Fanfic: Guerra dos Sexos *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

Anahí tinha uma migalha de brownie no canto da boca, que lambeu. Alfonso respirou fundo, e sentiu o perfume de rosas.

Ela mordeu o lábio e o encarou com a mesma intensidade. Seu rosto mostrava todas as emoções. Ansiedade, desconfiança e a mesma atração irresistível que os dominara na sexta-feira.

- O que mais vai acontecer, Alfonso?

- Algo muito especial.

Olhando para baixo, Alfonso notou um buraco na camiseta, logo abaixo da gola. Lembrando que beijara aquele lugar sensível, foi incapaz de resistir, e sorriu.

Imaginava que ela se afastaria, ou lhe daria as costas, mas Anahí continuou imóvel quando ele ergueu a mão.

- Está rasgada. - Colocou a ponta do dedo no furinho, acariciando de leve a pele macia. – Como pode parecer ainda mais bonita do que quando a vi na sala de ginástica?

Anahí deixou a cabeça pender para trás e cerrou as pálpebras, deixando-se envolver.

- Como posso deseja-lo tanto, se nem gosto de você? – A entonação dela revelava um certo desespero.

Mergulhando os dedos nos cabelos dela, Alfonso sentiu a maciez dos fios, e puxou-a para mais perto. Os olhos dela se abriram, mas Anahí não se afastou.

Antes de cobrir com a boca os lábios deliciosos, Alfonso sussurou:

- Você ainda não me conhece.

Anahí correspondeu ao beijo com o ardor da primeira vez.

Alfonso deslizou a outra mão para baixo, puxando-a para mais perto, enquanto continuava a agarrar os cabelos sedosos.  Os suspiros tornaram-se gemidos, e Alfonso viu-se envolvido pelo mesmo desejo intenso da noite em que haviam se conhecido.

- Isto é... Eu não posso...

- Eu quis toca-la desde o instante em que a vi, Anahí.

Ela puxou-o pela nuca para mais um beijo. Aqueles beijos o enlouqueciam. Uma das longas pernas de Anahí envolveu os quadris de Alfonso, enquanto ela se deitava sobre a mesa, levando-o junto.

- Isso não devia acontecer. Nosso trabalho. O acordo...

- Você se importa mesmo com isso agora?

Anahí fez que não, deliciando-se quando ele ergueu a camiseta de algodão e acariciou-a.

- Não consigo raciocinar quando você me toca desse jeito. 

Alfonso entendia muito bem. Era incrível, incontrolável o que acontecia entre eles. Fora assim desde o início.

Intenso, Instintivo.

E esse era o problema. Por mais que fosse difícil, Alfonso soltou a camiseta e se afastou.

Anahí sentiu de imediato a mudança.

- O que houve? – perguntou, confusa e decepcionada.

Arrumando os cabelos, num gesto que revelava frustração, Alfonso exalou um suspiro.

- Posso me arrepender depois, Anahí. Mas quero que pense antes de decidir.

Essa era a última coisa que Anahí esperava ouvir de Alfonso Herrera naquele momento.

- Quer que eu pense?

Um sorriso terno surgiu nos lábios dele.

- Sim. Nós dois sabemos o que nossos corpos desejam. Talvez nossas mentes precisem de um tempo para escolher também.

- Se uma mulher tivesse feito o que você fez, diriam que estava provocando.

- Não é provocação, Anahí. Estou louco para terminar o que começamos. Mas não posso correr o risco de que seja algo sem importância.

Anahí observou-o, enquanto esperava que ela decidisse. Raciocinando, deu-se conta de que não seria capaz de puxa-lo de novo para cima dela, e não sabia se devia agradecer a Alfonso ou esbofeteá-lo.

Alfonso percebeu a decisão dela. Caminhando até a pia, inclinou-se e jogou água fria no rosto.

Quando tornou a se virar, Anahí estava em pé, arrumando o short, incapaz de ignorar o calor que permanecia entre suas coxas.

Tremia, desejando-o, ansiando pelo alívio que só Alfonso poderia oferecer. Mas continuou imóvel.

- Acho que devemos nos dedicar ao trabalho, Alfonso. Isto seria... Teria sido... estranho.

Alfonso não se aproximou dela.

- Não, Anahí. Teria sido tão incrível quanto sexta à noite. Talvez melhor do que cada um de nós esteve imaginando desde que nos conhecemos.

Então ele lhe deu as costas e foi embora.