Fanfic: Desvenda-me | Tema: Portiñón

Dulce

 Acordei antes do Rodrigo e não estava com humor para vê-lo, então me arrumei silenciosamente, e sai na ponta dos pés. Avisei a empregada para assim que ele acordar, avisar que eu tive que sair mais cedo.

 Peguei um táxi e fiquei somente pensando no por que eu pensei na Any naquele momento, um momento tão íntimo, tão meu.

 O que está acontecendo em?

 Cheguei em casa, louca para tomar um banho. Mas ainda assim não conseguia tirar a Any da cabeça.

 Na hora que eu estava me arrumando foi que decidi. Já sei o que eu ía fazer. Não vou ficar nessa agonia.

Anahí

 Angel: Any, por favor, come alguma coisa

 Any: Estou sem fome - resmunguei 

 Eu sempre me arrumava de acordo com meu humor, então coloquei uma calça jeans escura, uma blusa de crochê preta, com gola alta. Deixei meus cabelos totalmente lisos, e passei uma maquiagem um pouco escura

 Angel: Nossa, como você está séria

 Revirei os olhos

 Any: Será que da pra gente ir logo ou não?

 Ela não disse mais nada, pegou a bolsa e desceu. Fomos no meu carro, já que o dela está na oficina

 Angel ligou o som do carro numa música animada, mas eu não estava em um humor pra isso, então desliguei

 Angel: Humph - bufou

 Não disse nada, e fomos em silêncio.

 Fui estacionar o carro e vi alguém assoviar em minha direção

 Any: Dulce?

 Olhei para Angel em surpresa

 A Dulce correu e me abraçou. Fiquei tão surpresa que depois que correspondi o abraço. Pela cara da Angel, ela estava tão surpresa quanto eu

 Acho que a Dulce se tocou da presença da Angel, e ficou totalmente envergonhada.

 Dulce: É que, bom, precisamos conversar, sobre... bom...

 Any: Eu sei, a apostila que eu tinha que te devolver - tentei ajudar

 O rosto dela se iluminou com o sorriso

 Dul: Isso

 Angel: Bom, eu vou subir

 Dul: Any, tem alguma aula importante hoje?

 Any: Não, bom, não tem problema eu falta hoje, é início de semestre, mas tem a professora de estatística

 Angel me interrompeu: Eu fui no seu quarto hoje e você estava com muita febre

 Sorri pra ela

 Any: Eu amo você Angel

 Eu sei

 Ela subiu e fiquei só com a Dulce

 Dul: Bom, será que podemos conversar?

 Any: Podemos sair daqui? Até por que pra não te verem comigo

 Baixei a cabeça

 Dul: Vamos sair sim, mas não por esse motivo, e sim pra gente ter privacidade.

 Any: Vamos no meu carro

 Fomos da uma volta e paramos em uma praça

 Any: Algodão doce!!!!

 Dul: Sério? Isso só tem açúcar e ...

 Eu a interrompi

 Any: Não estrage minha infância

 Estacionei o carro, e puxei a Dulce pela mão, saímos correndo, rindo

 Dul: Me sinto uma adolescente

 Any: Só seja feliz Dul

 Fomos comprar o algodão doce e paguei um pra ela, que não negou e se rendeu ao algodão doce. Sentamos em um banco em frente a rua. 

 Any: Sobre o que queria falar?

 Dul: Sobre ontem

 Eu não queria ouvir palavras que me machucassem

 Any: Olha Dulce, eu te entendo, é sério, estou acostumada a nem todos aceitarem, minha família mesmo me rejeita, me dá uma mesada, que acho que é só para eu não aparecer na casa deles. Então uma pessoa a mais ou a menos não vai doer tanto assim, olha...

 Ela tapou minha boca com a mão

 Dul: Eu não estou nem aí se você gosta ou não de homem. Só me importa quem você é.

 Sorri, por essa eu não esperava. Me permitir sentir uma onda de alívio. E mais uma vez fui impulsiva 

 Any: Ainda bem que não se importa, não sei o que faria se você se afastasse de mim

 Ela pareceu surpresa, e se inclinou um pouco para mim

 Dul: Por que?

 Any: Acho que não consigo mais me afastar de você

 Dul: Então não se afaste 

 Minha vontade era puxar ela e beijar alí mesmo. Mas assim que ela falou isso, ela abaixou a cabeça. Ficamos um pouco em silêncio.

 Any: Por que não me respondeu mais ontem? Eu nem dormi e nem comi, de tão angustiada

 Ela pareceu em choque

 Dul: Any, me desculpa, de coração, a porcaria daquele jantar, demorou, e ainda fiquei sem bateria. Mas também lembrei de você.

 Ela ficou em silêncio, como se tivesse mergulhada em mil pensamentos 

 Any: O que isso significa?

 Dul: Acho que nos tornamos grandes amigas

 É, amigas

 Any: Que bom

 Ficamos ali, só vendo o movimento passar.

 Dul: Acho que está na minha hora, ainda tenho que ir para o escritório.

 Any: Sua louca, por que você fez isso? Vai se atrasar por minha causa

 Dul: Não sei - ela riu - mas senti a necessidade de me explicar pra você

 Any: Poderia ter ligado

 Dul: Pra mim não bastava

 Fiquei olhando pra ela, sério, as vezes me confundo, ou ela me quer como amiga, ou fala essas coisas, não sou de ferro

 Dul: Vamos, me da uma carona?

 Any: Claro

 Fomos em silêncio em direção ao carro, então ela me surpreendeu e me abraçou

 Ficamos abraçadas um pouco, e eu só respirava o perfume dela, o cheiro do cabelo, e fod*deu, acho que estou me apaixonando pela Dulce Maria

 Ela me soltou, e sorriu sem graça. Entramos no carro e fui deixá-la no trabalho

 Quando chegamos lá, ela sorriu sem graça

 Dul: Tenho que ir

 Any: Nos vemos a noite?

 Ela sorriu

 Dul: Claro. Deixa eu anotar aqui meu endereço

 Ela tirou da bolsa um bloquinho de papel e uma caneta e me entregou.

 Dul: Até a noite

 Eu segui minha intuição e me inclinei pra ela, dei um beijo no canto da boca, um beijo demorado. Eu a sentir suspirar

 E como se nada tivesse acontecido, me afastei

 Any: Vai doida, antes que se atrase

 Ela deu um pequeno sorriso e saiu do meu carro.

 Dali em diante tomei uma decisão, vou conquistar essa mulher para mim.

portinonnessa14: Capítulo dedicado todo a você! Muito obrigado por sempre comentar! Você sempre me anima a continuar! Beijos