Fanfic: Corações Selvagens | Tema: Chaverroni, RBD

-Óbvio que não-as meninas falaram juntas, colocaram as mochilas nas costas e todos juntos corremos até o paredão ao lado da cascata

-Vamos subir logo, não quero ficar parada aqui, Armas guardar-todas as armas sumiram-meninos vocês vão pelo jeito difícil, meninas vocês vão vir comigo.

-Maite Perroni Beorlegui Wolf, como assim "jeito difícil"?-Chris berrou quando eu fui na direção da lateral da colina

-Em primeiro lugar: NUNCA MAIS ME CHAME POR MEU NOME COMPLETO-corri até eles, todos tropeçaram nos próprios pés e caíram-e em segundo: armas Chris-peguei duas flechas da aljava, cravei as pontas na colina, escalei por dois metros e depois desci dando uma cambalhota no ar antes de chegar ao chão (admito:adoro fazer um showzinho)-esse é o jeito difícil-devolvi as flechas para ele-cada um pegue duas e subam

-Só eu que estou começando a me assustar com ela-ouvi Ucker falar enquanto eu me afastava

-Meninas, dêem as mãos -falei e as meninas me olharam como se eu estivesse pegando fogo, mas mesmo assim fizeram o que eu mandei-Dragon, por favor, faça um redemoinho para nos levar até lá encima-falei

 Os olhos rubi de Dragon faiscaram, logo após, uma corrente de ar forte começou a nos rodear, levantando folhagens e as fazendo bater em nossos rostos. Essa corrente de ar, rapidamente, foi se tornando cada vez mais forte e densa, até ficar quase palpável, fui cada vez me sentindo mais leve, os meus pés começaram subir no ar

-Hã... Dragon, você poderia ir mais rápido?!-Dul sugeriu

-A vontade-falei respondendo ao olhar de indagação que Dragon me lançou, e na mesma hora que ele provou o ar com a língua birfurcada o ar começou a ganhar uma força incrível e nos lançou no ar até o a parte de cima do paredão-não era bem assim não, criatura-falei me dobrando de tanto rir da cara de pânico das meninas-calma, vamos esperar os meninos.

Dez minutos depois, os meninos chegaram ao topo. Pedi a Skane para nos limpar, e depois todos (menos eu) se metamorfosearam em lobos e voltaram a forma humana com roupas de acampamento (meninos azul escura, meninas verde) e botas de caminhada, segui o exemplo, e fiz uma roupa igual as das meninas, depois que cada um pegou uma garrafa de leite e uma barrinha de cereal, começamos a caminhada floresta adentro. Tudo naquela floresta era belíssimo, chegava a se assemelhar com uma floresta normal, as árvores gigantes e imponentes forneciam sombra, os pássaros de espécies comuns e de algumas que eu nunca vi cantavam alegres, alguns cervos e esquilos volta e meia apareciam correndo ao nosso lado, e até uma Sucuri enorme que Skane e Dragon trataram de afastar. Mas em algumas coisas eram bem diferentes, colhi pela raiz e replantei em um vasinho que tinha na mochila, uma flor que era resumindo uma mistura de sempre-viva, Lírio, Violeta e Cravo, o que já era estranho por si só, mas para minha total surpresa, quando a reguei um pouco, as pétalas dela começaram a girar irradiando em cores diferentes e ela começou a cantar em uma língua parecida com japonês, tão linda que todos paramos por um momento para escuta-la e logo que os meus bichinhos fizeram uma bolha de proteção, eu a coloquei na mochila e recomeçamos a andar, também vi alguns insetos, bem grandes muito esquisitos, e algumas trepadeiras bem agressivas que tentaram medir forças com meu cabelo e se deram mal. Ao cair da noite montamos acampamento em uma clareira próxima a um campo de alecririm dourado. No dia seguinte enfrentamos uma alcateia que pareceu estranhamente interessada em nós meninas, e acampamos numa gruta de rocha sedimentada 

No terceiro dia, recomeçamos a caminhada debaixo de uma tempestade. Depois de caminhar por umas cinco horas meus pés começaram a pedir socorro:

-Ai, eu não aguento andar mais nem um metro-falei me jogando na lama enquanto os pingos de chuva caiam com peso de pequenas pedras em minhas costas e o vento castigava meu rosto, assim que fechei a boca pequenas criaturas que pela aparência deduzi que eram pequenos e adoráveis faunos que traziam consigo um lindo cavalo branco alado, de crista trançada e pelo bem escovado, saíram do meio da mata

-Olá senhorita, estávamos a passar por aqui, e ouvimos reclamar de cansaço, aí resolvemos ajudar-olhos brancos, os olhos de todos eles ficaram brancos-e já que não precisamos mais do Cristal, pensamos que a senhorita poderia usá-lo

-Grata, mas não precisa amiguinho-quando levantei, reparei que pelo canto dos olhos eles tinham uma expressão maldosa e zombeteira mas pareciam preocupados com um mapa surrado que um dos faunos tinha nas costas-mas aquele mapa pode ajudar, me dá ele?

-O-o-o ma-mapa? Não posso dar, mas o cavalo eu posso.

-Mas você disse que queria ajudar-falei pegando o mapa com um cacho do meu cabelo-agradecida, pessoal se transformem-todos se transformaram nos grandes lobos-Chris, posso ir montada em você por um tempo-em resposta Chris se abaixou nas patas dianteiras para que eu subisse-Obrigada

Quando passei uma perna por cima de Chris o pequeno fauno puxou meu braço

-Você não pode levar o mapa-ele falou com a voz muito mais grave

-SKANE, DRAGON DÊEM UM FIM A ESSAS COISAS. PESSOAL CORRAM-gritei chutando o fauno para longe enquanto Chris começava a correr.