Fanfic: Guerra dos Sexos *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

Christopher pareceu cético.

- Eu também. Só não confio naqueles camaradas que a estão rodeando.

Christopher continuou sorrindo quando pediram uma cerveja. Alfonso esperou até que o olhar de Anahí encontrasse o dele através do salão lotado.

Ela piscou, provocando-o e voltou a atenção para o homem em pé perto dela. 

- Anahí está trabalhando na história. – disse Christopher, percebendo o modo como Alfonso observava o rapaz de cabelos escuros – Lembra-se daquele detalhe chamado trabalho?

- Como poderia esquecer? – Alfonso tomou um gole de cerveja – Quem imaginaria que escrever sobre sexo pudesse ser tão frustrante?

- Acho que Anahí estava certa. Vocês, na certa, podem colher muitas informações neste lugar. É uma grande oportunidade de saber o que as mulheres procuraram, de verdade. – Christopher sorriu. – Além de uma noite de amor comigo, é claro.

Alfonso sacudiu a cabeça.

- Você não tem jeito...

Os olhos de Christopher faiscaram ao fitar a porta de entrada. Alfonso nem precisou se virar para saber que alguma garota bonita chegara.

Suspirando, percebeu que Christopher estava certo. Tinha um trabalho a fazer. Desse modo, se virou e viu quatro moças que entravam, rindo e conversando.

Elas se sentaram à mesa mais próxima, lançando olhares ao redor, antes de sorrir para Alfonso e Christopher. Deviam ter vinte e pouco anos, decerto solteiras, morando e amando na cidade de Baltimore.

"Muito bem, Herrera. Mãos à obra".

- Bem, garotos, acho que por hoje já chega. Sejam bonzinhos e nos deixem sozinhas, está bem?

O homem de terno cinza não escondeu a surpresa.

- Mas pensei que estivéssemos nos tornando amigos...

- Desista. – interrompeu-o Anahí – Já vi a marca branca em seu dedo anular. Coloque a aliança de volta e vá para casa encontrar sua mulher. Quem sabe ainda há tempo de colocar os garotos na cama e entregar-se a paixão?

- Muito bem. – Dulce deu risada.

Os rapazes cruzaram os braços para esconder a mão esquerda. Então dois deles se afastaram, restando apenas o de óculos.

- Sou solteiro. – afirmou, espiando de novo o decote de Anahí.

- Desculpe-me querido, - disse Dulce, com um sorriso perverso – mas teremos de voltar a nosso treinamento em menos de uma hora. Estamos nos aperfeiçoando no uso de chicotes e algemas.

Os olhos dele se arregalaram sob as lentes grossas.

Christopher não perdeu tempo e se sentou na cadeira vazia ao lado de Dulce.

- Boa sorte da próxima vez. – Alfonso passara pelo sujeito, indo se acomodar ao lado de Anahí.

O homem de óculos se afastou depressa.

- Você encontra cada tipo num lugar destes... – comentou Anahí, sorrindo e tomando um gole de champanhe.

- Armou tudo de propósito. Pensa que não sei?

- Nunca conseguirá provar. – Ela deu de ombros.

- Tenho de confessar que funcionou. Eu estava pronto para dar um soco naquele camarada, se a tocasse outra vez.

- Bem, devo admitir que cheguei a cogitar usar bonecas de vodu quando vi a srta. Silicone debruçada sobre você.

- Concluindo somos ciumentos – Alfonso riu – Saiba que isso nunca me aconteceu antes. O que isso prova?

Anahí parou, sustentando o olhar intenso que Alfonso lhe dirigia.

- Talvez me queira só para você, até terminarmos o que começamos.

Ele esperou, antes de responder:

- Creio que não é só isso. Não é apenas o ego masculino em ação. Há muito mais. 

Anahí prendeu a respiração.

- O quê?

- Ainda não vou lhe dizer. – murmurou, o hálito quente junto á orelha dela. Mordiscando-a, quase a fez saltar no assento. - Direi na sexta-feira. Depois que cumprirmos nosso prazo.