Fanfic: Guerra dos Sexos *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

- Acho que pulamos essa parte do manual.

- Que tal reescrevermos o manual, Anahí? Embora eu suponha que seja mais comum ter um encontro, antes de fazer loucuras no chão da sala. Ou no banco de exercícios. Ou na cama.

- Não se esqueça da cama elástica. – Anahí piscou, maliciosa – Nem a mesa da cozinha.

- Que tal um camarote particular no estádio?

- Será que esqueci algo? – Anahí se referia ao artigo que ele escrevera.

- Minha fantasia: você e eu num camarote.

A resposta dela foi cheia de malícia.

- JT tem um camarote.

- Quando será o próximo jogo dos Orioles?

- Nem imagino. – Anahí achou graça do entusiasmo dele – Além disso, os camarotes não são particulares. Todos podem ver o que acontece dentro deles.

- Hum.. Podemos ser discretos. Creio que tenho algo pendurado no armário que ficará perfeito. Pode usa-lo sob uma minissaia. Um body preto, de renda. Muito acessível.

Ela engoliu em seco, lembrando-se da peça que vira na véspera. Algo com zíperes colocados em lugares estratégicos.

- Não tenho minissaia, Alfonso.

- Compro uma para você. Vermelha bem sensual. Poderá se sentar em meu colo e ninguém verá que estou com as mãos em você. Ninguém me verá tocando seu corpo, nem saberá que estou deslizando para dentro de você. Isso é, a menos que resolva gritar quando chegar ao auge na frente de milhares de pessoas.

- Você está blefando. – Anahí estava sem fôlego, dominada pelas imagens que ele provocava. – Não ousaria...

- Peça a seu pai e vou lhe mostrar do que sou capaz.

Os olhos dele continham uma promessa e um desafio. Embora sacudisse a cabeça, como se recusasse, sabia que acabaria pedindo ao pai. Só por curiosidade.

- Está bem. Pode me alimentar, agora. Todas essas fantasias me deixaram faminta.

- As fantasias têm esse objetivo. – Voltou a atenção para o fogão.

- Eu quis dizer com fome de comida. – Vendo que o desjejum estava quase pronto, Anahí pegou alguns pratos e arrumou a mesa. – Imagino que vamos comer aqui.

- Não sei. Gostei muito de comer na sala, ontem. – disse ele, deixando claro o duplo sentido.

Anahí sentiu o rosto corar.

Depois de colocar a refeição na mesa, Alfonso sentou-se diante dela.

- Onde aprendeu a cozinhar? – perguntou Anahí, depois de experimentar os ovos. – Mal sei fazer torradas.

- Minha mãe sempre acreditou que todos na família deveriam ser auto-suficientes. Costumávamos nos revezar na cozinha. É claro que minha irmã, Angelique, sempre achava um jeito de escapar quando era a vez dela. Conseguia se sair bem em qualquer situação. – Esboçou um sorriso divertido.

- O que foi?

- Nunca imaginei que algum dia teria de lhe agradecer por ser tão ousada.

- O que quer dizer com isso?

- Ontem você me perguntou se eu ouvia "Sussurros na Noite."

Ela assentiu, sem entender.

- Você disse que não, e fiquei surpresa. Imaginei que todos os homens de Baltimore fossem loucos por Lady Love.

Alfonso resmungou.

- Não é bem assim.

- Por que não, Alfonso? Todos aqueles assuntos picantes, a voz sensual... E ouvi dizer que ela é linda. 

- Bem, toda vez que ouço aquela voz, recordo como me causou problemas. Como no dia em que disse a meu pai que eu fugira pela janela para ir a uma festa, quando tinha dezesseis anos. Ela quis se vingar por que me recusei a leva-la comigo.

- Alfonso, você não está dizendo coisa com coisa.

- Lady Love é Angelique.

- Sua irmã?!