Fanfic: Guerra dos Sexos *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

Christopher olhou para os dois, como se fossem malucos.

- De que estão falando? Vão querer outra cerveja? – E, quando os dois recusaram, voltou a falar com a morena.

- Não vai funcionar, você sabe.

- O quê, Alfonso?

- Essa barreira, esse distanciamento. Conheci a verdadeira Anahí, que ri, fantasia, se diverte.

- Não sei do que está falando. – Engoliu em seco.

- É claro que sabe. E estarei por perto quando se sentir pronta para admitir.

Antes que Anahí pudesse dizer algo, ouviu um grito vindo da porta.

- Ei, garçonete, se tiver uma caneca de cerveja na minha mesa quando eu chegar lá vai ganhar uma gorjeta enorme!

Era Dulce. Christopher olhou para ele, e seus olhos se estreitaram, apreciando o que viam.

Dulce se aproximou:

- Lembre-se, Christopher: Dulce come garotos como você no café da manhã.

- Posso lidar com ela com a maior facilidade, Anahí.

- Ou acabar sendo mastigado.

Alfonso gostou de ver a provocação dos dois. Pareciam irmãos, e a conversa o fez relembrar a relação que tinha com a irmã. 

Antes que Alfonso percebesse, uma mulher se juntara a eles, sentando-se no banco a seu lado. Virando-se, viu uma ruiva estonteante e sorridente.

- Meu nome é Dulce, querido. E você, quem é?

Christopher se adiantou:

- Dulce, desde quando toma essa marca de cerveja?

- Acho que é este estilo irlandês que me fez mudar. – E deu de ombros. – Agora voltando à questão: quem é você?

- Alfonso Herrera. – respondeu Christopher, inclinando-se sobre a mesa e tentando atrair a atenção dela. – Agora, fale comigo.

Dulce nem sequer olhou para ele.

- Vá embora, garotinho.

Alfonso não pôde deixar de sorrir ao ver o comportamento direto dela.

- E você quem é?

- Dulce, bonitão, uma deusa do amor e tudo o mais a que tiver direito. – Então, franziu as sobrancelhas, incrédula. – Meu Deus, ele disse Herrera?!

Alfonso assentiu.

"Vai começar. Ela é leitora da Men’s World".

Dulce o estudou, apreciando o rosto, o peito forte, e depois o jeans. Por fim o encarou.

- Então, você é o homem da cama elástica.

Alfonso quase engasgou com a bebida. Do outro lado da mesa, Anahí parecia te se afundado no banco.

- Sim, sou eu.

- Dulce, você não tem jeito... – Anahí sacudiu a cabeça. – Por que não vai até o bar e conta para todo mundo?

Dulce a ignorou, ainda analisando Alfonso. Por fim, suspirou, resignada.

Olhando Anahí de soslaio, comentou:

- Está bem, vou manter minhas garras longe dele. Sim, senhora, Anahí, quando você decide se soltar escolhe a pessoa certa!

Alfonso olhou novamente para Anahí, olhando para o teto. Ainda assim, era possível ver que estava sem jeito.

Anahí Portilla gostava de pessoas incomuns, que faziam e diziam o que tinham vontade, como Christopher, Dulce e o próprio pai. Mas parecia decidida a manter a imagem madura e responsável.

E devia ser bem difícil. Desde que a vira, Alfonso podia perceber sinais daquela parte livre e sem freios que tentava esconder. Talvez a escolha dos amigos refletisse o que acontecia dentro dela. Assim como a lingerie sensual revelava o outro lado da mulher vestida no conjunto sério e formal. 

Ele ainda não a compreendia por completo, mas estava decidido a resolver isso bem depressa.