Fanfic: Guerra dos Sexos *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

Capitulo IV

Anahí esperou até que Chuck e Maureen saíssem do escritório de JT antes de deixar clara sua posição. Era evidente que o pai percebera o fogo nos olhos dela, porque pedira aos editores para deixa-los a sós, já que gostaria de discutir alguns detalhes com Anahí e Alfonso.

Assim que saíram, Anahí levantou-se e inclinou-se sobre a escrivaninha de JT.

- De jeito nenhum! Não farei isso de jeito nenhum!

- Pela primeira vez, concordamos em alguma coisa. – murmurou Alfonso, de sua cadeira no canto do escritório.

Ela o ignorou, continuando a falar com o pai:

- JT, nós dois somos como água e óleo. É impossível nos unirmos!

- Não foi o que me pareceu, filha.

Anahí se arrependeu por ter lhe dado a chance de tocar no assunto. Olhando por cima do ombro, desejou que Alfonso não tivesse ouvido. Ele fitava o teto, fingindo inocência, mas era evidente que fazia força para não rir.

Claro que ouvira!

- Não acho graça. 

- Ponha-se em meu lugar, querida. Tenho dois dos melhores colunistas do país trabalhando em minhas revistas. A briga de vocês fez as vendas aumentarem muito mais do que qualquer campanha publicitária.

- Por que não continuamos como está? Tenho certeza de que cada um de nós tem muita coisa a dizer, sem precisarmos trabalhar juntos. – disse Anahí, à beira do desespero.

- Está decidido. Vocês dois são profissionais. Tratem de resolver suas diferenças e trabalhar lado a lado.

Muito poucas vezes Anahí escutava JT falar naquele tom, que não admitia discussões. Era o mesmo que usara anos antes, quando ela fugira de casa para procura-lo na mansão de Baltimore.

Naquela ocasião, a primeira reação dele fora de alegria, porque Anahí conseguira se rebelar contra o padrasto conservador. Frustrada e decidida a desafia-lo, Anahí deixara Indiana com a rapidez que a energia de uma garota de quinze anos lhe permitira.

Aquele incidente fora causado por um garoto da escola e envolvia um baile e um vestido vermelho. JT a mandara de volta, apesar das súplicas e da raiva intensa, falando com a mesma entonação que empregava agora. Por isso, ela suspirou, resignada.

- E o que ganhamos com isso? – perguntou Alfonso, em voz baixa.

Anahí quase esquecera que estava ali.

- Outro bônus. – JT pegou os envelopes de sobre a mesa. - Algo que vai fazer isto aqui parecer a mesada de um menino.

Alfonso deu de ombros. Anahí fitou-o, surpresa ao ver que os olhos muito verdes não revelavam nenhum interesse especial 

Fora terrível estar na reunião com ele. Ela forçou-se a prestar atenção em JT e tentou não olhar para Alfonso, evitando que as lembranças da cama elástica a fizessem corar.

Durante o fim de semana não pudera pensar em outra coisa. Embora se recusasse a atender aos telefonemas de Christopher, ou entrar em detalhes com Dulce, não conseguia tirar Alfonso Herrera da cabeça.

Ele a encantara e intrigara. Fizera-a rir, e arder em chamas. Alfonso a enlouquecera, como jamais outro homem conseguira antes. E fizera amor com ela de um modo...

Anahí ainda podia sentir cada toque, recordar o peso do corpo dele sobre o dela, e a incrível sensação de plenitude quando a penetrou.

Estremeceu.