Fanfic: Abracadabra - A última palavra que ela lembra ter ouvido antes de desmaiar | Tema: Ponny/RBD

P.O.V Anahí

Olhei para cima ainda com a mão sobre o meu rosto. Me levantei e sorri para elas, mas logo recebi outro tapa e um empurrão ainda mais forte. Eu não estava pronta para morrer.

- O que achou? - Dulce se ajoelhou em minha frente - Depois de praticamente me queimar na frente do Zayn, é hora de receber o troco, minha querida.

O sorriso perverso de Dulce, Belinda e Zoraida me deu medo. Eu não era capaz de me defender quando três garotas vingativas e loucas estavam prontas para me agredir. Quando tentei me levantar escorada na parede - muito pichada, por sinal -, as minhas pernas me traíram ao tentar correr. Eu fui bloqueada pelas três, e apenas vi o vulto de Dulce voando em minha direção. Eu caí sentada e ela ficou sobre mim, pegou em meus cabelos e bateu minha cabeça contra a parede várias vezes seguidas. Eu gritava o mais alto que minha voz permitia com a esperança de alguém passar por ali e me socorrer. Mas a rua era completamente deserta, isso só fez o meu desespero aumentar.

Depois de terminar de esfolar meu crânio, ela enficou as unhas sem dó no meu braço e fez um trajeto até o começo do meu pulso. As lágrimas já haviam me tomado e meus gritos se tornaram mais agudos. Dulce deu dois tapas em meu rosto e um soco na minha boca, eu senti gosto de sangue perto dos meus lábios.

- Para! Para, por favor! - supliquei com voz embargada. Eu não conseguia pensar em nada a não ser pedir por socorro e implorar para que ela parasse. Todo o meu esforço era em vão.

Dulce pegou me cabelo, saiu de cima de mim e jogou meu rosto contra o chão, o arrastando como se eu fosse uma cenoura e o chão o ralador. A dor que eu sentia estava insuportável e no momento que eu tentei usar minhas mãos para minha defesa, Belinda me bateu com algo que eu não pude ver, mas pareceu ser um cinto. Meus gritos eram agoniantes para o ouvido de qualquer pessoa, mas para a ruiva que me agredia, era como prazer. A minha vida passou como um filme diante de meus olhos.

- Dulce... - consegui chamar quando ela levantou meu rosto e me deixou de joelhos, ainda com a mão no meu cabelo - Em nome da amizade que já tivemos, para! Para, em nome de jesus, para!

Quando achei que meu pedido ia ser realizado, eu senti as três me chutando. Chutes consecutivos e cada uma resolveu escolher um lugar de meu corpo. Meu estômago, costas e pernas iam ficar em um estado horrível. Eu urrava de dor e tossi um pouco quando chutaram meu peito. Arregalei os olhos ao cuspir sangue. Eu gemia e gemia, minhas forças haviam acabado. A única certeza que eu tinha era que eu ia desmaiar a qualquer momento e não havia ninguém para me ajudar.

Os chutes foram cessados.

- Espero que tenha aprendido a lição, Ana. Não quero mais te ver perto do Zayn e, se isso acontecer, as coisas irão ficar piores para você. - o estalo das três batendo as mãos se foi ouvido e os passos se afastaram. Consegui erguer minimamente a cabeça para ver que eu já estava sozinha, em um beco escuro e toda machucada.

As forças para mexer minhas pernas se foram quando a dor começou a percorrer todo o meu corpo, eu gemi e as lágrimas caíram em maior intensidade. Eu podia esperar tudo de ruim da Dulce, menos isso.
Me segurei na parede e consegui me levantar. Comecei a andar vagarosamente enquanto me apoiava nos tijolos e lixeiras. Meu rosto arranhado fazia com que minhas lágrimas caíssem juntamente ao sangue. Eu não iria conseguir me olhar no espelho. Só precisava sair dali o mais rápido possível.

[...]

Já estava andando há um tempo, entrando em ruas desconhecidas só me fazia ter a certeza de que eu me perdi. Ainda não havia encontrado nenhuma resta de ser humano que tenha a bondade de me ajudar.

Eu parei em uma pracinha e me sentei no banco, olhando meu estado. Meus braços estavam não muito arranhado, mas o direito tinha a marca da unha da Dulce - e ardia muito. Minhas pernas estavam com machucados roxos e enormes, eu não queria nem ver o estado do meu rosto.

Meu coração acelerou quando eu vi, no final da rua, uma luz sendo acesa em uma casa. Forcei minhas pernas a caminharem até lá, mesmo com a dor sendo insuportável. Eu andava um pouco curvada pela região do meu estômago estar totalmente ferida. Consegui apertar a capanhia e me sentei no batende, já não me aguentando mais de pé.

Eu vi a resta da porta sendo aberta e uma silhueta masculina vindo até o portão. Olhei para cima.

- Anahí?! - Ele estava assustado e rapidamente saiu para fora e se ajelhou do meu lado.

- Professor... - sussurrei ofegante - Me ajuda, por favor.

Ele me pegou no colo e, mesmo sendo cuidadoso, eu gemi quando tocou em um dos meus machucados.

- Quem fez isso com você? - perguntou me deitando no sofá.

Eu suspirei e pensei se seria uma boa ideia contar para ele. E se a Dulce desse outro ataque e me batesse de novo?

- Foi a Dulce - o olhei - Você não a conhece, professor.

- Pode me chamar de Harry. Onde dói?

- Em praticamente todos os lugares - suspirei, fazendo uma careta - Ela me pegou muito desprevenida - sorri fracamente.

- Eu vou buscar a caixa de primeiros socorros. Me espere aqui.

Acenti e e pude fechar meus olhos, relaxando os músculos e sentindo dor em cada um deles. Minha respiração se acalmou. Me assustei quando ouvi o celular do professor tocar. Consegui ler no visor "Alfonso``, franzi a testa e Harry voltou com a caixa na mão, pegando imediatamente o celular para atender.

- Sim? - ele foi para o canto da sala, mas eu ainda ouvia a conversa - Não, não posso agora... Houve um incidente... Patricinha se acidentou... Depois te explico... Sim... Vou levar, não se preocupe. Tchau.

Harry desligou e curvou os lábios em um sorriso, me olhando. Se aproximou e se sentou no centro, colocando a caixa sobre o colo e tirando de lá álcool, alguns esparadrapos e pomadas. Ele limpou o sangue seco com o álcool e cuidou das minhas feridas, ainda sem dizer uma palavra. Fiquei um pouco constrangida com aquelas esmeraldas hipnotizantes totalmente concentradas, a testa franzida e a respiração completamente calma. Achei curioso ele não questionar se eu ia denunciar, o quanto isso foi errado, era como se ele tivesse acostumado com essas coisas e para ele tanto fazia. Fui abaixando meu olhar, até notar que Harry não usava camisa, apenas uma calça de moletom. Umedeci os lábios e corei.

- Anote o seu endereço aqui - Harry me entregou um bloco de notas com uma caneta - Vou buscar um suco para você.

Não notar como era a casa do meu professor foi inevitável, os móveis e objetos estavam impecáveis e milimetricamente retos nos lugares colocados. Havia algumas fotografias na estante, e eu forcei a vista para enxergar os rostos. Deveria ser os familiares dele. Tinha uma do professor com um garoto, que eu tive a impressão que conhecia. Não, eu tenho a certeza que o conheço.

"- Obrigado - ele agradeceu sorrindo - Ah, perdão, meu nome é Derrick. Prazer - Ele deu um tapa na cabeça, como se estivesse sido muito mal-educado por não dizer o nome. Nos cumprimentamos com um beijo na bochecha. Sorri.

- Sou Anahí, prazer Derrick. - imediatamente o seu sorriso morreu e sua expressão passou de sorridente para espanto. Não entedi o porquê dele ter agido assim. - Algum problema?"

Isso! É o garoto do estacionamento! Eles deviam ser bem íntimos pelo jeito que estavam na foto. Harry voltou com um suco de laranja na mão e me entregou, ele já usava uma camisa regata branca e uma touca azul marinho.

- Vou te levar para sua casa. Te aconselho denunciar essas garotas, isso não é correto - a preocupação em sua voz não existia, então apenas dei de ombros, sentindo minhas pálpebras pesarem.

Harry veio em minha direção e envolveu meus braços pelos seus ombro, me pondo de pé. Caminhamos lentamente até o carro dele e me aconcheguei no banco do passageiro. Tentei dormir, e por um momento a dor cessou quando meu corpo parou de responder e meus sentidos foram desligados.

[...]

Os fortes raios solares incomodaram meus olhos e me fizeram despertar. Quando me espreguicei, gemi em resposta à dor que percorreu todo o meu corpo. Sentei na cama devagar, olhando ao redor e processando tudo que havia acontecido ontem. E eu poderia separar organizadamente em tópicos. Com certeza, o dia anterior foi um dos piores que aconteceu em minha vida.

Foi inevitável não olhar o meu reflexo no espelho da porta do guarda-roupa. Não fiquei surpresa com o meu estado, já era de se esperar. De longe se via que eu fui agredida da pior maneira possível, minha aparência estava semelhante àqueles lutadores de MMA após perderem a luta. Eu não iria para a faculdade por bastante tempo.

Me levantei e caminhei até o banheiro, ainda curvada e lentamente. Cálculando cada passo que dava para não ter que suportar a dor sem gritar. Tirei minha roupa, eu parecia uma enferma, assim pude avaliar o meu corpo inteiro. Uma lágrima escorregou por minha bochecha.

Eu havia sido agredida por uma garota que se dizia minha melhor amiga há alguns anos atrás, e apenas por causa de um garoto a qual não dou a mínima. Era uma realidade muito dura para mim encarar.

Oi oi gente. Voltei com mais um capítulo aí procês. Quero deixar aqui uma sinopse de uma fanfic que quero fazer, mas preciso da opinião de vocês:

Sua mãe lhe avisou: Não fale com estranhos. Mas você obedeceu? Arque com as consequências agora, Annie. Ele te levou para o quarto, se ouviu um estrondo. Era o seu fim? Talvez estivesse pagando pelos seus pecados. Esse é o seu destino. Você está ficando louca. Tem um maníaco atrás dela, ele a golpeia, uma mancha vermelha está espalhada pelo tapete. Gritos são ouvidos, lágrimas de sangue, eles irão para um manicômio. Demônios e anjos, não adianta rezar, ninguém irá te salvar. É um labirinto, e você está perdida nele. Você não pode fugir, mas tem que dizer para todos que está bem.

Você está bem, Annie?

Se vissem uma fic assim, vcs leriam? :c Sério, eu sinto que ainda falta alguma coisa nessa sinopse. Pq a fic eu vou fazer com o Louis popozudo u.u

Dedi: e.e Não, eu não vou de dar spoiler :v Simney, vai ter, e acho que o bebê aparece daqui a alguns capítulos (está próximo) :3 Não vou responder essa pergunta, vc só vai descobrir mais pra frente ehuehae Quem sabe? Talvez não, talvez sim... Continuando *-*

milennapertile: Obrigado *-* Seja bem-vinda, então :v

bia_herrera: Essa recordação não é bem o "principal" motivo por elas terem brigado, mas faz parte. Sim, foi :v Pode matar ela agora.

Belle_: Não, não era a Gazela :v kkkkkkk Continuando...

Demolidora | Fulaninha Qualquer: Bezando *-* Te contar que eu também nunca li/escrevi Ponny na minha vida, mas tive a ideia para essa fic e resolvi adaptar para eles (não sou traumada, mas achei que ia combinar com Any e Poncho :v) Continuando bolo da moça (eu amo bolo da moça `-`)

Rayssa_Carmo: É bastante :v Talvez não... talvez sim... A Any já errou muito, tanto com os pais dela como as pessoas ao seu redor, e posso de dar a certeza de que hoje ela se arrepende amargamente. A Dulce e a Any já viveram várias coisas juntas, mas agora são como inimigas (pelo menos para a Dulce) e ainda vai vir muita treta entre elas até que cof cof (spoiler) uma delas perceberá que mais vale a amizade :3 Continuando...

Pra quem ainda não viu o trailer (ou quer ver de novo :v)

É isso, beijos de lux :*