Fanfic: Guerra dos Sexos *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

Aos poucos, ouvindo o tique-taque do relógio, notou o que não havia percebido. Ele desligara o aparelho telefônico.

- Acabou?

- Diga-me, Alfonso: consegue mesmo fazer aquilo... com a pena?

"Meu Deus, como consegui coragem suficiente para fazer essa pergunta?!"

O meio sorriso e o brilho intenso nas íris verdes foram à resposta. Era evidente que ele podia.

- E o beijo de dez minutos... - Anahí engoliu em seco.

Alfonso emitiu um gemido rouco.

- Você está me matando, Anahí.

Ela sabia. E não se importava.

Deixando cair à revista, ajoelhou-se e estendeu um braço num convite, acariciando com as costas da outra mão a coxa coberta pelo jeans apertado.

- Mostre para mim.

Alfonso não hesitou. Deslizando da cadeira, ajoelhou-se bem na frente dela. Estavam próximos, face a face, quase se tocando. Ele viu a paixão nos olhos azuis, embora ainda não tivessem se tocado. E compreendeu.

Sua excitação era igual á dela, só por fita-la, por ver o que sentia, sabendo o que ela imaginava. Toca-la seria apenas o detalhe final.

- Mostre-me agora, Alfonso. Dez minutos. Sem se tocar. Só beijando.

Alfonso se inclinou e uniu sua boca à de Anahí.

Ao se perder no gosto dela, no doce perfume, Alfonso entendeu que dez minutos não seriam suficientes.  Anahí correspondeu com intensidade.

Mantendo as mãos ao lado do corpo, lutou contra a vontade de puxa-lo, de sentir o corpo forte contra o seu enquanto apenas as bocas se ligavam.

Por fim, a pressão foi insuportável. Sufocando um gemido cheio de volúpia, Anahí decidiu que não conseguiria ficar dez minutos sem toca-lo, sem traze-lo para si, no chão, sem tocar a pele dele. Mas se concentrou e tentou afastar tudo da cabeça, menos as sensações que o beijo provocava.

A carícia prosseguiu, até que ela não sentia o toque dele apenas na boca. De algum modo parecia senti-lo no corpo. Tremeu, sentindo-se fraca, e pensou que os joelhos cederiam.

Incapaz de controlar-se caiu sobre Alfonso, precisando de apoio. Os braços fortes estavam ali para segura-la, fazendo o prazer aumentar mais.

Aproveitando o momento, Anahí o enlaçou pelo pescoço e inclinou a cabeça para aprofundar o beijo. Com os corpos colados, ele podia sentir que o desejo dele era tão grande quanto o dela.

E ali mesmo, completamente vestidos e com nada mais do que um beijo e um abraço, Alfonso fez a terra tremer mais uma vez para ela.

Alfonso jamais vira algo tão glorioso. Anahí parecia selvagem, desinibida, perdida em sensações. Adorou o modo como os olhos dela pareciam enevoar-se, olhando sem ver. Os gritos de Anahí ecoavam aos ouvidos dele, e sua coluna se inclinou para trás no momento do clímax. 

Amparando-a, saciada e exausta, Alfonso fez com que se deitasse.

Permaneceu em silêncio, observando as expressões de Anahí. A respiração acelerada aos poucos voltava ao normal.

- Alfonso?

- Sim, Anahí?

- Acho que é melhor me dar alguns minutos antes de pegar a pena.

- Anahí... Foi maravilhoso, não foi?

- O quê?

- Como o quê?! Acabamos de fazer amor, e para mim foi estupendo. Por seus gemidos e as marcas de suas unhas em minha pele, suponho que tenha achado o mesmo.

- Sim, Alfonso, foi ótimo. Mas não fizemos amor. Foi apenas sexo.

Alfonso a encarou por instantes. Depois, pediu licença para ir ver o molho.

Quando Anahí foi se levantar, a cadeira bateu num canto da escrivaninha, atingindo o microgravador sobre ela. O aparelho bateu no braço da cadeira, antes de cair no piso. O botão play foi pressionado.

Um minuto depois, a voz de Alfonso encheu a sala. E falava dela...