Fanfic: Se Fue Con El Viento [ FINALIZADA ] | Tema: AyA / Ponny

Capítulo 15 :

A Hora Da Verdade

Pov Por Narrador

1 semana depois :

Alfonso havia se recuperado parcialmente após o infarto. Estava respondendo bem ao tratamento e o Dr. Giovanni foi avisado do quadro de saúde em que Poncho se encontrava, juntamente com o Dr. Ponce iriam administrar tudo que ocorreria de agora em diante. Anny assinou os papéis liberando o marido do hospital e levou as receitas com todos os remédios que o mesmo iria precisar tomar seguindo as orientações do Dr. Ponce.

Retornaram ao sítio dos pais de Anny para pegar Cauã e as coisas deles para que pudessem voltar para casa naquele mesmo dia. A viagem seria um pouco longa mas dessa vez seria Anny que iria dirigir. Ao entrarem novamente na casa do sítio foram recebidos por Enrique, Marichello e Cauã que estavam bem ansiosos com o retorno de Poncho. Preferiram não contar muitos detalhes ao pequeno, pois o mesmo não entenderia realmente o que estava se passando com o pai mas não esperavam reação melhor dele de ajudar o pai a todo instante.

-- Que bom que voltaram minha filha. Estávamos preocupadíssimos. -- Tisha disse assim que Anny entrou em casa abraçada a Poncho que caminhava com certa dificuldade ainda.

-- Esse guerreiro aqui quase me mata de susto. -- Anny disse tentando brincar mas seu olhar era muito triste.

Logo Cauã se aproximou dos dois abraçando as pernas de Poncho, pedindo colo a ele porém não poderia fazê-lo pois estava um pouco fraco ainda. Anny ajudou Poncho a se sentar no sofá e pegou seu pequeno no colo explicando a ele que o pai no momento estava doente.

-- Príncipe da mamãe. -- Anny apertava o filho nos braços fazendo o pequeno sorrir . -- Saudade de você ! Papai não pode ficar com você no colo por que ele está dodói. Assim que ficar bom vai brincar com você. -- ela explicava ao pequeno que ouvia tudo fazendo carinha triste. isso partiu o coração de Anny e Poncho. O menino olhou o pai e mesmo Poncho sorrindo pro filho Cauã se pôs a chorar. -- Não chore Cauã. Papai vai ficar bom. -- Anny tentava consolar o pequeno.

-- Vou ficar bom filhão. Você pode ajudar o papai a tomar o remédio pra ele ficar curado logo. -- Poncho falava vendo
o sofrimento do filho ao vê-lo naquele estado. queria tirar a dor do filho imediatamente. -- Se você ficar chorando
papai vai ficar triste. -- falou tentando passar confiança e Cauã cessou um pouco o choro escondendo o rostinho no
pescoço de Anny.

Anny o balança um pouco para confortá-lo. Sabia que seria uma longa jornada até Poncho ficar completamente curado. Tisha olhava a cena segurando as lágrimas e lembrou que os três precisavam logo ir para que Poncho pudesse descansar.

-- Anny, eu e seu pai arrumamos uma parte da mala de vocês mas tivemos que tirar algumas roupas que você levou pro hospital. Vou subir com você para guardarmos o resto e poderem parti logo. Seu pai e eu iremos amanhã. -- Tisha disse e Anny assentiu. Colocou Cauã sentadinho do lado de Poncho, avisando que logo desceria para irem embora.

Anny e Tisha foram arrumar o resto das coisas e rapidamente desceram com tudo pronto. Enrique as ajudou levando tudo pro carro. Poncho foi ajudado por Anny a se levantar para sair da casa em direção ao carro e Tisha levou Cauã. Colocaram as coisas no porta malas e Enrique ajudou Poncho a se sentar dentro do carro no banco do carona. Tisha colocou Cauã na cadeirinha no banco de trás dando um beijo na testinha dele de despedida. Nisso, Anny já estava do lado do motorista pronta para sair com o carro já ligado.

-- Brigada por tudo papai e mamãe. -- Anny agradeceu aos pais

-- Não tem de que minha filha. -- respondeu Enrique

-- Nos avise assim que chegarem em casa querida. E logo amanhã cedo nós iremos para lá também. Façam boa viagem. -- disse Tisha

-- Pode deixar que eu ligo sim. -- disse Anny

-- Tchau Dona Tisha e Seu Enrique. Brigado por me ajudarem. -- Poncho falou se despedindo dos sogros

Saíram em seguida e pegaram estrada. Foram parte do caminho calados com um Poncho pensativo, uma Anny preocupada querendo entender tudo e um Cauã quetinho que dormiu pouco depois de partirem.

Chegaram no final da tarde em casa indo direto deixar as malas nos quartos. Poncho conseguiu tomar banho sozinho e Anny tomou um logo em seguida, depois deu banho em Cauã e o deixou pronto para dali a poucas horas ir dormir. Anny ligou pra farmácia pedindo alguns remédios que Poncho precisaria tomar antes de deitar e logo pela manhã. Após chegar a encomenda, guardou todos e escreveu nas caixas a quantidade e horário que deviam ser tomados para que Poncho soubesse direitinho.

Jantaram juntos num clima melhor, porém o único a comer um pouco mais foi Cauã, pois Poncho e principalmente Anny mal tocaram na comida.

Sentaram para verem tv e logo Cauã adormeceu no colo de Anny. Ela levou o pequeno pro quartinho dele, o deitando em sua cama, o cobrindo e dando beijo de boa noite. Saiu do quarto voltando pra sala e viu Poncho olhando para o nada com expressão preocupada. Se aproximou dele sentando ao seu lado. Sentia que ele queria dizer algo muito sério para ela.

-- O que houve meu amor ? Tá sentindo alguma dor ? -- ela o olhou preocupada vendo o quanto estava um pouco pálido

Poncho respirou fundo como que para reunir coragem. Era tudo que ele precisava naquele momento.

-- Anny preciso te contar algo muito sério e quero que me escute até o fim. Você precisa saber exatamente o que aconteceu. -- Poncho a olhava sério e Anny apenas encostou a cabeça no sofá sem tirar os olhos de Poncho. Fez um sinal com a cabeça de que ele poderia prosseguir. Ele novamente respirou para se acalmar e começou a contar. -- Assim que eu tive os primeiros sinais do infarto, procurei logo um especialista, o Dr. Giovanni, a princípio achei que não se tratasse de nada muito grave então não disse nada a você. Lembra quando tive umas dores de cabeça forte a 1 ano atrás ? Aquilo não era apenas estresse, descobri com alguns exames que tenho arritmia cardíaca. O Dr. Giovanni me pediu depois exames mais precisos e pude ver que em vários momentos só não precisei ser internado antes e nem cheguei a passar mal pois toda vez que nos mudávamos, o Dr junto com outro especialista sempre me auxiliava em tudo. -- fez uma pausa e Anny não piscava tentando entender tudo que estava ouvindo. vendo vários momentos virem a sua mente e começando a encaixar as coisas. -- Quando viemos aqui para a Califórnia, eu decidi dar uma parada no tratamento pois apresentei uma melhora muito grande e pedi a diminuição de parte da medicação, a contra gosto do Dr. Giovanni que insistiu para que eu mantivesse pelo menos 4 remédios, e com isso fiquei esse tempo sem sentir nada de grave. Esses últimos acontecimentos e nossos problemas me fizeram sentir outra vez essas dores que para mim tinha desaparecido por completo. Agora preciso voltar a fazer o tratamento. Não te contei antes para não ficar mais nervosa do que já estava depois de várias brigas nossas. Sei que não deve me perdoar agora -- a olhou nos olhos -- mas espero que me perdoe um dia, não quero te perder. -- Poncho se calou e Anny ouvia tudo com lágrimas caindo por seu delicado rosto. Jamais imaginaria o quanto Poncho estava sofrendo sem saber de nada e sentiu raiva por ter sido "poupada" de algo que precisava saber. Não conseguiu ter reação alguma.

Levou vários minutos até que ela finalmente conseguisse pronunciar algumas palavras.

-- Quer dizer que ás vezes que eu achava se tratar de exesso de trabalho ou que você fosse ficar gripado ou algo assim, na verdade estava me escondendo um problema sério desses no coração, Alfonso ? -- as últimas palavras foram pronunciadas mais baixo devido ao choro que Anahí não conseguiu mais controlar. se esforçou para continuar dizendo. -- Iria me contar antes de ter desmaiado semana passada no sítio e me deixado naquele estado de desespero ? -- continuava chorando sem poder se conter.

-- Claro que não amor. -- Poncho baixou os olhos sentindo vergonha de si mesmo pois sabia que Anahí não merecia aquilo. -- Queria te contar numa hora melhor porém não pude. Me perdoa. Estava muito confuso. -- E sem perceber lágrimas já estavam em seus olhos.

-- Alfonso ! Você me matou de tanta preocupação e desespero. Achava que iria te perder essa semana. Como pôde ? -- Anny não estava acreditando que tudo aquilo estava acontecendo com ela. Sua família estava por um fio e ela nem sequer notou.

Se levantou enxugando as lágrimas que não paravam de cair e foi saindo da sala. Poncho se levantou indo atrás dela e segurou o braço dela a virando pra si. Anny tentou se soltar mas acabou abraçando ele e os dois choraram juntos um nos braços do outro.

Pov Por Narrador Off