Fanfic: Guerra dos Sexos *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

JT também percebeu o desinteresse de Alfonso pela oferta.

-E então?

Alfonso levantou-se, irradiando a autoconfiança que parecia tão natural nele e revelando suas formas fantásticas. Vestindo jeans e camisa verde-escura, parecia ainda mais bonito do que de smoking.

- O dinheiro não é tudo, JT.

Anahí olhou na direção do pai.

- Não tente convence-lo disso.

- O que mais você quer? – JT reclinou-se na cadeira, cruzando os braços na frente do peito.

Anahí viu o brilho de antecipação nos olhos dele. JT adorava negociar. No final de sua primeira visita de duas semanas, aos treze anos, aprendera a não jogar com o pai.

Alfonso atravessou a sala e parou perto da janela, estudando a paisagem, como se tivesse todo o tempo do mundo.

- Linda vista...

Anahí mordeu o lábio para não rir quando o pai tamborilou os dedos na escrivaninha, demonstrando impaciência. Tinha de admitir: Alfonso sabia lidar com ele. Muito melhor do que ela.

JT arqueou uma sobrancelha.

- Por acaso quer meu escritório?

- Não. – Alfonso virou-se e sorriu – Isto acabaria me distraindo na hora de escrever.

- Um aumento? Uma viagem para a ilha particular da empresa, em Saint Croix? O quê, afinal, Alfonso?

Alfonso encarou Anahí.

- Uma ilha, JT? Parece interessante. Mas não para mim. Acho que prefiro esquiar, nas férias.

JT não conteve um suspiro irritado.

- Por que não fala logo? – perguntou Anahí, por fim, incapaz de conter a curiosidade.

- Você sabe, ter uma coluna é interessante. – disse Alfonso. – Mas não é a mesma coisa que escrever um artigo.

Anahí entendeu o que ele queria e achou graça.

- Agora Alfonso dirá.

JT recostou-se no espaldar.

- Não sei se precisamos de outra pessoa para escrever artigos. Existem muitos profissionais na empresa que já fazem isso. Há muito tempo.

Alfonso deu de ombros, sorrindo.

-É lógico. E garanto que qualquer um deles será um par perfeito para Anahí nessa nova parceria.

Anahí viu os olhos do pai se estreitarem, ao perceber que Alfonso estava pronto para desistir do acordo. Então, assentiu.

- Bem creio que há lugar na equipe para outro profissional que escreva artigos. - Apontou um dedo na direção de Alfonso. – Desde que concorde em continuar com a coluna.

- Certo. Posso escrever a coluna em uma semana, e terei o resto do mês para trabalhar num outro projeto.

- Gosto de sua atitude, filho. – afirmou JT, num elogio raro e sincero.

- E eu, de sua paisagem. – Alfonso se virou mais uma vez para o céu azul, sem nuvens.

- Detesto ser estraga-prazer nesse acordo tão amigável, mas ainda não concordei . Alfonso consegue o que quer, mas isso não significa que tenho de aceitar.

Para surpresa dela, não foi o pai quem respondeu. Alfonso se voltou, apoiando o quadril na escrivaninha de JT.

- É verdade, Anahí. Não funcionará se os dois parceiros não concordarem. Será que não tem algo que deseje que valha o preço de trabalhar comigo um mês ou mais?

Alfonso a fitava, cheio de charme. Um sorriso de encorajamento e um leve gesto de cabeça lhe disseram que ele tinha algo em mente.

E de repente ela soube o que era.