Fanfic:  Minha Luz- Vondy | Tema: Vondy

Dulce ruborizou nervosa, sentindo como suas bochechas ardiam de vergonha e de vontade de que ele não parasse de beijá-la.

- Sim.

Christopher abriu um sorriso enorme, enquanto roçava a boca na dela.

- Você gosta do que eu faço?

- Sim. – começando a respirar de forma mais acelerada.

- E você quer que eu continue? – Christopher encarou os olhos dela, enquanto em seu interior rogava que ela dissesse que sim.

- Você quer continuar? – perguntou Dulce confusa, percebendo um pouco de confusão na voz dele.

Christopher a acariciou nas costas, enquanto a apertava mais para ele.

- É tudo o que eu mais quero. Mas receio de que não seja isso o que você quer. – suspirou. – Não quero te deixar mal.

- Eu não sei fazer isso...

Christopher riu de sua inocência, sentindo que tudo o que estava sentindo naquele momento parecia crescer cada vez mais.

- Você quer que eu te ensine?

Dulce suspirou, virando um pouco a cabeça para se entregar mais ao beijo. Sentiu como a língua dele resvalava sobre a sua e não evitou suspirar mais ainda. Não sabia como explicar, mas não queria que parasse, não queria que ele parasse nunca de beijá-la. Sua cabeça flutuava para um mundo distante, já não ouvia música, já não sentia mais a presença de ninguém. Somente havia Christopher e ela no meio da escuridão de seus pensamentos. Somente havia Christopher e ela perto daquela fogueira que ardiam até seus ossos. Nunca sentiu tanta necessidade de ter alguém por perto como agora. Ouvia a respiração dele ofegante, como a sua própria também. E se frustrou quando ele deu fim ao beijo e se afastou dela, segurando-a pelos ombros.

Christopher estava envergonhado pelo espetáculo que dera na frente de dezenas de pessoas. Nunca na vida fora tão impulsivo. Nem ao menos quando era adolescente beijara alguém assim na frente de muitas pessoas. E pior ainda, nunca vida estivera com tanta vergonha de estar excitado. Na frente das pessoas! Por Deus, o que estariam pensando dos dois agora? O que os outros pensariam dela?

A fitou em silêncio. Os lábios inchados pelo beijo fizeram com que ele se arrependesse. Ele não podia se meter com ela. Ele estava comprometido com outra pessoa, não queria que ela se apaixonasse por ele. Tinha que afastá-la dele o mais depressa possível.

- Quer que eu te leve ao teu quarto?

Dulce franziu a testa, não entendendo por que de repente ele parecia tão frio e ausente. O que ela fizera de errado?

- Eu te disse que não sabia beijar. A culpa foi sua por insistir! - esbravejou ela com irritação ao perceber que ele queria se livrar dela.

Christopher arregalou os olhos com perplexidade.

- Agora quer se livrar de mim. – Dulce apartou as mãos dele de seus ombros com uma porrada. – Eu não vou dormir agora, mas se quiser pode seguir seu rumo.

- Por que acha que eu quero me livrar de você? – Christopher a pegou pelos ombros antes que ela desse um passo, a trouxe de volta para o seu corpo e a abraçou forte.

- Você odiou o beijo.

Christopher deu uma gargalhada sincera, enquanto se curvava para beijá-la no pescoço.

- Dulce... – murmurou o nome dela, enquanto inspirava o seu cheiro. – você cheira tão bem. – disse Christopher sorrindo. Ela não sabia o terço do que estava sentido agora.

Dulce abraçou-o novamente e afundou o rosto na curva do pescoço dele, enquanto entranhava os dedos entre sua vasta cabeleira, esquecendo-se de tudo nos braços daquele estranho...

- Qual é a cor do seu cabelo? – perguntou ela em um sussurro, que quase o fez ver estrelas.

- Castanho-claro.

- Um dia eu sabia o que era ver, Christopher. – tateando o rosto dele suavemente, enquanto deslizava seus lábios no pescoço dele como ele havia feito com ela. - Eu queria te ver.

Christopher se incorporou e fechou os olhos, enquanto a segurava pela cintura para que ela começasse a dançar. Se saísse dali agora todos notariam o estado deplorável ao qual se encontrava. Dulce sorriu ao seu ouvido, começando a mexer os pés ritmicamente com os dele. De repente Dulce sabia o que era se sentir plenamente feliz. Ali, com aquele estranho ela sim, o sentia...

Christopher a girou, enquanto dançavam, comprovando que ela era uma ótima parceira de dança e uma ótima aluna. Aprendia rápido os passos. E quando errava algum passo, os dois caiam na gargalhada e recomeçavam novamente. Quando ele percebeu que toda aquela tensão sexual se afastara dele, a conduziu de volta ao bar e Oscar os serviu de duas bebidas, enquanto trocava sorrisos com o patrão. Dulce era fantástica. Nem ao menos havia um resquício da moça triste que havia querido se matar. Ela estava estonteante. Divertida, alegre, risonha. E era por causa dele. Seu peito se encheu de orgulho ao se dar conta de que ela se sentia bem ao seu lado.

O tempo foi passando e depois de alguns beijos, conversa e copos a mais, eles voltaram a dançar coladinhos dessa vez, até o amanhecer. Christopher abriu os olhos e percebeu que já estava amanhecendo. E sorriu, quando viu a pista totalmente deserta, restando somente os dois dançando tranqüilos, deslizou a mão pelas costas de Dulce, fazendo que ela afastasse a cabeça do ombro dele para se incorporar.

- Já vai sendo hora de irmos. A banda vai acabar de tocar. Já está amanhecendo. – disse ele com a voz suave, colocando uma mecha do cabelo de Dulce atrás da orelha. - Só há nós dois e um par de bêbados no bar.

- Sim, vamos. 

Christopher a segurou pelos ombros, vendo-a se desequilibrar.

- Estou um pouco tonta.

- Eu me sinto do mesmo jeito. – e estalaram em gargalhadas outra vez.

Christopher se sentiu culpado por ter deixado a bebida lhe pegar. Segurou a mão de Dulce foi guiando-a de volta ao bar. Oscar o entregou a bengala, e ele a entregou à Dulce, que a abriu e a colocou no chão. Ele a conduziu até o saguão do hotel, e a guiou para o elevador. Ele a abraçou mais uma vez quando o elevador se fechou e a beijou na boca mais uma vez. Mais familiarizada com os beijos dele, ela o respondeu com o mesmo ardor.

- Mais tarde eu quero estar com você. – sussurrou ele, apertando-a mais nos braços. – Você também que estar comigo?