Fanfics Brasil - Chapter 72 First dandelion in the spring

Fanfic: First dandelion in the spring | Tema: Jogos Vorazes


Capítulo: Chapter 72

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Antes que ele me penetre completamente eu solto um gemido de dor e me afasto instintivamente. Peeta nem sequer usou a força que estava acostumado a usar comigo, estava sendo calmo e gentil como foi na primeira vez. Mas foi como se ele tivesse usado toda a brutalidade do mundo.


Puxando o cobertor sobre mim e cobrindo o máximo que consigo, considerando que Peeta ainda está sobre o tecido, fico afastada e meu corpo todo treme como se de repente estivesse nevando dentro de casa.


--Eu não consigo fazer isso. –É a primeira coisa que consigo dizer entre dentes.


--Tudo bem. –Ele responde com a voz terna e se aproxima com calma, se sentando ao meu lado- Não vou te forçar a nada. Mas você precisa me dizer o que houve. –Sua voz ainda é calma, mas seus olhos transparecem preocupação.


--Acha que consegue tomar banho comigo enquanto ouve o que tenho a dizer? –Pergunto- Apenas banho.


--Mas é claro. –Ele começa a descer da mesa e juntar nossas coisas do chão- Vamos usar o meu banheiro, lá a banheira é maior. Prometo que não vou te tocar se você não quiser.


--Vamos. –Desço também e passo o cobertor sobre os ombros.


Peeta abraça na altura da cintura e subimos as escadas juntos. Enquanto ele ajusta a temperatura da agua e enche a banheira eu vou ao meu quarto para verificar Willow, e constato que ela continua dormindo do mesmo jeito que a deixei horas atrás.
Apanho uma toalha no guarda-roupas e vou ao encontro de Peeta.


Atravesso o quarto dele, passando pelas crianças que dormem esparramadas na cama enquanto dois berços perfeitos e vazios jazem no canto da parede.
No banheiro encontro Peeta sentado na beirada da banheira, a prótese solta apoiada contra o vidro do box e ele jogando algum tipo de óleo na agua que exala um cheiro muito agradável e convidativo.


Quando me vê Peeta me estende a mão e eu coloco os pés dentro da água morna que só de entrar em contato com a minha pele já me faz relaxar.
Ele entra em seguida e se senta de frente para mim, apenas nossos pés se encontram sob a água.
Eu deito a cabeça para trás e fecho os olhos massageando minhas têmporas com os dedos e Peeta se aproxima apenas o suficiente para segurar meus pés sobre o colo e massagear meus dedos.


--Hoje seria minha primeira vez depois do que aconteceu. –Começo depois vários minutos de silencio e Peeta nem se abala, continuando a massagear meus pés- Eu pensei que conseguiria.


--Você é forte. Mas tudo vem a seu tempo. Eu deveria ter respeitado seus limites. –Ele diz, culpado.


--Não, você não teve culpa de nada. –Abro os olhos e fico sentada olhando-o- Eu queria, eu queria muito voltar a ser sua.


--Não se preocupe quanto a isso, nós faremos amor quantas vezes você quiser, depois que você estiver pronta. –A sinceridade é quase palpável em seus olhos azuis.


Tiro meus pés do colo de Peeta e estendo uma mão para ele, que aceita e eu o puxo para mim, e ele fica entre minhas pernas com a cabeça apoiada sobre meu peito.
Entrelaço nossos dedos dentro d’agua.


--Esses meses todos eu lutei contra todas as lembranças daquela noite, eu tentei lidar com elas e pensei que estava indo bem, pelo menos enquanto não tentei transar com mais ninguém eu me saí bem.


--Não precisa dizer nada se não quiser. –Peeta diz.


--Sim, eu preciso. Se eu não disser para você, não direi a mais ninguém. E isso vai me sufocar até me matar. –Minha cabeça começa a latejar enquanto falo.


--Tudo bem, estou ouvindo. –Peeta diz com um sussurro e um suspiro.


--Eu me lembro de tudo. Desde o momento que você descobriu minha traição da pior maneira possível. Até as horas que passei bebendo naquele bar. Quando Mark se aproximou de mim, a hora que ele brigou com Gale. –A primeira lágrima acha o caminho de saída e sei que não irá demorar até outras fazerem o mesmo- Na hora eu estava muito tonta, mas eu estava minimamente consciente. Não era capaz de distinguir tudo com perfeição, mas eu sabia dentro de mim que algo não estava correto. –Tomo alguns segundos para respirar e Peeta permanece em silencio, ouvindo e acariciando minhas mãos- Dentro do elevador eu comecei a ver você. Eu sabia que tínhamos brigado mais cedo, mas nada iria me impedir de te acompanhar naquele momento. Para mim ele era você. –Minha voz quase não sai, mas minhas lágrimas parecem que nunca mais deixarão de cair.


--Eu deveria ter ficado por perto, não deveria ter desaparecido daquele jeito. –Peeta diz ressentido- Se eu tivesse feito isso, nada de ruim teria te acontecido.


--Eu traí você. –Interrompo- Eu me deixei ser beijada por ele na primeira viagem, da segunda vez eu mesma me sabotei me enchendo de álcool. –Digo quase com raiva de mim mesma- O menos culpado nisso tudo é você.


--Nós dois temos nossa devida parcela de culpa. Você por ter escondido o primeiro erro e eu por não ter cuidado de você como prometi que faria. –Ele aperta os dedos com os meus e eu ganho tempo enterrando o nariz no cabelo loiro molhado que cheira a shampoo.


--Eu duvido que você estar por perto teria impedido alguma coisa. O Gale estava lá, ele só conseguiu acabar com o nariz fraturado e eu continuei com Mark de livre e espontânea vontade. –Rebato-  Só percebi meu erro quando já era tarde.


--Você estava incapacitada pelo álcool. –Peeta defende.


--Eu não deveria nem estar bebendo pra começo de conversa, porque sou fraca e foi exatamente isso que me fez errar da primeira vez. –Sinto a raiva me consumindo- Acabar presa no quarto com ele depois de achar que estava vendo você foi só consequência da minha estupidez. Eu já havia cedido a ele no início e se ele não tivesse me machucado eu provavelmente continuaria lá de livre e espontânea vontade, mesmo sabendo que não era com você que eu estava transando.


Choro copiosamente e os soluços fazem meu corpo tremer. Peeta separa nossas mãos, fica de frente para mim e ampara meu rosto entre os dedos enrugados pela água.


--Não diga mais nada. –Ele diz.


--Eu tenho que continuar. –Faço esforço descomunal para respirar fundo e fazer as palavras saírem- Quando percebeu que eu queria ir embora, ele me pegou a força e me jogou na cama. No mínimo de resistência que mostrei me fez ganhar um tapa no rosto que me paralisou por completo. -Peeta me olha em completo desespero- Ele é bem maior do que eu e sob efeito de álcool ou não é bem mais forte também. Então desisti de tentar lutar e me resignei a deixar que fizesse o que bem entendesse, não queria mais apanhar. –Peeta chora quase tanto quanto eu- Minha calcinha se perdeu rasgada em algum canto e com a violência que ela foi arrancada o tecido deixou uma marca na minha pele. Meu vestido permaneceu inteiro porque eu o retirei da melhor maneira que pude, enquanto ele sorria doentiamente me olhando ficar nua.
As roupas dele estavam lá e no segundo seguinte não estavam mais. –Peeta me abraça- Eu só consegui ter um rápido vislumbre do pênis dele antes que ele me pegasse pelas coxas com violência, enterrando os dedos na minha pele e me penetrando de uma vez só. –Fecho os olhos com força quando as imagens me vem à mente- Acho que ele nem mesmo era maior do que você, mas eu estava tão apavorada que senti como se algo muito muito grande estivesse entrando em mim e me perfurando de dentro para fora. Acho que se eu fosse virgem até aquele momento não estaria aqui agora pra contar essa história.


--Por favor, não repita isso. –A voz de Peeta mal sai da garganta.


--Eu não me movia, nem esboçava qualquer reação aos toques brutos e dolorosos dele. Minhas coxas ficaram com marcas de dedos roxas por vários dias. Minha bunda doía de forma absurda por conta dos tapas que ele me deu quando me obrigou a ficar de quatro. Minha cintura e meus quadris foram tão apertados que eu pensei que nunca mais fosse conseguir fazer movimentos rápidos de simplesmente virar o corpo. Meus seios foram marcados por dentes, minha barriga e minhas costas tinham arranhões horríveis.
Fora a cicatriz do tapa que levei, só meu rosto, meu pescoço e meus braços ficaram intactos. E ele sentia prazer, tanto com penetração, quanto me deixando marcada. Ele sorria a todo momento e isso foi o que mais me assustou.


Minha respiração falha e quanto mais tento puxar o ar, mais longe de mim ele parece estar. Hiperventilo por vários segundos e nada melhora quando mais lágrimas saem dos meus olhos, todo meu corpo treme descontroladamente. Peeta me abraça em silencio e deixa que eu chore o quanto precisar. Ele canta para mim a canção de ninar que cantei para Rue na minha primeira arena e que sempre canto para Willow.


Aqui é seguro, e aqui é quente


Aqui as margaridas te guardam de todo o mal


Aqui seus sonhos são doces


E amanhã traz a verdade


Aqui é o lugar onde eu te amo


Quase uma hora se passa até que eu recupere o mínimo de controle e volte a pensar com clareza.


Enroscada contra o corpo de Peeta e com a água quente me mantendo relaxada, fecho os olhos enquanto o sinto o cheiro da pele dele.
Acabo cochilando por algum tempo, porque quando volto a mim ele está de pé ao lado da banheira com uma toalha enrolada na cintura e segurando um roupão branco e macio para mim.


--Que horas são? –Pergunto enquanto me levanto e passo os braços pelas aberturas.


--Quase 3h. –Ele responde com a voz rouca- Precisamos dormir, ou amanhã seremos os pais mais inúteis do mundo e as crianças podem derrubar a casa sem que a gente perceba.


--Sim. Vamos. –Saio da banheira e piso no tapete onde um chinelo me espera.


--Depois de tanto tempo debaixo dessa água quente, pisar no chão frio pode te fazer muito mal. –Peeta diz quando vê que eu encaro os chinelos- Vamos, eu te levo pra cama.


Caminhamos juntos e abraçados até meu quarto, eu deito de roupão e tudo e ele fecha as cortinas das janelas.
Quando ele vai atravessar a porta para o outro lado do corredor eu interrompo.


--Peeta! –Minha voz falha um pouco pelo uso repentino, mas ele para.


--Qual o problema? –Ele me olha preocupado.


--Seria muito pedir que você ficasse comigo? –Puxo uma linha solta no edredom que me cobre, tudo para não encara-lo depois desse pedido.


--Claro que não é pedir muito. –Ele aponta para o outro lado do corredor- Espere só um segundo que vou ver se as crianças estão cobertas e volto para você, tudo bem?


--Tudo bem. –Respondo e sem perceber respiro aliviada.


Peeta volta alguns minutos depois e deitada de lado, sinto quando ele levanta as cobertas e se aproxima de mim.
Agora ele usa calças e camisa e me abraça por trás passando o braço pela minha cintura, aumentando nosso contado.


Sentindo o coração dele bater contra minhas costas eu não demoro a pegar no sono.



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Autor(a): mockingjeah

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 93



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  • mockingjeah Postado em 09/01/2016 - 10:40:35

    Quem sabe no futuro saia alguma estoria nova, mas por enquanto não tenho planos. Obrigada por acompanharem. <3

  • chaverronis2forever Postado em 21/12/2015 - 20:29:18

    Ameeei a fic de verdade e simplesmente linda

  • vondyjemilaliter Postado em 21/12/2015 - 19:49:11

    how que coisa mais linda,eu amei sua web do começo ao fim,você escreve muito bem espero poder ver outras histórias suas,meu parabéns garota voce arrasou.

  • chaverronis2forever Postado em 20/12/2015 - 17:09:10

    Continua ai que fofo os dois que bom que voltaram que pena que já ta acabando

  • mockingjeah Postado em 18/12/2015 - 23:20:11

    Amanhã tem mais, amores *--* Ta quase no fim. :(

  • vondyjemilaliter Postado em 18/12/2015 - 19:42:13

    olha eu acho que o peeta precisa não só de prazer para reconquista-la, ele precisa conquistar a confiança dela também eita Haymitch cabeça dura,meu ele precisa reagir e lutar pela filha deles não é fácil mas ele tem que tentar de verdade,amei o capitulo sua web esta ótima posta mais!1

  • chaverronis2forever Postado em 18/12/2015 - 18:14:02

    Continuua espero que o Hamytch fique bem

  • chaverronis2forever Postado em 17/12/2015 - 23:56:29

    Continua Katniss devia acreditar no Peeta ele não pode ter uma amiga mulher

  • chaverronis2forever Postado em 16/12/2015 - 11:10:41

    Continua *-*

  • vondyjemilaliter Postado em 16/12/2015 - 06:55:46

    Eita poxa RS hehe peeta não vai ser tão fácil assim,depois do que rolou escutar isso não e fácil, mas será que ela falou pra valer parece que sim mas não sei não adorei posta mais


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