Fanfic: Guerra dos Sexos *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

Não era tão hipócrita. Ainda assim, continuava acreditando em alguns princípios básicos. Não esperara o verdadeiro amor, mas não havia nada de casual no que compartilhara com Alfonso.

Pelo menos da parte dela.

Talvez ele não estivesse apaixonado, nem a quisesse pelo resto da vida, mas gostava dela. Não tinha dúvidas disso. Alfonso não poderia ter feito amor daquele modo, se não lhe dedicasse algum afeto.

Além do mais, conseguira encanta-la, seduzi-la e ganhar seu coração.

- O verdadeiro amor é possível, Alfonso. Um romance cheio de ternura pode levar a um compromisso que dure até o fim de nossos dias. Felizes para sempre. – Em silêncio, ela o desafiava a negar.

- Claro que é possível, Anahí. Tanto quanto um político honesto ocupar a Casa Branca. Só não é a regra. – Alfonso viu-a ranger os dentes de frustração e disfarçou um sorriso.

Às vezes Anahí podia ser tão transparente... Era evidente que lutava contra a vontade de atirar os restos de ovos em cima dele.

- Você está errado.

- Não estou.

- Bem, como você disse, vamos descobrir. Esta semana foi muito interessante, mas nem um pouco produtiva. Está na hora de trabalhar. Temos três semanas antes do prazo final.

- Fiz várias entrevistas por telefone nos últimos dias.

- Eu também. Mas precisamos continuar. Talvez aquela idéia de um anúncio para solteiros não seja tão ruim.

- Esqueça, Anahí. Você não vai sair com nenhum sujeito que responde a anúncios para corações solitários. 

Ela cruzou os braços e inclinou a cabeça para o lado.

- E por que não?

- Lembrei-me do assassino da machadinha.

- Será que preciso lembra-lo de que foi sua sugestão?

- Isso foi antes.

- Antes do quê?

- Você sabe muito bem. Antes de nós.

- Isso não tem nada a ver com a história, Alfonso. Você deixou tudo muito claro.

Ele praguejou baixinho, vendo o brilho de determinação nos olhos dela.

- Anahí não ficarei sentado, tranqüilo, vendo-a sair com outros homens por causa da matéria. Não enquanto estivermos envolvidos. Pode me dizer, com honestidade, que não se sente assim?

Ela mordeu o lábio.

- Não. Não gosto da idéia de ficar sentada, girando os polegares, enquanto você sai com um bando de sujeitos à caça de mulheres.

- Então, concordamos. – Ele suspirou – Trabalharemos usando outro ângulo.

Anahí colocou os cotovelos sobre o tampo e apoiou o queixo na palma da mão.

- Não há outro, Alfonso. Se vamos escrever sobre o que homens e mulheres desejam, precisamos ver de perto o que acontece.

- Ah! Acabo de pensar numa outra possibilidade. Minha irmã gostaria que fôssemos ao programa dela. Já falei nisso? Não? Pois é, ela afirmou que adoraria nos ver falando, no ar, sobre nossa guerra dos sexos. 

- É um começo. Porém não é o suficiente. Creio que só há uma solução.

- E qual é?

- É simples. Não podemos ter nenhum envolvimento enquanto escrevemos a história.