Fanfic: Guerra dos Sexos *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

Alfonso se levantou, deu a volta na escrivaninha e aproximou-se dela. Anahí deu um passo para trás, mas ele viu a veia pulsando forte no pescoço macio. Embora tentasse manter uma atitude descontraída, ela não estava calma.

- Não, Anahí, você não me conhece mais do que eu a conheço. Será que não podemos começar essa parceria com a mente aberta, nos permitindo explorar todas as possibilidades? Nós dois temos algo a ganhar com isso.

Ela passou o peso de um pé para o outro, nervosa, ansiosa, reagindo à proximidade deles tanto quanto Alfonso.

- Sua oportunidade de escrever artigos. – Anahí sussurou, por fim.

- E você mantém seu segredo por mais tempo.

- Como soube disso?

- Christopher falou que poucas pessoas estavam a par. Mas não revelou o porquê.

Anahí deu de ombros, afastou-se e voltou a se sentar.

- É uma longa história.

- Família, não é?

- Sim, Família. Eu agradeceria se não dissesse a ninguém, Alfonso.

- Admiro, uma família que consegue manter seus segredos. A minha, por exemplo, não consegue.

- Como?

- Não há um único assunto que não seja discutido a exaustão, ao redor da mesa de jantar. Desde a cor das cuecas que minha mãe comprou para meu pai no Natal até o fato de meu irmão de vinte e um anos ter ficado com a líder da torcida depois do baile da escola.

Anny mordeu o lábio, pensativa.

- Ele ficou mesmo? 

Alfonso ergueu as mãos e riu.

- O que posso dizer? Está no sangue!

- Parece que os Herrera são muito unidos.

- Somos. Mas, por sorte, a maioria de meus parentes mora longe, e assim posso ter alguns momentos de privacidade a cada ano. E, como o alvo preferido de seus conselhos e tentativas de arrumar casamento, aprendi a ficar de boca fechada.

Anahí o fitou com descrença.

- Posso falar bastante, mas sei quando devo ficar quieto.

- Sei...

- Diga, Anahí, JT concordou em não contar a verdade se você aceitasse o acordo?

- Ele me deu até o final do ano, o que espero ser tempo suficiente para minha mãe conseguir resolver tudo.

- Tenho de admitir que tudo me parece estranho. – Alfonso apoiou o quadril na mesa cheia de papeis. Afastando uma pilha de pastas e envelopes, sentou-se bem perto dela. – Seu pai é um dos homens mais ricos do país, e você não parece nem um pouco ansiosa para que saibam disso.

Anahí tentou não ser distraída pelo corpo forte tão próximo dela. Alfonso parecia tão á vontade, tão confiante...

Como podia agir assim, quando ela estava tão tensa? Com parecia tão indiferente, quando menos de três minutos atrás ela quase enlouquecera de vontade de beija-lo?

Como podia sentar-se ali, tão bonito e cheio de si, visto que era um machista arrogante?

- Você está bem, Anahí? 

- Sim.

- Acho que ainda tenho os instintos de um repórter. Farejo uma boa história e estou curioso.

O comentário dele quebrou a aura de sensualidade que envolvia Anahí. Segurando com força os braços da cadeira, ela se endireitou.

- Não há nenhuma história. E isso não é para ser revelado as outras pessoas. Tenho seis meses, e vou precisar de cada um deles. Portanto, fique fora disso. Você e eu temos um acordo. São apenas negócios.

- Tudo bem. Apenas negócios.

Ela suspirou, aliviada.

- Temos nosso acordo, Anahí. Precisamos trabalhar juntos para merecer o que vamos ganhar. E se você pode esquecer tudo sobre ficar em cima de mim na cama elástica, tenho certeza de que posso esquecer a calcinha preta de renda.