Fanfic: Se Fue Con El Viento [ FINALIZADA ] | Tema: AyA / Ponny

Capítulo 2 :

Chorei Com As Últimas Palavras Dela

       Anahí permaneceu distante de Alfonso durante boa parte do dia seguinte á discusão. Se falavam apenas o necessário e o que tinha a ver com Cauã, que por sorte havia dormido na casa da avó, mãe de Anahí, na noite anterior quando seus pais discutiram. A avó Marichello havia levado o neto pra escola por saber que a filha e o genro precisavam de uma longa conversa.

Alfonso e Anahí foram para o trabalho, após um café da manhã inteiramente em silêncio. Anny, como sua família e Alfonso a chamam, trabalha como representante financeira dos EUA de uma empresa Mexicana. Possuía muita confiança com os grandes diretores e donos de muitas empresas dentro e fora do EUA, sempre com muito profissionalismo. Descobriu várias irregularidades mas sempre se manteve firme sem medo de chantagens ou ameaças que fossem fazer contra ela. Tinha 34 anos e há 10 já se destacava nesse ramo. Rapidamente conseguiu subir no cargo e apesar de ser mulher, muitos acreditavam que passava mais seriedade que muitos homens dentro da empresa.

Chegou naquela manhã disposta a se concentrar no trabalho, afinal ainda estava muito magoada com a discussão
que tivera com o marido e precisava deixar aquilo de lado até o fim do dia. Não saberia se de noite
iria se acertar com ele.

Alfonso tentou não mencionar nada do que havia acontecido apesar de perceber claramente a distância de Anahí. Em parte se sentia culpado, pois realmente mudanças o tempo todo também mexiam demais com ele mas tinha horas que precisava acatar as ordens, afinal era um empresário muito respeitado e a empresa crescia cada vez mais nos últimos 2 anos. Tinha que fortalecer ao máximo, pois o mercado era instável nem sempre gerando os lucros esperados. Sabia o quanto havia lutado por aquilo e nada iria atrapalhar seus planos. Era considerado jovem para uma posição tão alta no ramo, com apenas 36 anos. Poucos bem mais velhos que Poncho, como sua família e amigos o conheciam, eram tão confiáveis mesmo com mais experiência. Faria de tudo para não ter que novamente se mudar de país, pois sabia o quanto mexia na vida de Anny e Cauã esse tipo de coisa. Teria de ter uma conversa bem franca com seu representante de finanças, advogado e amigo pessoal Xavier Díaz. Melhor conselheiro que poderia ter, afinal conhecia bem a dinâmica da empresa além do perfil dos contratantes. Também faziam Xavier viajar para vários países, o que durante 5 anos o fez se mudar 3 vezes. Morou poucos meses em 2 cidades dentro dos EUA e uma na Espanha. Teve problemas semelhantes aos de Poncho quando a esposa, que ele na época estava recém casado, teve que mudar tantas vezes mas por sorte já estavam a 1 ano instalados definitavamente nos EUA e só Xavier passava no máximo 1 mes indo a algumas cidades.

Poncho chegou como sempre muito apressado e cheio de tarefas. Sabia que o dia seria longo mas teria de ocupar sua mente, afinal pensar na tristeza que causou em Anny já o perturbava o suficiente. E o dia apenas havia começado.

** No mesmo dia de Noite

Pov Alfonso On

Depois de um dia exaustivo sem parar um minuto se quer, finalmente chego em casa. Tá tudo silencioso. Estranho e vou ao quarto de Cauã e o vejo dormindo como um anjinho. Já eram mais de 19 horas da noite e ele adorava esperar um de nós chegar em casa para brincarmos um pouco com ele e ouvirmos suas histórias de como passou o dia. Dei um beijo em sua cabeça e saí de seu quarto. Entrei no meu ascendendo a luz e vejo que Anny está quieta totalmente absorvida nos próprios pensamentos, tanto que não nota minha prensença. Segundos depois vejo seus olhos azuis me fitarem muito sérios e isso me dá um certo receio porém a comprimento como sempre faço.

-- Oi, Anny
-- Oi, Alfonso

Sinto em sua voz que além de séria, ainda existe uma grande mágoa. E nesse instante me sinto ainda mais idiota. Ela continua me observando, e eu começo a desabotoar minha camisa e me despindo para ir tomar um bom banho. Não falamos mais nada. Passo por ela ainda sentindo seu olhar em mim. Pego minha tolha e entro no banheiro. Pouco tempo depois ao sair, Anny, agora deitada, permanece me observando. Isso sempre indica que a conversa será longa. Termino de enxugar os cabelos, pego minhas roupas limpas as vestindo. Vou pro outro lado da cama, me sento tirando o relógio e
colocando na mesa de cabeceira. Afasto o lençol me deitando virado pro lado de Anny que permanece quieta. O abajur do quarto permanecia acesso e a única coisa que ela faz é se virar pro lado oposto e soltar um pequeno resmungo.

Apago a luz, me cubro e o silêncio prossegue. Até que penso comigo mesmo que o melhor a fazer é acabar logo com isso de uma vez afinal ela tem a maior parte da razão de estar chateada. Ama muito morar aqui e meu trabalho novamente não ajudou. Quebro o silêncio chamando sua atenção.

-- Amor ? - ouço outro resmungo sinalizando que ainda está acordada, porém não se vira pra mim e eu delicamente a viro pelos ombros. Ela se ajeita e fica me observando, apesar de estar escuro sei que seu olhar azul está me analisando. Começo a me aproximar a abraçando. Recomeço a falar. -- Podemos conversar ? Não quero que fique zangada comigo. Já tinha falado diversas vezes para meus superiores a minha recusa em me mudar outra vez, pois o que me pedem posso fazer muito bem daqui. Não queria te ofender e nem chatear você. -- não obtenho resposta e fico achando que se quer me ouviu mas em seguida com a voz baixa ela começa a falar pela primeira vez desde que cheguei em casa.

-- Poncho, você sabe o quanto levei tempo para me acostumar com esse lugar. Adoro viver aqui e Cauã ama a escola. Meus pais finalmente estão perto de mim e não quero ir pra longe deles. Achei que você estivesse entendido que não quero mudança agora. -- prestei a máxima atenção em cada palavra e a puxei ainda mais para meus braços notando que não estava se afastando de mim. Porém logo senti lágrimas molhando minha camisa e antes que eu pudesse dizer para Anny não chorar, detestava vê-la chorar ainda mais sendo por minha causa, ela recomeçou a falar com a voz bem embargada pelo choro. -- Você sabe que nunca impedira se realmente não fosse importante para mim. Sabe que para onde você for, eu irei junto e nosso filho também mas estamos aqui a poucos meses e já querem nos tirar daqui ? Isso é injusto.

-- Sei o quanto isso te incomoda. Tem horas que eles querem tanto que eu fique nas outras filias, e por mais que eu diga que não é mais simples agora que tenho uma família, me pressionam de várias formas. Mas dessa vez falei com Xavier e ele revisou tudo e disse que não é preciso que eu fique por mais tempo em outro lugar pois controlo bem as coisas daqui. Ele conhece nossa situação e entendeu perfeitamente. Me desculpe pelas palavras que te disse. Sabe o quanto te amo, não sabe ? -- senti Anny permanecer a chorar com os rosto no meu pescoço. seus soluços eram um pouco altos e me calei um tempo, acariciando seus cabelos para ela se acalmar. Só repetia para mim mesmo que a culpa era minha. Anny voltou a me olhar novamente e mais calma recomeçou a falar.

-- Me perdoa também pelas coisas horríveis que falei ontem. Estava muito nervosa. Não penso nada daquilo de você.

-- Sei que não amor.

-- Precisamos arrumar uma solução que não nos afete tanto ou toda vez que isso acontecer iremos brigar. Me dói muito brigar com você.

-- A mim também me dói muito brigar e te ver chorando. -- enxuguei as lágrimas dela que rolavam pelo rosto delicado e beijei sua cabeça. Anny se aconchegou novamente em meus braços parando aos poucos de chorar.

-- Poncho ?

-- Fala meu anjo

-- Me promete uma coisa ?

-- O que você quiser

-- Nunca deixe de me amar

-- Não faria isso mesmo que tentasse pois você é a razão da minha existência

Anny sussurrou baixinho um Eu Te Amo, me deu um selinho e se entregou ao sono abraçada a mim. Chorei com as últimas palavras dela, pois nada no mundo me faria parar de amá-la. Nem depois que meu coração parasse de bater. Ela e Cauã eram as coisas mais importantes para mim e irei fazer de tudo para ficarem bem e seguros. Adormeci sentindo o cheiro dos cabelos dela que eu tanto amo.

Pov Alfonso Off