- Então, por que quer compartilhar um apartamento? - perguntei duvidosa.
Desde o começo da nossa "entrevista", as respostas dadas pelo meu mais novo companheiro estão me deixando com um frio no estômago. No momento que passei pela porta e meu olhar se direcionou ao dele, eu senti algo muito estranho. Era como se meu subcosciênte gritasse para mim fugir dele. Como se me avisasse que ele era um perigo ao qual eu não iria gostar de enfrentar. Mas aqueles olhos... tão misteriosos, me predem a si e eu não consigo olhá-lo por mais de alguns segundos. Fico constrangida de uma maneira inexplicável.
- Não gosto muito de ficar completamente sozinho - seus lábios se curvaram em um meio sorriso, suas pupilas me hipnotizaram mais uma vez.
Abaixei meu olhar.
- Qual seu nome? Idade? Sobrenome?
Calma, Anahí. Ele pareceu incomodado um pouco, tombou a cabeça para o lado e finalmente, pela primeira vez, desviou o olhar.
- Me chame de Poncho, apenas. Tenho vinte e quatro anos. É tudo o que precisa saber. - seus cotovelos se apoiaram sobre a mesa e ele se aproximou - Mas e você?
- Eu o quê?
- Até agora só falamos de mim, eu mereço saber um pouco sobre você também.
Parei de respirar por alguns segundos.
- Oh, claro - sorri - Desculpe a indelicadeza. Meu nome é... - antes que pudesse falar, Poncho me cortou.
- Anahí, dezenove anos, cursa psicologia, um metro e sessenta. Hm, devo saber mais?
Tá. Aquilo me assustou um pouco - talvez muito. Arregalei meus olhos e Poncho pareceu levar um choque de realidade, seu sorriso sumiu e ele se afastou.
- Como você sabe? - fiz esforço pra não gaguejar.
- Sei de muitas coisas.
- Quantas?
- O suficiente.
Eu sinceramente estava começando a ter medo dele. Minhas mãos trêmulas não me ajudaram muito quando tentei pegar meu celular para verificar as horas. Meu nevorsismo ficou bem visível, ele riu de mim e mirou a própria calça, se entretendo com o zíper. Ele não deveria fazer isso.
Tomei um susto quando sua mão encostou na minha. A primeira coisa que se passou na minha mente foi puxá-la, porém me contive. Por educação.
- Any, eu sei que você está receosa em confiar em um estranho, eu te endendo. Mas não precisa ter medo de mim, eu sou da paz. Eu juro que sou um bom inquilino e não vou fazer nada que você não queira.
O.k, aquelas palavras me fizeram relaxar um pouco, mas foi só um pouco. Porque, como carácoles ele sabia meu apelido? Ah. Claro. Ele sabe de muitas coisas. Devo confessar que entendi a sua última frase com um duplo sentido.
- Sim - isso não saiu de propósito.
- Obrigado. Mesmo - Poncho sorriu de uma forma tão graciosa que me fez derreter-me por inteira - Vou buscar minhas coisas.
- Já sabia que eu ia deixar ficar? - arregalei os olhos. Ele apenas sorriu e fechou a porta.
Não acho que vou conseguir conviver com ele. Não por muito tempo.
***
Acordei no dia seguinte sentindo uma dor imensa nas costas. Cocei os olhos e me espreguicei, mas acabei caindo no chão. Eu havia dormido no sofá. Olhei para os lados e tentei começar a raciocinar. As janelas estavam fechadas e tudo estava escuro e silencioso. Passei as mãos pelos cabelos e bocejei. As memórias do que aconteceu no dia anterior se passaram por minha mente como um flash, o curioso era que eu não me lembrava muito bem das cenas.
Levantei do chão meio desnorteada. Segunda-feira, dia de voltar para a faculdade; isso significava ver a cara da Dulce e cia novamente. A porta do quarto de Poncho estava fechada, por um momento eu pensei em abri-la pra ver o que tinha dentro. Ele não me deixou tocar nas suas coisas quando tentei ajudá-lo e me avisou para não entrar no quarto dele. Foi bem estranho.
"Poncho entrou no apartamento com várias bolsas, tantas que não dava nem para ver a parte de cima do seu corpo. Elas estavam engachadas nos seus braços e uma caixa de papelão muito bem lacrada sob o seu braço direito. Parei de cortar os legumes para o almoço e fui ajudá-lo.
- Vem, me dá isso aqui - tentei puxar a caixa que parecia bem pesada, mas ele se afastou imediatamente.
- Não! - ele gritou e eu me assustei - Quer dizer, não preciso de ajuda. Obrigada.
Trombando nas coisas, Poncho jogou tudo dentro do seu mais novo quarto quando entrou nele. Olhou para mim da cabeça aos pés e depois riu torto. Fechou a porta. Me virei pra voltar à cozinha mas ele me interrompeu.
- Any, não quero ser grosso mas não entre no meu quarto e nem mexa nas minhas coisas, em qualquer ocasião.
Apenas acenti e ele sorriu, fechando a porta novamente. Ia formular uma hipótese, mas a panela começou a apitar e corri para desligá-la."
Balancei a cabeça e me retirei antes que ele desse sinal de vida. Peguei minha toalha e meu celular, precisava de um bom banho. Entrei no banheiro do corredor e escorei a porta. Me despi rapidamente e esperei a água do chuveiro esfriar um pouco, liguei o aparelho e coloque em minha playlist, escolhendo a música no aleatório.
Você se lembra do verão de 2009?
Quero voltar para lá todas as noites.
Só não posso mentir, foi o melhor momento
da minha vida
Sorri involuntária e fui para de baixo da água. Inconscientemente, eu me remexia à melodia da música. Eu amava a voz dos cantores e considerava a canção uma das minhas preferidas. Quase escorreguei e cai de bunda no chão, ri comigo mesma.
Deitado na praia enquanto
o sol se põe,
Tocando violão perto do fogo bem alto,
Oh, minha nossa, eles nunca poderiam
nos parar
Esfregava minhas costas e cantarolava, de olhos fechados. Em momentos como esse eu sinto que estou sendo o meu eu verdadeiro. E, agora, eu realmente não estava me importando com nada ao meu redor.
Eu costumava pensar que eu era melhor sozinho
Por que eu queria que você fosse embora?
Á luz do luar enquanto olhávamos para o mar,
As palavras que você sussurrou eu sempre acreditei.
Por um segundo, pensei ter ouvido um barulho, mas eu estava tão envolvida e concentrada que não consegui me importar. O refrão era minha parte preferida.
Eu quero que você
Me agite, Me agite, Me agite, sim
Eu quero que você
Me agite, me agite, me agite, sim
Eu quero que você
Pise fundo na tábua, me mostre que você se importa
Eu quero que você
Me agite, me agite, me agite, sim
De repente, o barulho do meu celular caindo foi a única coisa que eu ouvi. Abri os olhos assustada e sai do box para pegá-lo no chão molhado. Ótimo, não queria ligar. Bufei irritada e me perguntei como tinha caído já que eu o coloquei encostado na parede. Olhei para a frente e a porta estava meia aberta, peguei a toalha rapidamente com medo de Poncho acordar e me ver pelada. Se é que ele já não havia visto.
Fui pro meu quarto e abri as portas do guarda roupa com certa força, a primeira roupa que vi em minha frente eu peguei. Era uma calça jeans preta e uma blusa regata branca. Coloquei um cinto marrom, calcei minhas botas sem salto, penteei meu cabelo e os joguei apenas para um lado, passei perfume e peguei minha bolsa. Sai do quarto e tranquei a porta. Pode ser paranóia minha, mas eu ainda estava com um pouco de medo do meu novo "amigo". O arrependimento de ter o deixado ficar começou a aparecer em minha cabeça.
Assim que cheguei no final do corredor senti um cheiro maravilhoso. Me direcionei até a cozinha e vi Poncho cozinhando. Que? Eu devia ter contado para ele que não gosto que mexam nas minhas coisas.
- Não sabia que cozinhava - falei despertando sua atenção para mim. Ele curvou os lábios em um sorriso.
- Você não sabe absolutamente nada sobre mim - Poncho voltou a olhar a gororoba na frigideira e esperou poucos segundos para desligar.
- E isso não é justo - me aproximei.
- Quer panqueca? - impressão minha ou ele tentou desviar o assunto? Estreitei os olhos e acenti com a cabeça. Meu estômago estava completamente vazio.
Ele nos serviu e pegou o suco na geladeira, colocando em um copo para mim e para ele.
- Dormiu bem? - perguntei.
- Sim, e você?
- Também.
O silêncio que se formou logo em seguida foi tão constrangedor que fiquei entediada por ouvir apenas o tic tac do relógio. Limpei minha boca com o guardanapo e me levantei, peguei meu celular em cima da mesa e o joguei dentro da minha bolsa. Mais tarde tenho que comprar outro chip e levá-lo para o conserto. Busquei meus óculos em meu quarto e me direcionei até a porta já com as chaves do meu carro em mãos. Antes de fechá-la, escutei Poncho gritar:
- Any?
- O que foi? - o olhei
- Só quero te avisar para tomar cuidado quando for tomar banho com a porta aberta, incidentes podem acontecer.
Oi gente! Eu sei, eu sei, disse que ia postar na sexta e hoje é domingo. Mas o que acontece é que cortaram a internet daqui de casa e eu fiquei esses dois dias sem wifi. Foi triste? Foi. Fiquei deprimida? Bastante. Mas tô aqui, amoras :v
E sobre o capítulo, eu não gostei muito dele, pq, slá, ficou meio sem graça :p
Belle_: Isso é um dos "mistérios" da fic, e talvez você só saberá mais pra frente ou na segunda temporada (se tiver) Também sempre amei mto o Zayn, mas ele está tão distante e estranho :/
Demolidora: Isso mermo e eu ainda te dou o spoiler que vai rolar muita treta entre elas :3 huehehue. Continuando, continuando, continuando.... SINTA-SE ABRAÇADA, PQ EU TÔ FELIZ QUE ENCONTREI UMA (duas com a Belle) DIRECTIONER POR AQUI *-* Eu tbm amo/odeio ele, esse babaca liamdoney :v
bia_herrera: Chegou e vai causar muita discórdia (e medo) :v hahaha Tbm sou fã de portiñon e brigando são muito divosas :3 Ahhhh e eu te amo (sou bastante emotiva :v) tenkiu <3
rafa_previato: Sim, bastante, muito, demais, demasiadamente demais, você vai querer matar ela inúmeras vezes. :v Continuando.
é isso peoples. Beixo de Lux :* aqui em baixo música que a Ana ouviu no banheiro:
P.S.: As frases que estão com as aspas (") não fazem parte da narrativa da Anahí.
P.O.V Anahí
- Ele o que? - Christian gritou.
O repreendi com o olhar e revirei os olhos. Ainda estava assustada quanto a minha última troca de palavras com meu mais novo colega de apartamento. Havia contado tudo para Christian e até ag ...
Faz mais de um mês q vc num posta*-----* Continua pff<33
RBDManíacaPostado em 04/09/2015 - 21:45:56
Ñ dá,ñ tem como...É impossivel conseguir:Toda vez
que eu leio o título dessa fanfic,eu lembro de uma música
(''Abrakdabla ó lá lá
lá.....lá.....ó lá lá lá''
é um reggae e quem canta é um cara com voz de monstro,é
hilária!!!!!),e choro de tanto rir!!!!!!!!
Rayssa_CarmoPostado em 12/08/2015 - 15:28:59
Niall,meu loirinho gostoso...se eu leiu fics do 1D,claro,eu AMO eles de
paixão.Eu acho que a Dul pegou as drogas com o Ucker.Agora eu entende
porque ela é desse jeito,ela é drogada.Bichinha,meus pais
também não me dão valor,entendo isso mas ela não
pode sair por ai espancando ninguém por causa disso não.Continue
se não eu morro - é serio viu!
aamanda_asPostado em 10/08/2015 - 16:48:55
Dul nao tem controle sobre si, pensava que final tava fazedo isso pra despistar
alguem sei la , acho que esse que entregou o saquinho de droga pra dul e o
Ucker, e ele tem ligaçao com o poncho , mas a Dul vai mudar?
bia_herreraPostado em 07/08/2015 - 23:15:38
Acho q o carinho que deu o saquinho pra Dul é o Ucker (gostoso)
ashsshsuhsussusu // Pqp! Do nada aparece o nome do Herrera no meio de tudo isso,
e eu vou ficando mais curiosa.... Mmmmmmmmm // Niall <33333333 LINDO!
MARAVILHOSO! GOSTOSO! DIVO! AMO! S2 S2 S2 Continuaaaaaaa
Belle_Postado em 07/08/2015 - 22:16:12
Peraí, então foi o Poncho q mandou a Dulce bater na Any?!?! Eeww
meu magrelo entrou na web*---* Continua<3
Demolidora| Fulaninha QualquerPostado em 07/08/2015 - 21:48:55
O CHRISTOPHER BUNDÃO UCKERMANN *-*! PORQUE ELES NÃO TREPARAM?
CÉUS, EU VOU MORRER, MAS ANTES EU MATO VOCÊ! ESTOU MORRIDA! TOMARA
QUE PELO MENOS MAIS PRA FRENTE A SAVIÑON VIRE GENTE. ESSA PARADA DE
PATRICINHA NÃO COMBINA COM ELA. POIS É MOSSA, EU ESQUECI DE
COMENTAR ANTES. EU JURAVA QUE TINHA COMENTADO, NA VERDADE. E EU TÔ
ESCREVENDO NO CAPSLOCK PORQUE TÔ GRITANDO (OUÇA OS SONS DAS MINHAS
LETRAS AHSHAJSHS). CONTINUA <3
Rayssa_CarmoPostado em 07/08/2015 - 00:59:21
Continua,quero muuuuuuito ler ''Você Está
Bem,Annie?'' Adorei a sinopse e já sei que vai ser perfeita!
DediPostado em 05/08/2015 - 21:01:46
To indignada ;-; Você tem que me dar spoiler! Odeio spoiler, mas esse eu
aceito :v
ATENÇÃO
O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.