Fanfic: Guerra dos Sexos *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

Capítulo VI

No dia seguinte, Anahí teve notícias de Alfonso por e-mail.

Ele precisava terminar alguns trabalhos para a coluna, e disse que planejava trabalhar em casa durante alguns dias para evitar distrações. Alfonso lhe mandou mensagens com as idéias que tinha sobre a tarefa.

Pensara sobre o assunto tanto quanto ela. Os dois haviam realizado entrevistas com pessoas nas ruas, observando a cultura popular, e levantando a opinião de algumas celebridades.

Ele sugerira que deviam continuar o trabalho, observando a reação das pessoas num ambiente descontraído.

- Num clube de solteiros? – Anahí se indagou, ao ler a mensagem.

Alfonso imaginava que os dois deveriam ir juntos, sentar separados e pesquisar como homens e mulheres interagiam enquanto procuravam um parceiro?

Ao ponderar a respeito, teve de admitir que a idéia fazia sentido. Mas não aceitaria a sugestão de modo algum.

- Não estou respondendo a nenhum anúncio para corações solitários, nem pretendo ter um encontro ás escuras. – Anahí verbalizava a mensagem á medida que a escrevia. – Mas fique á vontade para fazer o que deseja. Tenho certeza de que há muitas mulheres solteiras que adorariam a idéia de ajudar Alfonso, o Malicioso, a escrever uma matéria.

Ocupada por reuniões durante o resto da manhã, Anahí se esquecera da mensagem, ao checar os e-mails no final da tarde.

Ao abrir a resposta de Alfonso, viu que ele escrevera: " Homem branco, solteiro, procura loira que usa calcinha de renda para divertimento sério. Camas elásticas e piscinas terão sua parte. Mesas de cozinha, também".

Ela estremeceu na cadeira, imaginando como podia faze-la deseja-lo tanto, e rir dele, com as mesmas palavras. Alfonso a fizera rir desde o começo. Era autoconfiante, charmoso, mas o bom humor tão espontâneo era mesmo contagiante. 

Jamais encontrara um homem que fosse capaz de afastar-se dela na cozinha, como Alfonso fizera. Ele desejava sua mente, tanto quanto seu corpo.

Embora quase tivesse gritado de frustração, Anahí ficara ainda mais chocada com os sentimentos de ternura que as ações dele haviam trazido, depois que se fora. 

Alfonso se importava demais com ela para permitir que fosse apenas sexo. Queria mais do que alguns momentos de prazer. Por isso, se afastara. E aquela não era a atitude de um machista insensível.

Tudo o que Alfonso Herrera fizera, desde que haviam se conhecido, mostrava que era um homem sensual, encantador e atencioso.

- Alfonso tem razão. – murmurou Anahí, sentando-se à escrivaninha e olhando, sem ver, a tela do computador. – Nunca o conheci de verdade.

Não pudera conhecê-lo lendo suas colunas, assim como as pessoas comuns não conheciam o pai dela além das notícias divulgadas pela mídia. No entanto, começava a conhecer Alfonso.

E gostava dele. Seus sentimentos iam além da atração, além do interesse. Aquilo, de certo modo, tornava as coisas piores.

Já fora ruim o suficiente ter de trabalhar com ele quando imaginava que fosse desprezível. Agora, suspeitando que era alguém que poderia respeitar, até admirar, a missão em conjunto parecia impossível.

Porque não podia tê-lo.