Fanfic: Guerra dos Sexos *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

Capitulo X

Ao fim de duas semanas, Alfonso estava pronto para pedir uma trégua. Teria feito qualquer coisa, por mais absurda que fosse, para que Anahí desistisse do plano.

Só o que o impedira de agarra-la e beija-la, até que ela mesma arrancasse as próprias roupas, foi a promessa que fizera de não tentar seduzi-la.

- Idiota! – remungou, na sexta-feira à noite, quando se dirigia para a cidade.

- O que eu fiz? – Christopher estava a seu lado, sentado no banco do passageiro.

- Nada. Estava falando sozinho.

Seguiam para um bar e restaurante da moda, que tinha a reputação de ser um ponto excelente para flerte. Anahí e Dulce já deviam esta lá.

Anahí lhe mandara um e-mail cerca de uma hora atrás, dizendo que iriam seguir a sugestão que ele dera no início, de checar os bares de solteiros. Disse também que poderia aparecer lá, desde que se sentasse em uma outra mesa.

- Será que ela é maluca? Será que não sabe o tipo de sujeito que freqüenta um local como aquele?

Christopher deu uma gargalhada, ignorando o olhar zangado que Alfonso lhe dirigiu.

- Tenho certeza de que Anahí ficará bem, pois sabe cuidar de si mesma. Além disso, não está sozinha. Aquela amazona está com ela.

- E acha que isso faz com que eu me sinta melhor?

Sabia que Anahí estava tão vulnerável quanto ele, e que mal podia controlar a própria libido. Ao pensar nisso, pisou fundo no acelerador. 

- Vá devagar! – Christopher colocou o cinto de segurança – Acabará nos matando!

Ainda pensando nos últimos dias, Alfonso o ignorou.

Não podia acreditar que Anahí ainda não cedera. Tinham passado horas juntos, todos os dias, até algumas noites, entrevistando, dando telefonemas, pesquisando, discutindo idéias. Viveram de comida chinesa e hormônios, excitados demais para dormir, e teimosos demais para ceder ao que mais queriam.

Visitaram restaurantes, universidades, supermercados e bibliotecas. Alfonso falara com muitas pessoas. Jovens e idosos, casados ou solteiros, E Anahí fizera o mesmo.

JT mencionara o projeto durante uma entrevista num programa de tevê na semana anterior. O assunto despertara grande interesse, em nível nacional. Celebridades davam suas opiniões por telefone. Especialistas no assunto emitiam seus palpites sobre o eterno debate homem-mulher.

Não que Alfonso se importasse. O acordo se transformara apenas numa obrigação a cumprir, o melhor possível, para que ele e Anahí pudessem voltar ao ponto em que estavam catorze dias antes.

A intensidade sexual se tornara quase insuportável, agora que sabiam como tudo podia ser entre eles. A cada sorriso compartilhado, a cada toque casual das mãos, a cada olhar, Alfonso sentia que era cada vez mais difícil controlar-se.

Anahí sentia o mesmo. Os olhos muito azuis não conseguiam mais esconder seus sentimentos. Ela estava no limite, louca de paixão, tanto quanto ele.

Ainda assim, ela não cedera. Desde aquela manhã de sábado no apartamento dele, não haviam sequer se beijado. Trocaram olhares ardentes, frases cheias de segundas intenções, mas nada além disso. 

A única coisa que aprendera nas duas últimas semanas era que a frustração sexual não fazia um homem explodir. Mas Alfonso chegara perto disso.

Imaginava que seria o mesmo com uma mulher. Contudo, não gostava da idéia de pensar em Anahí, a sua Anahí, que acabara de despertar sexualmente, sentada num bar cheio de homens de negócios a procura de companhia. Ainda mais com Dulce ao lado dela.

- É ali. – Christopher apontou.

Alfonso estacionou e , ao entrarem, logo viram as duas.

- Estão cercadas. – Alfonso ficava cada vez mais furioso.

- Pare de agir como um homem das cavernas e faça o que ela pediu. Vamos nos sentar ali. - Christopher puxou Alfonso para longe da mesa onde Anahí e Dulce conversavam com três rapazes de terno.

- Se aquele sujeito de óculos se inclinar mais uma vez para ver o decote da blusa dela, vai engolir alguns dentes.

- Nunca pensei que Herrera, o Conquistador, fosse capaz de uma emoção tão mortal como o ciúme. – provocou Christopher.

- Não sou ciumento. Confio em Anahí.