Fanfic: Guerra dos Sexos *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

No final da terça-feira, Anahí começara a esperar com ansiedade os e-mails de Alfonso, em especial porque, no final, ele sempre incluía algo irreverente para diverti-la. Desde piadas com loiras até comentários políticos irônicos que a faziam sorrir.

Na sexta, ele lhe mandara um artigo sobre uma mulher que descobrira que o marido era um transformista que gostava de representar Madonna. Anahí gargalhou ao ler.

Quando o dia chegava ao fim, ele mandou outra mensagem.

" Aposto que, quando se conheceram ela achou que ele fosse o príncipe encantado".

Lembrando-se do comentário dele de que o principe encantado só poderia ser ilusão ou gay, Anahí resolveu responder:

" Quando nos conhecemos, pensei que você fosse o príncipe encantado". 

Vinte minutos depois, Alfonso mandava outro e-mail. Um rosto sorridente, com um curativo na testa. E as palavras:

"Ai! Isso doeu mais do que a espreguiçadeira".

Em resposta, ela enviou um artigo sobre um homem que traía a esposa e tinha duas namoradas, e como as três decidiram envenena-lo, pouco a pouco, colocando arsênico na comida.

"Está me convidando para jantar?", foi a resposta dele.

"Não sei cozinhar. "

Cinco minutos depois, o telefone tocou.

- Eu sei cozinhar.

- Alfonso... – Anahí adorou ouvir a voz dele.

- Por acaso anda mandando e-mails para outro sujeito que cozinha?

- Não estava provocando um convite para jantar.

- Mas conseguiu um. Faço o melhor espaguete da cidade. Já lhe disse que moro perto de uma padaria italiana? Eles tem doces que farão você suplicar por mais um pedaço.

Se fosse louca o suficiente para passar uma noite sozinha com Alfonso, no apartamento dele, Anahí suspeitava que suplicaria por outra coisa, e não doces italianos.

- Eu não sei...

- Aceite. Terminarei meus outros projetos esta manhã. Poderá vir à tarde. Nós trabalharemos, jantaremos cedo, e você estará em casa por volta das nove. 

Eles precisavam mesmo trabalhar. Quanto mais Anahí avançava nas pesquisas, mais percebia que tinha de discutir alguns tópicos com Alfonso.

Sem acreditar que iria mesmo fazer isso, Anahí respirou fundo e falou:

- Está bem, eu irei.

Alfonso dissera a Anahí para vir por volta das quatro. Assim, a campainha tocou as três e quarenta e cinco, entrou em pânico.

Ainda não tomara banho, e estava fazendo o molho.

- Você disse espaguete. – Anahí falou, assim que ele abriu a porta, erguendo uma garrafa de vinho tinto.

Observou-o da cabeça aos pés, e , claro notou o molho na camiseta, o velho jeans e os pés descalços. Ela mordeu o lábio.

- Acho que cheguei cedo demais. Não conheço bem este bairro, e esses prédios de tijolos parecem todos iguais. Tive medo de me perder.

Anahí parecia adoravelmente sem jeito. E linda.

Alfonso jamais a vira vestindo jeans, mas o corpo dela era perfeito para aquela calça apertada. Sem falar no top verde, sem mangas, que usava com ele.

Era evidente que fora para casa, para se trocar.

Alfonso não podia imagina-la indo para o trabalho vestida de um modo tão casual. E tão sensual, embora ela não parecesse perceber isso.

As mulheres tendiam a achar que os homens julgavam sexies roupas decotadas ou com fendas. Como se fosse preciso ver a pele para acha-las sensuais.