Fanfics Brasil - Capitulo 3 Minha Luz- Vondy

Fanfic:  Minha Luz- Vondy | Tema: Vondy


Capítulo: Capitulo 3

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- Cega? – questionou ele ainda surpreendido com a informação.

- Sim...ela não olhou para o meu rosto nenhuma vez, em vez disso, tateou a cama inteira para conseguir descobrir onde estava.

Christopher abriu ainda mais os olhos.

- Cega? – murmurou para si mesmo, um pouco decepcionado.

- Qualquer coisa não hesite em me chamar, não sairei do Hotel.


 


 


 


Enrique lhe deu duas tapinhas nas costas e saiu do quarto. Christopher passou a mão no rosto, estupefato. Cega? Foi caminhando de volta ao quarto, onde a encontrou adormecida entre os lençóis brancos de sua cama. Se escorou em um dos quatros postes da imensa cama, e ficou a observá-la. 

Cega? 

Aqueles olhos não poderiam vê-lo. Os olhos mais perfeitos que já viu na vida, não podiam vê-lo! Tragou a saliva, observando aqueles cabelos vermelhos espalhados pelo travesseiro branco. Sentiu um aperto no peito. Por que ela queria tirar a própria vida?

Ah... Bendita a hora que estava ali para salvá-la!

Bendito el lugar
Y el motivo de estar ahí
Bendita a la coincidencia
Bendito el reloj
Que nos puso a puntual ahí
Bendita sea tu presencia


Tinha que haver outro caminho para seguir. Ela não poderia desistir assim. 

Mas o que estava pensando? A pouco mais de meia-hora a havia tirado do mar. Agora também queria entender todos os seus problemas, para solucioná-los depois? O que estava acontecendo com ele? Sacudiu a cabeça em protesto. Tinha que colocar na cabeça que ele não tinha nada a ver com os problemas dela. Não tinha nada a ver com ela.


 


 


 


Suspirou relembrando de seus cabelos esvoaçando com o vento, enquanto ela estava sentada na areia. Piscou os olhos e viu seu rosto bronzeado, seus ombros...franziu a testa ao ver a mancha vermelha no colo dela da pressão que fez na massagem cardíaca. Seu peito subia e baixava com tranqüilidade, fazendo com que ele suspirasse. Ela era tão bonita. Desejava poder saber por que uma criatura tão encantadora queria deixar de viver. Ele não conseguia aceitar esse fato. 

Cega?

Frustrado, deu as costas à cama e saiu do quarto, para chamar aos gritos, a empregada que estava encarregada da limpeza da cobertura. A pediu que tirasse o biquíni e o short molhado da moça, e lhe deu uma camisa dele, para que pusesse nela. E ouviu como alguém batia na porta de seu quarto. Ele caminhou de pés descalços até a sala e abriu a porta da cobertura. Para dar de cara com o namoradinho surfista! Por pouco não deixou escapar uma careta de desaprovação. O tipo levava somente um short abaixo dos joelhos e uma camisa regata branca, estava com os pés descalços, e os cabelos castanhos claro, emaranhados. Mas a preocupação estava ali, quando fitou aqueles olhos cor de café. As linhas de seu rosto endurecidas, a boca carnuda franzida, como se estivesse transtornado, mais bem, furioso.

- Onde ela está? – perguntou o surfista, fazendo menção de entrar.

- Primeiro me diga quem é você e por que não estava cuidando dela quando estava em perigo. – indagou Christopher com o olhar desafiador.

- Escuta aqui...

- Escuta aqui você rapaz, como é que você deixa sua namorada sozinha? – sua irritação chegava a um nível que ele mesmo desconhecia e se assustava. – Ela quis se matar! – exclamou Christopher irritado.

- Namorada? – disse o desconhecido com a testa franzida. – Me chamo Juan Luis Espinoza, e você está com a minha irmã aí dentro! – exclamou Juan com impaciência. – Eu estou preocupado, eu estou irritado e estou me contendo por não colocar essa porta abaixo.


 


 


 


Christopher viu Juan apertar os punhos, enquanto de sua boca expeliam gotículas de saliva pela profunda irritação.

- Irmã? – perguntou Christopher com mais calma.

- Minha irmã mais nova. Vai me deixar entrar ou vou ter que colocar porta abaixo?

Christopher negou com a cabeça, não evitando dar um sorrisinho de satisfação. Logo sacudiu a cabeça. Satisfação pelo que? Humm... Abriu espaço para ele entrar. 

- À segunda porta a direita.

Avisou quando viu o irmão da moça olhar meio tonto para a enorme habitação cheia de portas. O seguiu sem pressa, caminhando a passos lentos. Entrou no quarto e ficou observando como o irmão da moça a colocava nos braços.

- Deixe-a aí! – disse empurrando o irmão da moça, para que ele a deixasse dormindo. – Ela está muito nervosa ainda por tudo o que aconteceu. Se você levá-la, será pior. Deixe-a aí, quando ela acordar eu mando alguém chamar sua família.

Juan levantou-se da cama em silêncio, ainda fitando sua irmã deitada na cama.

- Não é a primeira vez que ela faz isso... – murmurou Juan visivelmente chateado com a situação, virando-se para o homem que estava escorado na porta.

- Faz o que?

- Que ela tenta tirar a vida. – disse Juan caminhando para fora do quarto.


 


 


 


Christopher foi se encaminhando para uma das três portas que dava acesso a sacada da habitação. Os dois olharam para o mar cristalino do Caribe em silêncio. Enquanto Christopher estava cada vez mais curioso sobre a história dessa jovem. Sentia como se fosse seu direito saber por que ela quis tirar a própria vida.

- Cega? – perguntou Christopher, voltando-se para Juan que assentia em silêncio. – Desde quando?

- Desde criança. Aos dez anos ela perdeu totalmente a visão. Antes disso, ela ainda conseguia ver algumas coisas com ajudas de óculos ou lentes, mas foi perdendo a visão gradativamente. – disse Juan colocando os cotovelos no muro da sacada. – Minha mãe teve rubéola congênita quando estava grávida. Dulce nasceu com a visão subnormal.

- Dulce? – Christopher franziu a testa.

- O nome dela, Dulce María.

- Humm... Dulce... - repetiu ele – Dulce María. É um nome bonito.

Juan ignorou o que Christopher disse sobre sua irmã.

- Minha mãe não sabe o que aconteceu e eu queria que o Senhor pedisse aos seus empregados para não deixá-la saber. – respirou fundo ao encarar o olhar confuso de Christopher. – É hipertensa.

- Você sabe qual é o motivo para ela querer se... ? – tragou a saliva sem coragem de terminar a frase.

- Não consegue aceitar que é diferente. Sempre foi assim desde menina. E mais ainda agora... – se calou virando-se para ver o horizonte. – meus pais estão dificultando as coisas, e ela acha que é porque têm pena. E ela está certa...é isso o que eles sentem e não fazem nenhum esforço para dissimularem.


 


 


 


Christopher sentiu um aperto no peito e respirou fundo, virando-se para olhar para o horizonte.

- Ela está sofrendo. Quisera eu poder amenizar todo o sofrimento dela. Não é fácil você viver hoje em dia como ela, passando quase 24 horas do dia em casa. Não tem muitas amigas, não vai mais a escola, não sai para nenhum lugar, não tem namorado...tem somente a nós, pessoas que não podem viver 24 horas dias para ela. Ela se sente uma carga desnecessária, ou seja, se acha uma inútil. Ela odeia quem sente pena dela e é só o que os outros conseguem sentir por ela. – bufou Juan irritado. – Se bem que meus pais não fazem nada para melhorar esse caso. Acham que só por ela ser cega...não tem vida. Meu pai é um bruto e minha mãe uma desinformada... e eu me sinto no dever de proteger minha irmã dos dois.

Christopher sentiu-se mal por ouvir semelhante história. Não queria se colocar no lugar dela. 

- Todo ano saímos de Durango para estarmos no Caribe. Ela gosta daqui, é onde ela se sente bem... – Juan esboçou um sorriso. – Ela gosta do mar.

- Vocês vivem em Durango? – perguntou Christopher.

- Sim. 

- Pensei que não viviam no México. Parecem mais da América do Sul.

- Meu pai é venezuelano, minha mãe é mexicana. – suspirou olhando para as pessoas que se divertiam na praia. – Muito obrigado. – voltando-se para ver Christopher. – Você salvou a pessoa que mais amo na vida. 

Christopher tragou a saliva, esboçando um sorriso envergonhado.

- Não foi nada, faria quantas vezes fossem preciso.

- O Senhor foi...


 


 


 


- Christopher, me chame de Christopher. – o interrompeu. – Não acho nem que seja mais velho do que você.

Juan sorriu assentindo. Não dava mais de vinte e três anos para Christopher. Na verdade, Christopher tinha vinte e quatro anos completados uma semana antes de chegar ao Caribe para descansar e verificar como estavam todo o orçamento de um dos hotéis que pertenciam a seu pai.

- Sabe, Juan... – esboçou um sorriso. – me enganei a seu respeito.

- Como?

- Pensei que era um surfista burro e idiota.

Juan caiu na gargalhada ao ouvir tamanho absurdo.

- Eu? Surfista? – Christopher assentiu. – Sou um péssimo nadador e nunca peguei em uma prancha. Na verdade, sou engenheiro eletrônico e técnico em informática, nas horas vagas.

- E eu sou um péssimo fisionomista. 

Os dois sorriram divertidos. Até Juan olhar as horas no relógio.

- Quero levá-la daqui. Minha mãe deve estar voltando do passeio de escuna. Não podem saber que ela esteve aqui e nem do que fez mais cedo.

- Se quiser levá-la, eu posso lhe ajudar.

- Você já fez muito por nós. Muito obrigado por tudo. – estendendo a mão para Christopher, quem imediatamente a estreitou com a sua. – Nunca vamos poder lhe pagar por isso.


 


 


 


- Faça a sua irmã feliz e tire essa idéia absurda da cabeça dela. – os dois soltaram-se as mãos. – Não posso aceitar que uma moça tão bonita possa estar tão triste.

- Vou fazer o possível para fazê-la feliz. 

Christopher o acompanhou até o quarto. Juan enrolou Dulce no lençol e a pegou, ainda adormecida, nos braços e a tirou da cama, levando-a com tranqüilidade como se estivesse acostumado a carregá-la. Christopher o ajudou a abrir a porta e logo entrou no elevador com os dois, enquanto desejava imensamente ver aquele olhar mais uma vez. Cega? Por Deus, quase não poderia acreditar. Chegaram ao andar onde estavam hospedados e Christopher mais uma vez abriu a porta. Entrou no quarto que Dulce dividia com a mãe e ficou reparando em algumas coisas, enquanto Juan a deitava na cama e a cobria com o lençol, franzindo a testa ao perceber que Dulce estava somente com uma blusa por cima do corpo. Virou, imediatamente, o rosto para Christopher, quem percebeu a ira nos olhos dele.

- O que você fez com a minha irmã, seu...


 


 


 




 


 


 


 


 Sejam bem vindas gathas <3 espero que estejam gostando bjssss {#emotions_dlg.wink}



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Autor(a): Abby >.<

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- O que você fez com a minha irmã, seu...Christopher o interrompeu antes que ele falasse alguma coisa.- Ela tinha que estar aquecida. – disse calmamente, enquanto Juan virava para ele com o olhar assassino.- Eu sou capaz de matar qualquer um que se aproveite dela!- Hey, eu não fiz nada, ok? – se defendeu Christopher ao perceber que Juan avan ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 27



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  • gaelli Postado em 22/09/2015 - 18:21:24

    O que houve que vc não postou mais?????? adorooo sua web

  • Rebeca☮ Postado em 10/07/2015 - 03:56:19

    Que lindos *-* Continua <3

  • sras_uckermann Postado em 06/07/2015 - 11:01:16

    Continuaaaaaa pf pf pf

  • sras_uckermann Postado em 06/07/2015 - 10:08:43

  • jucinairaespozani Postado em 05/07/2015 - 11:04:58

    Posta mais quero saber o que vai acontecer no decorrer da história , to muito ansiosa

  • jucinairaespozani Postado em 05/07/2015 - 03:37:39

    Posta mais tadinha da Dul T.T não quero que o Ucker se case

  • Rebeca☮ Postado em 05/07/2015 - 02:40:37

    Obrigada *-* Cara, chorei aqui. Tadinha, eu não me imagino cega, e puts, deve ser muito dificil pra ela, principalmente porque ela já enchergou e sabe a sensação. Eu acho que essa cegueira é definitiva né? Eu entendo que ela queira desistir... mais, tudo na vida tem o seu porque, quero ver os Vondy feliz <3 Ucker não cometa esse erro de se casar com quem não se ama! Posta mais <3

  • Geoohig Postado em 04/07/2015 - 21:14:52

    Você adapta muito bem *---* Isso aí, garota <3 dá até orgulho ler uma fanfic tão perfeita assim. Continua :)

  • sras_uckermann Postado em 04/07/2015 - 16:02:05

    Ai to xonada nessa fanfic &#9829;&#9829;&#9829;&#9829;conti uaaaaa besos

  • Rebeca ☮ Postado em 04/07/2015 - 15:54:50

    Nossa minha mãe teve rubéola na minha gravidez, todos pensavam que eu tibha nascido muda, porque eu não chorava e nem falava. Mais graças a deus eu nasci com saúde *-*


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