Fanfic: Se Fue Con El Viento [ FINALIZADA ] | Tema: AyA / Ponny

Capítulo 5 :

Talvez Não Irei Precisar Me Transferir

     Pov Anahí On

 Aquela conversa com o Poncho ainda estava pendente, apesar da minha chateação ter passado consideravelmente. Precisávamos colocar as cartas na mesa e dedicir de uma vez qual rumo nossa vida irá tomar. Durante boa parte do dia fiquei matutando uma maneira direta, porém sem ser agressiva, de abordar aquele assunto e a chance veio quando fomos almoçar no nosso horário de intervalo. Liguei pra ele e avisei que o encontraria dali a 10 minutos em um selfie service que gostávamos muito. Quando cheguei Poncho estava no telefone terminando de agendar um horário com um de seus clientes e eu me sentei na sua frente o esperando terminar a ligação.

-- Então fica marcado para ás 14h no meu escritório mesmo e espero a sua relação das empresas para análise. -- falou Poncho com o cliente. -- Te aguardo. Obrigado. Boa tarde. - desligou e ao ver que eu estava ali rapidamente se levantou um pouco me dando um selinho.

-- Vejo que o homem de negócios está com a agenda cheia. -- brinquei sorrindo. -- Será que posso roubar alguns minutos de seu tempo ? -- o olhei divertida e Poncho logo sorriu

-- Não só pode como deve. Estava com saudade de você. -- pegou minha mão fazendo carinho nela

-- Como, se me viu de manhã ?

-- Você ficou fugindo de mim. -- fez carinha de chateado

-- Só um pouquinho. - ri e ele me mostrou a língua. -- Não mostre a língua não, que eu te ponho te castigo. -- ele me olhou já malicioso

-- Se o castigo for vários beijos, eu aceito.

-- Vamos parar logo de gracinha e ir comer ? Estou cheia de fome. -- protestei entrando na brincadeira

-- Seu desejo é uma ordem. - fez reverência e nos levantamos indo ao buffet escolher as coisas que queríamos.

Voltamos pra mesa, pedi um suco e ele uma água. Começamos a comer. Minha cabeça estava a mil com o assunto da possível transferência de Poncho. Não suportaria isso outra vez. Poncho percebeu meu silêncio e perguntou :

-- O que houve amor ?

-- Nada não. Só estou pensativa.

-- Me diz o que é.

 Uma hora ele ia acabar mesmo sabendo.

-- Bom... -- comecei a procurar as palavras -- Estava pensando sobre isso do Miguel querer que nos mudemos. Não irei aguentar isso não Alfonso. -- tentei não o encará-lo para que não percebesse minha chateação, porém foi impossível por que ele logo largou um pouco a comida e colocou a mão no meu queixo para que o olhasse.

-- Anny, sobre isso eu falei hoje com o Miguel e bom, talvez não irei precisar me transferir. Ele disse que vai rever isso por esses meses mas pediu que eu ficasse calmo. Foi apenas uma proposta que ele já havia recebido a um tempo atrás de investidores do Canadá. Fique tranquila. Não quero que você sofra com isso e nem Cauã.

O olhava totalmente incrédula e uma felidade enorme tomou conta de mim. Finalmente poderia ficar no lugar que tanto aprendi a amar. Não precisaria me mudar outra vez e ficar longe dos meus pais. Parecia bom demais para ser verdade.

-- Está mesmo falando sério amor ? -- sorri com a possíbilidade por mínima que fosse

-- Não iria brincar com isso. Vi o quanto ficou magoada. Me perdoe. -- beijou minha mão e eu sorri pra ele

-- Claro que te perdoo. Me perdoe você pela minha crise de choro. Tentei, só que não pude controlar. -- acariciei o rosto dele e lhe dei um selinho.

-- Vamos resolver isso juntos.

 Com isso a conversa foi para outros assuntos. Combinamos o almoço do fim de semana. Chamaríamos Miguel e sua esposa Maria Cecília para comer uma das especialidades do Poncho, salmão ao molho de ervas finas. Poncho amava cozinhar e ainda mais para os amigos. Seria a primeira visita depois da última mudança. Miguel já havia ido na nossa antiga casa, mas com Maria Cecília ia ser a primeira vez. Teríamos que impressionar ainda mais. Só Poncho a conhecia, eu apenas ouvi muito falar da simpática senhora ao qual o Senhor Lopez já estava casado a 25 anos. Espero que ela goste de crianças, pois Cauã vai aprontar muito durante o almoço. Sorrio ao pensar no meu pequeno.

Terminamos de almoçar e Poncho me deixa, muito a contragosto, na porta da empresa onde trabalho. Ao avisar a ele que eu buscaria Cauã e saíria mais cedo do trabalho, foi o momento em que conseguiu me soltar.

O resto do dia passou tranquilo. Deu 17h e fui buscar um Cauã bastante agitado, todo sujo e falante, na escola. Durante o caminho ele praticamente dava o perfil todo de professoras e coleguinhas. Me pediu inclusive para dormir na casa de um deles, o expliquei que ele ainda era muito pequeno e o único lugar em que estava acostumado a ficar era a casa de meus pais. Protestou dizendo que já era um menino crescido. O premeti que falaria sobre isso com Poncho. Esse Cauã tem cada ideia !

Pov Anahí Off