Fanfic: Guerra dos Sexos *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

Anahí não conseguia aceitar o que ele oferecia. Um caso divertido, sensual que poderia satisfazer seus sentidos, mas deixaria suas emoções abaladas.

Reconhecia que Alfonso Herrera não era um machista preconceituoso.

Mas também não era o tipo que assumia compromissos. Sim, ele se importava com ela. Sim, ele queria mais do que uma noite de amor? Mas quanto? Uma semana? Seis semanas? Alguns meses? Por certo, não mais que isso.

Nunca a vida toda.

Envolver-se com Alfonso iria contra tudo o que Anahí escrevia, tudo em que acreditara desde criança.

Desde aquelas noites em que cobria a cabeça com o travesseiro, enquanto a mãe e o padrasto discutiam sobre ela, esperara que um dia, em algum lugar, encontraria um homem que a amasse acima de tudo. 

E nas visitas ao pai verdadeiro, quando JT e a namorada do momento se divertiam com brincadeiras sensuais, reconhecia que não era como ele, nunca seria, porque jamais aceitaria menos do que amor verdadeiro.

Queria fidelidade, honestidade e confiança, coisas que os adultos a sua volta pareciam não ter.

Ora, Anahí queria ser feliz. Precisava de sua alma gêmea, sua metade.

- E quero Alfonso Herrera. – admitiu, recostando-se no espaldar e suspirando, frustrada.

Naquele momento, para ser honesta, não sabia o que desejava mais.

Na quarta-feira, às quatro horas, Alfonso percebeu que e-mails divertidos eram uma coisa, mas o que queria mesmo era ver Anahí.

Telefonando para o escritório, esperou que ela atendesse e disse:

- Meu carro precisa ser lavado.

- Alfonso?

- Sim. Vamos trabalhar, Anahí. Há um lava-rápido com auto-serviço perto do escritório. Encontre-me lá.

- Esqueça. Estou usando uma blusa de seda.

Ele parou, imaginando-a com a blusa de seda molhada. Branca. Bem fina. O que poderia ser bem melhor que uma camiseta.

Anahí não percebeu o silêncio dele.

- Que tal a biblioteca?

Alfonso gemeu.

- Está uma tarde linda, ensolarada, e você quer se enterrar na biblioteca?

- Tem roupas para lavar?

- Isso! A lavanderia.

Encontraram-se uma hora mais tarde, depois de terem concordado na escolha da lavanderia automática, num pequeno shopping, em Towson.

Anahí parecia meio deslocada, usando um conjunto cor de marfim, com uma blusa de seda verde e um colar de pérolas, Alfonso, com jeans surrado e uma velha camiseta, mostrava-se muito á vontade. 

- Quer me ajudar a separar as roupas?

Ela deu uma olhada na cesta e ergueu uma sobrancelha.

- Não tenho dúvida de que fazer isso seria o melhor momento de minha semana, Alfonso, mas acho que devemos nos separar, se queremos ver o que os solteiros fazem por aqui.

Ele sabia que tinha razão. Mas separar-se não era o que ele tinha em mente.

Anahí se afastou, sentando-se perto da janela. Acomodou-se numa velha cadeira de metal, cujo assento um dia fora acolchoado.

Em quarenta minutos três homens tentaram flertar com ela. Nenhum deles se parecia com o príncipe encantado.

Vendo a expressão dela, Alfonso percebeu que não se divertia nem um pouco com a observação das pessoas ali presentes. Alfonso não havia se saído muito melhor.

É claro que atraíra a atenção das mulheres, mas a maioria não era de jovens solteiras. Havia donas de casa apressadas, com bebês de nariz escorrendo pendurados no colo, ou senhoras de idade.

Depois de uma hora, ele estava pronto para ir embora.

- Não foi uma boa sugestão.

- Imaginei que, por estarmos perto da universidade, encontraríamos alguns estudantes por aqui. – Anahí suspirou.

- Então, da próxima vez, tentaremos a biblioteca da universidade. Quem sabe teremos mais sorte. ?

- Tem razão. Agora, vamos sair daqui. Preciso de um banho depois de ficar nessa lavanderia suja.