Fanfic: Guerra dos Sexos *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

A boca de Alfonso se abriu, mas ele não falou nada.

- Ontem foi... Bem, digamos que fizemos tudo o que tínhamos vontade. Foi algo fora de nossa rotina. Entretanto, agora voltamos a ser profissionais que trabalham juntos.

- Tem razão. – Alfonso sorriu, mas notou que ela não estava rindo – Não pode estar falando sério.

- Lógico que estou.

- Acha que podemos esquecer a noite passada e não desejarmos um ao outro, agora que fizemos amor de novo?

- Não é esquecer. É só uma questão de... tirar isso de nossas mentes. Manter o foco no trabalho, e não em... Você sabe.

Alfonso não conseguiu evitar e soltou uma gargalhada. Por fim, percebendo o olhar dela, comentou:

- De jeito nenhum. Você não conseguirá esquecer o que houve.

- Está muito confiante, não é? 

- Sou realista, benzinho. Está querendo dizer que pode trabalhar comigo todos os dias, por três semanas, falando de sexo, entrevistando pessoas sobre sexo, escrevendo sobre sexo e não desejando sexo? Só de estar falando nisso já fico louco de vontade.

- Talvez eu consiga me controlar melhor do que você.

- Mentira. Nós dois estamos loucos um pelo outro, desde que nos conhecemos. E agora que exploramos cada pedacinho um do outro, que nossas bocas percorreram cada pedaço do corpo do outro, que fizemos coisas que eu nunca imaginaria faze com ninguém... Agora que estive dentro de você... acha que pode deixar tudo de lado?

Os olhos dela ficaram mais brilhantes, e os lábios rosados se entreabriram, numa respiração ofegante. As faces ficaram muito coradas, e o top apertado revelou os mamilos eretos contra o tecido fino.

Alfonso teve a resposta, embora ela não o admitisse.

- Encare a realidade, Anahí. Não agüentaríamos um dia sequer.

- Talvez você não agüente.

- Sei muito bem que não agüento. – Correu os dedos por entre os cabelos, num gesto de frustração. - Nem você.

- É um desafio?

Ele ergueu as mãos, num gesto de rendição.

- Não, não é. Só estou dizendo que é uma idéia ridícula.

Anahí se levantou, levou os pratos para a pia e lavou-os. Por fim, virou-se e apoiou-se no balcão encarando-o.

Alfonso não gostou da determinação no semblante dela.

- Anahí?

- Pode ser ridículo para você, Alfonso. Mas não para mim. Há muita coisa importante em jogo e não pretendo estragar tudo. Continuar envolvida com você estragaria tudo. Então, é melhor terminar agora.

- Terminar?

- Até concluirmos o trabalho. Pelo menos.

- Estamos falando de semanas.

- Sim, Três, para ser mais exata. E durante esse período, apreciaria muito que você evitasse...

Alfonso levantou e se aproximou dela.

- Seduzi-la?

- É.

Alfonso chegou mais perto, até que os rostos quase se tocassem. Os olhos azuis de Anahí pareceram se abrir mais, e ela deu um passo para trás.

- Não vou seduzi-la. – ele sussurrou – Nem preciso. Você não agüentara vinte e quatro horas.  

Ela agüentou trinta e seis.

Às onze horas da noite do sábado, Anahí estava subindo pelas paredes.