Fanfic: Casanova AyD - *Repost* | Tema: portinon, AyD
Enquanto Zoraida saiu Dul ficou pensando nas lembranças que teve com Any, dos beijos ficando mais confusa ainda, a assustou saber que teve algum tipo de relação com ela além de amizade, e também estava impressionada com as lembranças que teve de Ucker, mas como sua cabeça doía muito e não conseguia falar muito achou melhor deixar pra perguntar pra Zoraida sobre isso no outro dia quando estivesse melhor. Logo Zoraida voltou com a bolsa de água quente e a entregou, Dul colocou na cabeça.
Dul: Será que vai adiantar algo??
Zoraida: Não sei amiga, já vi isso em novelas (rindo) tomara que funcione.
Dul sorriu.
Dul: Vc anda vendo muita novela sabia??
Zoraida riu.
Zoraida: Acho que quer descansar e dormir né?? Tem certeza que vai ficar bem?? Não quer que eu fique por aqui??
Dul: Não precisa Zori, obrigado, qualquer coisa eu grito.
Zoraida: Ta bom, to aqui do lado hem, grita mesmo sja que hora for, dorme bem amiga, boa noite!!
Dul: Vc também, boa noite!!
Zoraida deu um beijo na cabeça de Dul de leve e saiu apagando a luz.
No outro dia ela acordou as 10:30 com seu celular tocando, sua cabeça havia parado de doer, se levantou vendo que o sol estava forte.
Dul: Porra, já ta tarde.
Rapidamente ela pegou o celular no bolso da sua calça em cima de uma cadeira no quarto vendo que era sua mãe, logo olhou que horas eram.
Dul: Caralho, perdi a hora, não fui pra faculdade, não avisei nada em casa que ia dormir fora, to fudida.
Ela atende o celular já esperando um baita chingo da sua mãe.
Dul: Oi mãe. (com voz de sono).
Blanca: Dulce Maria, onde vc está??
Blanca falava bastante brava e muito preocupada.
Dul: Calma mãe, to bem, to na casa da Zori.
Blanca: Dormiu ai??
Dul: Sim!!
Blanca: Mas vc é uma irresponsável Dulce Maria, como sai e não avisa que vai dormir fora, deixa agente preocupada aqui sem saber de nada e não atendia esse celular, depois vc fala que seu pai é chato.
Dul: Eita, calma, não precisa ficar assim.
Blanca: Não precisa?? Vc acha pouco o que vc fez??
Dul: Desculpa, eu perdi a hora.
Blanca: Perdeu a hora?? Desculpa?? Dulce Maria vc já esta com 23 anos, prestes a fazer 24 em poucos meses, já é uma mulher e se comporta como uma adolescente.
Blanca falava bastante nervosa e irritada do outro lado da linha e Dul falava devagar tentando acalma-la, mas ela estava uma fera e não seria nada fácil fazer isso.
Dul: Pois é, se sou uma mulher porque me trata como uma adolecente então?? Eh a senhora que ta me tratando como tal.
Blanca: Eu??
Dul agora se irritou.
Dul: Sou mulher né?? Então sou bem grandinha e não preciso ficar dando satisfações dos meus passos.
Blanca: O problema é vc não ter avisado nada Dulce, só isso, essa irresponsabilidade.
Dul fica calada nesse momento, ela sabia que sua mãe tinha razão, não voltar pra casa e não dizer nada realmente não era certo.
Dul: Olha mãe, eu to indo embora ta?? Ai agente conversa direito, não vamos ficar discutindo por telefone, já chego ai.
Blanca: Acho bom mesmo!!
Blanca estava tão irritada que desligou o telefone em seguida, Dul apensa olhou para o celular vendo o que ela fez.
Dul: Hoje eu vou ouvir o dia inteiro.
Ela respira fundo se jogando na cama.
Dul: Saco!!
Dul se levantou, vestiu sua roupa e Zoraida chegou no seu quarto, a porta estava aberta.
Zoraida: Epaaaaaaa delicia, assim te agarro hem.
Dul sorriu e Zoraida se aproximou dando um beijo em sua bochecha enquanto ela ajeitava sua blusa para vestir.
Dul: Sua safada!! (rindo).
Zoraida: Como ta minha ruiva?? E a cabeça??
Dul: To bem Zori, passou a dor, mas o que vem agora pela frente será pior.
Dul veste sua blusa e começa a ajeitar seus cabelos enquanto conversa.
Zoraida: Porque??
Dul: Minha mãe ligou e ta uma fera, perdi a hora, não avisei em casa que ia dormir fora e ainda faltei a facul, vão me encher o saco.
Zoraida: Iiihh, fudeu, seu pai tava com ela??
Dul: Acho que não, deve ter ido trabalhar.
Zoraida: Caralho, eu o conheço, se prepara amiga, vai encher seu saco, ainda mais que vc não foi pra faculdade, isso é o fim do mundo pra ele, se ele perceber que vc anda pouco se lixando pra faculdade a casa cai.
Dul: Eh tão importante assim eu fazer essa faculdade pra ele??
Dul terminou de se arrumar e Zoraida que ainda estava de pijama, uma calça moleton e uma camisetinha foi andando com ela pra cozinha pra tomarem café.
Zoraida: Eh o sonho dele que vc seja medica.
Dul: Isso eu sei, mas ele exagera tanto assim??
Zoraida: Senta ai que vou preparando o café e vou te contando.
Dul: Eu te ajudo.
Zoraida: Não precisa Dul, faço rapidinho.
Zoraida começou a prepara as coisas enquanto falava com Dul, que ficou sentada atenta a tudo que ela ia contando.
Zoraida: Vc nunca quis fazer facul de medicina e nunca aceitou deixar de fazer o que gosta pra agradar ele, sei irmão sim, fez o que seu pai quis, é meio que submisso a ele sabe, já vc não, bateu de frente com ele que ia ser DJ e por isso saiu de casa.
Dul: Serio??
Zoraida: Sim, ele não suportava a ideia de vc ser DJ Dul, queria a todo custo que vc fizesse medicina e não entendia que vc não queria, que tem vontade própria e seus próprios sonhos.
Dul: E ai??
Dul falava curiosa.
Zoraida: Bom, vc nunca se deram muito bem porque vc nunca fazia o que ele queria, vc tem o gênio muito forte Dul, tem muita personalidade e não abria mão de ser feliz pra fazer a vontade de seu pai, e ele muito ignorante não respeitava suas vontades, fez vc escolher entre ele e seus sonhos.
Dul: E eu escolhi meus sonhos certo??
Zoraida: Sim, seu jeito aventureira de trabalhar na noite, ser uma DJ não agradava ele. Enfim, por vc não fazer a vontade dele de fazer medicina e preferir ser um DJ, ele disse que vc poderia ser DJ, mas que não ia ter nem uma ajuda dele e ia ter que se virar sozinha com seu próprio trabalho de DJ, que era o que vc tanto queria.
Dul: Não acredito que ele era assim, vejo que não o conheço.
Dul ficou decepcionada ao saber dessas coisas.
Zoraida: Quando vc recuperar sua memória vai lembrar de tudo e intender melhor o que to te dizendo.
Dul: E porque ninguém me falou nada disso antes??
Zoraida: Estavam aproveitando da sua falta de memória pra manipular vc e fazer a vontade deles, te transformar em uma Dulce que vc nunca foi, mas que eles queriam, e nós seus amigos não falávamos nada porque vc não acreditaria, assim como não acreditou quando eu disse sobre Ucker.
Dul: E minha mãe, não faz nada??
Zoraida: Eh outra submissa a ele Dul, assim com seu rimão, só vc que não, por isso é a ovelha negra da família. (rindo).
Dul: Não posso crer nisso cara, que decepção hem.
Zoraida: Não fica assim Dul, vc sempre foi feliz e nunca dependeu de ninguém pra isso.
Dul: Ae Zori, tem uma coisa pra te contar e perguntar.
Zoraida: Sobre o que Ucker fez ontem na boate?? Ele é daquele jeito mesmo.
Dul: Não, aliás, é também sobre isso. Eu me lembrei o porque terminamos e da vez que o trai na boate e ele viu, lembrei de tudo.
Zoarida: Serio?? (sorrindo) aleluia senhor, agora sabe que ele não presta.
Dul: Outras coisas não lembro, só da nossa briga e daquela noite, o porque o trai.
Zoraida: Pelo menos desse mal vc não vai sofrer mais.
Dul: Que mal??
Zoraida: Ucker né, ninguém merece!!
As duas sorriem.
Dul: Tem mais outra coisa.
Zoraida: Se lembrou de mais algo??
Dul: Da Any!!
Zoraida parou o que tava fazendo.
Zoraida: Opa, isso é interessante, se lembrou do que??
Dul: Não sei bem, foi de uns beijos, agente se beijando, quando tava beijando a Pietra veio os fleches na cabeça, o que eu tive com ela??
Zoraida demora a responder, não sabia o que falar, contava tudo ou não contava, estava na hora?? Seria bom ela saber de tudo mesmo sem se lembrar?? Dul precisava perdoar Any pelo que ela fez em relação a gravidez, e se Dul soubesse disso agora sem lembrar de nada talvez nem quissesse mais falar com ela, assim como não ha lembranças também não ha sentimentos, Zoraida fica travada sem saber o que dizer.
Dul: Fala Zori, ela não é casada?? Não entendi.
Zoraida: Er...bem...tem certeza que era ela??
Dul: Absoluta, aqueles olhos e aquela boca, com certeza era ela, vi o rosto dela perfeitamente bem.
Zoraida: Não sei Dul.
Zoraida acha melhor dizer nada, ia se enrolar toda e com certeza Dul ia querer saber da historia toda, ela preferiu falar com Chris antes pra saber que decisão tomar, já que ele viu tudo acontecer de perto.
Zoraida: Como vc disse, foram uns beijos, devem ter se pegado.
Dul: Mas ela é casada. (arregalou os olhos).
Zoraida: Sim, mas sei lá, vai que ela tava brigada com ele, ou tinham se separado temporariamente.
Zoraida voltou a fazer o café sem saber como agir.
Dul: Porque eu acho que vc ta me escondendo algo?? (desconfiada).
Zoraida: To escondendo nada, agora me diz, o que essas lembranças trouxeram??
Dul: Não sei, mas nos fleches que tive eu parecia tão afim dela, sei lá, rolava uma ligação ali tão forte.
Na capital:
Any caminhava pelo corredor sentindo fortes dores procurando por Poncho, que foi buscar um suco pra ela que estava deitada em seu quarto, as dores da noite passada não haviam passado, só pioraram, ao não agüentar mais se levantou da cama indo a procura de Poncho.
Any: Poncho, Ponchooooo.
Ela sentiu algo e parou de andar, olhou para baixo e estava toda molhada, sentiu que sua bolsa havia estourado.
Any: Ai meu Deus, vai nascer, Ponchoooooooooo. (gritou o nome dele).
Em segundos ele apareceu ali correndo.
Poncho: Que foi Any, o que meu amor??
Any: Vai nascer, nossa Angélica ta vindo ao mundo Poncho.
Poncho: Agora??
Poncho ficou nervoso, feliz, desesperado, tudo ao mesmo tempo.
Poncho: Mas agora?? (nervoso).
Any tinha uma mão escorada na parede e a outra em sua barriga pelas fortes dores que sentia.
Any: Como assim agora Poncho??
Any o olhava com cara de dor, e nervosa.
Poncho: Desculpa amor, fiquei nervoso, calma.
Poncho se acalmou, ou melhor, tentou, apoiou Any nele e a levou até a sala a sentando no sofá.
Poncho: Fica ai que já volto, vou pegar as suas coisas e as da Angélica.
Poncho saiu correndo deixando Any na sala se contorcendo de dor, dizendo pra ele andar rápido. Assim ele fez, entrou no quarto deles, pegou as coisas de Any e da Angélica que estavam arrumadas, pois sabiam que a qualquer momento a filha viria ao mundo. Por fim já estavam no carro e Poncho saiu apressado, a cada gemido de Any ele ficava mais nervoso, preocupado com a esposa e louco para a filha nascer logo, ele ia meio que correndo o que causava um pouco de medo em Any.
Any: Poncho, devagar se não ao invés de um nascimento vai ter morte!! Eu quero conhecer a minha filha sabia??
Any tinha a mão em sua barriga e a outra ela apertava o banco do carro com dores, não via a hora de chegar ao hospital e aquilo tudo passar, além da ansiedade de conhecer o rostinho da filha.
Poncho: Calma Any, ta tudo sob controle, também não podemos demorar.
Any estava prestes a dar a luz, ela estava emocionada, sempre quis ser mãe, mas na hora certa e com tudo planejado. Não estava sendo como exatamente ela sonhou, seu casamento não é mais um casamento, não ama o pai da sua filha e o vazio que Dul deixou indo embora fez sua vida perder a graça e um pouco do sentido, mas com o nascimento da filha ela sabia que daria um novo significado a sua vida, só mesmo essa criança conseguiu dar forças para ela seguir em frente, se não nem ela mesma sabia o que seria da sua vida, e não podia deixar de desejar que Dul estivesse ali com ela naquele momento, era imposssivel não pensar nela e não imaginar ela ali ao seu lado, em como seria.
Em Cancun:
Depois de tomarem café e Zoraida fugir do assunto de Any com Dul, a ruiva se despede da amiga e vai para casa, no caminho se preparava, pois sabia que o que viria pela frente não seria nada fácil. Pra falar a verdade ela não estava com a mínima vontade de voltar para sua casa, mas tinha que enfrentar a realidade. Durante todo o caminho foi pensando em tudo que Zoraida falou de sua família, do comportamento do Ucker furioso e nas lembranças que teve de Any, as imagens dos beijos não saiam de sua cabeça, a deixando mais confusa do que já estava.
Voltando a Capital:
Poncho deu entrada no hospital com Any, trataram de leva-la para a sala de parto e começaram a prepararem tudo para o parto. Enquanto isso Poncho foi tratar da internação dela, de toda a papelada. Assim que acabou ligou rapidamente para Chris avisando o que estava acontecendo e pediu que ele avisasse a todos e desligou, estava bastante nervoso, ele queria ver o parto, mas sabia que não agüentaria e preferiu aguardar do lado de fora. Any então entrou em trabalho de parto, medico e enfermeiras a sua volta, e ela fazendo força, gemendo de dor com o rosto suado pelo esforço que fazia, e apertando com força a cama para sua filha sair.
Em Cancun:
Dul chegou de taxi em sua casa e quando entrou por fim, seu pai e sua mãe a esperavam sentados no sofá da sala, pela cara dos dois a conversa seria bem longa e nada boa. Ela fechou a porta e andou para perto deles, antes de abrir a boca seu pai começou a falar.
Daniel: Onde vc estava Dulce Maria?? (bastante serio).
Dul: Eu to bem, obrigado!!
Dul disse isso e caminhou um pouco mais, passando por seu pai e indo para o outro lado, os dois se viraram ficando em sua frente. O jeito de Dul responder era exatamente igual antes dela perder a memória, o que já irritou seu pai. Esse ar debochado dela sempre o irritou, o que contribuiu mais para a sua raiva naquele momento.
Daniel: Voltou as suas irresponsabilidades?? Saiu em pleno dia de semana, faltou a faculdade, dormiu fora e não avisou nada.
Daniel agora se mostrava mais irritado.
Dul: Eu já expliquei a mamãe o que aconteceu, e vou explicar mais.
Daniel: Explicar o que?? Não venha com desculpas Dulce Maria!!
Blanca: Calma Daniel, eu já dei uma bronca nela.
Daniel: Vc, mas eu não, ela tem que me ouvir, as coisas não são assim.
Dul já começava a ficar nervosa, ela sabia que tinha sido irresponsável em dormir fora e não avisar, mas também não era para tanto, depois que ela voltou para casa deles foi a primeira vez que ela fez algo assim, mas também sabia que seu pai estava exagerando. Dul podia fazer qualquer coisa, mas quando fazia algo que comprometesse a sua faculdade ele se irritava bastante, e para ele o fato dela sair na noite atrapalha seus estudos.
Dul: O senhor não acha que já ta exagerando??
Blanca: Filha, não vai querer discutir com seu pai, por favor, não começa.
Blanca falava meio aflita, ela sabia que quando os dois batiam de frente a coisa era feia, e como sempre foi submissa ao seu marido, sempre se calou para ele, achava que Dul deveria fazer a mesma coisa para não causar brigas.
Daniel: Dulce, vc tem que levar essa faculdade a serio, quer ou não quer ser uma medica de sucesso como seu pai?? Se ficar na noite com esses seus amiguinhos não vai levar vc a lugar algum.
Dul: Isso tudo porque dormi uma noite fora e faltei essa maldita faculdade. E respondendo a sua pergunta, eu nunca quis fazer essa droga de faculdade mesmo, com memória o sem memória não me agrada.
Blanca olhava Dul com olhar de suplica para se calar.
Daniel: Maldita faculdade?? Droga de faculdae?? (se irritando mais).
Dul: Quer saber pai, porque ta furioso assim??
Daniel: Porque vc é uma irresponsável, sempre foi, só quer saber de festa, de viver na noite. Vc sabe que odeio quando não leva sua faculdade a serio Dulce Maria, eu quero dar uma vida pra vc e vc não quer, trata como se fosse nada.
Dul: Porque ta falando assim comigo?? O que eu fiz demais?? Desde que eu voltei pra cá fiz tudo como o senhor quis, ontem foi a primeira vez que sai na noite sozinha. Porque ta nervoso assim??
Daniel ouviu aquilo e ficou quieto, se calou, estava tratando Dul como se ela não estivesse sem memória, se conteve um pouco.
Dul: O que foi?? Não to sendo a Dulce perfeitinha que vcs tanto queriam?? O que foi papai?? Ta com medo de eu ter me lembrado quem realmente sou??
Daniel: O que quer dizer com isso??
Dul: Nada!!
Blanca: Se lembrou de algo??
Dul: Porque a pergunta??
Daniel: Se lembrou Dulce?? (preocupado).
Dul: Não precisa ficar com medo papai, ainda não, ta preocupado se vai poder continuar me manipulando??
Dul falava bem irônica. Dul sempre foi super sincera, nunca se calou diante de ninguém, o que ela tinha pra falar ela falava, se fosse por algo certo e justo, ela falava mesmo. Caso contrario sabia ficar calada e respeitar os outros. Ia continuar a falar mas uma forte pontada de dor em sua cabeça a fez calar, ela levou a mão a cabeça sentindo dor.
Dul: Ai...
Blanca: Filha!? (preocupada).
Dul se queixou de dor e Blanca a segurou enquanto Daniel observava começando a se preocupar.
Blanca: O que ta sentindo filha??
Dul sentiu uma dor forte, a mesma dor de sempre, que sentia toda vez que se lembrava de algo e foi o que aconteceu, fleches de brigas com seu pai vieram a sua mente, se recordando de vários momentos ali com ele e sua família, sua cabeça foi ficando confusa com tanta informação e lembranças, a dor aumentou, um turbilhão de lembranças invadiram a sua mente, se sentiu tonta, até que desmaiou sendo aparada pela mãe e pelo seu pai.
Daniel: Filha!?
Blanca: Ai meu Deus!!
Daniel e Blanca deitaram Dul no sofá e logo ele começou a examina-la. Como era medico sabia como agir nesse momento.
Na capital:
Mai, Angel e Chris chegaram juntos ao hospital ansiosos e nervosos também, querendo saber noticias de Any e da criança, na sala de espera Poncho andava pra lá e pra cá nervoso e só parou porque os viu.
Mai: E ai Poncho, já nasceu??
Chris: Como ela está??
Angel: Fala Poncho!!
Poncho: Calma gente, assim fico mais nervoso, ela ta em trabalho de parto ainda.
Poncho passou as mãos nos cabelos e respirou fundo tentando se acalmar, suas mãos suavam.
Mai: Calma, vai dar tudo certo, daqui a pouquinho já vamos conhecer a nossa pequenininha.
Enquanto aguardavam ficaram conversando e faziam perguntas a Poncho do tipo, que horas ela começou a sentir dor, essas coisas. Já em Cancun Dul não acordou e Daniel ao examina-la viu que tinham que leva-la ao hospital urgentemente. Ele era cardiologista, sua especialidade não era neurologia, os primeiros passos para se socorrer a alguém ele fez e sabia perfeitamente bem como agir, e claro que entendeu muito bem que o desmaio de sua filha foi bem serio.
Daniel e Blanca seguiram para o hospital levando Dul, ela permanecia desmaiada, Daniel dirigia apressado preocupado com sua filha, Blanca ia no banco de trás com Dul deitada sobre ele e com a cabeça de Dul em seu colo, ela estava aflita, a discussão dela com seu pai já a tinha deixado nervosa, e agora esse desmaio a deixou pior ainda, Dul não acordava de jeito nem um, já com os olhos marejados e o coração apertado e acelerado em seu peito ela não tirava os olhos da filha, acariciava seu rosto.
Blanca: Daniel, o que ela tem??
Daniel: Não sei Blanca, ela desmaiou, isso vamos saber no hospital.
Daniel dirigia nervoso.
Blanca: Mas como não sabe?? Vc é medico ou não é??
Blanca começou a ficar fora de si, se acontecesse algo com sua filha ela entraria em desespero.
Daniel: Eu sou medico sim, mas nas condições que ela está só no hospital para examina-la melhor, vc sabe disso.
Blanca: Ta vendo o que vc fez?? Ela ta assim por causa daquela briga de vcs.
Daniel: A culpa não é minha!!
Blanca: Não é?? Ela ta assim por causa desse seu jeito egoísta, quer que ela faça tudo o que vc quer.
Blanca ficou tão fora de si pelo nervosismo e medo de que tivesse acontecido algo mais serio com Dul que começou a discutir com Daniel, nem estava se dando conta das palavras que dizia a ele, em anos de casamento nunca o enfrentou assim, dessa forma.
Daniel: Mas o que esta havendo com vc?? Nunca me disse esse tipo de coisas, vc acha que não to preocupado com ela também??
Daniel dirigia e as vezes, enquanto falava, olhava no retrovisor para Blanca durante essa discussão, em uma dessas estava ultrapassando o sinal vermelho sem ver, só se deu conta quando ouviu uma busina bem alta e uma freiada de carro, assim instintivamente fez o mesmo freiando com força. Lá fora o motorista do carro já tinha colocado a cara pra fora da janela e gritava.
Motorista: Ta louco?? Seu irresponsável, quer matar alguém??
O motorista gritou nervoso e as pessoas na rua que passavam por ali pararam observando e assustados com a cena, os carros pararam também e agora se ouvia varias businas e gritos. Daniel se desculpou de dentro do seu carro mesmo e seguiu apressado e nervoso, agora mais ainda pelo quase acidente, Blanca estava no mesmo estado, ambos estavam trêmulos e assustados.
Daniel: Meu Deus, quase bati o carro, ta vendo Blanca, vc fica ai discutindo comigo.
Blanca: Para de falar então e dirige apenas essa droga de carro!!
Blanca se encontrava em um estado total de nervos.
Na capital:
Poncho roia as unhas enquanto andava de um lado pro outro nervoso aguardando por noticias de sua esposa e filha.
Chirs: Poncho se acalma, assim vai fazer um buraco no chão de tanto que anda pra lá e pra cá. (rindo).
Poncho: To nervoso cara, ninguém da noticias.
Mai: Calma Poncho, já já alguém aparece.
Na sala de parto, depois de tanta dor e esforço finalmente Angélica vinha ao mundo, Any escutou o medico dizer: Ta saindo!!
Ela sentiu isso, e pouco segundos depois ela ouviu a coisa mais perfeita que ela ouviu até hoje, o choro da sua filha, escutou a voz da pequena nesse choro. Ela abaixou a cabeça a encostando na cama e sorriu, estava aliviada que aquela dor e esforço todo passou, e emocioanada com o choro da filha, finalmente ela ia conhecer o rostinho dela, sorrindo ela fechou os olhos e as lagrimas desceram pelos cantos dos seus olhos e rapidamente ela os abriu, olhava ansiosa e o que mais queria era vê-la e a pegar nos braços. O medico fez aquilo que todo medico faz quando um bebê nasce e entregou a criança agasalhada a enfermeira que levou para Any, a loira não cabia em si de felicidade, seus olhos voltaram a marejar e estendeu os braços sorrindo pegando sua filha pela primeira vez no colo. Ela sorriu mais, emocionada começou a chorar, olhou o rostinho da filha, ela era linda, tinha os olhos azuis como os seus, havia nascido com bastante cabelo, eram castanhos, nem loiros, nem pretos, a pele clarinha, e apesar de tão pequenininha não dava pra deixar de ver e negar que a boca era bem parecida com a sua.
Lá fora Poncho e os outros receberam a noticia de que sua filha havia nascido e que passava muito bem, assim como Any.
Poncho: Nasceu, nasceu cara!!
Poncho sorria bobo e abraçou Chris, que o abraçou do mesmo jeito e sorria feliz, Mai e Angel se abraçaram também comemorando o parto bem sucedido, logo depois abraçaram Poncho também o felicitando. Todos estavam loucos para ver Any e a pequena.
Em Cancun:
Daniel e Blanca deram entrada no hospital com Dul, a levaram para examina-la e Daniel foi junto, já que ela trabalhava ali tinha acesso como queria. Blanca ficou na sala de espera aflita aguardando. Ficou pensando porque Dul desmaiou daquele jeito, resolveu ligar pra Zoraida, já que ela esteve com ela na ultima noite, e assim saberia se fez algo que pudesse ter haver com o desmaio dela. Após a ligação Zoraida correu pro hospital, Blanca tentou falar com Ucker mas não conseguiu, ligou para a casa dele e disseram que ele havia ido a sua casa ver Dul, também ligou no celular dele mas estava desligado. Os médicos examinaram Dul, iam fazer alguns exames e depois de usarem seus métodos ela acordou devagar. Abriu os olhos as coisas estavam meio embaçadas e logo voltou a enxergar normalmente, estava um pouco zonza, e viu que seu pai estava ali no quarto conversando com o medico e uma enfermeira a olhando.
Enfermeira: Ela acordou.
Seu pai correu para perto dela e o medico o acompanhou.
Daniel: Filha, como se sente??
Dul: Um pouco zonza, mas bem, onde eu estou??
Dul estava meio perdida por causa do desmaio.
Lá fora Zoraida chegou apressada e logo abraçou Blanca.
Zoraida: Como ela está tia??
Zoraida chamava ela assim carinhosamente, Blanca a adorava, Daniel não tinha tanto carinho assim por ela, mas a tratava bem.
Blanca: Não sei Zori, ela discutia com o pai, vc sabe como são as discussões deles, ai ela sentiu uma forte dor de cabeça e desmaiou.
Zoraida: Dor de cabeça, ai meu Deus!!
Blanca: O que foi Zori, parece que sabe de algo, a Dul fez algo ontem que possa ter ajudado nesse desmaio??
Zoraida: Não tia!!
Zoraida ficou preocupada e sem saber se contava dos fleches de lembranças que Dul estava tendo, pensou um pouco e viu que seria melhor dizer a verdade, poderia acontecer algo de mais grave com ela e se os médicos souberem da verdade facilitaria.
Zoraida: Tia, ela andava sentindo umas dores de cabeça, e nessas dores de cabeça...ela...
Zoraida demorou a falar deixando Blanca mais aflita ainda.
Blanca: Fala Zori!!
Zoraida: Tia ela tava recuperando a memória, estava se lembrando de algumas coisas, ela estava tendo uns fleches, e junto com eles sempre vinham umas dores de cabeça fortes.
Blanca: Meu Deus, e porque não nos falaram nada??
Zoraida ia responder quando foi interrompida por uma enfermeira avisando que Dul tinha acordado e que poderiam ir vê-la. Blanca e Zoraida acompanharam a enfermeira até o quarto de Dul, lá Blanca daria continuidade a conversa delas.
Blanca: Filha, como vc está??
Blanca andou até a filha segurando sua mão, a olhava se certificando se ela estava mesmo bem.
Dul: To bem mãe, calma!!
Zoraida: Ta bem mesmo Dul?? Que susto cara!!
Logo depois cumprimentou Daniel e o médico.
Dul: To bem gente, foi só um desmaio.
Daniel: Nada disso, vamos fazer alguns exames pra ver direito que dor de cabeça é essa que deu em vc no seu desmaio.
Blanco: Falando e dor de cabeça, Dul que historia é essa de que vc esta recuperando a memória??
Daniel ficou surpreso, e Dul logo olhou para Zoraida, ela era a única que sabia disso, então só poderia ter sido ela quem contou.
Zoraida: Amiga, não me olha assim, é que eu fiquei tão preocupada com seu desmaio, e o estado que a tia tava, achei que era muito serio e acabei falando pra ela, não podia esconder isso, isso ajudaria os médicos.
Dul não gostou muito, pois não queria que seus pais, e principalmente seu pai soubesse disso agora. Mas ela entendeu a preocupação da amiga e o motivo pelo qual falou.
Dul: Mas vc hem Zori!! Tudo bem, eu entendo seus motivos, fica tranqüila.
Zoraida: Desculpa mesmo amiga!!
Daniel: Desculpas nada, como assim vcs esconderam uma coisa seria dessas??
Dul: Já vai começar!!
Blanca: Filha não começa, olha seu estado.
Dul: Eu já disse que to bem mãe, e olha só pai, antes que vc venha crucificar a Zori a culpa não é dela ta?? Eu a pedi que guardasse segredo, a culpa é toda minha e não bota ela no meio disso.
Daniel: Não to botando a culpa em ninguém Dulce, mas vc não podia ter nos escondido isso, é muito importante pra sua recuperação.
O medico entrou na conversa, pra ver se acalmava os ânimos ali.
Médico: Desde quando isso começou Dulce??
Dul: Eu posso pedir um favor a vcs??
Blanca: Claro filha!!
Dul: Não to afim de falar isso aqui, vamos pra casa e depois nós conversamos sobre isso.
Daniel: Nada disso, vc vai fazer seus exames antes de ir para casa.
Dul: Eu posso até fazer os exames, mas me recuso a falar desse assunto agora.
Daniel: Filha não comece agora com suas birras por favor, vc tem que ajudar, tem que dizer tudo pra ajudar na volta da sua memória, é sua saúde que esta em jogo.
Dul: Não vou falar nada sobre isso aqui, se querem que faço os exames faço, fora isso não contem comigo!!
Blanca: Minha filha, ajuda meu anjo!!
Dul: Gente por favor, é só isso que peço, depois falo tudo que vcs quiserem saber, mas não queroa falar agora, eu só quero ir para casa.
Daniel respirou fundo, ele conhecia perfeitamente bem a filha, sabia que ela não ia se render e aceitou o pedido dela. E assim seria, Dul daria inicio a alguns exames e logo depois iria embora para casa. Antes de começar ela falou baixinho pra Zoraida que tinha algo muito importante para conta-la, mas que ficasse quieta que mais tarde quando saíssem do hospital a contaria tudo, Zoraida concordou ficando muito curiosa pra saber o que era.
Na capital:
Any havia saído da sala de parto e já estava em um quarto amamentando sua filha, sorria toda boba a olhando. Enquanto ela mamava tranquilamente, Any ia reparando cada pedacinho dela, apesar de ter saído com a boca e olhos bem parecidos com os seus, ela também lembrava Poncho, as sombracelhas e as mãos, tinha uma pintinha em um dos dedos assim como o pai, Any sorriu ao reparar isso. No meio dessa felicidade toda de ter sua filha em seus braços Dul estava ali, presente em seus pensamentos, como queria ela ali do seu lado mimando sua filha.
Any: Se vc não tivesse aqui comigo filha, mamãe morreria sabia?? Só vc pra me dar forças pra viver sem a Dul, eu vou viver pra vc e na espera de que um dia ela volte para mim, tudo que eu fizer é pra vc e por vc agora, vou te proteger de tudo e todos minha pequena.
Any acariciava o rostinho da filha e deu um beijo em sua testa.
Any: Será que um dia eu vou ter as duas mulheres da minha vida juntas comigo??
Any voltou a observar a filha imaginando o que Dul acharia dela, foi interrompida por seus pensamentos quando Poncho, Chirs, Mai e Angel entraram no quarto. Poncho mais bobo do que nunca foi até ela e sua filha. Ele sorria bobo de orelha a orelha.
Poncho: Como vc está Any?? (beijou sua testa).
Any: Bem, olha como ela é linda Poncho. (sorrindo).
Poncho: Eh perfeita nossa pequena. (emocioando com os olhos marejados).
Any: Segura ela!!
Poncho todo bobo e meio desajeitado a pegou no colo.
Chris, Mai e Angel se aproximaram mais olhando o rostinho da pequena.
Chris: Mas que coisa linda do tio!!
Mai: Oin que perfeição, olha a dinda aqui bebê!!
Angel: Ai é tão linda Any!!
Todos bobos ali.
Any: Eh minha filha né?? (sorrindo).
Mai: Fala loira, vc ta bem??
Angel: Como foi o parto, doeu muito??
Any: Um pouco. (rindo) Nossa, as contrações que matam, dói demais.
Chris: Mas correu tudo bem né loira. (sorrindo).
Mai: Depois do Poncho eu sou a proxima a segurar ela.
Chris: Ah não, sou eu, sai fora.
Mai: Mas eu sou a madrinha!!
Chris: E eu o padrinho!!
Angel: Ai gente é simples resolver isso.
Mai e Chris: Como??
Angel: Deixa que eu pego. (rindo).
Mai: Nada disso.
Enquanto os três discutiam pra ver quem a pegaria primeiro, Any ser divertia rindo deles e Poncho também, curtindo sua filha. Any parou e ficou observando tudo a sua volta, olhava como todos estavam felizes com a chegada da filha, observava Poncho todo carinhoso e bobo com ela em seu colo. Era tudo que uma mulher queria, dar a luz a um filho, ter o marido do lado, os amigos juntos, era perfeito, mas não exatamente para ela. Não amava mais Poncho, sempre imaginou esse momento assim, constituir uma família, mas a falta de amor a Poncho não deixava isso ser mais mágico, não podia deixar de imaginar Dul no lugar de Poncho, estava decidida a se separar dele brevemente, não queria que a filha tivesse nascido no meio desse turbilhão todo de coisas, queria que ela nascesse em um momento mais calmo, mas aconteceu e apesar de toda a dor pela ausência de Dul, ela seguiria em frente, e o amor a sua filha era a razão para ela não cair e seguir lutando.
Em Cancun:
Dul passou pela bateria de exames e a principio estava tudo bem, só faltava o resultado de outros que ficariam pronto em alguns dias. Seus pais foram embora, Dul preferiu dar uma volta pela praia com Zoraida, claro que seus pais não queriam de jeito nem um deixar isso, mas como ela era teimosa e fazia o que queria foi, contra a vontade de seus pais, mas foi. Ela e Zoraida já estavam na praia e foram para um quiosque, se sentaram e enquanto bebiam uma água de coco naquele dia caloroso conversavam.
Zoraida: Fala Dul, não agüento mais de curiosidade, o que tinha pra me contar??
Dul: Vou falar, mas olha Zori, vê se não vai abrir a boca hem??
Zoraida: Ta amiga, não vou mais falar nada (rindo) pode confiar.
Dul: Sei, igual vc fez mais cedo né?? Abriu a boca falando pra mamãe que eu tava recuperando a memória né?? (rindo).
Zoraida: Eu já disse que eu fiquei preocupada poxa.
Dul: Sua mangozuda!!
Dul ria e deu um tapinha na cabeça dela. Zoraida parou de rir e a olhou.
Zoraida: Vc me chamou do que?? Faz isso de novo.
Dul: Que??
Zoraida: Não, isso que vc disse, seu jeito.
Dul: Te chamei de mangozuda porra, e te dei uma pedalada como sempre!! (rindo).
Zoraida sorriu não acreditando.
Zoraida: Dul, vc só me chamava de mangozuda e me dava pedalada antes de perder a memória, depois disso nunca mais vc fez isso.
Dul ria tomando a água de coco olhando a amiga, Zoraida a olhava e parecia a Dul de antes mais do que nunca ali.
Dul: Então, mas essa sou eu.
Zoraida: Ta igualzinha aquela Dulce de sempre. (sorrindo) Se lembrou de mais coisas??
Dul: Sim, é isso que eu ia te contar, eu recuperei a memória Zori, me lembrei de tudo.
Zoraida sorriu mais, não estava mesmo acreditando.
Zoraida: Espera ai Dul, como assim?? Mas até ontem...como aconteceu?? Perai, tava mentindo pra mim??
Dul: Não sua boba, Zori, quando eu discutia com meu pai mais cedo, minha cabeça doeu muito, veio lembranças das minhas brigas com ele, veio mais lembranças de outras coisas, Zori veio tanta coisa sabe, um turbilhão de lembranças, daí fiquei zonza com tanta informação que desmaiei, ai quando acordei eu ainda tava meio zonza, mas pude perceber que eu me lembrava de absolutamente tudo.
Zoraida: Isso é serio Dul?? (sorrindo) Ta se lembrando de tudo?? Tudinho??
Dul: Sim Zori, tudo, eu recuperei a memória amiga!!
Zoraida: Ta, vamos fazer um teste.
Dul: Teste, mas não acredita em mim??
Zoraida: Claro que sim, acredito, mas vc pode achar que se lembra de tudo, mas pode não ta lembrando de outras coisas e por não se lembrar acha que não aconteceram.
Dul: Que??
Zoraida: Ta vc não entendeu nada (rindo) me diz, se vc se lembra de tudo vc lembra dela né.
Dul desfez o sorriso, seu semblante ficou triste.
Dul: Acho que sei de quem ta falando.
Zoraida: Sabe que é dela né?? Da...
Dul: Any!!
Zoraida: Isso.
Dul: Como não lembrar do amor da vida da gente?? Só sem memória mesmo, e olha lá!!
Dul sorriu de canto, mas um sorriso triste.
Dul: Até sem memória ela me encantava de alguma forma.
Zoraida: Se lembra das vezes que viu ela quando tava sem memória??
Dul: Sim, me lembro de tudo.
Zoraida: Eh, vc realmente recuperou sua memória totalmente.
Dul: Pelo menos quando eu não tinha memória eu não sofria, e não doía tanto.
Zoraida: Dul, não vai perdoar ela??
Dul: Agora não se trata mais de perdoar ou não Zori, é ver a realidade, ela ta grávida, ainda continua casada, se antes ela não conseguiu se separar agora que não vai conseguir mesmo, com um filho.
Zoraida: Mas Dul e daí?? Cara vcs se amam, não pode ficar assim Dul.
Dul: Zori, o que posso fazer?? Eu já fiz de tupo por esse amor, ao contrario dela.
Zoraida: Dul, ela te ama, tem sofrido tanto sem vc.
Dul: Desde quando virou fã da Any Zori??
Zoraida: Não é fã, eu conheço ela pelo que vc diz, eu a vi pouquíssimas vezes, mas dava pra perceber que ela fazia bem a vc, e vc é louca por ela cara.
Dul: Mas amar apenas não basta Zori, tem muitas outras coisas que vem junto, no caso ela não teve coragem de lutar por nós e por a cara pra bater, se escondeu no medo e acabou que aconteceu isso tudo.
Zoraida: Eh, vendo por esse lado, a culpa de vcs não estarem juntas é dela.
Dul: Mas como eu disse, não quero procurar um culpado, agora não importa mais, o fato é que não tem mais jeito, ta feito.
Dul abaixou o olhar com os olhos marejados enquanto mexia em seu copo com o que restava da água de coco, assim como sua memória a dor também voltou, aquele aperto no peito, uma angustia, a falta de Any era algo insuportável, agora ela não sabia como seria seus dias daqui pra frente com essa realidade.
Dul: Mas eu vou conversar com ela.
Zoraida: Vai falar o que??
Dul: Não sei bem, mas vou por um ponto final nisso tudo.
Zoraida: Vai terminar com ela?? Digo, acabar com a historia de vcs de vez??
Dul: Não sei se posso dizer acabar, como se acaba algo que nem começou ou se quer existiu??
Zoraida: Ah não fala assim Dul, existiu sim, vc sabe disso.
Dul: Acho que pra ela nem tanto. ( Dul forçou um sorriso).
Zoraida: Vc disse que vai conversar com ela, nessa conversa vcs escutam uma o que a outra tem a dizer, e se resolvem.
Dul: Eh. Vamos ver!!
Zoraida: E seus pais?? Vai falar a verdade pra eles?? Que já recuperou a memória??
Dul: Vou, e voltarei pra capital nessa semana mesmo.
Zoraida: Vai voltar a morar lá??
Dul: Não, aliás, não sei que rumo tomar e pra onde vou Zori, to afim de sumir por esse mundo ai, por uma mochila nas costas e sair sem destino certo.
Zoraida: Opa, isso seria muito bom, curtir esse mundo ai a fora.
Dul: Vamo comigo?? Topa??
Zoraida: Bem que eu queria amiga, mas tem minha facul e trabalho, não posso largar tudo assim.
Dul: Eh, esqueci que vc é uma moça seria e compromissada. (rindo).
Zoraida: Boba (rindo).
Dul passou o resto da tarde com Zoraida ali naquela praia, conversaram bastante, e no finzinho da tarde Zoraida a deixou em casa, Dul foi para o seu quarto pensar em tudo e mais tarde daria a noticia aos seus pais sobre sua memória recuperada. Estava jogada na cama olhando pro teto pensando em Any, e em todos seus outros problemas, como desejou perder a memória de novo e poder esquece daquilo tudo.
Na capital:
Os pais de Any que estavam chegando de viagem foram direto pro hospital conhecer a netinha e ver a filha, os pais de Poncho também logo foram para lá, o resto dos familiares e amigos mais íntimos foram vê-las, já era noite e Poncho queria passar a noite ali, não queria desgrudar da filha, mas como não era necessário acompanhantes para Any, a contra gosto foi para casa. Any e a pequena Angélica passaram a noite bem e super tranqüilas.
O dia amanheceu, as horas se passaram e era hora do almoço, Any comeu no hospital e se preparava para ir para casa, como o parto foi normal, estava ótima e a neném também, então recebeu alta e estaria liberada depois das 16: 30. Chris, Mai e Angel iriam busca-la também.
Em Cancun:
Dul na noite passada passou o tempo todo no quarto, desde a hora que havia chegado com Zoraida apenas saiu para jantar, Ucker chegou a ir lá e ela pediu para sua mãe dizer que não estava e assim ela fez, estranhando muito, mas como a filha não estava para conversa resolver não perguntar nada. Seus pais bem que tentaram e insistiram pra conversarem sobre a memória dela que estava voltando, mas ela não quis falar sobre o assunto, como a conheciam muito bem, sabia que ela só iria falar quando quisesse. No dia seguinte acordou bem tarde, não tinha faculdade, e mesmo se tivesse com certeza não iria, seus pais puxavam conversa mas ela respondia apenas o necessário, sua cabeça estava muito cheia desde que voltou a memória e tudo que queria era paz, ficar sozinha para poder pensar bastante nesses últimos meses que ela esteve sem memória, e não contou aos seus pais a verdade, preferiu dexiar para o dia seguinte, e esse dia seguinte já havia chegado, estava decidida e saiu do quarto, foi para a sala e chamou seus pais para conversar.
Seus pais estavam sentados no sofá juntos e ela no outro, eles a olhavam atentos esperando ela falar o que tinha de tão importante.
Daniel: Fala filha, estamos curiosos.
Blanca: Aconteceu algo filha?? Vc ta tão estranha desde ontem depois do seu desmaio.
Dul os olhava, respirou fundo e começou a falar.
Dul: Bom, eu recuperei a minha memória.
Daniel: Isso é serio Dulce??
Blanca sorria contente, esperou tanto por isso.
Dul: Sim, me lembrei de tudo, quando acordei do desmaio ela havia voltado por completo.
Daniel sorriu, queria o bem da filha, mas sabia que com essa volta de memória as coisas iam voltar a ser como antes, com certeza Dul ia voltar a mesma vida de antes, ou seja, ser DJ e não querer fazer medicina.
Dul: Sinto muito papai, mas não vou fazer o que o senhor tanto queria. A Dulce de antes voltou.
Daniel: Não perde uma oportunidade de alfinetar seu pai né??
Blanca: Por Deus, não vão começar vcs dois!! Chega!!
Blanca se levanta, mais uma vez começando a ficar nervosa, seus nervos estavam a flor da pele com esses acontecimentos com Dul, o medo de perder a filha e todos esses problemas estavam a deixando louca já.
Blanca: Eu to cansada de presenciar as brigas de vcs dois.
Daniel: Calma Blanca e sente ai, pare de ceninha!!
Dul olhava surpesa pra sua mãe, ela nunca foi de falar assim, sempre se calava quando seu marido tinha a ver com o assunto, e assim que seu pai falou com sua mãe o olhou com um olhar não muito bom, detestava quando ele mandava nela, e detestava mais ainda quando sua mãe obedecia.
Dul: Não fala assim com ela papai!!
Daniel: Vc não se intrometa Dulce Maria, e não é porque voltou a memória que vai começar a cantar de galo aqui, vc ta morando na minha casa e depende de mim.
Dul o olhava não acreditando, ele não muda mesmo, sempre autoritário.
Dul: Tem pessoas que não mudam mesmo, não se preocupe papai, vou embora dessa casa novamente e ir para a capital, vou me sustentar como estava fazendo, não preciso de nada do senhor.
Daniel ao ouvir isso calou-se um pouco, por mais que se desentendesse com a filha doía o fato dela ir embora, sentia falta dela quando não estava.
Blanca: Ta vendo Daniel o que vc faz?? Vc afasta a nossa filha de nós, por causa dessa sua maldita vontade dela fazer essa faculdade de medicina ela vai embora, não se acerta com vc, porque vc é um egoísta e não respeita a vontade dela!!
Dul e Daniel olhavam Blanca perplexos, pela primeira vez ela alterava a voz e enfrentava seu marido.
Daniel: Blanca o que anda acontecendo com vc ultimamente??
Blanca: O que foi?? Só porque não ando me calando pra vc?? Vc é um egosita Daniel, nem depois de quase ter perdido sua filha, de ver ela em coma, deitada em cima de uma cama quase morrendo e estando viva graças a um monte de aparelhos que ajudava ela a respirar vc não muda?? Não da valor a sua filha?? As coisas são bem mais do que vc acha Daniel!!
Blanca começou a chorar e Daniel se calou, o que Blanca disse o tocou, a imagem de Dul deitada em coma no hospital veio em sua mente, imaginou se o pior tivesse acontecido e se apavorou só de pensar. Dul abraçou sua mãe a acalmando.
Blanca: Agente tem que aproveitar o agora Daniel, dar valor no agora e nas coisas que temos, porque depois pode ser tarde demais, hoje estamos aqui e amanhã nunca sabemos se estaremos, as coisas acontecem repentinamente, pense nisso, e a nossa filha tem meu total apoio pro que for, e talvez, quem sabe eu não vá embora com ela.
Blanca saiu dali deixando os dois boquiabertos, Daniel estava calado, Blanca soube usar bem suas palavras e o tocar, Dul foi atrás da sua mãe o deixando sozinho ali com seus pensamentos.
Dul entrou no quarto da sua mãe foi até ela que olhava pela janela, a abraçou carinhosamente.
Dul: Mãe, o que deu na senhora?? Nunca a vi falar daquele jeito com o papai.
Blanca: Minha filha...
Blanca ficou de frente pra Dul.
Blanca: Depois de quase perder vc, me dei conta de muitas coisas, minha filha eu morreria se algo te acontecesse, graças a Deus ele deixou vc aqui comigo, e eu vou fazer de tudo pra vc ser feliz e te apoiar, eu quero ver vc bem e não vou deixar seu pai atrapalhar isso com o egoísmo dele.
Dul sorriu, sua mãe estava do seu lado mais do que nunca, isso era tudo que ela precisava, do colo da mãe e saber que ela estará ali para tudo, e que finalmente sua mãe despertava para a vida e não seria mais submissa a seu pai.
Dul: Eu to muito orgulhosa da senhora (sorrindo) eu só quero que a senhora seja feliz mãe, livre pra fazer suas vontades, e eu nunca precisei da permissão do papai pra ser feliz mesmo.
Blanca: Mas eu sei que dói em vc esse jeito dele contigo.
Dul abaixou o olhar.
Dul: Eh, afinal ele é meu pai né.
Blanca: Mas vai pra capital mesmo?? Filha, não precisa ir embora daqui, pode ficar em um apartamento sozinha.
Dul: Não mãe, tenho uma coisa pendente que deixei lá e preciso resolver, depois vejo o que faço da vida.
Blanca: Que coisa é essa??
Dul: Um dia eu conto pra senhora, um dia mãe.
Blanca: Ah não filha, me conta vai.
Dul: Um dia mãe, um dia!!
Dul logo puxou sua mãe pra ajuda-la a arrumar suas malas, estava disposta a viajar no dia seguinte, tinha pressa.
Na Capital:
Any já havia sido liberada, já era noite e ela colocava Angélica pra dormir, seus familiares e amigos já haviam ido embora, Mai e Angel foram pra boate que logo iria abrir e Chris para a sua. Ela estava olhando a pequna dormir tranquilamente depois de ter mamado bastante, estava boba, sorri e esses sorrisos que sua filha a fazia dar, eram os únicos sorrisos sinceros que ela conseguiu dar desde que Dul saiu da sua vida. Poncho chegou por trás dela a abraçando, a assustando um pouco.
Any: Que susto Poncho!!
Any se virou para ele e logo deu jeito de sair do seu abraço, Poncho percebeu na hora, isso era o que ela mais fazia a meses e meses. Ele ia dizer algo mas desistiu, forçou um sorriso e se aproximou dela.
Poncho: Porque a senhorita não está deitada?? Tem que repousar meu amor.
Any andou até um pequeo sofá ali do quarto de sua filha se sentando.
Any: Estava babando na nossa filhinha (sorrindo) não da vontade de sair de perto dela, acho que vou por ela pra dormir com agente. (rindo).
Poncho: Eh, vc tem razão, da vontade de ficar grudado né pequena??
Poncho foi ao berço da filha acariciando a bochecha dela. Any olhava Poncho, sabia com absoluta certeza que ele eria um pai perfeito, isso a deixava feliz sabendo do homem que era o pai da sua filha, Any não amava mais Poncho, mas tinha um profundo e sincero carinho enorme por ele, apesar de te-lo traído mais que tudo, esse sentimento de carinho era verdadeiro, Poncho sempre a amou e esteve quando precisou, e agora sua conciencia pesava mais do que nunca, mas apesar de sentir pena dele ao imaginar como ele vai ficar com a separação dos dois, ela não abrirá mão disso, ira se separar de qualquer jeito. Mas iria esperar uns meses até sua filha ficar um pouco maiorzinha, e quem sabe Dul recuperaria a memória até lá.Poncho saiu de perto do berço da filha indo até Any no sofá, sentou do seu lado e segurou a mão dela.
Poncho: Preciso falar com vc!!
O coração de Any disparou, sabia que lá vinha bomba, e por saber que logo também teria que conversar com ele sobre a separação.
Any: Sobre o que??
Poncho: Sobre nós, mais uma vez.
Any: Er, olha Poncho acho que não é uma boa hora...
Poncho a interrompeu.
Poncho: Não foge Any, olha só me escuta.
Any engoliu seco, e ficou o olhando.
Poncho: Eu sei que teve uns tempos que fiquei bem estranho não foi??
Any: Demais, parecia que me escondia algo, não parecia vc Poncho, vai me contar o que era??
Poncho: Vc não imagina??
Any: Não, bem, não sei Poncho, prefiro que vc me diga logo.
Poncho: Any eu mal ficava em casa, andava triste, ficava isolado, chorava do nada.
Any: Sim, eu me lembro, me conta o que é.
Any olhava Poncho com um olhar compreensivo, esperando uma resposta.
Poncho: Tristeza Any, olha pro nosso casamento, parece que ta acabado.
Any: Nós dois sabemos que muita coisa mudou, mas parece que foge disso Poncho, não quer ver e fica empurrando com a barriga.
Poncho: Porque eu amo vc Any, demais, eu estava mal com tudo isso, cheguei a pensar que separação seria o melhor, porque ver vc fugindo de mim dói demais.
Poncho marejou os olhos e fez aquela cara de cachorro abandonado que matava Any, ela desviou o olhar pra não ter que ficar vendo.
Poncho: Eu só queria saber porque?? Vc nunca me diz, só fala que tudo mudou, que não é mais como antes, agente já conversou, já brigou, e eu ainda estou sem respostas. E no fim eu sempre passava por cima de tudo acreditando que ainda temos chance e que vc voltaria a ser o que foi comigo um dia.
Any: Poncho, eu só quero que vc entenda que...
E mais uma vez ele a interrompeu.
Poncho: Olha, até pensei em separação, mas ver o nascimento da nossa filha, ver ela, isso (ele abriu um baita sorriso todo bobo) me deu forças sabe?? Esperanças, Any...
Ele segurou as mãos dela empolgado.
Poncho: Podemos mudar, olha a nossa filha, é linda, vamos tentar recuperar tudo por ela, ser uma família, ser aquele casal de antes (sorrindo) quero poder te fazer feliz de novo, o nascimento da Angélica me deu tntas espectativas, vontades, fé, vamos lutar Any.
Poncho gostava tanto de Any que mesmo com tudo que aconteceu, mesmo com ela estando fria com ele, distante, e bem fácil de perceber que ela não o amava mais, ele ainda assim queria acreditar e tentar reconquista-la.
Any: Poncho, vc quer mesmo ter essa conversa agora??
Poncho: Claro!!
Any: Poncho, não da mais, não tem como continuar fingindo, vc tem que tentar aceitar que as coisas mudaram, e certas mudanças não voltam mais atrás.
Any disse isso dando passo rumo a separação, iria esperar mais um pouco, mas como ele tocou no assunto sobre eles acabou começando a falar. Poncho percebeu que parecia não ter jeito, a conversa de Any como sempre os levava a caminho da separação, como sempre percebendo isso ele fugiu do assunto repentinamente.
Poncho: Eh vc tem razão, é cedo pra essa conversa, a nossa filha acabou de nascer e o momento não é para essas coisas.
Antes que Any podesse continuar ele se levantou e saiu dizendo que ia tomar banho. Any ficou no quarto, e mais uma vez ele correu.
Any: Droga, sempre consigo a começar a falar ele foge se fingindo de besta, mas tudo bem, daqui uns dias ele não escapa.
A noite se passou e Dul de malas prontas já se despedia dos seus pais no aeroporto, Daniel estava bem calado desde a noite passada,e na hora de abraçar a filha como despedida ele conversou.
Daniel: Filha, eu estive pensando em tudo que sua mãe me disse, só tenho uma coisa pra te dizer, eu sei que não fui o melhor pai pra vc, mas se vc ainda quiser me dar uma chance, eu vou tentar mudar. Vc sabe que não apoio essa sua profissão de DJ, mas também to entendendo que por causa disso não posso fazer vc ser o que eu quero, enfim, eu vou a capital essa semana ainda pra ajudar um amigo que irá abrir uma clinica lá, vou orienta-lo, e quero conversar com vc melhor.
Dul fica surpresa com a atitude do pai, e feliz.
Dul: Claro pai, to surpresa com vc sabia?? Mas tudo bem, eu espero o senhor, só me liga antes de ir ta bom??
Daniel: Ta bom filha!!
Blanca estava feliz, parecia que Daniel havia a escutado. Por fim se despedem de Dul, combinando que logo se veriam. Ela então seguiu rumo a capital.
Os pais de Dul voltaram para casa e logo Ucker apareceu por lá.
Ucker: Oi Blanca!!
Ucker a cumpreimentou na sala.
Blanca: Oi Ucker, td bem??
Ucker: Sim, a Dul ta por ai??
Blanca o olha sem entender.
Blanca: Dul??
Ucker: Sim, preciso falar com ela.
Blanca: Ucker, acho que vc não sabe ainda.
Ucker: Sei o que??
Blanca: Já sei que vcs terminaram.
Ucker: Não terminamos, apenas brigamos, onde ela ta?? E o que eu não sei??
Blanca: Ucker ela recuperou a memória, se lembrou de tudo. Ela voltou pra capital.
Ucker fica surpreso e ao mesmo tempo irritado pelo fato dela ter ido embora sem dizer nada.
Ucker: Como recuperou a memória?? Assim do nada??
Blanca: Ela teve um desmaio, ficou um bom tempo desacordada e quando acordou já se lembrava de tudo, fazia dias que ela estava tendo uns fleches, estava recuperando a memória aos poucos e após esse desmaio recuperou de vez.
Ucker: E ela foi embora sem me dizer nada!!
Blanca: Não sei o que aconteceu Ucker, mas ela estava com muita raiva de vc, o que aconteceu??
Ucker por um momento pensou em contar que Dul havia o traido pela segunda vez com uma mulher, mas preferiu ficar quieto e fazer as coisas de outro jeito.
Ucker: Eu preciso ir Blanca, quando eu puder volto e te explico tudo, obrigado.
Blanca: Mas me conta Ucker, o que aconteceu??
Ucker: Outro dia Blanca, outro dia!!
Ucker se despediu e foi embora.
As horas se passaram e Dul chegava a capital, seguiu para um hotel, já que o apartamento que ocupava com certeza estava alugado para outra pessoa, assim que chegou foi tomar um banho e logo depois se jogou na cama pensando por onde começar e para quem ligar.
Na casa de Any Mai e Chris tinham ido ver ela e Angélica, eles conversavam no jardim sentados nas cadeiras perto da piscina, Mai segurava Angélica a paparicando e Chris do seu lado babando também, Any os olhava.
Any: Cuidado com essas babas em cima da minha filha ta?? (rindo).
Mai: Any vc ta ótima sabia?? Nem parece que ganhou neném antes de ontem.
Any: Eh eu me sinto bem, graças a Deus to me recuperando bem.
Chris: E agora Any, o que pretende fazer??
Any: Vou esperar um tempinho e vou me separar do Poncho.
Chris: Será que ele vai aceitar de boa??
Any: Ele vai sofrer, mas vai ser melhor assim, não posso mais cometer os mesmos erros e tenho que tentar concerta-los, mesmo que seja um pouco tarde. Ontem Poncho veio de novo com aquele papo de agente tentar voltar a ser o casal de antes, daí quando entrei no assunto de separação ele fugiu, como sempre, saiu do quarto pra eu não continuar com a conversa.
Enquanto Any conversava o celular de Chris tocou.
Chris: Espera ai meus amores, deixa eu ver quem é.
Chris olha no visor do celular e vê que é a Dul, ele olha pra Mai e logo pra Any.
Any: Que foi Chris??
Chris: Eh a Dul!!
Any sente um frio na barriga e seu coração dispara.
Any: Atende logo Chris!!
Chris: Oi Dul!!
Dul: Oi Chris, tudo bem??
Chris: Tudo e com vc??
Dul: Tudo bem, onde vc ta??
Chris: Na casa da Any.
Agora quem sentiu o frio na barriga e o coração disparar foi Dul, só de ouvir o nome dela e saber que ela estava perto dele a fazia ficar nervosa e tremer.
Dul: Na, casa da Any??
Chris: Sim!!
Chris conversava com Dul e ainda achava que ela não se lembrava de nada.
Dul: E como ela ta?? A gravidez.
Dul não resistiu e perguntou, queria saber dela.
Chris: Ah vc não sabe, ela ganhou antes de ontem, nasceu, é uma menina linda, vc já sabe né, a Angélica, ela falou contigo da ultima vez que vc esteve aqui.
Dul ouviu o que Chris disse e seu coração disparou mais ainda, era muita novidade, imaginou como Poncho estaria feliz, e com certeza empolgado mais ainda com o casamento dele e de Any. Mas por outro lado Dul queria saber se Any estava mesmo bem e se tinha corrido tudo bem.
Dul: Ah que bom, da meus parabéns a ela, e o parto foi tranqüilo??
Chris: Ótimo, quer falar com ela?? Vou passar pra ela.
Dul: Chris...
Quando Chris disse que ia passar pra Any, Dul tremeu mais ainda, o ar lhe faltou e seu coração disparou muito mais, ela não estava preparada para falar com ela agora que recuperou a memória, não sabia se estava pronta para ouvir aquela voz novamente, ficou nervosa e com certeza gaguejaria ao falar com ela, mas como ninguém sabia que ela havia recuperado a memória teria que agir com naturalidade de quem não se lembrava de nada, o que seria muto difícil, afinal vai falar novamente com a mulher da sua vida.
Chris: Toma Any, fala com a Dul.
Ele falou baixinho, mas baixo o suficiente para Dul ouvir, pois estava um silêncio total em seu quarto de hotel que ouviu perfeitamente bem.
Chris: Mata um pouco da sudade da mulher da sua vida!!
Ela sentiu o coração disparar ao ouvir isso e queria desligar o celular, estava muito nervosa e Any iria acabar percebendo o jeito dela, mas ao mesmo tempo desejava ouvir novamente aquela voz doce e rouca, precisava disso, milhões de sentimentos e emoções se misturavam dentro dela. E com Any não era diferente, sempre ficava nervosa ao falar com Dul desde que ela perdeu a memória, cheia de saudade de ouvir aquela voz da sua doce ruiva ela pegou o celular, depois de repirar fundo falou.
Any: Oi Dul!!
Dul ouviu a voz dela soar no celular e ficou muda, parecia que não existia nada a sua volta, além daquele celular em sua mão e a voz de Any do outro lado, fechou os olhos sentindo seu coração bater forte em seu peito, como era bom ouvi-la. Quase gaguejando ela falou.
Dul: Oi Any, como vc ta??
Any: To bem Dul, nunca mais vc apareceu, senti sua falta, e das rosas que vc sempre me trazia. ( Any deu um sorriso bobo e triste).
Dul: Er...eu dei uma sumida mesmo, mas também senti sua falta.
Any: Jura??
Any disse toda empolgada e logo se conteve vendo que estava se empolgando.
Any: Digo, serio?? Sei lá, vc deu uma sumida mesmo, não apareceu mais por aqui, não ligou.
Dul: Problemas, não é fácil perder a memória. (ela da um leve riso).
Any: Posso imaginar!!
As duas se calam, por um momento o assunto sumiu, ambas se encontravam nervosas, até que Dul prossegiu.
Dul: E a filhota?? Nasceu né?? Meus parabéns mamãe (sorrindo) correu tudo bem??
Any: Sim, graças a Deus, deu tudo certo, só falta vc vir conhecer ela, é muito linda!!
Dul: O fato dela ser linda não é surpresa, afinal com a mãe que tem, daria esse resultado.
Any sorriu boba.
Any: Vc continua amável como sempre!!
Dul se deu conta do que dizia, estava praticamente se entregando, mas não resistiu e acabou falando. Por outro lado Dul estava bastante magoada e triste com ela, ao se recordar de tudo e de quando Any a deu a noticia de que estava grávida, conseguia sentir a mesma dor que sentiu, Any estragou todos seus sonhos com ela, mas por outro lado Any ainda achava que ela estava sem memória, então teria que se comportar com ela, como agia quando estava sem memória. Embora mesmo depois de tudo não era sacrificio nem um ser amável com Any, ela a amava ainda e muito.
Autor(a): ChristianCaio
Este autor(a) escreve mais 2 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Any: Mas e ai?? Não vai vir conhecer minha pequena?? Dul: Sim, vou sim, tenho que resolver umas coisas, mas vou vê-la sim. Any ia responder, mas Angélica começou a chorar no colo de Chris, que havia pegado do colo de Mai. Any teve que parar a conversa, pois ela chorava muito. Any: Dul, a Angélica ta chorando, vou passar pro Chris e depois ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 49
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
flavianaperroni Postado em 29/11/2015 - 03:41:47
Ei por que parou de postar??? por favor me diz que não abandonou a web,não faz isso comigo não menino.
-
lifeoflola Postado em 04/11/2015 - 01:30:53
Omg. Eu sou apaixonada nessa fanfic.
-
flavianaperroni Postado em 23/09/2015 - 22:32:30
VOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOLLLLLLLLLLLLLLLTTTTTTTTTTTTTTTTAAAAAAAAA A por favor
-
Tita Postado em 15/09/2015 - 21:16:36
volta por favor
-
isabelaaa Postado em 20/08/2015 - 02:39:56
continua a postar, por favor! :(
-
lane_cabello__ponny_perroni Postado em 07/08/2015 - 14:48:23
Boa tarde! Eu sou a autora dessa fic, postei ela na AyD no orkut, em 2009/2010. Tenho os direitos autorais dela. Eu era a Ponny Perroni lá. E inclusive tem outra fic minha aqui, sendo postada por outra pessoa sem minha autorização. No qual pedi a pessoa que excluisse a fic. Espero que coloque os créditos, se não irei denunciar. Só vou permitir que continue sendo postada, pq vc pediu ai que se a autora aparecesse era pra se manifestar, teve esse respeito, e pelas leitoras tb, pra não ficarem na mão. Mas assim que acabar a fic, pessoa que exclua ela, por favor. Obrigada!!
-
polianaportinon Postado em 27/07/2015 - 18:48:57
Ok, ok,ok eu já estou em crise! Cada você?!?!?! ;(((((((
-
carine_s. Postado em 25/07/2015 - 04:22:46
Leitora nova. Tô amando a fanfic, continua
-
luccaportirroni Postado em 23/07/2015 - 22:59:36
Hooooo cade tu cara poh
-
flavianaperroni Postado em 22/07/2015 - 18:40:21
Não para ai não,por favor,qualé to curiosa,quero saber se a Dul vai tocar nesse evento e deixar a Annie