Fanfics Brasil - 65 Toda Sua; Profundamente Sua- Adaptada Hot Vondy

Fanfic: Toda Sua; Profundamente Sua- Adaptada Hot Vondy | Tema: Vondy


Capítulo: 65

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A máscara cobriu seu rosto com naturalidade. Seus olhos perderam o brilho, sua boca sensual ficou séria. Dava quase para sentir seu poder de isolamento envolvendo nós dois. Havia um escudo entre nós e o restante do mundo, simplesmente porque aquela era a vontade dele. Caminhando ao seu lado, eu sabia que alguém só teria coragem de se aproximar caso recebesse algum sinal de aprovação expressa.


Mas o aviso de “mantenha distância” não se estendia aos olhares. Christopher  fez os pescoços se torcerem ao entrar no salão. Eu me contraí toda ao notar a atenção que ele estava atraindo, enquanto permanecia impassível.


Se eu tinha em mente ficar tagarelando sobre Christopher enquanto me esfregava nele, era melhor entrar na fila. No momento exato em que paramos de andar, fomos cercados por todos os lados. Eu me afastei para abrir espaço àquelas pessoas ansiosas por sua atenção e circulei por ali à procura de uma taça de champanhe. A Waters Field & Leaman tinha participado da campanha de divulgação do evento criando um anúncio, e eu vi por ali alguns rostos conhecidos.


Tinha acabado de tirar uma taça da bandeja de um garçom que passava por ali quando ouvi alguém chamar meu nome. Ao me virar, dei de cara com o sobrinho de Stanton e seu enorme sorriso, seus cabelos escuros e seus olhos verdes. Ele era mais ou menos da minha idade. Tínhamos nos conhecido em uma das visitas à minha mãe durante as férias da faculdade, e fiquei feliz em vê-lo.


“Martin!” Eu o cumprimentei com um rápido abraço. “Como vão as coisas? Você está um gato.”


“Eu ia dizer a mesma coisa.” Ele me olhou, apreciando meu vestido. “Ouvi dizer que você tinha se mudado pra Nova York e estava querendo te encontrar. Faz tempo que está aqui?”


“Não muito. Algumas semanas.”


“Termine seu champanhe e vamos dançar”, ele disse.


O espumante ainda estava borbulhando alegremente pelo meu corpo quando fomos para a pista de dança ao som de Billie Holiday cantando “Summertime”.


“E então”, ele começou, “está trabalhando?”


Enquanto dançávamos, contei sobre meu emprego e perguntei o que ele estava fazendo. Não fiquei nada surpresa ao ouvir que ele trabalhava no banco de investimentos de Stanton e estava se saindo muito bem.


“Adoraria ir até Manhattan um dia desses almoçar com você”, ele disse.


“Seria ótimo.” Dei um passo atrás quando a música terminou e acabei esbarrando em alguém. Suas mãos agarraram minha cintura para que eu não me desequilibrasse, e quando olhei sobre os ombros vi que era Christopher.


“Olá”, ele cumprimentou, lançando um olhar gelado para Martin. “Nos apresente.”


“Christopher, esse é Martin Stanton. Nós nos conhecemos há um bom tempo. Ele é sobrinho do meu padrasto.” Respirei fundo antes de continuar. “Martin, esse é o homem da minha vida no momento, Christopher Uckermann.”


“Uckermann.” Martin sorriu e estendeu a mão. “Sei quem você é, claro. Prazer em conhecer. Pelo jeito, em breve vou começar a encontrar vocês nas reuniões de família.”


Christopher apoiou o braço no meu ombro. “Pode contar com isso.”


Martin foi chamado por algum conhecido, e se inclinou para a frente para me dar um beijo na bochecha. “Eu ligo para combinar aquele almoço. Semana que vem, pode ser?”


“Claro.” Eu sentia toda a energia de Christopher pulsando bem ao meu lado, mas, quando me virei, ele parecia tranquilo e impassível.


Christopher me tirou para dançar ao som de “What a Wonderful World”, na voz de


Louis Armstrong. “Não sei se gostei dele”, murmurou.


“Martin é um cara legal.”


“Desde que ele saiba que você é minha...” Ele me deu um beijo na testa e posicionou sua mão no decote nas costas do meu vestido, pele com pele. Segurando-me daquele jeito, ninguém ousaria duvidar que eu pertencia a ele.


Gostei da oportunidade de ficar tão próxima de seu corpo maravilhoso em público.


Respirando bem perto dele, deixei-me levar por sua conduta firme. “Adoro isso.”


Acariciando-me com o rosto, ele murmurou: “E é pra gostar mesmo”.


Uma enorme alegria. Durou o mesmo tempo que a dança.


Estávamos saindo da pista quando vi Magdalene parada em um canto. Demorei um tempo para reconhecê-la, porque ela havia cortado o cabelo curtinho. Estava elegante e cheia de classe em seu vestidinho preto, mas era totalmente eclipsada pela morena lindíssima com quem conversava.


Christopher hesitou diante delas, reduzindo um pouco o ritmo da passada antes de seguir adiante. Eu estava olhando para baixo, imaginando que havia algum obstáculo no chão, quando ele disse baixinho: “Preciso apresentar você a alguém”.


Voltei a prestar atenção ao lugar para onde nos dirigíamos. A mulher ao lado de


Magdalene viu Christopher e se virou para olhá-lo. Senti seu antebraço se enrijecer sob meus dedos no instante em que seus olhares se encontraram.


Dava para entender por quê.


Fosse quem fosse, aquela mulher estava completamente apaixonada por ele. Isso estava estampado em seu rosto e em seus magníficos olhos azuis. Sua beleza era estonteante, quase surreal. Seus cabelos eram pretíssimos, grossos e lisos, e iam quase até a cintura. Seu vestido tinha o mesmo tom glacial de seus olhos, envolvendo seu corpo longilíneo de curvas perfeitas e sua pele dourada, bronzeada de sol.


“Corinne”, ele a saudou, e a rouquidão natural de sua voz se tornou ainda mais pronunciada. Ele me soltou e pegou as mãos dela. “Você não me disse que já estava de volta. Eu teria ido te buscar.”


“Deixei algumas mensagens no seu telefone”, ela disse, com o tom de voz tranquilo de uma pessoa culta e bem-educada.


“Ah, eu quase não parei em casa ultimamente.” Isso fez Christopher lembrar que eu estava ao seu lado, e ele a soltou e me puxou mais para perto. “Corinne, esta é Dulce Saviñón.


Dulce, Corinne Giroux. Uma velha amiga.”


Estendi a mão e ela me cumprimentou.


“Qualquer amiga de Christopher é amiga minha também”, ela disse com um sorriso ameno no rosto.


“Espero que isso se aplique a namoradas também.”


Ela me olhou como se já soubesse de tudo. “Principalmente a namoradas. Se você me permitir, gostaria de apresentar Christopher a uma pessoa.”


“Claro.” Minha voz soava calma e controlada, mas eu estava bem longe disso.


Ele me deu um beijo indiferente na testa e ofereceu o braço a Corinne antes de se afastar com ela, deixando-me embaraçosamente ao lado de Magdalene.


Senti pena dela, sinceramente. Parecia abandonada e desolada. “Seu cabelo ficou uma graça, Magdalene.”


Ela olhou para mim sem abrir a boca, mas depois atenuou a situação com um suspiro que me pareceu carregado de resignação. “Obrigada. Estava na hora de mudar.


Muitas coisas, aliás. Além disso, não havia por que continuar imitando o visual dela agora que voltou.”


Franzi a testa, confusa. “Não entendi.”


“Estou falando de Corinne.” Ela olhou bem para mim. “Ah, você não sabe. Ela e


Christopher foram noivos por mais de um ano. Ela terminou tudo, casou com um ricaço francês e se mudou para a Europa. Mas o casamento não deu certo. Eles estão se divorciando, e ela voltou pra Nova York.”


Noivo. Senti meu rosto ficar pálido e meu olhar se dirigir para o homem que eu amava, ao lado da mulher que um dia ele havia amado, com as mãos na parte inferior de suas costas para conduzi-la enquanto ela se inclinava em sua direção aos risos.


Senti meu estômago se revirar de ciúme e de medo, e foi quando me dei conta de que nunca havia me perguntado se ele já havia tido uma relação romântica antes de mim.


Idiota. Lindo como era, eu deveria ter imaginado.


Magdalene pôs a mão no meu ombro. “É melhor você se sentar, Dulce. Está pálida.”


Eu estava mesmo ofegante, com os batimentos cardíacos perigosamente acelerados.


“Verdade.”


Sentei na primeira cadeira que encontrei. Magdalene se acomodou ao meu lado.


“Você está apaixonada por ele”, ela disse. “Eu não sabia. Desculpe. E desculpe pelo que disse a você no dia em que nos conhecemos.”


“Você também está apaixonada por ele”, respondi, sem nenhuma emoção, com os olhos fora de foco. “E naquela época eu não estava. Ainda não.”


“Isso não justifica o que eu fiz.”


Aceitei de bom grado uma taça de champanhe e peguei uma para Magdalene antes que o garçom se afastasse. Brindamos em um gesto patético de solidariedade feminina. Eu queria sumir dali. Queria levantar e ir embora. Queria que Christopher percebesse que eu tinha ido, e que fosse atrás de mim. Queria que ele sentisse a mesma dor que eu. Ideias idiotas, imaturas e dolorosas povoavam minha mente e faziam com que eu me sentisse a mais insignificante das mulheres.


Consolei-me com o fato de Magdalene estar ali comigo. Ela sabia o que significava ser apaixonada demais por Christopher. Senti que ela estava tão infeliz quanto eu, o que só confirmava o tamanho da ameaça representada por Corinne.


Ele estava sofrendo esse tempo todo por ela? Era por isso que tinha se fechado de tal forma para outras mulheres?


“Aí está você.”


Olhei para Christopher quando ele me encontrou. Obviamente, Corinne ainda estava pendurada em seu braço, e pude observar bem o efeito que causavam como um casal. Eles ficavam insuportavelmente maravilhosos juntos.


Corinne se sentou ao meu lado e Christopher acariciou meu rosto com os dedos.


“Preciso ir falar com uma pessoa”, ele disse. “Quer que eu traga alguma coisa pra você na volta?”


“Stoli com suco de cranberry. Dose dupla.” Eu precisava de alguma coisa para me entorpecer. E muito.


“Certo.” Ele franziu a testa antes de se afastar.


“Estou tão feliz em te conhecer, Dulce”, disse Corinne. “Christopher falou muito sobre você.”


“Não pode ter sido tanto assim. Vocês mal tiveram tempo de conversar.”


“Conversamos quase todos os dias.” Ela sorriu, e não havia nada de falso ou malicioso em seu rosto. “Somos amigos há muito tempo.”


“Mais que amigos”, Magdalene fez questão de dizer.


Corinne olhou feio para Magdalene, e eu percebi que sua intenção era esconder essa informação de mim. Teria sido ideia dela ou de Christopher, ou dos dois em comum acordo?


Por que omitir algo se não havia nada a esconder?


“Sim, é verdade”, ela admitiu, visivelmente relutante. “Mas já faz alguns anos.”


Eu me virei na cadeira para encará-la. “Você ainda é apaixonada por ele.”


“Bom, você não pode me culpar. Qualquer mulher que passa algum tempo com ele acaba apaixonada. Ele é lindo e inacessível. Uma combinação irresistível.” Seu sorriso arrefeceu. “Christopher me disse que você o encorajou a começar a se abrir mais. Agradeço por isso.”


Por pouco não respondi: Não fiz isso pra você. Foi quando uma dúvida insidiosa se instalou na minha cabeça, abrindo espaço para que uma de minhas vulnerabilidades tomasse conta de meu pensamento.


E se eu tiver feito isso para ela sem saber?


Eu girava sem parar a base da taça vazia de champanhe sobre a mesa. “Ele ia casar com você.”


“E foi o maior erro da minha vida ter terminado tudo.” Ela pôs a mão sobre a garganta. Seus dedos se mexiam sem parar, como se brincassem com um colar que na maior parte do tempo estava lá. “Eu era jovem, e em certas situações tinha medo dele. Era possessivo demais. Só depois de me casar descobri que a possessividade é melhor que a indiferença. Pelo menos pra mim.”


Olhei para o outro lado, lutando contra a ânsia de vômito que subia por minha garganta.


“Você está tão quieta”, ela comentou.


“O que ela poderia dizer?”, soltou Magdalene.


Estávamos todas apaixonadas por ele. E disponíveis para ele. No fim, Christopher teria que escolher uma de nós.


“Uma coisa você deve saber, Dulce”, recomeçou Corinne, lançando sobre mim seus olhos límpidos verde-azulados, “ele me contou o quanto te considera especial. Precisei de um tempo para tomar coragem de voltar e ver vocês juntos. Cheguei inclusive a cancelar a viagem umas duas semanas atrás. Liguei para Christopher no meio de um evento em que ele daria um discurso, coitadinho, pra dizer que estava voltando e precisava de ajuda pra me instalar aqui.”


Fiquei paralisada, sentindo-me frágil como uma taça de cristal rachada. Ela devia estar falando da noite em que Christopher e eu fizemos sexo pela primeira vez. Da noite em que estreamos sua limusine e ele imediatamente se retraiu todo, deixando-me sozinha logo depois.


“Quando ele me ligou de volta”, ela continuou, “disse que tinha conhecido alguém.


Que queria me apresentar a você quando eu chegasse. Acabei me acovardando. Ele nunca havia me pedido pra conhecer uma mulher com quem estava.”



Ai, meu Deus. Dei uma olhada de relance para Magdalene. Christopher tinha me abandonado naquela noite por causa dela. De Corinne.



 



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Autor(a): juh_uckermann_Collins

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“Com licença.” Saí da mesa à procura de Christopher. Vi que estava no bar e fui até lá. Ele estava agradecendo ao barman com dois copos na mão quando o abordei. Peguei meu copo e virei em um gole, sentindo meus dentes doerem ao toque dos cubos de gelo. “Dulce...” Havia um leve tom de reprimenda em sua voz. ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 52



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  • Juh Uckermann 💒 Postado em 27/04/2016 - 19:35:22

    OLHAAAAA QUEM VOLTOUUUU, MIGA DO SEU SOU A JUH DOS COMENTRIOS BIPOLARES KKKKK só mudei o user. CONTINUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUA LOGOOOO

  • imarasousa Postado em 26/11/2015 - 02:23:52

    Cnt

  • Juh Postado em 24/09/2015 - 13:28:35

    1- ainda acho que ele traiu ela com aquela vadia! 2- Vamoooos fiz isso todo o dia kkkkkk 3- pse 4- e como sempre vão transar ! Tiro n ela é pra se VC n posta kkkk

  • Juh Postado em 23/09/2015 - 00:12:28

    Hmmmm coisinhaaa ele pegou o sabonete liquido kkkkkkkkk continuuuuua (com a bendita faca na mão) ou VC morre!!

  • Juh Postado em 23/09/2015 - 00:08:55

    Segredos e segredos ... Ate quando?

  • Juh Postado em 22/09/2015 - 19:17:25

    Nam ! Já vão transar de novo? Orrr ! Eu TB to de tpm (acho que deu pra perceber kkkk) se eu fosse a dul deixaria ele dura e depois me afastaria pra ele aprender a ser menos otário!!

  • Juh Postado em 22/09/2015 - 19:13:04

    Cadê a desculpa do batom???? Nam tinha que ter !!! 4 comentários hj!!!!!!!!

  • Juh Postado em 22/09/2015 - 00:06:38

    QUANDO EU DIGO QUE N CONFIO N CONFIO! QUE MERDA CHRISTOPHER VAI PRA PUTA Q PARIU! VAI SER BABACA LA NA CHINA! serio tudo indica que ele a traiu! AGORA VOLTA AQUI E POSTA (com faca na mao kkkkkkk)

  • Juh Postado em 22/09/2015 - 00:00:32

    ''vai ser 3 comentário hj'' (eu errei no ultimo comentário kkkkkk) 2 cap: n acredita no Christopher ainda!!! serio n consigo acreditar ne!!!!!! pode me matar! vou ler o cap 3 agora

  • Juh Postado em 21/09/2015 - 23:54:19

    Ainda acho que o Christopher traiu ela!! lendo o primeiro cap... vai ser comentários hj!!!!!!! quero provas que ele n a traiu !


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