Fanfic: Casanova AyD - *Repost* | Tema: portinon, AyD
Devagar a loira acordou, olhou para Angel sonolenta ainda.
Any: Angel??
Angel: Desculpa te acordar, mas a Mai ta preocupada com vc, ta tudo bem??
Angel se sentou na cama e Any fez o mesmo colocando o porta-retrato e o album do se lado, ela passou as mãos nos olhos para acordar melhor.
Any: Ta sim, peguei no sono enquanto olhava umas fotos, o cansaço me venceu.
Angel: Eu imagino. Vim te buscar, já é hora do almoço.
Any: E eu acordei com bastante fome, nossa, ta demais.
Angel sorri se levantando.
Angel: Sim né, agora vc come por dois.
Any devagar passa sua mão sobre sua barriga fazendo carinho.
Any: Mamãe não anda dando atenção direito a vc né amor?? Meu bebê.
Angel: Já vi que vai ser uma mãe bem coruja. (rindo).
Any: Com certeza. (sorrindo).
Angel: Bom Any, porque vc não toma um banho?? Assim vc acorda direito (rindo) eu te espero la na sala e assim da o tempo da comida que eu encomendei ficar pronta, depois a gente só passa lá e vai pra casa.
Any: Boa idéia, encomendou que comida??
Angel: Maccarronada, vc vai adorar.
Any se levanta da cama se expreguiçando.
Any: Delicia, adoro.
Angel: Eu fiz o pagamento das contas da boate Any, ta tudo certinho.
Any: Obrigada Angel, como anda aquilo tudo lá??
Angel: Não foi nada, só fiz o meu trabalho de sempre, e ta tudo bem, tudo tranqüilo.
Any: Vc ta fazendo mais que seu trabalho Angel, minha cabeça ta tão cheia que nunca teria condições de cuidar daquilo lá agora, se não fosse vc eu tava perdida.
Angel: Que isso Any não é nada, pode contar comigo, vc ta passando por um momento muito difícil.
Any: Engraçado, eu sempre te tratei de um jeito tão rude, e olha o que vc esta fazendo por mim hoje. A Mai tem muita sorte de ter vc ao lado dela, se aquela morena safada te magoar vai apanhar de mim (rindo).
Angel ria com ela.
Any: E vc também hem!! Cuida bem da minha morena ou vai ser ver comigo.
Angel: Opaa, pode deixar. E esse álbum ai??
Any: A Dul tava fazendo um álbum nosso, mas ainda não ta todo pronto, tava olhando algumas fotos e relembrando alguns fatos.
Angel: Posso ver??
Any: Claro!!
Any entrega o album a ela que sai para a sala, Any segue para seu banho, Angel fica feliz por faze-la se destrair um pouco e não ficar chorando tanto. Um certo tempo depois Angel a esperava na sala enquanto ela tomou seu banho, vestiu uma roupa sua que estava ali na casa de Dul, roupa dela por ali era o que não faltava. Depois de pronta elas saíram, Any levou o álbum com ela, as duas pegaram a comida e foram pro ap da Angel. Logo chegaram lá.
Angel: A comida chegou!!
Mari pulou do sofá.
Mari: Até que enfim, tava morrendo de fome aqui já. Como vc ta Any??
As duas se abraçam.
Any: Indo Mari, indo e vc??
Mari: Com muita fome. (rindo).
Todas na sala ficam rindo.
Mai: Fiquei preocupada Loira.
Any: Desculpa, é que eu peguei no sono.
Mai: Que bom que descansou, ta com fome??
Any: Demais!!
Mai: Então vamos que a mesa já ta arrumada.
Mari: E esse álbum ai Any??
Any: Meu e da Dul.
Elas vão para a mesa, no caminho Angel dava beijinho em Mai e Any ia falando sobre o álbum.
Enquanto isso no hospital:
O pai de Dul estava no quarto dela com ela, enquanto Blanca sua mãe foi tomar uma água, pelo caminho ela encontrou Ucker andando apressado.
Blanca: Ucker meu filho, que bom que já chegou.
Ucker: Eu vim o mais rápido que pude Blanca, como ela ta?? O que aconteceu??
Blanca: Calma meu filho, vc ta muito agitado.
Ucker: Quero ver ela.
Blanca: Vc vai ver, calma. Vamos a cantina beber um suco que te conto tudo direito.
Assim eles foram, se sentaram em uma mesa, enquanto bebiam um suco conversavam.
Ucker: Eu tive que fazer uma viagem pra Inglaterra de negócios pro meu pai, por isso a senhora não conseguia falar comigo.
Blanca: Eu liguei pra sua casa e eles me falaram, deixei o recado.
Ucker: Meu pai me ligou dizendo, só que ele me disse um pouco depois, primeiro ele queria que eu resolvesse os negócios, se ele me contasse antes sabia que eu largaria tudo lá e viria.
Blanca: Nossa Ucker, ta sendo tão dificil meu filho. (chorando).
Ucker: Calma Blanca, como aconteceu??
Blanca contou tudo a Ucker sobre o acidente. Quando ele e Dul terminaram os pais dela ficaram do lado dele, ele se fez de santinho, como Dul o traiu os pais dela botaram toda a culpa nela ficando do lado dele, mais um motivo pra Dul se desentender com seu pai. Mas o que eles não sabiam era o jeito machista do Ucker, isso ele escondia muito bem diante dos pais dela. Agora que ele decidiu voltar com Dul, ele tinha voltado a freqüentar a casa dos dois, mas sem Dul saber de nada, como pretende reconquista-la começou pelos pais dela, ele sabe que eles o adoram, e tem total apoio deles para voltar o namoro com Dul. Depois de toda a conversa Ucker foi para o quarto de Dul com Blanca, a viu e chorou.
Daniel: Vc a ama muito né??
Ucker: Sim Daniel, eu vou reconquista-la, ela vai sair desse coma e vai voltar pra mim.
Depois de mais algumas horas, já era 17:00 hs e Any chegava ao hospital com Mai, Angel, Mari e Chris.
Any: Saudade dela já.
Chris: Calma loira, já vai ver ela.
Eles seguiram andano pelo hospital, chegaram a sala de visitas enquanto entravam ainda não tinham sido notados por Ucker e o Pai de Dul. Chris parou na porta não acreditando que Ucker estava ali, Angel teve a mesma reação.
Chris: Não acredito que ele ta aqui.
Any fica olhando Ucker e logo olha pra Chris.
Any: Quem é aquele cara??
Pela cara de Chris ela já sabia que coisa boa não era.
Chris: O Ucker.
Any: Era só o que me faltava, serio??
Mai: O que ele veio fazer aqui??
Chris: Estragar tudo, eu não suporto nem olhar pra cara desse idiota. (nervoso).
Mari fala baixinho com Angel.
Mari: Ele é o tal ex da Dul??
Angel: Ele mesmo!!
Mari: Xiii, agora fudeu!!
Mai: Mas é muito azar.
Chris: Sabia que ele ia aparecer, tava demorando.
Any: Agora vai ficar mais difícil ainda, se com os pais da Dul tenho que ficar disfarçando, não posso ficar com ela o tempo que queria, imagina com esse idiota ai.
Mari: Então esse bundudo ai é aquele que o Chris detesta né, a Dul me contou dele também, nossa, ele é muito nojento, detesto gente preconceituosa.
Chris: Ele não vale o chão que pisa, e a Dul odeia ele.
Mari: Ah relaxa Any, o que vc tem que fazer é só disfarçar bem, quando a Dul acordar ela bota ele pra correr.
Any: Agora deu medo.
Mai: Porque Any??
Any: Sei lá, ele voltou, a Dul ta com ódio de mim.
Chris: Quanto a isso não se preocupe Any, a Dul o detesta, ela jamais voltaria com ele por raiva de vc, aliás, por nada nesse mundo ela volta com ele, isso eu garanto com toda a certeza do mundo.
Angel: Isso é verdade Any, voltar com ele ela não volta, conheço bem a ruiva, quando ela acordar ela vai botar ele pra correr, se ela vai ta com muita raiva de vc não sei, e se tiver, ela só vai querer seguir a vida dela.
Enquanto conversavam Ucker os avista, com a maior cara de pau do mundo e querendo dar um de bom moço pro pai da Dul, ele segue até eles e o pai da Dul vai junto.
Ucker: Chris, tem um tempinho que já não nos vemos (sorrindo) vc...(ele olha pra Angel) lembro que é a moça da boate e amiga da Dul.
Angel diz que sim dando um sorriso amarelo ele olha pra Mai e Mari.
Ucker: Vcs duas com certeza são irmãs, a cara uma da outra. (sorrindo) e vc...(olhando pra Any) a esposa do Poncho, ele já me mostrou uma foto sua, ele é louco por vc. (sorrindo).
Todos olhavam pra ele dando um sorriso amarelo, menos Chris, que nem assim sorriu. Ucker tentava dar um de simpático, assim como os pais de Dul, tentaria conquistar os amigos de Dul, para ganhar pontos, mas o que ele mal sabia era que todo mundo ali já o detestava e que Any era o amor da vida de Dul.
Ucker: E vc Chris, como está?? Com certeza ta muito mal com tudo isso, afinal vc e a Dul eram como irmãos.
Chris olhava Ucker falar, sentia ódio em como ele podia ser tão cínico e fingido na frente do pai de Dul, sabia muito bem que aquilo ali era puro teatro para impressiona-lo.
Chris: Isso é demais pra mim, tanto fingimento me da enjôo.
Chris sai deixando Ucker com cara de besta ali, todo sem graça. Mari se segurava pra não rir na cara dele ali.
Ucker: Er...acho que ele ta um pouco abalado, isso é normal.
Daniel: Mas o que deu no Chris??
Ucker: Não se preocupe Daniel, ele esta abalado, é normal. O problema é que ele nunca foi com a minha cara mesmo, por isso age assim, não sei porque, nunca fiz nada pra ele.
Daniel: Vou conversar com ele, sempre foi amigo da Dul, não sei porque te tratou assim, eu sei que vcs dois nunca se deram muito bem, mas vc o tratou muito bem, ele não poderia ter feito isso.
Ucker: Faz um tempo que quero ser amigo dele e esquecer tudo que já passou, mas parece que ele não quer. Mas enfim, deixa ele, ele esta abalado.
Daniel: De maneira nem uma, vou falar com ele.
Todos olhavam a cena abismados com tamanha falsidade de Ucker, queriam pular nele e esgana-lo de raiva. Enquanto isso Ucker ainda dava um de bom moço, e todos tinham que engoli-lo. Pois tinham que preservar tudo sobre Any e Dul juntas, não podiam simplesmente o tratar mal sem motivos e se desse os motivos poderia se complicar tudo. Apenas Mari que é a que sempre faz o que da na telha e fala tudo que pensa saiu dali com uma cara nada boa.
Ucker: Acho que vc não foi muito com a minha cara.
Mari: Não fui mesmo bonitinho, falsidade também me da enjôo, mais um pouco e eu vomito na sua cara.
Mari saiu deixando Ucker mais uma vez com cara de idiota, ficou puto da vida, mas disfarçou, tinha que ser o bom moço. Any, Mai e Angel seguravam o riso, nem elas mesmas sabiam por quanto tempo mais agüentariam essa falsidade de Ucker.
Chris estava na cantina em pé tentando se acalmar, mas o que foi inútil, logo o pai de Dul chegou pra piorar a situação.
Daniel: Oi Chris, ta tudo bem com vc??
Chris: To levando, essa situação da Dul me deixou muito mal, mas fora isso ta tudo certo.
Daniel: Olha Chris, vc e a Dulce são amigos desde a época do colégio, não entendi seu comportamento com o Ucker agora a pouco, o que houve?? Não te reconheci.
Chris não acreditava que iria mesmo ter aquela conversa, ele sabia que Daniel era puxa saco de Ucker.
Chris: Olha Daniel, eu e Ucker nunca nos demos bem, essa cena não é a primeira vez que acontece.
Daniel: Eu sempre soube que vcs não se davam bem, me lembro de quantas vezes a Dul brigou com ele pra te defender.
Chris: Pois é.
Daniel: Mas ele ta tentando se aproximar e vc não da abertura.
Chris: Nem vou dar, Daniel, eu gosto muito do senhor, mas não me peça pra ser amigo dele porque isso eu não vou ser, o senhor não sabe das coisas que ele já fez e falou pra mim.
Daniel: Chris, aquela coisa dele ter preconceito com vc por ser homosexual já passou, era coisa de jovem, vcs amadureceram, mudaram.
Chris: Não adianta Daniel, essa é minha opinião, me desculpe, mas não vou muda-la.
Daniel: Ta bem, vc já é um homem feito, não precisa de ninguém dizendo o que vc deve fazer, mas pense nisso Chris, deixe a magoa de lado.
Chris: Não quero mais falar disso Daniel, e a Dul?? Será que agente já pode ir lá ver ela??
Chris mudou de assunto, Daniel não sabia nem metade das coisas que Ucker fez, também não iria conta-lo, era capaz dele acreditar em Ucker e ficar contra ele, como adora os pais de Dul, prefere deixar pra lá. Depois de uns minutos eles foram ver Dul de dois em dois. Todos a viram, ficaram um bom tempo no hospital, era quase a noite, já estava escurecendo e eles tinham que ir embora, Any queria passar a noite com Dul mas os pais dela fariam isso, Ucker também se ofereceu, mas eles recusaram.
Uma semana se passou e faltava dois dias pro Poncho voltar de viagem. O dia estava amanhecendo, Any havia dormido no hospital com Dul, os pais dela estavam no hotel. Any dormiu ali sozinha, o dia estava amanhecendo quando ela acordou, estava deitada em um pequeno sofá, abriu os olhos e a primeira coisa que viu foi Dul dormindo tranquilamente, como era bom ter aquela visão agora para Any, Dul já estava sem os aparelhos, agora respirava sem ajuda deles, para Any isso era sinal de que ela estava melhorando, tinha fé que logo ela acordaria. Devagar ela se levantou, expreguiçou e andou em direção a cama de Dul.
Una alma sin destino,
Que paga por sus errores.
Ouça a musica: No Puedo Dejarte de Amar – Kalimba
Ela parou do lado da cama e ficou a olhando, observando cada traço do rosto dela, os olhos fechados dormindo em um sono profundo. Devagar ela passou as costas dos dedos na bochecha dela, ficou fazendo carinho ali por um certo tempo, depois desceu a mão para o queixo dela deslizando e indo até o outro lado, agora fazendo carinho ali. Ela fechou os olhos se lembrando de quando ela e Dul dormiam juntas e quando ela acordava e ficava a olhando dormir, começava a fazer carinho no rosto dela e logo ela abria aqueles olhos inchadinhos de tanto dormir, como era bom olhar dentro daqueles olhos de pertinho, logo depois vinha aquele sorriso doce meio preguiçoso, depois os olhos dela se fechavam devagar, o sono não a deixava acordar de vez. Any adorava aquilo, amava olha-la. Depois de viajar nesse pensamento Any abriu os olhos deixando as lagrimas rolarem, ela fazia o mesmo ali com Dul, o mesmo carinho, mas a diferença é que ela não iria acordar.
Any: Eu preciso tanto ver esses olhos de novo.(chorando em silêncio). Acorda e volta pra mim meu amor!!
Com cuidado ela pegou a mão de Dul e a segurou firme, deu um beijo delicado, continuou o carinho no rosto dela, com as lagrimas descendo nos olhos, ela cantou baixinho a olhando segurando o rosto dela o acariciando devagar.
(Esperem essa segunda parte começar a acompanhem lendo como se ela estivesse cantando, eh pra dar mais emoção AUHSUAHSUHUSH u.u’)
Ela a olhou mais um pouco e começou a cantar bem mancinho e baixo.
Y es asi, yo ya no creo en milagros
Si tu no estas a mi lado
"Soy un velero en el mar; del pasado
.
(agora as lagrimas desciam mais intensas, ela passou umas das mãos secando as lagrimas, mas logo elas voltavam a cair).
Y sigo asi, un sonador sin noche
Una alma sin destino,
Que paga por sus errores
.
(Ela levou a mão de Dul proximo ao seu rosto chorando mais ainda).
Y no puedo dejarte de amar
Y no puedo dejar de esperar
.
(apertou seus olhos com força pela dor em seu coração).
No puedo perderte al final
Y no te puedo olvidar
No se vivir, si no estas
Ela não conseguiu mais cantar, a voz embargou até que não saiu mais, a dor e o sofrimento a calaram, ela aproximou seu rosto do de Dul bem de pertinho, tentou cantar, mas em vão, seu peito ardia em dor, seu coração parecia que as vezes ia parar, não suportava mais a ausencia dela , caiu em choro, era muito doloroso segurar a mão dela e não sentir ela se mover.
Devagar ela abriu seus olhos se deparando com os de Dul abertos, ela ficou paralisada, seus olhos estavam bem perto dos dela, naquele momento sua respiração parecia ter sumido, ela não sentia mais nada, não sentia o chão debaixo dos seus pés, sua respiração, ja nem sabia se seu coração ainda batia, a unica coisa que via era Dul a olhando, nem percebeu que ela apertou sua mão de leve, as duas ficaram se olhando, ali apenas seus olhos se moviam, tudo que elas viveram juntas foi passando como um filme na cabeça de Any, queria voltar a fazer aquilo tudo novamente, e fazer mais ainda, se tivesse uma nova chance com Dul, com certeza iria fazer tudo diferente, lutaria por ela pra nunca mais perdê-la. Aqueles olhos azuis cheios de lagrimas tinham tanto pra falar, era como se o mundo girasse e só houvessem as duas ali. Até que então o olhar de Dul foi ficando meio perdido, Any se afastou um pouco chorando emocionada com uma mão na boca, sorria ao mesmo tempo.
Any: Dul...vc acordou. (chorando). Como eu esperei por isso.
Any limpou as lágrimas, respirou fundo, estava insegura com relação a reação de Dul, estava com mil e um pensamentos, se ela se sentia bem, se sentia alguma dor, se estava com raiva dela.
Any: Dul, como vc está?? Ta sentindo algo??
Dul a olhava meio perdida, olhou em volta, não entendia onde estava.
Dul: Dul?? Onde eu to??
Ela se mexia, e voltou a olhar Any. Any percebeu algo estranho nela, o jeito estava diferente, mas acreditou que ela estava confusa por causa do acidente.
Any: Dul, vc está em um hospital, mas não se preocupe, vc está bem. (Ela sorri) Graças a Deus vc se recuperou.
Dul: Porque me chama de Dul?? Quem é vc??
Any devagar desfez o sorriso, se preocupou, algo estava muito errado ali, era como se Dul não se lembrasse das coisas.
Any: Como assim Dul?? Dul é vc, Dulce Maria lembra?? E eu sou a Anahi. (preocupada).
Dul passa uma mão na cabeça, voltou a olhar em volta e a olhou novamente.
Dul: Eu não sei do que vc ta falando, eu não sei quem é vc.
Any: Meu Deus, Dulce, isso é serio. Vc não ta se lembrando de mim??
Dul apenas balança a cabeça em sinal de não.
Any fica confusa, aparentemente aquilo seria uma perda de memória, ela fica meio desesperada por Dul não se lembrar de nada, fica pensando se ela perdeu mesmo a memória, ou se poderia ser momentâneo pelo acidente, por acabar de ter saído de um coma, seria normal as coisas estarem confusas e embaralhadas. Ela tentou manter a calma e falar tranquilamente sem desespero para ajudar Dul e tentar entender o que se passava.
Any: Dul, vamos devagar. Não lembra do seu nome?? Dulce Maria.
Dul: Não lembro.
Any: Não se lembra de mim??
Dul novamente balança a cabeça em sinal de não. Any mareja os olhos e com um nó na garganta segura o choro. Dul a olhava bastante apesar de estar perdida, observava Any, até que para ela apesar de não se lembrar de nada, ter tido aquela bela loira como sua primeira visão, com aqueles par de olhos azuis foi nada ruim. Ela observava Any a achando muito linda, mas era só isso.
Any: Não se lembra porque está aqui?? Não se lembra do que fazia antes de acordar??
Dul: Não, não sei de nada. Quem é vc?? Porque ta me enchendo dessas perguntas?? O que eu to fazendo aqui??
Dul se mostrava bastante confusa e perdida, e começou a ficar meio nervosa.
Any: Calma meu amor.
Dul: Me chamou de amor??
Any se enrola um pouco.
Any: Er...bom...escuta Dul, vc sofreu um acidente, ficou em coma por duas semanas, vc bateu a cabeça no acidente, foi operada e graças a Deus está bem agora.
Dul: Acidente de que??
Any: Carro.
Dul: Porque?? Estava com quem?? Como?? Porque não lembro das coisas??
Ela fica agitada e Any meio que de desespera, não sabia como agir.
Any: Seus pais, não se lembra deles, Blanca e Daniel??
Dul: Eu não sei do que vc ta falando, não sei de nada, para de me fazer essas perguntas.
Any: Desculpa, eu só quero te ajudar.
Any começa a chorar, mas logo controla o choro, não podia ficar assim na frente de Dul, a deixaria mais confusa ainda. Dul ficou a olhando. Any não sabia mais o que fazer, e achou melhor chamar o medico para ele avalia-la, estava preocupada também com estado físico dela, se estava mesmo tudo bem, queria dar a noticia de que ela acordou, isso era o que todos queriam e rezavam pra acontecer, com certeza ficariam muito felizes, e precisava saber o que aconteceria com a memória dela daquele dia pra frente.
Any: Eu vou chamar o medico, espera um pouco que ele já vem e talvez possa te ajudar melhor do que eu.
Dul não diz nada, apenas fica a olhando enquanto ela sai. Assim que saiu do quarto Any soltou o choro e saiu assim pelo corredor, estava feliz por ela ter acordado e não demonstrar nem uma seqüela do acidente, pelos menos fisicamente ela parecia muito bem, só a memória perdida que a fez chorar assim. Encontrou a enfermeira que cuidava de Dul e avisou que ela tinha acordado para ela poder avisar ao medico. Ele pediu que Any aguardasse na sala de espera e que iria fazer uma avaliação em Dul e logo depois falaria com ela e o resto do pessoal sobra essa perda de memória dela, e sobre seu estado físico. Any foi pra sala e junto com ela os pais de Dul chegaram, ela contou a noticia a elas que ficaram felizes e aliviados por ela ter acordado, mas tristes e preocupados com essa perda de memória.
Blanca: Ela não se lembra de nada mesmo?? Nem de nós??
Any: Infelizmente não Dona Blanca.
Blanca: Mas como será essa perda de memória dela??
Any: O Doutor Marcos foi examina-la, talvez essa perda de memória seja momentânea.
Daniel: Tomara meu Deus.
Any se sentou ansiosa enquanto os pais de Dul andavam de um lado pro outro, Mai, Angel, Chris e Mari já estavam a caminho, Any os avisou por celular. Algum tempo depois eles chegaram ansiosos também e felizes pela noticia, Any apenas disse que ela tinha acordado, mas não havia dito que estava sem memória.
Mai: Agente já pode ver ela??
Any: Não, o Medico ta examinando ela, tem mais uma coisa que eu não disse a vcs.
Chris: O que??
Any: Ela ta sem memória. (quase chorando).
Mari: Que??
Angel: Como assim Any??
Any: Ela acordou, e não se lembrava de nada, ne do seu próprio nome, nem de mim, nem de ninguém, de nada. (chorando).
Mai abraça Any, todos haviam ficado chocados com a noticia, junto com os pais de Dul ficaram aguardando noticias. Alguns em pé, outros sentados ansiosos. Nessa espera Ucker chegou lá, assim sabendo da noticia também, ao saber disso ficou pensativo. Depois disso por fim o Medico chegou. Todos se aproximaram dele querendo noticias.
Blanca: Então Doutor, como ela está?? (aflita).
Marcos: Fisicamente ela esta ótima, apesar de ter ficado em coma, da complicada cirurgia que fizemos nela, incrivelmente ela está bem, não ficou nem uma seqüela do acidente, claro que esta um pouco fraca, um pouco de dor de cabeça, mas isso é normal, em alguns dias passara e ela ficara bem.
Daniel: E a memória Doutro Marcos??
Marcos: Bem, ela não se lembra de absolutamente nada nem ninguém, perdeu a memoria devido a forte pancada na cabeça.
Any: E quando ela vai recuperar a memória??
Marcos: Infelizmente essa resposta não tenho senhora Anahí, pode ser uma perda de memória momentânea, em questão de semanas pode ser recuperada, ou em meses, ou até mesmo anos, ou pode ser que nunca mais volte, assim ela terá que recomeçar sua vida novamente.
Any começou a chorar ao ele dizer que ela poderia não recuperar mais a memória, junto com os pais dela, o resto do pessoal prendia o choro muito tristes.
Marcos: Eh uma noticia horrível de se dar, mas ela pode recuperar a memória, não se desanimem, vcs vão ter que ter muita força agora, ela precisa da ajuda de vcs, e terão que ter muita paciência também, não sei como ela vai reagir diante disso, cada pessoa tem um comportamento diferente, alguns ficam agressivos, outros se isolam, outros tentam levar o mais natural possível.
Chris: Doutor, e como devemos agir diante dela?? Com essa perda de memória, como podemos ajuda-la a recupera-la.
Marcos: Olha, não pressionem muito, não forcem muito a cabeça dela, não ajam como se ela fosse uma criança precisando de cuidados, a deixe livre, claro que sempre de olho, mas cuidados em excesso irrita pessoas nessa situação, porque ele fica se sentindo como uma criança mesmo, não fiquem fazem muitas perguntas pra vê se ela lembra de algo, mostrem naturalidade, e muita paciência, o fato dela não se lembrar de nada e das pessoas em volta ficarem falando de coisas com ela, de situações que aconteceu com ela e ficarem ali o tempo todo em cima vendo se ela lembra de algo causa uma grande irritação.
Blanca: Seria bom ela ter um acompanhamento de psicologo??
Marcos: Depende do que ela vai achar disso, lembrem-se de que ela tem que querer lembrar das coisas também. Mas pelo que eu vi ela é uma pessoa bem tranqüila, não vai dar trabalho a vcs, é só agirem naturalmente por mais difícil que seja, o que irrita as pessoas nesses casos é que ficam sufocando elas a se lembrarem das coisas, se não fizerem isso aos poucos ela vai refazendo sua vida, com o convívio com amigos e familiares, objetos, fotos, coisas dela, poderá ajuda-la a se recordar das coisas, mas enquanto ela vai voltando a sua vida vcs vão ver como podem ir tentando ajudar ela, é só o tempo mesmo pra dar certas respostas a vcs.
Depois disso ele explica mais algumas coisas, e sobre quando ela poderá ter alta. Depois disso os pais de Dul foram vê-la, ela não se lembrou deles como era esperado, conversaram um pouco com ela, Blanca caiu em prantos e Daniel a levou para fora para acalma-la. O medico permitiu que todos os outros entrassem juntos para ver Dul, vendo todos juntos talvez poderia ajuda-la de alguma forma, apenas Ucker que preferiu não ir junto e vê-la sozinha depois.
Como também se esperava ela não se lembrou de ninguém, eles conversaram um pouco com ela, perguntando como ela se sentia, e depois saíram, não tinham muito assunto porque ela não se lembrava de nada e não queriam ficar forçando a cabeça dela, preferiram agir com calma, todos saíram menos Any que quis ficar mais um pouco ali.
Dul: Não vai com eles??
Any: Minha presença te incomoda??
Dul: Claro que não, sua companhia é agradável.
Ela sorri arrancando um sorriso de Any também.
Any: Obrigado, vc é muito gentil.
Dul: Sou??
Any: Muito, e doce como sempre. (Any falou olhando nos olhos dela).
Dul: Senta aqui.
Dul se senta na cama com cuidado e da espaço pra Any se sentar do seu lado. A loira fica surpreendida com a forma natural que ela a tratava.
Any: Não se sente insegura comigo aqui??
Dul: Não, sei lá, vc foi a primeira pessoa que eu vi, então não sei. (ela começa a rir).
Any: Que bom, não imagina como fico feliz. (sorrindo).
Dul: Me conta.
Any: O que??
Dul: Sobre mim, quem eu era, agente era amigas?? Aliás, somos?? (rindo).
Nesse momento Any fica calada, sem saber o que responder, o jeito que Dul estava a tratando a deixou bem feliz, mas não podia dizer logo de cara que elas eram namoradas, Dul não se lembrava de quem era, e muito menos da sua sexualidade, isso a deixaria muito confusa, teria que contar toda a historia a ela e ali não era o momento nem lugar para isso.
Any: Er...bem...agente era bem amigas sim, vc trabalha na minha boate.
Dul: Serio??
Any: Sim, vc é DJ Dul.
Dul: Nossa que legal, e o que mais??
Any: O que mais vc quer saber??
Dul: Eu moro onde?? Com quem??
Any: Mora sozinha, seus pais moram em outra cidade, vc veio embora de lá pra vir pra cá, trabalhar aqui.
Dul: Eh tão estranho. (se desanimando).
Any: O que??
Dul: Olhar tantas pessoas e não saber quem são, e todas elas saber de sua vida, todas falarem com vc de uma forma tão natural, não me lembrar dos meus próprios pais, ouvir vc falando sobre mim e parecer que se trata de outra pessoa sabe.
Any: Eu imagino como deve ser, mas agente ta do seu lado, eu to, vai poder contar sempre comigo.
Dul: Eu não sei por onde começar.
Any: Não fica assim Dul, vc não ta sozinha.
Dul: Não sei Anahí.
Any: Agora eu que achei estranho. (rindo).
Dul: O que??
Any: Vc me chamando de Anahí.
Dul: Mas não é esse o seu nome?? (rindo).
Any: Vc me chamava de Any.
Dul: Ah ta, Any, tudo bem Any. (sorrindo).
Any a olhava enquanto falava, mesmo sem memória conseguia ser doce, mesmo sem saber era a mesma Dulce de sempre, até sem memória. Dul percebeu que ela a olhava bastante até que perguntou.
Dul: Porque vc fica me olhando assim??
Any cai em si e teme que ela tenha percebido algo, algum tipo de interesse da parte dela, porque ela a olhava como uma mulher apaixonada.
Any: Eu?? Er...nada. (ela sorri nervosa).
Dul repara na aliança no dedo de Any.
Dul: Vc é casada??
Ela aponta pra aliança de Any. A loira olha também e demora a responder.
Any: Eh, sou. Infelizemente.
Dul: Como??
Any: Não, nada não.
Dul: Mas uma mulher como vc só poderia ser casada mesmo. (sorrindo).
Any: Porque??
Dul: Linda desse jeito não poderia estar sozinha. Se eu fosse homem daria em cima de vc. (rindo sapeca).
Any gela ao ouvir isso e pensa se ela estava a cantando ou se dizia na inocência, logo ela ri, Dul como sempre brincalhona e dizendo o que pensa de verdade. Enquanto as duas riam Ucker bateu na porta e entrou no quarto.
Ucker: Com licença. (sorrindo).
Any bufou, e Dul ficou o olhando curiosa. Ucker virou de costas enquanto fechava a porta. Dul falou baixinho pra Any.
Dul: Quem é o bundudo??
Quando Any ia responder Ucker se vira se aproximando das duas com um buque de rosas na mão.
Ucker: Interrompi algo??
Any: Não!!
Ucker: Ah que bom, desculpa mas não agüentei e vim antes de vc sair, tava louco pra ver ela.
Ela da mais uns passos e da um selinho e Dul, que fica sem reação, Any fica surpresa e muito puta da vida, ele estava se aproveitando da falta de memória dela, e queria mata-lo por beija-la em sua frente, morreu de ciúme. Ela não agüentou a cena e o cinismo dele e se levantou, tinha que sair dali antes que o matasse, com certeza ele acabaria percebendo o jeito dela.
Any: Bom vou saindo.
Dul: Mas já loira??
Any: Eh, depois nos vemos Dul.
Any da um sorriso amarelo, engole seco de raiva pra não pular em Ucker, e sai dali o mais rápido que pode.
Dul voltou a olhar pra Ucker bem perdida.
Dul: E vc quem é??
Ucker entrega o buque a ela.
Ucker: Seu namorado.
Dul pega o buque, e volta a olha-lo.
Dul: Namorado??
Ucker: Sim, bom é uma longa historia meu amor. Mas o importante é que vc esta bem agora.
Ele aproxima seus lábios dos dela na tentativa de dar um beijo, mas Dul recua virando o rosto de lado.
Dul: Desculpa, mas vamos com calma, vc pra mim é um estranho...er...desculpa mas eu to perdida.
Ucker: Claro, tudo bem, eu que peço desculpa, me precipitei.
Dul: E como.
Ucker: Como se sente??
Dul: Pra falar a verdade me sinto um nada, não sei de nada, não lembro de nada, enfim, um nada mesmo.
Ela entrega o buque a ele.
Dul: Coloca em algum lugar pra mim por favor.
Ele pega e o deixa em cima do sofá ali e volta a cama.
Dul: Então vc é meu namorado.
Ucker: Sim, sou. (sorrindo). Eu sei que vc não se lembra de mim, mas meu amor, eu entendo, vou ter calma e paciencia pra estar do seu lado, te ajudar no que for.
Ele segura a mão dela dando um beijo e fazendo carinho em seu rosto. Dul até que achou o jeito dele fofo, mas nada mais que isso, afinal era um completo desconhecido para ela agora.
Dul: E a quanto tempo namoramos??
Ucekr: Na verdade agente havia terminado, mas tínhamos acabado de reatar o namoro a dois meses, estávamos muito felizes, só que te uma coisa.
Dul: O que??
Ucker: Seus pais ainda não sabem que reatamos, agente estava esperando um pouco porque tínhamos acabado de voltar, íamos fazer uma surpresa a eles.
Dul: E porque não contamos antes?? Eles tem algo contra??
Ucker: Não, pelo contrario, seus pais me adoram e me tem como filho, mas é que agente quis ir com calma.
Dul ouvia aquilo tudo, se sentia um peixe fora d’agua, mas era sobre a vida dela e tinha que procurar saber. Nesse momento o medico entra no quarto dizendo que tem que transferir Dul de quarto pedindo licença a Ucker. Enquanto isso era feito Any bufava na cantina com os outros, e os pais de Dul estavam na sala de espera.
Mari: Eu tinha metido um murro na cara dela, aff!!
Any: Mas eu quis fazer isso, juro, sai de lá pra não fazer uma besteira. (nervosa).
Mai: Calma Any, não fica assim, não vale a pena se estressar por aquele idiota, o importante é que vc e ela se deram bem, mesmo ela não se lembrando de vc.
Mari: Até te deu cantada hem!! (rindo e dando um empurrãozinho nela).
Any: Ah mas aquilo foi na inoscencia. (sorrindo).
Angel: Melhor que nada né. (rindo).
Enquanto todos conversavam, Chris se manteve pensativo, elas perceberam isso.
Any: Chris, ta tão calado, ta pensando em que??
Chris: To preocupado, não quero te assustar Any, mas to com medo do Ucker se aproveitar dessa amnésia da Dul e inventar algo pra ela a favor dele.
Any: Eu sei o que vc ta dizendo, ele já ta aproveitando, chegou beijando ela.
Agora o clima fica tenso ali.
As horas se passaram e Dul já havia sido trocada de quarto, estava reagindo super bem, o medico disse que ela tinha que descansar e que não poderia mais ter visitas, assim todos tiveram que se despedir dela, todos de uma vez, apenas seus pais ficaram ali no hospital, iriam ficar mais um tempo e depois iriam para o hotel descansar. Cinco dias se passaram, depois de ter ficado em observação Dul recebeu alta. Poncho já havia voltado para casa, Any aproveitava quando ele saia pra ver Dul, não podia ficar o tempo que queria, mas pelos menos a via um pouco, e estava muito triste por saber que Dul e Ucker estavam namorando, na verdade não era bem assim, ele mentiu para os pais de Dul assim como mentiu para ela, agora se dizia namorado dela, ela não negava, pois acreditou nele, na verdade como não se lembrava de nada concordava com tudo que a diziam.
Era de manhã quando ela estava saindo do hospital, acompanhada por seus pais, Ucker, Any e todo o resto. Lá fora na hora de seguir para o carro com seus pais e Ucker e ir para casa, mas antes de ir ela quis agradecer a Any, Chris, Mai, Angel e Mari
Dul: Bom gente, finalmente to indo pra casa. Quero agradecer vcs por terem vindo aqui, por terem me acompanhado, infelizmente não lembro de ninguém, mas agradeço o apoio. (ela sorri). Até qualquer hora então.
Ela da um abraço em cada um, todos emocionados, era difícil aquela situação. A ultima a ser abraçada foi Any.
Dul: Obrigado loira, vc é muito bacana, depois agente se vê pra ver a questão da boate lá, afinal sou sua empregada né (rindo).
Any sorri junto, segurando o choro, sua vontade era de abraça-la, beija-la e dizer o quanto a ama e precisa dela.
Any: Não se preocupe com isso Dul, pode descansar o tempo que precisar.
Any não fala muito, sua voz estava embargando e mal saia, era difícil ter que esconder os sentimentos diante de todos ali. Dul da um abraço apertado nela e logo sai com seus pais e Ucker, Any ficou a olhando enquanto andava e caiu em choro, sendo abraçada e consolada pelos outros ali.
Any: O que vai ser de mim agora?? (chorando).
Mai: Calma Any, assim que ela recuperar a memória ela vai dar o pé nesse Ucker ai.
Any: De qualquer jeito to perdida, ela vai se lembrar do que eu fiz e vai voltar a me odiar.
Chris: Any vamos pra casa, é melhor vc descansar agora um pouco.
Any vai para sua casa, todos acompanham ela até lá, ficam um pouco com ela, Poncho logo chega, ficam mais um pouco ali e vão embora.
Poncho: Ta tudo bem amor?? Parece tão abalada.
Any: Ehy só por causa disso tudo que ta acontecendo com a Dul, muito ruim ver uma amiga assim.
Poncho: Nunca vi vc tão preocupada com uma funcionária sua, percebi que vc mudou muito, isso é bom sabia??
Ele sorri e a abraça carinhosamente.
Chegando na porta do edifico do ap de Dul ainda dentro do carro.
Dul: Se vcs não se importam eu prefiro subir sozinha.
Blanca: Mas meu amor, vai ficar sozinha.
Daniel: Não acha melhor agente ir com vc??
Ucker: Eh meu amor, nós ficamos com vc.
Dul meio que se irrita um pouco.
Dul: Gente eu só quero ficar um pouco sozinha comigo mesma, não sou nem uma criança, só não me lembro das coisas.
Blanca se lembra do que o medico disse sobre o excesso de cuidados.
Blanca: Ta bom, desculpa, faça como achar melhor meu amor.
Dul: Obrigado!!
Dul abre a porta e sai, Ucker já ia se mover para dar um selinho nela, mas ela deu as costas e saiu do carro, acenou pra eles e subiu. Ao entrar no edifico passou pelo porteiro e ele a cumprimentou todo animado, mas ela deu apenas um oi, afinal não lembrava dele, andou até parar em frente ao elevador se lembrou que não estava com a chave, e muito menos lembrava qual apartamento era.
Dul: Caramba, e agora??
Ela da meia volta e vai ao porteiro.
Dul: Senhor, eu to com um grande problema, to sem a chave do meu apartamento, e preciso de outra.
Senhor: Claro Dul, eu busco a reserva pra vc.
O porteiro estranhou ela o chamar de senhor já que chegava ali sempre brincado e sorrindo, mas preferiu não se intrometer nem perguntar nada. Logo ele voltou com a chave.
Senhor: Aqui, chave do apartamento 404.
Dul: Obrigado senhor. (sorrindo).
Ela sai repetindo o numero para não esquecer. Depois de pegar o elevador, finalmente chegou ao ap, estava ansiosa para ver seu lar, suas coisas, saber um pouco mais de si mesma, e estava louca pra ficar sozinha, livre de todas aquelas pessoas em sua volta a sufocando. Ela abriu a porta, entrou e a fechou. Olhou em volta e foi andando reparando em tudo, andou pelos cômodos e por ultimo foi para o seu quarto. Ao entrar observou todo também, reparou no porta retrato em cima da cama que Any havia deixado na ultima vez que foi lá e olhou o álbum delas. Ela se aproximou da cama e pegou a foto.
Dul: Eh a Anahí!!
Ela olhou a foto por um bom tempo, pelo jeito da foto imaginou que eram bastante amigas, até foto dela ela tinha em sua casa em um porta retrato, é que realmente tinham uma forte amizade, isso era o que ela imaginava. Achou a foto muito linda e a deixou sobre a cama novamente voltando a olhar tudo. Ao pensar em algo que pudesse ter mais coisas sobre ela, se lembrou de computador, mas lembrou logo em seguida que sua mãe havia dito que no acidente seu celular e Notebook tinham sido destruídos.
Dul: Ah droga, isso me ajudaria tanto.
Ela mexeu em mais algumas coisas ali, mas nada que a ajudasse.
Depois desse dia ela se isolou um pouco, passaram-se três dias e ela não saia muito, ficava em seu ap na maior parte sozinha, depois de sair do hospital e ver todo aquela movimentação, todas aquelas pessoas lá fora, todo aquele mundo do qual ela não se lembrava de nada nem ninguém, se isolou e preferiu ficar sozinha com ela mesma. Any estava sofrendo ainda, todos estavam tristes com a distancia de Dul, mas respeitaram, isso seria algo normal daqueles dias para frente, teriam que deixar o tempo passar e devagar ir reconquistando Dul ela aos pouquinhos. No quarto dia em uma manhã Any estava em sua boate conversando com Angel, olhando alguns papeis em uma mesinha da boate perto do balcão quando Angel viu Dul entrando.
Angel: Any, olha quem chegou aqui.
Any olha pra porta e Dul ia caminhando com uma rosa na mão com um sorriso suave nos lábios. Ela perdeu o ar com aquela cena, ela estava extremamente linda. Mari e Mai estavam na cabine de DJ, Mai olhava alguns equipamentos lá em cima, e assim que Dul chegou desceu com Mari. Dul se aproximou delas e Any se levantou junto com Angel, estava meio nervosa, sentiu um frio na barriga, não esperava Dul aparecer ali assim derrepente, pois ela havia se isolado.
Any: Dul, que surpresa, não esperava vê-la por aqui. (sorrindo boba).
Dul: Eu imagino. (sorrindo). Olá Angel.
Angel: Oi Dul, tudo bem?? (sorrindo).
Dul: Tudo e com vc??
Angel: To bem.
Mai e Mari se aproximaram.
Dul: Oi morenas. (Sorrindo).
Mai: Oi Dul, como vc ta??
Mari: Sumiu em ruiva, não quis mais saber da gente.
Mai da um cutucão em Mari. Dul percebe e ri.
Dul: Eh, me isolei um pouco mesmo, mas resolvi aparecer.
Any: Não sabe como fico feliz com isso, er...quero dizer...nós ficamos feliz com isso.
Dul sorri docemente com esse jeitinho meio atrapalhado de Any ao falar com ela.
Dul: Eu precisava vir, não poderia ir sem me despedir de vcs.
Todas olham atentamente pra ela e Any desfaz o sorriso.
Any: Como assim despedir??
O coração de Any disparou, suas pernas ficaram moles.
Dul: Eu vim me despedir Any, vou voltar pra Cancum.
As meninas ouviram o que Dul disse ficando muito tristes, Any ficou pior ainda, não imaginou que isso fosse acontecer. Ela demora um pouco pra falar, pois a voz não saia, ficou extremamente abalada com a noticia e não sabia como agir, quando Dul se lembrava dela era mais fácil ter certas reações, agora que Dul não se lembra de absolutamente nada fica difícil, pois para Dul ela não passa de uma estranha.
Dul ficou a olhando, estranhou o silêncio dela e das meninas, mas resolveu falar.
Dul: Bem, eu quis vim me despedir antes de partir.
Mari: Mas porque vc vai embora Dul?? Ta tudo aqui, seu trabalho, seus amigos e outras coisas mais.
Dul: Pode esta tudo aqui Mari, mas eu não me lembro de absolutamente nada, eu olho tudo e é tão estranho.
Mai: Mas lá em Cancum vc vai ter a mesma sensação Dul.
Dul: Sim, mas eu morei lá mais tempo do que aqui, maior parte da minha vida foi lá, onde estão meus amigos antigos, minha família, e se eu voltar e voltar a conviver nesse ambiente de novo eu acho que é melhor para eu me lembrar das coisas, das pessoas, junto a minha família, amigos e o Ucker, ficar perto dos meus pais, assim pode ser mais fácil.
Mai: Tipo voltar as suas raízes né??
Dul: Isso, quem sabe eu não recupere a memória mais rápido.
Any ainda estava muda e apenas ouvia elas conversarem, prendendo o choro.
Mai: Mas e agente Dul?? Como fica seus novos amigos??
Dul: Me desculpem, eu não lembro de nada, estou indo embora mas não é que eu não ligue pra vcs, mas pra mim não vai fazer diferença estar lá ou aqui, porque não me recordo de nada, só vou porque acho que lá vai me ajudar a lembrar melhor das coisas, se é que vou mesmo recuperar a memoria.
Dul olha pra baixo e volta a encara-las.
Dul: Agora eu preciso ir.
Mai e Mari começaram a chorar, também não esperavam essa noticia. Any ao vê-las chorar não conseguiu mais prender o choro, Dul lamentava deixa-las assim mas não poderia fazer nada.
Mai e Mari deram um abraço bem apertado nela entre as lagrimas, Dul não chorou, para ela aquilo tudo ainda era muito estranho.
Mai: Vamos manter contato Dul, não vai se esquecer da gente.
Dul: Esquecer não tem como, porque eu já esqueci, não lembro de ninguém. (rindo).
Elas riem, menos Any que estava calada com seu choro.
Dul: Desculpa gente, não resisti e tive que fazer a piadinha. (sorrindo).
Mai: Mas é serio Dul, queremos estar juntos com vc te apoiando, eu não queria que vc fosse embora.
Mari: Nem eu, na verdade ninguém, tem certeza que quer fazer mesmo isso??
Dul: Tenho, vai ser melhor Mari.
Mai e Mari abraçam ela mais uma vez, e combinam de leva-la ao aeroporto. Bastante tristes ela dão uma desculpa que vão arrumar alguma coisa no balcão para deixar Any e ela sozinhas. As duas saem e ficam no balcão observando as duas, enquanto Dul começava a falar.
Dul: Eu não poderia ir sem me despedir de vc Anahí, eu trouxe essa rosa como agradecimento pelo jeito que vc me tratou no hospital.
Dul ergue a mão com a rosa e Any pega limpando as lagrimas.
No balcão:
Mari: Olha só ela dando a rosa pra Any, até sem memória ela é bi, é bi e não sabe. (rindo).
Mai: Deixa de ser besta Mari (rindo) ela ta fazendo uma gentileza.
Mari: Claro, quer encantar a loira.
Mai apenas fica rindo, mas logo as duas voltam a se entristecer pelo fato de Dul esta indo embora.
Any pega a rosa dando um sorriso bem triste.
Any: Vc precisa mesmo fazer isso?? (chorando).
Dul: Preciso!!
Any: E pretende ficar lá permanentemente??
Dul: Não sei, tenho que começar do zero de novo, fazer minha vida, se eu recuperar a memória talvez volte pra cá, eu tive um motivo pra vir pra cá, e um mais forte ainda pra ficar que eu não sei qual e quero muito me lembrar. Mas em todo caso vou fazendo minha vida lá, pode ser que minha memória não volte.
Any não agüenta e cai em prantos, Dul fica assustada com o estado dela, Any a abraça bem apertado pedindo pra ela ficar.
Any: Não vai Dul, fica aqui comigo. (chorando).
Dul não entende nada, ela sabia que tinha amigos ali, que pelo que ela percebeu todos gostava muito dela e ela deles, mas o estado de Any a impressionou, assim ela ficou sem saber como agir.
Dul: Eu não sei o que dizer.
Dul olhou pra Mai e Mari no balcão como quem buscava uma resposta, mas as duas não sabiam como agir também diante daquela situação, na verdade não tinha o que se fazer, falar a verdade toda pra Dul só ia deixar mais confusa e pior do que ela já tava. Mesmo com toda sua dor ela se recompôs antes que falasse o que não devia, ainda não era a hora, ela se preocupava com Dul, e com essa perda de memória tinha que ter cuidado em como agia na frente dela, tinha que ser forte e mais do que nunca esperar. Ela foi engolindo o choro e saiu do abraço secando as lagrimas.
Dul: Pelo visto éramos bem amigas.
Any: Desculpa Dul, não quero te assustar, só não queria que fosse. (marejando os olhos).
Dul: Ei, eu vou embora mas ninguém vai morrer, agente vai se falar, me da seu telefone.
Any sorri, mas naquele sorriso não havia felicidade alguma. Para Dul era um novo recomeço, então quem ouvia ela dizer parecia ser bem fácil, mas não era, Any não sabia como seria ficar assim tão distante dela, mas infelizmente não tinha nada que poderia ser feito, pelo menos agora, contar tudo a Dul só pioraria a situação, ainda mais que poucas pessoas sabiam delas, ela teria que se calar e assistir a tudo mesmo que seu coração se partisse em mil.
Dul já estava atrasada e precisava ir. Any não conseguiu falar mais nada, o que ela queria dizer não podia, apenas abraçou Dul por um bom tempo chorando, Dul estava completamente perdida e confusa com aquilo tudo, depois de um certo tempo Any não agüentou mais e saiu para seu escritório e se trancou lá chorando feito uma criança, estava inconsolável. Dul foi embora.
Horas e horas depois Any ainda estava no seu escritório, passou a tarde toda trancada lá e não iria ao aeroporto com Mai, Angel, Mari e Chris porque sabia que não iria agüentar ver ela ir embora, sabia que era demais pro seu coração e todos iam perceber seu estado, preferiu ficar lá e não se despedir, se isolou no seu escritório e não abriu a porta pra ninguém, nem pra Mai.
Por fim todos foram se despedir de Dul no aeroporto, muito preocupados com Any, mas ela não quis falar com ninguém e não sobrou outra alternativa a eles a não ser ir sem ela. Foi uma despedida triste, não para Dul que não se lembrava de nada mesmo, mas sim para os outros, mas era um momento de calma, paciência e saber esperar, com o tempo as coisas seriam resolvidas, era o que pelo menos todos esperavam.
Autor(a): ChristianCaio
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 49
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flavianaperroni Postado em 29/11/2015 - 03:41:47
Ei por que parou de postar??? por favor me diz que não abandonou a web,não faz isso comigo não menino.
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lifeoflola Postado em 04/11/2015 - 01:30:53
Omg. Eu sou apaixonada nessa fanfic.
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flavianaperroni Postado em 23/09/2015 - 22:32:30
VOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOLLLLLLLLLLLLLLLTTTTTTTTTTTTTTTTAAAAAAAAA A por favor
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Tita Postado em 15/09/2015 - 21:16:36
volta por favor
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isabelaaa Postado em 20/08/2015 - 02:39:56
continua a postar, por favor! :(
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lane_cabello__ponny_perroni Postado em 07/08/2015 - 14:48:23
Boa tarde! Eu sou a autora dessa fic, postei ela na AyD no orkut, em 2009/2010. Tenho os direitos autorais dela. Eu era a Ponny Perroni lá. E inclusive tem outra fic minha aqui, sendo postada por outra pessoa sem minha autorização. No qual pedi a pessoa que excluisse a fic. Espero que coloque os créditos, se não irei denunciar. Só vou permitir que continue sendo postada, pq vc pediu ai que se a autora aparecesse era pra se manifestar, teve esse respeito, e pelas leitoras tb, pra não ficarem na mão. Mas assim que acabar a fic, pessoa que exclua ela, por favor. Obrigada!!
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polianaportinon Postado em 27/07/2015 - 18:48:57
Ok, ok,ok eu já estou em crise! Cada você?!?!?! ;(((((((
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carine_s. Postado em 25/07/2015 - 04:22:46
Leitora nova. Tô amando a fanfic, continua
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luccaportirroni Postado em 23/07/2015 - 22:59:36
Hooooo cade tu cara poh
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flavianaperroni Postado em 22/07/2015 - 18:40:21
Não para ai não,por favor,qualé to curiosa,quero saber se a Dul vai tocar nesse evento e deixar a Annie