Fanfic: Se Fue Con El Viento [ FINALIZADA ] | Tema: AyA / Ponny

Capítulo 14 :

Sempre Ao Seu Lado

Pov Por Alfonso

Passei uma noite horrível depois de tantas dores que senti. Não aguentava mais, sentia que iria explodir. Acordei com dia já claro e vi Anny me analisando perdida em seus pensamentos. Deus, como me sinto ainda mais culpado por saber que novamente estou fazendo ela sofrer assim. Quero tirar todo esse peso de cima dela. A ouvi na noite anterior dizer aos meus sogros para virem hoje me visitar, porém não sei como vou encarar eles depois do que aconteceu. Irão descobrir tudo sobre minha doença e com todo direito vão me culpar por ter escondido isso deles. Resolvi deixar isso para depois. 

-- Bom dia amor. -- Anny me disse com um triste sorriso me dando um beijinho na testa.

-- Bom dia anjo. -- respondi um pouco menos fraco sentindo a voz bem melhor

-- Como dormiu ? Sente alguma coisa ? -- ela me perguntou com o olhar preocupado

-- Dormi um pouco mal mas pelo menos as dores diminuíram um pouco. -- falei ainda bem desanimado. tudo doía. até pensar doía. 

-- Já vão trazer algo pra você comer amor. -- Anny avisou segurando minha mão.

Fiz uma careta. Não sentia fome. Só quero sair daqui logo.

-- Não quero nada anjo. Me sinto péssimo. -- reclamei e o olhar azul dela logo reeprendeu-me.

-- Vai comer sim senhor. Precisa ficar forte logo para aguentar o tramento. Coma nem que seja um pouco e não seja teimoso. -- me senti como um menino tomando bronca da mãe. Anny me olhou desafiadora e eu tive de acatar sua ordem mesmo sem a menor vontade. ela sabe que manda em mim. 

-- Está bem amor. -- disse derrotado

-- Assim que eu gosto. -- a vi sorri pela 1ª vez depois de dois dias em que vim parar no hospital. 

Logo a enfermeira entrou no quarto trazendo meu completo café-da-manhã. Em outros teria achado tudo com uma aparência muito boa. Tinha torrada integral, suco de manga, maçã cortadinha e pudim de leite. A enfermeira colocou em cima da bandeja que havia a cima da minha cama e me ajeitou para me deixar sentado. Saiu logo em seguida e eu fiquei olhando pra tudo aquilo sem a menor vontade até Anny começar a me obrigar a comer em troca de beijo. O que eu não faço pra ter os beijos dela ? Faço qualquer coisa. Ri com esse pensamento.

-- Vamos Poncho, abra a boca pra comer seu pudim. -- vi Anahí fazendo aviãozinho com a colher da mesma maneira que a pouco tempo fazia com Cauã quando o mesmo enrolava pra comer. Virei a cara querendo fugir daquilo. 

-- Não quero Anny ! Para ! Sou o Cauã não. -- falei emburrado e a vi ri e logo ficar séria. 

-- Tem que comer sim ! Não é Cauã mas tá se comportando pior que ele. Coma logo vá ! O pudim tá uma delícia. -- falou pra tentar me convencer. 

-- Então porque você mesma não o come ? -- perguntei a olhando desafiador. ela na hora revirou os olhos tentando reunir a paciência que se encaminhava para o esgotamento. Logo fez uma carinha de esperta que faz sempre quando tem uma ideia brilhante. 

Se aproximou de mim e sussurrou no meu ouvido. Mesmo doente a voz dela ainda mexe comigo.

-- Se comer mais 2 colheradas ganha um prêmio tão gostoso quanto o pudim. -- falou bem maliciosa. logo pensei que ela queria me causar outro infarto desse jeito. 

-- Que prêmio ? -- perguntei curioso

-- Só irá saber se comer o pudim. -- falou convicta.

-- Fala amooor.

- No. 

-- Por favoor ! -- já estava implorando e ela nada de ceder. sequer olhou pra mim. olhou pra todo o quarto apenas para me provocar. voltou o olhar pra mim com expressão desafiadora

-- Está bem ! Você venceu. -- acabei cedendo

Anny ficou toda alegre, me entregou a colher e eu comi as duas colheradas com um esforço sob humano. Coloquei o potinho em cima da bandeja e tomei um grande gole do suco pra ver se o gosto ruim saía da minha boca. Faltava uma coisa e isso eu não iria ficar sem. De jeito nenhum.

-- E o meu prêmio ? -- olhei bem pra Anny esperando o que ela iria aprontar

-- Seu prêmio é um parabéns gigante por ter sido um bom menino. -- falou e caiu numa risada gostosa. mas isso não ficaria assim. jamaais ! 

-- Você me enganou ! -- fingi estar bravo com um bico bem grande

Anahí continuou rindo e se eu não tivesse numa cama de hospital, ela já estaria ferrada na minha mão. Esperei a sapeca se recuperar e fiz mais drama pra receber meu prêmio.

-- Estava só brincando minha vida. Seu prêmio é esse daqui. -- Anny aproximou a boca da minha a príncipio querendo dar apenas um selinho, porém eu segurei seus braços sem deixar ela escapar e o beijo saiu bem mais intenso. Nos separamos segundos depois com o fôlego bem reduzido. Essa mulher ainda me mata um dia. 

-- Agora sim. Isso sim é um ótimo prêmio. -- falei feliz da vida 

-- Metido. -- riu de mim 

Fomos interrompidos por umas batidinhas na porta. Dona Marichello entrou no quarto sorrindo pra gente. Anny levantou indo abraçar a mãe e logo as duas se juntaram perto de mim. A expressão da jovem senhora mostrava preocupação ao me olhar porém senti ali um alívio por no final as coisas estarem controladas.

-- Como se sente Alfonso ? Você matou todos nós de preocupação. Nunca mais repita isso. -- Marichello disse com tom de quem dá bronca em uma criança. mas eu sei o quanto ela está certa.

-- Estou um pouco melhor. Desculpa o susto. -- disse completamente envergonhado mas a realidade era essa e não tem pra onde
fugir.

-- O que o médico disse sobre o estado de saúde dele ? -- minha sogra perguntou a Anny que até então estava calada de mãos
dadas com a mãe.

-- Disse que Poncho teve um infarto mas que a rapidez com a qual trouxemos ele ao hospital evitou que o quadro fosse pior.
Agora é se recuperar e fazer o tramento da forma correta. -- Anny estava bem confusa ainda com tudo isso e não pude deixar
de ver a angustia dela. Rapidamente mudou de assunto, por que queríamos saber notícias de Cauã e meu sogro. -- E meu pequeno ?
Como ele está ? Nem vi nada depois que a ambulância chegou e não pude falar com Cauã.

-- Agora está bem mais calmo mas pergunta do pai o tempo todo. O deixei com Enrique que a todo custo está tentando amenizar as coisas enquanto vocês estão aqui. Foi um choque pra ele pobrezinho. Enrique ficou bastante preocupado também e pediu para ligarmos para ele explicando tudo e se algo mudar avisar também. Estamos querendo voltar pra cidade essa semana. Não tem nem mais o porque ficarmos no sítio. -- Marichello nos contou ao mesmo tempo que sua preocupação permanecia. Tive de concordar com ela que o final de semana que era pra ser perfeito tinha chegado ao fim.

-- Concordo mamãe. Agora só quero que Poncho se recupere e possamos voltar pra casa. -- Anny disse também concordando com
a mãe.

Logo a tarde chegou e Marichello se foi depois que o Dr. Ponce passou em meu quarto para dar os últimos diagnósticos. Nos tranquilizou falando que as dores que senti foram consequência do próprio choque na hora do infarto mas que passariam de
forma gradativa. Também avisou para assim que eu recebesse alta, fosse procurar meu cardiologista para prosseguir o tramento. O próprio Dr. Ponce também faria contato com o meu cardiologista e simultâneamente os dois iriam monitorando meu estado. As dores realmente deram uma trégua e de noite já havia comido melhor, o que deixou Anny mais satisfeita. Consegui tomar um banho com certa dificuldade porém não quis ajuda, mesmo com os prostestos de Anny.

Me encontrava deitado, após terminar meu jantar e sem ânimo nenhum pra nada. Aquela semana seria muito difícil. Anny
ligou pro pai e o explicou tudo tranquilizando-o dizendo que eu estava muito melhor mas que mesmo assim precisaria ficar o
resto da semana internado. Quando ela desligou eu consegui cair no sono e só senti o beijinho dela em meus lábios e o barulhinho que fez ao deitar na cadeira ao lado de minha cama. Teria que fazer algo para recompensar ela por tanto esforço. Sabia que estaria sempre ao meu lado mas não podia esconder mais a gravidade de tudo. Seria agora ou nada.

Pov Por Alfonso Off

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