Fanfic: Obscura Island - A Ilha (Voltei!) | Tema: Chaverroni
Chris
—Você está louca, Mulher! – falei, balançando May pelos ombros.
—Você prometeu que não ia arregar. – ela sussurrou, fazendo biquinho, o máximo da covardia e da apelação, brincando com os fios de meu cabelo, inocentemente, o que me deixava encantado.
—Ah, não faça a carinha... Tarde de mais... Isso é golpe baixo, você sabe que eu não consigo dizer não quando você faz a carinha... Ah tudo bem, me explica de novo o que você quer fazer – desisti, erguendo os braços, frustrado. Eu não resistia aqueles olhos de gatinha manhosa, e ela sabia e utilizava isso contra mim. Ela exibiu um sorriso vitorioso e beliscou a ponta de me nariz.
—Daqui a dois dias a Madame Rochelle vem visitar o internato. – Fizemos cara de nojo ao mesmo tempo. Madame Rochelle, era uma velha riquíssima e irritante que investia no internato, como sua fábrica de nobres, e a cada 2 anos adotava dois ou quatro internos órfãos, sendo que, os que não fossem comprometidos, no futuro, ela pudesse casa-los com homens e mulheres afortunados para que sua renda e seus investimentos crescessem cada vez mais. Era nosso pesadelo em forma de bruxa. – E, como você sabe, esse ano é a nossa vez de desembarcar aquela barracuda velha. Meu plano é: nós levamos a nossa bagagem para a área de pouso e a deixamos lá, amanhã a noite. Aí depois de desembacarmos as tralhas daquela insuportável, nós embarcamos com nossas malas e zarpamos.
—E você sabe pilotar avião? Porque eu não sei. – perguntei erguendo uma sobrancelha.
—Claro que eu sei. Não me pergunte como. – disse assim que abri a boca para perguntar. Ela levantou do meu colo (O que quase me fez chorar) e puxou uma mala de rodinhas, verde, média, do fundo da cabana. – Computador transferir centro de comandos para laptop 1. Reconhecimento de voz alterado para portátil.
—"Central de comandos transferidos".
—Me ajude a guardar as coisas. – ordenou, pegando os dois laptops e os dois notebooks, se ajoelhando e os guardando na mala, prendendo-os com uma fivela entre os acolchoados. – Malas anti-impacto. Nós poderíamos jogar essa mala lá do alto e os nosso equipamento não iria sofrer um arranhão. Eu tenho contatos estranhos no mercado negro, eu as comprei a alguns anos, prevendo algo do tipo... – explicou quando me ajoelhei ao lado da mala com mapas e algumas anotações.
—Pronto acho que isso basta. Não vamos levar mais equipamentos. – resmunguei, segurando o tom de pai que ela odiava – Ainda temos que comprar roupas para você, mantimentos sem lactose, não queremos que você tenha uma reação alérgica no meio do nada. E falando em alergia, temos que comprar seus antialérgicos e também uns repelentes com protetor solar, senão você vai ficar toda empolada e despelando... May... Por que você está me olhando assim? – indaguei, oferecendo a mão para ajudá-la a se por de pé.
—Por nada. – ela disse com a voz muito serena, quando se levantou. – É só que você se preocupa tanto comigo e se esquece de você. Isso é tão fofo. – Ela ficou na ponta dos pés e me beijou na bochecha, resvalando sem querer no canto da minha boca, o que fez uma corrente elétrica perpassar por meu corpo, eriçando cada maldito pêlo em meu corpo, me deixando estranhamente abobado. Em anos, aquele foi o momento em que cheguei mais perto de me descontrolar e de lhe roubar um beijo de verdade. Mas ela, se notou, não falou nada, apenas passou o dedo na cicatriz em meu rosto e sorriu.
—Que bobagem, oras, nós somos amigos desde que éramos só dois pirralhos pirracentos. – murmurei, trêmulo. Deus, eu estava pirando. – Então tenho que cuidar de você, super hacker. Hram... Agora vamos às compras...
Eu nunca gostei de ir às compras com meninas, mas a May era diferente de qualquer outra garota. Ela basicamente me obrigou a sair enquanto comprava roupas, não me pediu opinião sobre que sapato usar, e o melhor de tudo ficou tão doida quanto eu quando chegamos a sessão de jogos (onde não compramos nada, infelizmente). Compramos tudo que era necessário, e organizamos tudo em duas mochilas de acampamento.
Na noite do dia seguinte, como o combinado deixamos a nossa bagagem na área de pouso, coberta por uma manta impermeável e fomos dormir nos preparando psicologicamente para o que iríamos fazer...
Acordei de manhã bem cedo, tomei banho, escovei os dentes, vesti as roupas de safári (que me pareciam ridículas, por sinal.) por baixo do uniforme e segui para a área de pouso onde encontrei a May com a bolsa de laptop no ombro e a freira Edwiges esperando o jatinho da Velha Rochelle.
—Preparada para se tornar uma exploradora da natureza delinquente? – sussurrei para a May quando a freira Edwiges não estava prestando atenção.
—Preparadíssima. – ela respondeu olhando para cima balançando nos calcanhares.
—Que bom, porque eu não estou. – falei e ela riu, me dando um beijinho de “se acalma” na bochecha.
Não precisamos esperar muito, logo um jatinho branco, muito pomposo posou, suavemente. Respirando fundo, May e eu ajudamos aquela uva passa estragada, vestindo Prada, a descer do avião.
—Bem, bem... – ela falou com aquela voz de bruxa nos analisando como sempre fazia com todos, de acordo com os rumores. – Órfãos?
—Sim, senhora – May falou com um tom de admiração que eu tinha certeza que saiu das aulas de teatro. A velha Rochelle pareceu gostar.
—Ótimo, você meu jovem, tem alguma doença? – Ela perguntou, virando repentinamente em minha direção.
—Não, senhora – respondi cordial, enquanto começavámos a descer as malas.
—Ótimo e você, minha querida?
—Só tenho alergia a lactose e a formigas. – May falou pegando a caixa da Diane, a gata diabólica da madame Rochelle.
—Ótimo, uma dama sempre tem que ter alergias, é um charme ter o que chamam de "frescuras". – “Sério?” pensei – Edwiges, querida, como eles são nos estudos? – O decorrer daquela conversa não estava me agradando em nada.
—Ótimos, são os mais inteligentes que já conheci. Não aceitam nada menos que o melhor que pode-se se fazer. – Edwiges falou com aquele tom de orgulho que sempre nos encabulava e eu quase preferia que ela tivesse mentido.
—Magnífico, esses são meus escolhidos desse ano por enquanto – Eu olhei para a May, espantado com a rapidez da escolha, enquanto o piloto e o co-piloto nos ajudavam a descer a última mala. Ela fez um sinal disfarçado para não me exaltar e sorriu doce de mais para mim para que eu pudesse saber que a pelancuda voltara a nos observar. – Oh, namorados? – a velha sugeriu e eu tive que lutar para não demostrar nenhuma reação. Por que sempre nos perguntavam isso?
—Sim, desde os 7 anos – May mentiu, tão bem que até eu acreditei por um tempo. E eu entendi o porquê dela ter confirmado: Caso não conseguíssemos e fôssemos adotados, ela não poderia nos prometer em casamento para ninguém. Porém isso implicaria um casamento nosso... Tipo, passaríamos de melhores amigos a marido e mulher assim que chegássemos a maioridade. Cara, quase torci para que não conseguíssemos... “Pera, mas que droga é essa que eu estou pensando? Ela é sua melhor amiga, retardado! Foca no furto do jato”.
—Ah, que ótimo! Adoro fazer bailes de noivado. – Quase entalei – Bem, isso significa que terei que escolher mais dois esse ano, magnífico. Jack e Jackson, por favor tragam minhas malas. – ela falou e saiu em direção do prédio do internato seguida pela freira Edwiges, o piloto e o co-piloto.
—É agora ou nunca. – A May falou, correu para o lugar onde as malas estavam ocultas e voltou carregando as mochilas e puxando a mala. – Entra logo. Não, não se preocupe está tudo leve. – Ela entrou, eu fiz o mesmo e apertei uns botões que fizeram a escada se recolher e a porta se fechar. O avião era normal por dentro, igual a qualquer outro, o que era atípico vindo da madame Rochelle.
—Chris você não vai tirar esse uniforme? – May perguntou desamarrando a saia
—Ah, claro... – Me virei e tirei a calça preta e o suéter branco, rapidamente.
—Pronto? – Ela apareceu na minha frente. Eu nunca, nunca mesmo, tinha visto a May sem uniforme. E sem brincadeira, ela realmente era atraente para qualquer um, ela nunca foi exatamente magrela, seu corpo era um pouco “cheinho” nas partes certas, mas também não estava acima do peso (o tipo de corpo que, por coincidência ou não, era o mais atraente para mim), os lindos olhos brilhavam por trás da franja fofa que mantinha a muito tempo, a pele brilhava como se estivesse coberta por uma camada de glitter, os lábios perfeitinhos eram rosados e convidativos, estava com uma regata roxa com decote quadrado, um casaquinho, botas de caminhada, e um shortinho cáqui que deixava suas pernas de fora. E, Santa Maria, Mãe de Deus! Que pernas... (O.k eu não falei nada... Hram)... – Chris, por que você está me olhando assim? – Ela esperou. Quando eu não disse nada, ela revirou os olhos, suspirando – Esquece, vamos antes que alguém note nossa falta – Ela correu para a cabine, com os cabelos, este ano, castanho avermelhados, balançando sobre os ombros, e eu fui logo atrás. Quando eu estava seguramente sentado no lugar de co-piloto, a May começou a mexer no painel com muita confiança no que estava fazendo, e quando menos esperava já estávamos no ar, planando entre as nuvens...
"Tudo está correndo como o planejado"
Autor(a): Luna_Franchesca
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May O vôo estava sendo tranquilo, já estávamos a mais ou menos três horas no ar sem complicações. Chris e eu estávamos cantando para relaxar desde que saímos da terra -... And I just can`t think (of anything else I`d rather do) Then to hear you sing (sing my name the way you do) Oh, when we do our thing (when we do the th ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 5
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chaverronis2forever Postado em 13/07/2015 - 00:02:04
Coooontinuuua finalmente o Chris beijou ela
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flavianaperroni Postado em 12/07/2015 - 21:26:21
eiii conitnua
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chaverronis2forever Postado em 11/07/2015 - 12:39:23
Cooontinuua eles são tao fofos
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chaverronis2forever Postado em 06/07/2015 - 20:42:22
Cooontinuua
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chaverronis2forever Postado em 30/06/2015 - 14:44:22
Coontinuuua que boom mais uma fic Chaverroni