Fanfic: Se Fue Con El Viento [ FINALIZADA ] | Tema: AyA / Ponny

Capítulo 17 :

Contagem Regressiva

Com Alfonso :

Após Anahí sair de casa, me senti um lixo. Estava novamente a deixando em perigo e ao meu filho também. Esse peso todo que eu deveria carregar, afinal sou o único culpado, aos poucos ia sendo transferido para Anny também. Fiquei um tempo acordado pensando em tudo que havia acontecido nas últimas semanas e lembrando da noite anterior em que Anny passou a maior parte chorando. Ela poderia achar que eu não estava ouvindo, mas ouvi seu choro baixinho e senti meu coração quebrar em vários pedaços. Teria de fazer logo esse tratamento para tudo voltar ao normal. Consegui adormecer e acordei um pouco tonto. Os remédios de final da tarde já estavam todos na mesa de cabeceira ao meu lado e também uma garrafa de água com um copo para eu pudesse tomá-los. Peguei nas mãos os que eram para tomar agora e bebi um pouco de água. Desceu um pouco seco e os engoli com tudo. Bom seria o dia que me livrasse disso tudo. Ficar ali sozinho me deixava triste e solitário. A alegria de Anny e Cauã estava me fazendo falta. Anny não quis que Cauã ficasse muito em casa com medo de eu o assustar caso passase mal, então depois da escola ele ficava um pouco com a gente e logo ia para casa dos meus sogros. Os pais de Anny estavam sendo de grande ajuda nessa hora e cuidavam muito bem do meu campeão.

Consegui reunir forças para sair da cama. Queria esticar um pouco as pernas e descer para ver um pouco de televisão. Na sala também havia outra parte dos meus remédios, então de todo jeito iria os tomar na hora certa. Anny havia deixado tudo tão bem arrumado. Tinha que fazer algo por ela. O tempo não podia passar sem que dissese o quanto a amo.

Decidi que quando Anny chegasse teria uma surpresa. Tratei de ligar para um lugar que Anny amava e encomendar algo que a deixaria surpresa pois a muito tempo ela não ganhava isso de mim.

Como não podia tomar nenhuma bebida alcólica devido aos remédios, então fiz suco de maracujá que é o preferido dela e o meu também. Estava tudo na cozinha, só faltava adoçar o suco. De repente uma tontura muito grande começa a me atingir na cabeça. Não vejo mais nada.

                                                     ****

Com Anahí :

Fui para o trabalho e durante todo o dia não parava de pensar no Poncho em casa sozinho e na sua expressão de culpa e angústia quando eu saí de casa. Sabia que havia sido dura com ele mas não posso ser forte o tempo todo.

O tempo todo enquanto estava na reunião senti uma sensação ruim de angústia mas não poderia ligar pra casa e falar com Poncho pois a todo momento tinha coisas para explicar e ouvir.

Finalmente passado todos os detalhes e quando achei que pudesse ligar para Poncho, meu chefe me pede para fechar os relatórios e meu único tempo se vai outra vez.

As horas pareciam estar contra mim pois demoraram muito para passar. Mas finalmente chegou a hora de ir embora. Caçei o celular na bolsa para ligar pro Poncho e avisar que já estava voltando pra casa. Estranho dar só na caixa postal. "Ele deve estar dormindo. Pelo menos 2 remédios dão bastante sono" pensei e tratei de ir direto ao estaciomento pegar o carro.

Em minutos já estava a caminho de casa, mas antes teria que pedir a minha mãe que buscasse Cauã. Minha intuição dizia que algo havia acontecido com Alfonso.

Disquei o número de minha mãe e ela logo atendeu.

-- Mãe

-- Oi minha filha. Tudo bem ?

-- Mais ou menos. Preciso que a senhora busque Cauã na escolinha e o leve pra sua casa direto.

-- Algum problema ? Você está tensa Anny.

-- Acho que sim mas espero ser alarme falso.

-- Tudo bem então. Estou buscar Cauã. Me avise caso precise de algo.

-- Ok mãe. Brigada. Beijo.

-- De nada filha. Beijo.

Desliguei e a sensação ainda permanecia em meu peito, tinha que chegar logo em casa. O trânsito não ajudou muito e em 20 minutos estava estacionando dentro da garagem de nossa casa. Corri para pegar tudo e sai do carro. Meu coração já estava quase parando dentro do peito. Abri a porta de casa e tudo estava em silêncio. Larguei as coisas na sala e comecei a chamar por Poncho.

-- Alfonso !! Amor ! Cheguei.

Nenhuma resposta. Fui andando por toda casa. Sala, banheiro, subi pros quartos e vi a porta do nosso quarto aberta. Olhei e Poncho não estava na cama. Desci correndo chamando por ele.

-- Alfonsoooo !!

Já estava com lágrimas nos olhos até que entrei na cozinha e o vi desmaiado. Perdi as forças na hora.

-- ALFONSOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO !!! -- gritei desesperada ao ver o corpo dele imóvel no chão.