Fanfic: Guerra dos Sexos *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

Se Alfonso estivesse ali, teria pulado em cima dele e o atacado com a mesma fúria de uma mulher que, depois de meses de dieta, encontrasse uma barra de chocolate.

Por sorte, Alfonso não se encontrava ali. Anahí ficou deitada na cama, sozinha, pensando nele.

- Posso suportar. Passei vinte e seis anos sem sexo satisfatório. Posso agüentar três semanas.

Se não tivesse passado a noite de sexta-feira com Alfonso, teria certeza. Agora já não sabia.

Aquele dia não fora fácil.

Anahí concordara em acompanhar Alfonso à Annapolis, em parte para fazer a pesquisa, mas também para provar a ele, e a si mesma, que poderia ficar a seu lado sem sucumbir a vontade de rasgar-lhe a camisa e morder os músculos definidos.

Conseguira não agarrar-lhe os cabelos e não beija-lo com ardor, apesar do sorriso dele, cada vez que a fitava, vestida no short branco, muito justo e no top vermelho.

Era verdade que escolhera as roupas com intenção de provoca-lo, mas apenas para dar o troco, fazendo-o querer ainda mais o fruto proibido, e também para castiga-lo por não ter admitido que sentia algo por ela.

Sabia que Alfonso sentia alguma coisa. Aliás, era melhor que sentisse, já que ela estava louca por ele!

Anahí ficara arrasada ao ouvi-lo dizer que manteria o ponto de vista original para a matéria. Tinha ido para cama na sexta a noite com o príncipe encantado e acordara no dia seguinte com o playboy. 

- Devia te-lo jogado na baía. – resmungou, pensando na viagem a Annapolis.

Passaram a tarde de domingo visitando os pontos de encontro próximos da Academia Naval. E Anahí teve de admitir que Alfonso marcara um ponto.

Cada bar, restaurante ou shopping center que visitaram estava cheio de cadetes e garotas atraentes tentando atrair a atenção deles.

Anahí conversara com algumas delas, fazendo entrevistas rápidas. A maioria, contudo, reforçara o ponto de vista de Alfonso. Estavam ali, a procura de um sujeito bonito com que passar o verão. Ninguém falou em amor, nem em planos para o resto da vida.

- Eram apenas garotas. – disse a si mesma, lembrando-se de como era no tempo da faculdade, quando não pensava no que faria depois.

No entanto, pareciam mulheres adultas quando flertavam Alfonso. Anahí precisara controlar a vontade de esganar uma sósia de Britney Spears que tentara dar o número de telefone para ele.

No entanto, quem insistira em deixar claro que eram apenas colegas de trabalho, e não um casal, fora ela mesma. Alfonso não parecia se importar.

Anahí vira o divertimento nos olhos dele cada vez que ficava zangada porque uma mulher tentava seduzi-lo.

Mas Alfonso começara a se incomodar quando Anahí passou a atrair os homens. Por um momento, pensou que fosse brigar com um belo marinheiro que a convidara para uma festa perto da base.

Alfonso resmungara sobre montes de músculos vestidos de branco o resto da noite.  Ao leva-la para casa, insistirá em acompanha-la até a porta do apartamento.

Anahí prendera a respiração, imaginando se tentaria beija-la. E se pedisse para entrar?

Deitada no escuro, horas depois, admitiu que teria dito "sim".

Mas ele não pedira.

Ela não apenas o desejava. Era muito mais do que desejo o que a impedia de dormir.

Tratava-se de uma necessidade louca, intensa, que fazia seu corpo todo tremer. Anahí quase teve raiva dele, por ter lhe mostrado que era capaz de tanta paixão. Quase.

Na noite quente, os minutos transformaram-se em horas, e Anahí lembrava cada vez mais o que Alfonso lhe ensinara, cada vez mais do que aprendera sobre si mesma.