábios de Peeta- Ou talvez ele goste mesmo da sua trança.


 


Sentado sobre minhas pernas e balançando as perninhas para fora do banco vejo o menino olhar admirado para a longa trança que passa por cima do meu ombro direito.
Seguro o cabelo com uma mão e passo a ponta dos fios em seu rosto e ele fecha os olhos e ri.
Me pego rindo ao ouvir sua risada e Peeta nos observa sem dizer nem uma palavra por alguns minutos.


 


--Você é uma boa mãe, Katniss. –Ele diz por fim.


 


--Eu tento ser, mas ainda tenho muito o que aprender. –Respondo com sinceridade e instintivamente olho para Willow.


 


Minha mãe aparece de repente apenas para nos dizer boa noite e anunciar que irá passar a noite na casa de Zach.


 


--Amanhã eu tenho plantão, então só volto para casa depois de amanhã ao anoitecer. –Ela diz afobada enquanto me beija no rosto.


 


--Tudo bem. –Respondo- Boa noite e divirta-se.


 


--Obrigada, minha filha. –Ela diz sorrindo radiante- Se precisar de qualquer coisa sabe onde me encontrar.


 


--Sei...


 


--O número do hospital está...


 


--Colado na geladeira. –Termino a frase para ela e sorrio- Eu sei, agora vai de uma vez.


 


--O garçom já se foi e levou as coisas que pertenciam ao bufê. Mas o jardim vai precisar ser limpo amanhã. –Minha mãe continua.


 


--Mãe! Amanhã eu vejo isso. Já pode ir agora.


 


--Eu vou. –Ela se abaixa e beija a testa de Joshua que cochila no meu colo ainda segurando minha trança com força na mão- Só preciso –Ela se aproxima de Willow e a beija- me despedir –Por fim se aproxima de Peeta e beija Rue também- dessas crianças tão lindas.


 


Peeta e eu soltamos uma risada juntos depois de ver essa cena toda.


 


--Terminou? –Pergunto a minha mãe levantando as sobrancelhas.


 


--Ah, agora sim. –Ela sorri satisfeita enquanto ajeita o vestido.


 


--Então vai de uma vez, o Zach deve estar impaciente já. –Elevo a voz mas sem perder o tom de brincadeira- Diga boa noite a ele por nós.


 


--Ah é! –Minha mãe parece se lembrar de repente do que estava fazendo ali e eu rio mais uma vez- Eu digo sim. Boa noite, crianças. E juízo. –Ela aperta um ombro de Peeta antes de correr em direção a porta de acesso a cozinha- E obrigada pelo jantar, minha filha. –É a última coisa que ela diz antes de desaparecer.


 


--Sua mãe parece realmente feliz. –Peeta diz.


 


--E está mesmo. –Respondo ainda olhando na direção da porta por onde ela saiu alguns minutos atrás- Fazia tempo que não a via assim.


 


--Ela merece. –Ele diz e eu por fim o olho- E eu fico muito feliz, não só por ela, mas por vocês duas que estão se dando cada vez melhor.


 


Não sei o que dizer, então mantenho seu olhar por alguns segundos e em seguida desvio para Willow que mexe as perninhas entre nós dois, acordando enquanto os gêmeos dormem um sono profundo e tranquilo.


 


Vamos entrar, está ficando tarde e logo vai esfriar. Isso não é bom para nenhum deles. Digo quando sinto um vento frio passar por mim deixando meus braços arrepiados.


 


--Vamos. –Peeta diz apoiando os pés no chão e se levantando.


 


--Se você não se importar, preciso que você vá na frente e volte para que eu possa levar a Willow em seguida. –Digo antes de me levantar também- Não vou deixa-la aqui sozinha.


 


--Claro que não me importo. Mas se me permite, tenho uma ideia mais pratica.


 


Peeta estica um braço e levanta Willow como se ela não pesasse mais que uma folha, o que não é de todo uma mentira, mas ele ainda estava com Rue sendo carregada com um dos braços apenas.


 


--Agora podemos entrar e ninguém precisa ficar para trás ou voltar aqui fora. –Ele diz em seu tom mais casual possível.


 


--Tem certeza que consegue? –Questiono.


 


--Sim, eu tenho. Já carreguei esses dois ao mesmo tempo várias vezes. Agora é que não consigo mais porque eles juntos são pesados.


 


--Okay, então vamos.


 


Caminhamos lado-a-lado por todo o percurso e Peeta ainda diz você primeiro quando chegamos a porta da cozinha, que eu atravesso seguida imediatamente por ele e já sinto a agradável diferença na temperatura que faz meu corpo relaxar enquanto tranco a porta por dentro e me dirijo até o quarto.



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Autor(a): mockingjeah

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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  --Eu durmo no chão com as crianças e vocês duas dormem na cama!   --Não temos outro colchão e o chão é muito desconfortável, quantas vezes tenho que repetir?   Essa discussão já tomou vários minutos noite a dentro e não parece que estamos perto de chegar a uma conclus&a ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 93



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  • mockingjeah Postado em 09/01/2016 - 10:40:35

    Quem sabe no futuro saia alguma estoria nova, mas por enquanto não tenho planos. Obrigada por acompanharem. <3

  • chaverronis2forever Postado em 21/12/2015 - 20:29:18

    Ameeei a fic de verdade e simplesmente linda

  • vondyjemilaliter Postado em 21/12/2015 - 19:49:11

    how que coisa mais linda,eu amei sua web do começo ao fim,você escreve muito bem espero poder ver outras histórias suas,meu parabéns garota voce arrasou.

  • chaverronis2forever Postado em 20/12/2015 - 17:09:10

    Continua ai que fofo os dois que bom que voltaram que pena que já ta acabando

  • mockingjeah Postado em 18/12/2015 - 23:20:11

    Amanhã tem mais, amores *--* Ta quase no fim. :(

  • vondyjemilaliter Postado em 18/12/2015 - 19:42:13

    olha eu acho que o peeta precisa não só de prazer para reconquista-la, ele precisa conquistar a confiança dela também eita Haymitch cabeça dura,meu ele precisa reagir e lutar pela filha deles não é fácil mas ele tem que tentar de verdade,amei o capitulo sua web esta ótima posta mais!1

  • chaverronis2forever Postado em 18/12/2015 - 18:14:02

    Continuua espero que o Hamytch fique bem

  • chaverronis2forever Postado em 17/12/2015 - 23:56:29

    Continua Katniss devia acreditar no Peeta ele não pode ter uma amiga mulher

  • chaverronis2forever Postado em 16/12/2015 - 11:10:41

    Continua *-*

  • vondyjemilaliter Postado em 16/12/2015 - 06:55:46

    Eita poxa RS hehe peeta não vai ser tão fácil assim,depois do que rolou escutar isso não e fácil, mas será que ela falou pra valer parece que sim mas não sei não adorei posta mais


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