Fanfic: Guerra dos Sexos *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

Capitulo IX

Quando acordou, na manhã seguinte, Anahí percebeu que não estava em sua própria cama.

Os lençóis em tom claro eram diferentes do amarelo-limão que costumava usar. Além disso, havia o braço forte, masculino, sobre seu quadril. Sem falar na coxa musculosa entrelaçada com suas pernas.

Olhando para Alfonso, viu que dormia virado para ela, e tinha um sorriso nos lábios. Parecia estar tendo um sonho agradável.

Ou talvez estivesse lembrando...

Anahí suspirou, ao recordar tudo o que haviam feito juntos durante as longas horas da noite anterior. Ao pensar naquilo, no entanto, não sentia nenhum arrependimento.

Sim, tivera um encontro erótico e selvagem com um homem que conhecera fazia uma semana, mas não se envergonhava de nada. Ambos eram solteiros, descomprometidos e atraidíssimos um pelo outro.

Se suspeitava de que podia estar se apaixonando por Alfonso, não fora tola o suficiente para deixa-lo perceber. Não fizera nenhuma declaração, nenhum promessa. Entregara corpo e protegera o coração.

As duas coisas na noite mais fantástica de sua vida.

Anahí se levantou, foi ao banheiro e tomou uma ducha demorada.

Quando saiu, enrolada numa toalha, encontrou o quarto vazio. Sentindo-se menos ousada, vestiu-se antes de ir procura-lo. Ao ouvir sons de pratos, foi a cozinha.

- Bom dia. – disse, suave, ao vê-lo fazendo ovos mexidos no fogão – Espero não te-lo acordado.

Alfonso virou-se e sorriu, feliz.

- Bom dia para você, moça bonita. Acordei assim que a senti se levantar. Quase fui lhe fazer companhia no chuveiro.

O coração dela deu um salto.

- O que o impediu?

- Achei que precisava de um tempo sozinha esta manhã.

Alfonso estava certo. Anahí apreciou essa consideração, embora a idéia de tomarem banho juntos, logo cedo, lhe parecesse muito atraente.

- Então, em vez de seduzi-la para que passe o dia comigo, decidi que a conquistaria pelo estômago. Está com fome?

- Estou sim, mas depois precisarei ir para casa.

- Por quê? Esperava que pudéssemos fazer alguma coisa juntos hoje. Ir ao porto, ou talvez até Annapolis.

Embora tivesse ficado tentada, Anahí queria ficar um pouco a sós, para pensar e absorver tudo o que acontecera nas últimas vinte e quatro horas.

Tinha de entender o que mudara nela e em sua visão do mundo. Despertara sentindo-se uma pessoa diferente. Era necessário começar a se conhecer melhor.

- Não vai dar, Alfonso. Tenho muito o que fazer. E você também.

- Poderíamos trabalhara na pesquisa. – Alfonso tentava convencê-la – Entrevistar o pessoal dos navios, por exemplo.

- Está ficando interessante. – Anahí sorriu – Marinheiros e oficiais, fortes e musculosos, vestidos de branco...

Alfonso apontou a espátula na direção dela.

- De jeito nenhum. Nada de ficar olhando sujeitos robustos em nosso primeiro encontro.

- Encontro? Está me convidando para um encontro?

Ele a fitou, parecendo ofendido, mas constatou que Alfonso brincava.

- Ora! Sou bom o suficiente para dormir comigo, mas não para um encontro?