Fanfic: Guerra dos Sexos *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

- Tive um pequeno acidente e estraguei meu vestido. 

- Então seguiu meu conselho e usou a velha técnica de derrubar um drinque sobre a roupa e escapar da festa?

- Não foi bem isso.

Anahí começou a explicar para a amiga o que acontecera, mas tentou evitar alguns detalhes, como fazer amor na cama elástica, a intensidade da paixão que experimentara, o homem que detestava e com quem acabara fazendo amor.

Mas Dulce não se contentou com a explicação.

- Quer dizer que seu pai entrou e encontrou vocês dois usando roupões no ginásio. E daí? Não é como se estivessem...

Anahí ficou muito vermelha.

- Vocês estavam! Fez amor com um lindo estranho que pescou na piscina!

Anahí não respondeu, mas o silêncio foi eloquente.

- E ele era bom?

- Dulce...

- Ah, pare com isso! Esqueça que está odiando a si mesma esta manhã, por pensar que não passa de uma leviana. Esse sujeito pôs seu mundo de cabeça para baixo ontem ou não?

Anahí não podia mentir.

- Pode apostar. Dulce, nunca pensei que se pudesse quase desmaiar ao se chegar ao clímax. Tremi por mais de cinco minutos!

A amiga gargalhou, satisfeita.

- Menina, eu sabia que podia se soltar se tentasse!

- Por que todos estão preocupados com isso? Acredito que meu pai nos ofereceria a casa para passarmos a noite, se eu demonstrasse interesse. Será que não percebe o absurdo?! - Anahí foi fazer mais chá.

Dulce, a primeira amiga que fizera ao se mudar para Baltimore, três anos antes, tocou-lhe o ombro, com carinho.

- Todos querem que seja feliz, querida. Inclusive seu pai. Ele parece ser um bom sujeito.

- Um conquistador incorrigível, isso sim. Minha mãe que o diga. Meu Deus, preciso ligar para ela!

- Sei que está preocupada com o que pode acontecer com sua mãe se todos em sua cidade souberem que é filha ilegítma. Mas estamos no novo milênio. Será que alguém ainda se importa com isso?

- Dulce, aqui ou em Nova York talvez não. Mas em Smeltsville, Indiana? - Anahí riu, enchendo outra xícara e adicionando limão e açucar. - Todos dirão que a mulher do respeitável reverendo Portilla lhe deu uma filha ilegítima de presente, quando voltou do exército.

Dulce assentiu. As duas já haviam conversado antes sobre o assunto.

- Eu sei, Anahí. É claro que tem razão. Lamento que seu pai não entenda.

- Acredite se quiser, mas meu pai não quer magoar mamãe. JT ainda sente algo por ela. - De ínicio Anahí não crera nisso, mas ao ver o olhar dele enquanto descrevia o romance apaixonado que tivera com Tisha, tantos anos atrás, constatou que era sincero. - A questão é que ele se sentiu enganado pelos doze primeiros anos de minha existência. Não tem outros filhos, e quer que o mundo saiba que sou filha dele.

- Não posso culpá-lo por isso.

- Nem eu. Se fossem apenas minha mãe e meu padrasto, acho que daria um jeito.

- Mas há também seus avós, não é?

Anahí assentiu, sentindo que as lágrimas enchiam seus olhos.

- Isso poderia matá-los, Dulce. Descobrir que a única neta não é neta deles? Que a nora traiu o filho e ele aceitou uma criança ilegítima? Como posso deixar que isso aconteça?

Não podia.