Fanfic: Obscura Island - A Ilha (Voltei!) | Tema: Chaverroni

Chris

Acordei ainda com aquela sensação de "fiz merda" e com o pensamento de "Eu deveria ter beijado ela". Mas porra, eu estava confuso naquela hora, de um lado a atração louca que eu estava sentindo e do outro essa atração era por minha melhor amiga que eu considerava uma irmã. Não era fácil, droga!
—May. – eu falei.
—O que você quer, José Christian. – ela falou bebendo leite de soja.
—Chris, me chame apenas de Chris – eu reclamei mas ela me olhou de um jeito que me fez encolher.
—Fala logo.
—Eu queria explicar... 
—Ah, corta essa. Eu não quero mais nada. O que eu queria, você me negou ontem. – Tentei dizer que eu também queria mas ela já tinha pegado o embalo – Agora eu não quero uma explicação, não quero arrependimento, não quero você. – Ela engasgou o que me deu um pouquinho de esperança. Ela sempre engasgava quando falava uma coisa da boca pra fora. – Não quero seus beijos, não quero O Beijo. – ela falou engasgando a cada palavra. – Eu só quero sobreviver a essa maldita ilha. Então Olvide, estúpido, estúpido, estúpido, estúpido. – Ela seguiu mata adentro e eu tive que correr para acompanha-la.
Ela passou o dia me mostrando o que eu tinha perdido, isto é, quando não estávamos fugindo dos passarinhos e das abelhas gigantes, ela andava se balançando, mexia no decote, levantava a blusa... Me deixando maluco e triste.
—Estúpido, lindo, estúpido, lindo, estúpido... – Ouvi ela murmurando quando chegamos ao topo de uma formação de rocha lisa.
—May... – Eu comecei mas ela me impediu me dando 33 tapas consecutivas nos dois lados do meu rosto (sim, eu contei), fazendo meu rosto arder.
—Idiota, imbecil, otário, estúpido... – ela me xingou tremendo de ódio – Você diz que não quer ficar mal comigo, então toma atitude de homem, me agarra e me beija invés de ficar com esse lero lero de "me desculpa". Age feito homem. – Eu fiquei estarrecido, sem consegui reagir. – Está vendo, não faz o que é preciso. Droga, eu ainda fico me humilhando... – ela virou frustrada. "Vai seu idiota. Vai deixar ela furiosa de novo?". Antes que ela pudesse sair andando, eu joguei as mochilas no chão e a puxei pelos braços 
—Se vossa alteza quer que eu a beije, assim o farei – ri da expressão de êxtase dela e a beijei. Se imagine beijando a pessoa mais linda e calorosa que existe, que adora essa pessoa com todas as suas forças, e que vocês dois estavam loucos para se agarrar, agora você sabe como as coisas estavam, uma coisa dentro de mim despertou e eu agarrei a May de todos os jeitos, ela se prendeu em mim de um jeito meio selvagem, linda, seu corpo grudado ao meu, seu hálito de menta, sua lingua numa coreografia perfeita com a minha e seus lábios com sabor de algodão doce buscando os meus, muito mais impacientes, me despertando os pensamentos mais impuros que existem e ao mesmo tempo me deixando meio envergonhado por estar tendo fantasias com minha amiga irmã. Ela estava num estado de "Seja-o-que-Deus-quiser", se deixando guiar pelos instintos animais que não decepcioram, quase fazendo com que algo grave acontecesse sob minha calça e que alguns limites fossem rompidos de maneira antinatural. Nenhum de nós queria parar, logo estávamos sem ar e mesmo assim ainda continuamos até não aguentarmos mais – Estou perdoado princesa? – falei ofegando 
—O que você acha? – ela sorriu.
  *Silêncio constrangedor*
—Eh...
—Bem... Cara, isso tá tão estranho. – ela suspirou ficando vermelha
—Eh... Olha, eu só não te beijei logo, porque é meio estranho ficar atraído por sua irmã de consideração, por mais linda que ela seja – eu quase a beijei novamente, mas me conti. O clima já estava estranho o suficiente.
—É – ela falou quando eu a soltei – Desculpa por todo esse exagero, eu meio que pirei, enlouqueci de verdade. Eu... Eu percebi que é estranho, mesmo que esse irmão seja tão... – Ela me olhou e se abanou, corando mais ainda. – É melhor não falar o que eu pensei.
—As coisas estão estranhas – falei, me recostando na pedra atrás de mim, tentando entender quando foi que tudo havia se complicado tanto.
—Podemos continuar amigos – ela falou, e eu vi a minha May voltando ao normal, não a doida psicótica por um beijo e sim, a meiga e doce que estava envergonhada pelo que havia feito nas últimas 12 horas – Dizer que eu vou esquecer tudo que eu senti, seria uma mentira das grandes, e que eu não vou te olhar de outro jeito seria uma mentira pior ainda... 
—Mas concordamos que essa... Loucura – eu a puxei, deixando seu corpo junto ao meu por brincadeira (eu acho) e senti ela se arrepiando com meu toque. A coisa estava séria. – É... Só... Pela pressão da ilha... Não que você não seja linda.
—É só a pressão da ilha. – ela repetiu tentando se convencer. – Desculpa, por ontem, eu só fiquei meio ofendida por você não querer me beijar, nem me olhar sem roupas (isso foi um toque dramático da minha parte)... 
—Eu só estava constrangido, mas se quiser me mostrar agora, eu prometo que vou olhar tudo nos mínimos detalhes. – Ergui as sobrancelhas, brincalhão.
—Ah, safado! – ela riu e pegou a sua mochila. – Vamos logo antes que eu fique louca de novo e resolva tirar a roupa mesmo. – Pegou uma câmera que ela havia salvo dos escombros do avião, tirou uma foto de onde estávamos e uma minha sem o menor aviso e começou a subir. – O que você está esperando aí embaixo? 
—Esperando para ver se eu tenho sorte para que você fique suficientemente louca para fazer um streap-tease...

Depois disso seguimos pela mata como os amigos-irmãos que sempre fomos, brincando sem maldade, falando mal das pessoas que não gostávamos enquanto May tirava fotos a cada dez passos, até que eu toquei num ponto que estava, como falava minha "avó", me encafifando.
—May, você disse que aquele foi o seu primeiro beijo.
—Sim. – ela falou meio encabulada.
—Mas você não namorou com o Levi? 
—Namorei. – Ela me olhou como se eu não devesse ter falado sobre isso. – mas o Levi era muito apressado. Então eu não deixava ele fazer nada comigo. Agora vamos continuar no clima amigável que estávamos e... – ela olhou para o lado e as palavras sumiram 
—O que...? – Segui seu olhar e vi o que a tinha calado – Uau...

“Arg, espero que essa melosidade gere conflitos, mas se não gerar por si só eu darei meu empurrãozinho. Os indivíduos 3 e 4 chegarão em breve. Espero que sejam divertidamente confusos”